moniz_bandeira2

Vargas era neutralista na Segunda Guerra, mas teve de ceder à pressão dos EUA. Ele aproveitou para negociar e obter vantagens. Graças a ele, o Brasil é hoje um país industrializado, diz professor Moniz Bandeira

Em entrevista à DW-WORLD sobre os 60 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, o então professor Moniz Bandeira (falecido em 10 de novembro de 2017), da Universidade de Brasília, avaliou as posições adotadas pelo Brasil durante o conflito. O autor do livro Relações Perigosas – Brasil e Estados Unidos fala da influência norte-americana sobre o Exército brasileiro, a entrada de fugitivos nazistas no país e da recente descoberta dos diários de Mengele em São Paulo. Ele afirma que tanto os EUA quanto a União Soviética aproveitaram ex-agentes nazistas no pós-guerra

DW-WORLD: O que significou e/ou ainda significa o dia 8 de maio de 1945 para o Brasil?

Moniz Bandeira: O dia 8 de maio significou para o Brasil o que significou para todo o mundo: o fim de uma guerra que devastou as cidades na Alemanha, comprometeu quase todos os países do mundo e envolveu também o Brasil, que mandou tropas para a Itália. É uma data significava, porém não desperta interesse especial no Brasil, porque já se passaram mais de 60 anos. Não há motivo para festejar nem para chorar nessa data, por se tratar de uma era completamente superada.

Quais foram os motivos que levaram o governo Vargas (no Estado Novo) a oscilar entre o apoio ao III Reich, a neutralidade no início da guerra e, por fim, sua entrada nos combates ao lado dos Aliados?

O governo Vargas era neutralista, mas sabia perfeitamente que o Brasil não poderia manter-se nessa posição se os Estados Unidos entrassem no conflito. O Brasil dependia das exportações de café, e o café, do mercado americano. Vargas aproveitou a situação para negociar com os Estados Unidos e obter vantagens, principalmente a instalação de uma siderúrgica no Brasil. Houve uma negociação. Os americanos pretendiam instalar bases no litoral do Brasil, particularmente no Nordeste, para defender o Atlântico Sul, porque os alemães já estavam no noroeste da África.

Os EUA já estavam se preparando para entrar na guerra. Não foi Pearl Harbor que levou os EUA a entrar na guerra. Pearl Harbor apenas foi o pretexto, provocado pelo presidente Roosevelt, que fora informado sobre o ataque e deixou que acontecesse. Como o Pentágono quis invadir o Brasil, a fim de instalar tais bases, houve um alarme tanto no governo brasileiro quanto no governo americano.

Os militares brasileiros, entre eles o ministro da Guerra, Marechal Dutra, o general Goes Monteiro, chefe do Estado-Maior, eram pró-Alemanha e iriam reagir. Roosevelt sabia que haveria essa reação, os alemães atravessariam o Atlântico e a guerra entraria no Brasil. Então ele negociou com Vargas, que permitiu a construção das bases, sob a condição de que os Estados Unidos concedessem um crédito para a instalação de uma siderúrgica no Brasil, um país com abundantes jazidas de ferro, que queria transformar o ferro em aço e criar uma indústria de bens de capital, uma indústria pesada, para impulsionar seu processo de industrialização.

Roosevelt se dispôs a fazer esse investimento para evitar que fosse feito pela Krupp (empresa alemã), com quem Vargas estava também a negociar. Vargas criou então uma empresa estatal – a Companhia Siderúrgica Nacional – e o governo americano, coisa que nunca havia feito, concedeu o crédito, porque a United Steel não queria fazer o investimento. Depois do bombardeio de Pearl Harbor, o Brasil rompeu relações com a Alemanha, cujos submarinos, depois, começaram a torpedear os navios brasileiros. Foi por isso que Vargas entrou na guerra contra a Alemanha. Mas não entrou em guerra contra o Japão. A declaração de guerra foi só contra a Alemanha e a Itália, por causa dos torpedeamentos.

A política de Vargas foi correta. Graças a ele, o Brasil é hoje um país industrializado, porque pôde implantar o maior complexo siderúrgico da América Latina, que começou a funcionar em 1946. O Brasil, com abundantes jazidas de ferro e uma indústria de bens de consumo já bem desenvolvida, pôde desenvolver uma indústria de bens de capital, o setor que permite a auto-sustentação e a autotransformação do capitalismo, e assim ganhou extraordinário impulso, o boom dos anos 50, época em que justamente os capitais alemães para lá fluíram, porque não podiam ir para o Leste Europeu, subordinado ao regime comunista, e temiam uma guerra atômica na Europa. Já no tempo de Vargas, em 1953, começaram os entendimentos para a instalação das fábricas da Volkswagen e da Mercedes Benz, cujos investimentos amadureceriam durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek, nos anos 1957–59.

Capa do livro 'Relações Perigosas: Brasil – Estados Unidos', de Moniz Bandeira
Capa do livro ‘Relações Perigosas: Brasil – Estados Unidos’, de Moniz Bandeira

Em seu livro Brasil, Argentina e Estados Unidos. Conflito e integração na América do Sul, da Tríplice Aliança ao Mercosul, 1870–2003 , o Sr. analisa, entre outros assuntos, a manutenção de um vínculo tardio argentino à Inglaterra em contrapartida às relações intensas entre Brasil e Estados Unidos no contexto da Segunda Guerra Mundial. Que conseqüências teve o fim da Segunda Guerra para as relações do Brasil com seus vizinhos da América do Sul, principalmente diante da determinação dos EUA de exercer hegemonia direta sobre o continente? Os pracinhas da FEB foram lutar na Europa para mostrar quem manda na América do Sul, modificando o jogo de forças na região?

A FEB foi para a Itália no 5° Exército dos Estados Unidos, e lá sofreu a influência dos americanos. No contexto da Guerra Fria, houve uma divisão no Exército brasileiro: mais ou menos 20% eram anti-Vargas e anticomunistas, outros 20% de esquerda e uma grande maioria nacionalista, mas com medo do comunismo. Isso influiu na política brasileira durante os anos 50. A CIA, criada em 1947, começou a ter uma atividade dentro do Brasil, inclusive para desestabilizar o governo Vargas, por causa da indústria petrolífera e atômica que ele quis implantar.

Por meio da “black propaganda”, agitou as Forças Armadas contra Vargas, que havia implantado a Petrobrás e negociado com os cientistas alemães a transferência da tecnologia de enriquecimento de urânio, por meio das últimas centrífugas fabricadas clandestinamente na Alemanha. A CIA descobriu esse fato, e o Alto Comissariado Aliado impediu o embarque das ultracentrífugas para o Brasil, no porto de Hamburgo em 1954.

Em relação à Argentina, o Brasil saiu fortalecido, não por causa da Guerra propriamente dita e, sim, porque a Inglaterra declinou. Como a Argentina dependia das exportações de trigo e carnes para o mercado inglês, ela não conseguiu dar um salto no seu processo de industrialização. Perón, quando tentou, foi muito tarde; não pôde jogar com as contradições internacionais. O setor agrário argentino era muito mais forte que o brasileiro porque a burguesia industrial brasileira era ao mesmo tempo ligada à agricultura, à plantação de café, ao passo que na Argentina nunca houve essa ligação entre os dois setores. A indústria argentina estava em mãos dos empresários de origem italiana.

Capa do livro 'O Milagre Alemão e o Desenvolvimento do Brasil', de Moniz Bandeira
Capa do livro ‘O Milagre Alemão e o Desenvolvimento do Brasil’, de Moniz Bandeira

O forte interesse do governo brasileiro em atrair agricultores, técnicos e operários especializados alemães para o projeto de desenvolvimento nacional logo após a guerra, mencionado em seu livro “O Milagre Alemão e o Desenvolvimento do Brasil”, favoreceu a entrada clandestina de fugitivos nazistas no país? As autoridades brasileiras foram coniventes nesse ponto, como parece ter ocorrido, pelo menos em parte, na Argentina e no Paraguai?

Não, eles foram independentemente disso. Os poucos fugitivos nazistas que foram para a Argentina, Paraguai e Brasil não tiveram muito significado lá. Nem foram através da importação da mão-de-obra. Além do mais, foram poucos os técnicos recrutados para o Brasil, bem menos por exemplo do que os alemães que foram para os Estados Unidos.

A CIA, que na época ainda se chamava OSS, recrutou seus agentes entre os integrantes do serviço secreto alemão, da Gestapo. Inclusive o chefe do serviço secreto dos EUA na Alemanha, logo depois da guerra, era um ex-agente do tempo do nazismo. Todos os agentes secretos da CIA na Alemanha foram recrutados nessa base porque, quando previu que a luta ia ser contra a União Soviética, a CIA tratou de recrutar os nazistas. E muitos foram para os Estados Unidos. Também a União Soviética, através da Alemanha Oriental, aproveitou muitos militares do tempo do nazismo.

Já no caso do Brasil, não há nenhuma ligação entre a busca de mão-de-obra qualificada na Alemanha e a entrada clandestina de fugitivos nazistas no país. Quanto a isso, a documentação de Mengele encontrada recentemente no Brasil – que eu ainda não conheço – não deve conter novidades. Trata-se de correspondência de pós-guerra, porque ele não levou documentos para lá, ele saiu fugitivo da Alemanha. Durante a guerra, sim, houve atividade nazista no Brasil, inclusive com serviço de espionagem, por conta do partido nazista, proibido em 1937.

E grande parte da colônia alemã no Brasil era simpatizante do nazismo, mas isso não teve maior importância. Não só os descendentes alemães e, sim, muitos brasileiros eram simpatizantes do nazismo. Isso não porque fossem pró-nazismo por convicção, mas sim porque eram contra a Inglaterra e os EUA. O nacionalismo na América Latina sempre foi basicamente, essencialmente, anti-americano. Daí porque tomou uma conotação esquerdista, como foi o caso de Vargas no Brasil e de Perón na Argentina no contexto bipolar da Guerra Fria, em que ser antiamericano parecia ser pró-soviético, ainda que não o fosse.

FONTEDeutsche Welle

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

79 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
ODST
ODST
5 anos atrás

Parei de ler na parte em que ele diz que o EUA deixou os japas atacarem Pearl Harbor…… Credibilidade ZERO!

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  ODST
5 anos atrás

Eu iria dizer exatamente isso! A maior calúnia que se levanta contra FDR é justamente acusá-lo de saber do ataque e ter permitido. E sustentar essa acusação derruba ainda mais a credibilidade de Moniz Bandeira isso sem falar, é claro, na excessiva condescendência com Getúlio Vargas.

Wilson Lobe Junior
Wilson Lobe Junior
Responder para  HMS TIRELESS
5 anos atrás

Mas que os Americanos retiraram os porta-aviões antes do ataque, isto eles fizeram sim!

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Wilson Lobe Junior
5 anos atrás

Os Porta-Aviões estavam em manobras, não foram retirados!

Paulo Drusnam
Paulo Drusnam
Responder para  Wilson Lobe Junior
3 anos atrás

A inteligencia britanica já tinha avisado os EUA sobre uma grande esquadra japonesa que se dirigia a Pearl Harbor.

Edison Castro Durval
Edison Castro Durval
Responder para  ODST
5 anos atrás

Crer em algo sem se aprofundar e coisa de terraplanista.
Achar que os EUA não usariam um fato “ataque japonês” a seu favor e errado, lhe recomendo estudar qual foi o fato que gerou a guerra Estados unidos x Espanha, talvez lhe ajude a abrir os olhos.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Edison Castro Durval
5 anos atrás

Você manda o amigo acima estudar, e eu lhe recomendo ser mais criterioso na compreensão e interpretação de texto……

Que FDR, que era favorável ao ingresso dos EUA na guerra ao lado dos aliados, se aproveitou do ataque isso é um fato amplamente conhecido. Entretanto é preciso lembrar que nas democracias modernas (os EUA foram a primeira) o Chefe do Executivo apenas pode declarar guerra se for autorizado pelo legislativo, que na época era dominado por isolacionistas que se opunham à participação do país no conflito. Contudo, há uma diferença enorme entre isso e saber do ataque e permiti-lo visto que isso é crime na seara tanto penal quanto na administrativa (o famoso crime de responsabilidade) e até hoje não surgiu nenhum indício sequer de que Roosevelt teria permitido o ataque japonês.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  HMS TIRELESS
5 anos atrás

“Chefe do Executivo apenas pode declarar guerra se for autorizado pelo legislativo”
Ah, é? Assim como Vietnam, Nicarágua, Granada, Panama, etc e etc?

Eduardo
Eduardo
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

Não houve declaração de guerra nesses casos.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

Todas essas intervenções foram autorizadas pelo congresso, até mesmo a do Vietnã depois do incidente do Golfo de Tonquim….

Voce devia se informar melhor….

ODST
ODST
Responder para  Edison Castro Durval
5 anos atrás

Edison

Aí é que está, eu disse o que disse justamente por já ter me aprofundado em praticamente todos os principais assuntos referentes a segunda guerra, e insisto em dizer que a afirmação deste senhor é no mínimo ridícula. De onde ele tirou essa informação, para começo de conversa? É achismo? Teoria conspiratória? Não me parece um fato.

Edison Castro Durval
Edison Castro Durval
Responder para  ODST
5 anos atrás

ODST, boa noite, hoje é aceito como verdadeiro o afundamento do encouraçado Maine pelos seus marinheiros, evento esse que culminou na declaração da guerra, só saberemos com certeza se o governo Americano sabia sobre o ataque no futuro, só quero dizer com isso que não tem santo no mundo da geopolítica, outros países fazem o mesmo, apenas isso.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Edison Castro Durval
5 anos atrás

Ou o Gulf Of Tomkin incident

PauloSollo
Responder para  ODST
5 anos atrás

Realmente absurda esta hipótese. Se os EUA soubessem de antemão do ataque e quisessem permiti-lo, poderiam retirar a maior parte da força que tinham lá para reduzirem as perdas, e não se submeterem a terem 5 couraçados e 3 cruzadores afundados, outros 6 vasos danificados e 188 aviões destruídos e 155 danificados.

francisco
francisco
Responder para  ODST
5 anos atrás

Os USA praticamente forçaram os Japão a atacar. Roosevelt anulou os acordos comerciais que mantinha com o império do Sol Nascente. Inicia o embargo de petróleo e de matérias-primas minerais fundamentais para a indústria de guerra japonesa, além de congelar os créditos que o Japão possuía nos Estados Unidos. No campo diplomático, iniciam-se conversões para obter a evacuação dos nipônicos da China e da Indochina – que fracassaram. O estado de guerra tornava-se latente.(https://www.terra.com.br/noticias/educacao/historia/segunda-guerra-mundial-japao-desafia-estados-unidos,c8554a6efdc1d310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html)

Assim como a derrubadas das torres gêmeas (que mais parecem uma implosão controlada) justificou o ataque ao Iraque, Pearl Harbor foi a justificativa para os USA atacarem o Japão. Se foram ataques de falsa bandeira não podemos afirmar, mas que há muita desconfiança disso, não se pode negar.

Brunow Basillio
Responder para  ODST
5 anos atrás

“que fora informado sobre o ataque e deixou que acontecesse.”
No passado li em algum lugar que houve um plano no governo Kennedy de alguns aviões (americanos) com a camuflagem de aviões soviéticos atacassem uma base americana , para que eles pudessem declarar guerra a URSS… É bem sinistro o “amor americano”..

Conan
Conan
Responder para  Brunow Basillio
5 anos atrás

Sinistro são as bobagens que certas pessoas leem e acreditam!

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  ODST
5 anos atrás

Really???
Acabei de ler um livro muito bom a respeito, que com documentos verdadeiros, depoimentos e etc simplesmente prova exatamente isso. O livro se chama Day Of Deceit.

Day Of Deceit: The Truth About FDR and Pearl Harbor https://www.amazon.com/dp/0743201299/ref=cm_sw_r_cp_apa_i_csKzCbE1S962S

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

Estamos falando da história, de fatos reais e documentados e não de conspiracionismo delirante…..

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

Moita, esse livro foi desbancado bilhões de vezes por distorção de fatos, construção de hipóteses sem fundamentos, fabricação de evidências, contradições, etc. Dê uma pesquisada por aí, vai encontrar bastante coisa. O livro é de 1999 e não explodiu como algo sensacional justamente por causa desses fatores que destróem a tese do autor.

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

Moita, se quiser saber mais, esse PDF aqui te dá uma luz:

http://www.artbarninc.org/REY/Stinnett.pdf

Oiseau de Proie
Oiseau de Proie
Responder para  ODST
5 anos atrás

“ODST

Parei de ler na parte em que ele diz que o EUA deixou os japas atacarem Pearl Harbor…… Credibilidade ZERO!

Leandro Costa

Bem, mais uma vez revisitei meu total desgosto pelo que esse cara escreve. Dizer que os EUA sabiam sobre o ataque à Pearl Harbor e deixaram acontecer é repetir mitos infundados sem qualquer embasamento.”

A neo-direita estadunidense havia perdido a fé na eficiência nazista contra o comunismo antes mesmo de Hitler se atolar em Stalingrado…os estadunidenses sabiam que era questão de tempo que os Russos chegariam a Lisboa…se não fossem contidos ao menos no meio do caminho…mas só havia uma forma de levantar o moral estadunidense pra entrar na guerra…sofrendo um ataque em território estadunidense…uma repetição do U.S. Maine, de 17 de fevereiro de 1898, copiado nas torres gêmeas…o código militar secreto japonês chamava-se “código púrpura”….os eua já haviam decifrado o código muito antes de qualquer ato belicoso e agiram da mesma forma que bush agiu para incriminar o Iraque derrubando as torres gêmeas…a força de inteligência estadunidense através do Serviço de Inteligência do Exército e da unidade OP-20-G do Escritório de Inteligência da Marinha tinha interceptado mensagens diplomáticas japonesas e tinham decifrado o código Púrpura…

o Japão foi forçado pelos eua a entrar em guerra…a expansão do império Japonês na Ásia ameaçava os interesses e influencias estadunidenses na região…com isso as ações japonesas fizeram com que os eua criassem embargos contra as importações nipônicas de metal e gasolina e fechassem o canal do Panamá a suas embarcações…a situação continuou a agravar-se e em 1941 o Japão avançou para o norte da Indochina(atual Vietnã, Laos e Camboja)…o governo estadunidense respondeu congelando todos os bens japoneses nos eua e iniciou um embargo completo as importações japonesas de petróleo…o petróleo era o recurso mais crucial do Japão devido aos seus próprios recursos petrolíferos serem bastante limitados e 80% das importações japonesas de petróleo provirem dos eua…

a Marinha Imperial Japonesa dependia inteiramente de petróleo importado…as negociações diplomáticas intensificaram-se quando os eua enviaram uma nota ao Japão no qual o primeiro-ministro Hideki Tojo descreveu ao seu gabinete como um ultimato…percebendo a ameaça dos poderes ocidentais que controlavam território no Pacífico e na Ásia Oriental para a sua segurança nacional o governo imperial japonês que tinha já opções militares preparadas decidiu executá-las entrando assim em guerra com os eua, o reino unido e a holanda…tendo já assinado o Pacto do Eixo com a Alemanha Nazi, a Itália fascista e outros países, o Japão teria de lutar contra os poderes aliados ao lado dos seus aliados…

as forças de inteligência e espionagem estadunidenses tanto civis como militares já tinham entre si informação suficiente para antecipar o ataque japonês semanas antes…tais informações poderiam ter colocado Pearl Harbor num alerta máximo e ter diminuído as perdas ou mesmo preparado a frota estadunidense para um contra-ataque aos porta-aviões japoneses…

como a gigantesca armada japonesa foi capaz de viajar milhares de quilômetros do Japão ao Havaí sem ser detectada?…claro que tudo foi uma farsa….na realidade não houve ataque furtivo algum… os eua fizeram um grande esforço para facilitar o ataque…no dia 27 de janeiro de 1941 Joseph C. Grew o embaixador dos eua para o Japão enviou uma mensagem para Washington afirmando que ele tinha descoberto que o Japão estava se preparando para ataca Pearl Harbor…. em 24 de setembro um despacho da inteligência naval japonesa para o cônsul geral do Japão em Honolulu foi decifrado….a transmissão revelava um pedido de uma grade com as localizações exatas de todos os navios em Pearl Harbour…..curiosamente Washington optou por não compartilhar essas informações com os oficiais em Pearl Harbour….em seguida em 26 de novembro o corpo principal da força de ataque japonês partiu para do Japão para o Hawai…

“Edison Castro Durval

Crer em algo sem se aprofundar e coisa de terraplanista.
Achar que os EUA não usariam um fato “ataque japonês” a seu favor e errado, lhe recomendo estudar qual foi o fato que gerou a guerra Estados unidos x Espanha, talvez lhe ajude a abrir os olhos.

ODST

De onde ele tirou essa informação, para começo de conversa? É achismo? Teoria conspiratória? Não me parece um fato.”

o mundo é uma conspiração permanente mas há pessoas que resistem a isto talvez por não suportarem a idéia de que o chão em que pisam não é firme e estável….e torcem o nariz…fazem deboche quando alguém sugere que a verdade não é aquela que o JN, a CNN, o New York Times disseram…a segunda guerra terminou mas a fome continua, a liberdade é cerceada, se morre de doenças, agora existem milhões de refugiados fugindo das matanças em seus países de origem, o mundo segue instável politicamente, a miséria é uma constante, o dinheiro virou Deus, o lucro é cultuado como divindade, os preconceitos aumentaram, as guerras não cessaram, o jogo das bolsas de valores empobrecem nações da noite para o dia…

“Edison Castro Durval

Guerra Estados Unidos x Espanha
O Álamo
Guerra do Vietnã
A história está cheia de ocorrência falsas que foram usadas para início de guerras, os EUA não são os únicos, vários países já fizeram isso.

Minuteman

Certamente, um presidente deixaria seu país ser atacado, milhares de mortos e feridos, dezenas de aviões destruídos e uma esquadra inteira afundada, só para ter pretexto pra entrar numa guerra. This is nonsense!”

No início dos anos 1960, quando a Guerra Fria estava no auge e o medo do comunismo era galopante, um plano chamado Operação Northwoods foi proposto dentro da CIA norte-americana. Em suma, ele apelou para o governo que realizasse uma série de ações terroristas violentas nas cidades E.U. incluindo atentados, seqüestros, motins falsos, e de sabotagem, que poderiam então ser atribuídos a Cuba. Isso iria angariar apoio para uma guerra contra os comunistas e levaria a uma eventual operação militar para eliminar Fidel Castro do poder. O plano foi elaborado e assinado pelo Joint Chiefs of Staff e apresentado ao presidente John F. Kennedy, que pessoalmente rejeitou, e foi posteriormente abandonado. Por muitos anos depois, a Operação Northwoods existiu como um rumor, mas foi finalmente revelada como sendo verdade quando os documentos ultra-secretos que descrevem o plano foram tornados públicos em 1997 como parte de um lançamento de papéis do governo relativos ao assassinato de Kennedy.

Terrorismo e o documento Northwood :

https://www.youtube.com/watch?v=grgvORYTfz0

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Oiseau de Proie
5 anos atrás

Errr… existem tantas coisas erradas com o que foi escrito aí que é difícil até saber por onde começar. Mas se estiver de boa fé, leia o PDF que eu postei para o Moita, já que sei que ele comentou de boa fé.

Mas no seu caso eu também tentaria pegar um mapa do Pacífico e fique atento para a escala do mapa para acompanhar o que está escrito.

Daniel Ricardo Alves
Daniel Ricardo Alves
Responder para  ODST
5 anos atrás

Afinal, o que custou para os americanos? Uns 5 mil marinheiros e alguns navios? Em poucos meses eles já tinham se recuperado de todos os danos e ao final da guerra, os EUA surgiram como a grande potência mundial dominante. A pergunta que você deve se fazer, meu amigo é: os EUA seriam a potência de hoje se não fosse por Pearl Harbor? Eu duvido!

Conan
Conan
Responder para  Daniel Ricardo Alves
5 anos atrás

Prezado Daniel, os EUA já era a maior potencia do mundo desde o final do seculo 19 e começo do 20.

colorado
colorado
Responder para  ODST
5 anos atrás

Prezados
No livro Roosevelt e Hopkins uma História da Segunda Guerra Mundial, Editora Universidade de Brasilia 1996, escrita por Robert Sherwood, assessor do presidente Roosevelt, é fato de que o governo americano sabia do iminente ataque japones aos EUA. O que não se sabia era onde o ataque iria ocorrer. Acreditavam que seria nas bases americanas nas Filipinas. Nada indicava que sabiam que seria em Pearl Harbor.
atenciosamente

Antoniokings
Antoniokings
5 anos atrás

E não duvide se um dia isso ocorrer, tivermos um monte de sujeitos vestidos de Batman, Capitão América e Superman saudando os invasores americanos na Avenida Paulista.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Quando eu cair ai de para-quedas serei recebido por milhares de Bolsominions vestidos de Tio Sam!!! Hehe

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Joao Moita Jr
5 anos atrás

E ainda vai ganhar um sanduíche de fllé mignon na sede da FIESP.
kkkkkkk

Matheus
Matheus
5 anos atrás

História velha já.

Leandro Costa
Leandro Costa
5 anos atrás

Bem, mais uma vez revisitei meu total desgosto pelo que esse cara escreve. Dizer que os EUA sabiam sobre o ataque à Pearl Harbor e deixaram acontecer é repetir mitos infundados sem qualquer embasamento. É o mesmo que dizer que a Guerra do Paraguai aconteceu porque o Brasil, à mando dos ingleses, tinha que freiar o desenvolvimento de uma potência regional em pleno crescimento e que ameaçava o mercado para produtos ingleses. É totalmente ridículo.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

Pode ser verdade ou não.
Lembro da lenda da frota americana no Brasil no Golpe de 64.
Tratou-se isso como fantasia, mas documentos recém divulgados mostraram ser verdade.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

A frota norte-americana sequer zarpou visto que em sua incompetência João Goulart logo caiu.

francisco
francisco
Responder para  HMS TIRELESS
5 anos atrás

Os documentos dizem o contrário.

Felipe S
Felipe S
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

O nome da operação era BrotherSam , e os militares americanos vieram com a frota a pedido dos militares brasileiros, e não para pressionar eles. Isto devido a parte dos generais ser de esquerda temiam que poderia haver uma guerra interna entre as próprias forças armadas do Brasil. Pouco é falado , mas muitos oficiais generais perderam o cargo após 1964 por serem a favor da esquerda na época.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  Felipe S
5 anos atrás

Não eram de esquerda. eram LEGALISTAS.
E apenas não se juntaram ao grupos de golpistas que assumiu o País.
O restante da história, nós já conhecemos.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Pior que aqui eu tenho que concordar contigo Xings! Os militares que se opuseram ao golpe de 64 eram de fato legalistas, tanto que inclusive eram anticomunistas ferrenhos. Um exemplo foi o Brigadeiro Moreira Lima.

Antoniokings
Antoniokings
Responder para  HMS TIRELESS
5 anos atrás

Levou o meu like.
À época dos fatos e até um pouco antes na época de Getúlio em 1954, tínhamos grandes nomes nas Forças Armadas. Marechal Lott, Brigadeiro Rui Moreira Lima, General Caiado de Castro, General Estilac Leal, Almirante Aragão e muitos outros que honraram suas fardas e seu compromisso com a legalidade.

Victor Filipe
Victor Filipe
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Mesmo que os EUA quisesse uma desculpa para a guerra, saber do ataque seria muito mais benéfico pra eles do que fingir não saber, sabendo do ataque eles poderiam preparar uma defesa adequada de Pearl Harbor e de todas as outras ilhas sobre autoridade americana que foram invadidas no pacifico em especial as Filipinas.

Os EUA teria seus Casus Belli, teriam sofrido menos perdas e conseguiriam infringir uma derrota ainda mais rápida nos japoneses (que não teriam tido o tempo que tiveram pra literalmente fazer uma festa no pacifico)

Use seu cérebro pelo menos uma vez kings

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Estude mais e veja o absurdo que é isso. Por mais que Roosevelt tivesse deixado claro que, caso um estado bélico existisse entre os EUA e o Império do Japão, ele preferiria que os japoneses dessem o primeiro tiro, isso não significa em absoluto que ele esperasse algo do nível de Pearl Harbor. No máximo, o que Roosevelt e a cúpula militar americana esperavam, era que houvesse alguma agressão ao como o que aconteceu com o USS Panay (se não sabe o que foi esse incidente, procura no google), e nunca, jamais um ataque do tamanho e audácia do que aconteceu em Pearl Harbor. No máximo, alguma ação perto das Filipinas.

De qualquer forma, perto da data do ataque, diversas mensagens foram enviadas aos comandantes das unidades no Pacífico, para tomarem as devidas precauções para defenderem seus comandos. Mas o caso de um ataque à Pearl ser tão absolutamente incrível, que não passou pela cabeça de ninguém que Pearl Harbor poderia ser o alvo. Os próprios Japoneses sabiam disso e imaginavam os riscos altíssimos que supostamente estariam enfrentando ao se aproximarem tanto assim do núcleo de toda a frota do Pacífico. Poderiam ter topado com algum porta-aviões americano enquanto o grosso de suas aeronaves estava realizando o ataque, ou ainda pior, antes que chegassem na posição de lançamento, o que certamente comprometeria TODA a aviação naval japonesa, e é justamente por causa desses riscos que Nagumo nunca enviou a famosa terceira onda de ataque e trouxa a Força-Tarefa de volta ao Japão sem ter cumprido a missão.

Então se deseja acreditar em lendinhas ridículas sem embasamento histórico, vai nessa. Não vai ser a primeira vez que você faz isso.

francisco
francisco
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

O natural seria um ataque a base norte americana em Pearl Harbor. Nunca os japoneses iriam atacar diretamente o continente norte-americano. Alguem por acaso acredita que os serviços secretos norte-americanos não sabiam disso? eles apenas queriam uma justificativa.

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  francisco
5 anos atrás

Naturalmente você não sabe o que está falando. Mas faz parte, com o tempo e paciência se aprende bastante por aqui.

Minuteman
Minuteman
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Kings, seus comentários nunca fazem sentido.

Lyw
Lyw
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Exatamente, a fundamentação desta teoria pode ter seus percalços, mas não dá para simplesmente desacreditá-la completamente. O caso citado pelo Antoniokings é um exemplo, muitos pró-americanos ficavam loucos com a afirmação de ter sido possível um ataque (não exatamente uma invasão) ao Brasil em 1964 e depois apareceram documentos que comprovavam de vez a tese.

Achei essa citação muito interessante:
“O nacionalismo na América Latina sempre foi basicamente, essencialmente, anti-americano. Daí porque tomou uma conotação esquerdista, como foi o caso de Vargas no Brasil e de Perón na Argentina no contexto bipolar da Guerra Fria, em que ser antiamericano parecia ser pró-soviético, ainda que não o fosse.”

Por isso, até hoje no Brasil, se você tece qualquer crítica a algo norteamericano, logo você é um esquerdopata comunista pró-Rússia.

João Adaime
João Adaime
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Caro Antônio
Quais seriam estes documentos recém-divulgados? E o que seria “recém-divulgado”? Uns 30 anos?
Porque eu tenho telegramas trocados entre o Pentágono e a Embaixada dos EUA em Brasília, referentes à Operação Brother Sam, desde o final do século passado. E peguei-os, se não me engano, junto à Biblioteca do Senado.
A tal lenda e fantasia foi revelada logo depois de 1964. Ninguém escondeu nada.
Abraço

Jagderband#44
Jagderband#44
Responder para  Antoniokings
5 anos atrás

Engraçado, com esse papinho, você parece um camarada que conheço que trabalha no INPI RJ.

Edison Castro Durval
Edison Castro Durval
Responder para  Leandro Costa
5 anos atrás

Guerra Estados Unidos x Espanha
O Álamo
Guerra do Vietnã
A história está cheia de ocorrência falsas que foram usadas para início de guerras, os EUA não são os únicos, vários países já fizeram isso.

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Edison Castro Durval
5 anos atrás

Você está citando casos totalmente distintos. É bom lembrar que, no caso da Segunda Guerra Mundial, os EUA se prepararam para, caso entrassem na Guerra, lidarem com a Alemanha primeiro. O ataque Japonês os pegou de calças curtas em relação à isso. Ainda não estavam nem de longe preparados para isso. Por ‘sorte’ Hitler se empolgou e declarou Guerra aos EUA poucos dias depois.

O Álamo é totalmente diferente de tudo. Os EUA inclusive não tiveram influência NENHUMA em fazer com que os Texanos resistissem por lá, mas depois da incorporação do Texas, isso virou parte da História deles.

E ora vejam só, o que é o Brasil quando se decide esse tipo de coisa? Os EUA e a Inglaterra atacaram unidades Francesas apenas para poderem implementar uma linha logística para atacar o Eixo no Mediterrâneo. Felizmente os Franceses viraram a casaca rapidamente, mas algum estrago foi realmente feito.

Minuteman
Minuteman
5 anos atrás

Certamente, um presidente deixaria seu país ser atacado, milhares de mortos e feridos, dezenas de aviões destruídos e uma esquadra inteira afundada, só para ter pretexto pra entrar numa guerra. This is nonsense!

Daniel Ricardo Alves
Daniel Ricardo Alves
Responder para  Minuteman
5 anos atrás

Ah, meu amigo . . . Se existisse apenas “preto e branco” não haveria agências de inteligência e forças especiais no mundo.

Alessandro
Alessandro
5 anos atrás

Vargas neutralista ? Simpatizante dos regimes de Mussolini e Hitler, e ele era neutro? Adotou até a CLT fascista do Mussolini aqui no Brasil, na qual até hoje é amada pela esquerda “anti-fascista” rsrs… nem consegui ler o restante.

francisco
francisco
Responder para  Alessandro
5 anos atrás

Você quer dizer então que todos os trabalhares brasileiros são de esquerda? porque quem defende a CLT são s assalariados e os juízes do trabalho.

Carlos Campos
Carlos Campos
Responder para  francisco
5 anos atrás

o Brasileiro não consegue nem dizer o que salário mínimo, fascismo e etc, ele só acham bom pq não entendem nada disso.

Marcos
Marcos
5 anos atrás

“O governo Vargas era neutralista”

Era tão neutralista que deportava judeus e negava a entrada deles em território brasileiro, o que vitimou milhares de famílias. A própria deportação de Olga Benário é um exemplo clássico das relações entre o Brasil e a Alemanha Nazista.

A trilogia deveria fazer uma matéria sobre o Corredor Triplo A e deixar esses malucos revisionistas para o inferno historiográfico.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Marcos
5 anos atrás

Bem lembrado! Vargas era abertamente pró-fascista tendo inclusive inaugurado a sua própria versão do mesmo no Estado Novo. E apenas rompeu com a Alemanha não por causa de suas supostas habilidade diplomáticas mas sim porque os EUA ameaçaram invadir o Nordeste caso ele não permitisse a instalação de bases militares.

Alex Nogueira
Alex Nogueira
5 anos atrás

Não há dúvidas que a ideia de invadir o Brasil tenha passado pelo Pentágono, pois, se o Brasil se bandeia para o lado do Eixo, poderiamos ser um grande problema para os Aliados, enfim, qualquer país que preze pela sua segurança, precisa estar constantemente atento a todas as direções possíveis, ainda mais com uma Guerra (G-u-e-r-r-a) se desenrolando.

É um olho no peixe e outro no gato.

Só os mais preparados sobrevivem.

Lucas Senna
Lucas Senna
Responder para  Alex Nogueira
5 anos atrás

A parte do plano de invasão é a unica coisa real que ele disse na entrevista. E isso não é novidade nenhuma, o plano de nome “Plan Rubber” já foi aberto pelos próprios americanos a muitos anos, eles mapearam uma série de alvos no norte e nordeste apontando as forças brasileiras no local, dificuldades geográficas da invasão e chegaram até a ensaiar o ataque na Flórida, ensaio esse que foi um fracasso absoluto. Eles temiam inclusive que mesmo com uma resistência bem fraca, com equipamentos e números inferiores, fossem repelidos e sofressem baixas catastróficas. No fim acabou arquivado e optou-se pela alternativa muito mais sã de usar a pressão diplomática.

Caio
5 anos atrás

” em que ser antiamericano parecia ser pro soviético, ainda que não fosse” Assim acabou- se com o nacionalismo produtivo no Brasil; e tudo ficou entre direita e esquerda; em qualquer dos lados mais idéias estrangeiras( em suas faces menos produtivas) e muito menos Brasil.

Rafael_PP
Rafael_PP
5 anos atrás

Moniz Bandeira é ligeiramente citado no muito interessante 1964: O Elo Perdido. Seus artigos e palestras eram muito requisitados em eventos organizados pela StB no Brasil…

Victor Filipe
Victor Filipe
5 anos atrás

“os alemães atravessariam o Atlântico e a guerra entraria no Brasil…”
Iriam fazer isso com qual marinha? a Krigsmarine não tinha 20% do tamanho da Royal Navy. quanto mais da US Navy… tirando os U-Boats navios capitais alemães tiveram pouco sucesso na guerra.

Os 4 Principais navios da Krigsmarine na guerra:
Gneisenau: Foi danificado na operação Cerberus. entrou em doca no ano de 1942 e de lá não saiu até o fim da guerra

Scharnhorst: afundou em 1943

Bismarck: Afundou em 1941

Tirpitz foi oque mais teve sucesso durante toda a guerra. ficou inteiro até 1945.

O Alto comando da Krigsmarine sabia que não poderia se quer desembarcar na Inglaterra simplesmente porque a Royal Navy existia.

A Royal Navy tinha navios suficientes para cortar a força de desembarque alemã ao meio e sustentar as perdas de tal feito.

Humberto
Humberto
5 anos atrás

Os EUA quando entraram na SG II, possuiam duas frentes, a do pacífico e da Europa MAS os primeiros combates dos Americanos contra os Alemães foi no norte da África, onde a duras penas, os americanos começaram a aprender a lutar (sim, os primeiros combates americanos foram terríveis para eles, tiveram todo o tipo de problema, desde falta de estratégia, comunicação, logística a problema no programa dos soldados). Como a primeira fase da guerra exigia um fluxo constante de equipamentos, suprimentos e tropas para o norte da África, e sendo o Nordeste o caminho mais curto, nada mais natural que os militares americanos quisessem utilizar isto.
Se o Brasil não tivesse permitido a entrada dos Americanos, eles iriam entrar do mesmo jeito e sinceramente, não acredito que os americanos estivessem TÃO preocupados com o generais brasileiros. Também não vejo os americanos preocupados com uma possível invasão nazista, a marinha Alemã era nitidamente inferior a marinha Inglesa e Americana, se os Nazistas não conseguiram passa o canal da mancha, como iriam fazer para chegar ao Brasil? Agora, concordo que existia a preocupação dos americanos que o Brasil voltasse ao Eixo, mas não deve ter tirado o sono do Roosevelt.
Quanto aos militares brasileiros terem sido influenciado pelos americanos, com certeza, mas até onde eu sei, não foram catequizados a força, viram o american way e gostaram do que viram.

Delfim
Delfim
5 anos atrás

Como sempre a esquerda tupiniquim incensa o fascista Getúlio, depois fica ofendidinha quando se comenta que “fascismo é de esquerda”.

Sequim
Sequim
Responder para  Delfim
5 anos atrás

Geralmente eu não me manifesto, mas desta vez irei fazê-lo. Eu sou de esquerda, democrático e anti-fascista por convicção. Não se trata de incenssar Vargas, mas sim reconher o valor de um governo que pensou um Brasil melhor. À época de Vargas, o Brasil era um imenso cafezal atrasado, com a maioria da população levando uma vida dura no campo , e tendo de vir para as cidades em busca de vida melhor. Sei disso não de ouvir dizer, mas como exemplo bem real , pois meu pai e minha mãe foram dois desse povo da “roça ” que vieram para a cidade do Rio de Janeiro em busca de melhores condições. Qualquer governo que vise à melhoria das condições de vida do povo tem o meu respeito. Dizer que essa ou aquela ideologia é fascista somente porque defende esse ou aquele governo é de uma pobreza intelectual absurda.

Peter nine nine
Peter nine nine
Responder para  Sequim
5 anos atrás

Concordo

Alex Nogueira
Alex Nogueira
Responder para  Sequim
5 anos atrás

Sequim, aproveitando que você é declaradamente de esquerda, gostaria de saber, se você me permitir, o que você vê de “melhor” no regime, o que te fez peferir essa posição ideológica?

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Sequim
5 anos atrás

Ao contrário do que você afirma o governo Vargas era sim fascista sendo que ele e muitos dos seus ministros eram abertamente entusiastas da ideologia de Mussolini e Hitler. E tanto Vargas era fascista que “pensando em um Brasil melhor e visando melhorar as condições de vida do povo” ele instaurou a ditadura do Estado Novo, oportunidade em que os brasileiros não apenas foram brindados com a constituição mais autoritária de todos os tempos (a constituição de 1937, vulgo “polaca”) como a própria Federação foi abolida (os Estados passaram a ser administrados por interventores, o mais famoso foi Adhemar “rouba mas faz” de Barros). E como costumava dizer o insuspeito Barbosa Lima Sobrinho (Jornalista e Advogado) era mais fácil você conseguir libertar um preso político durante a ditadura militar do que na época do Estado Novo cabendo lembrar que as estatísticas de mortos pelo aparato repressivo durante esse período (1937 a 1945) chega à casa de 1.000 enquanto durante os 21 anos de ditadura militar foram mortas algo em torno de 450 pessoas.

E reforçando ainda mais o caráter fascista do regime de Vargas (e colaboracionista com o eixo) cumpre lembrar a vergonhosa extradição de Olga Benário, comunista, judia, grávida e indefesa, para que fosse morta no campo de concentração de Bernburg e a Circular 1.127 que, alinhada com os interesses de Hitler, restringia a entrada de judeus em nosso país e que foi solenemente ignorada por Aracy de Carvalho Guimarães Rosa (mulher do escritor Guimarães Rosas) o que valeu a inclusão do seu nome no Jardim dos Justos entre as Nações em Israel

Por fim a justificativa de que “pensavam em um Brasil melhor” ou que visavam melhorar as condições de vida do povo” não pode ser jamais utilizada para absolver regimes ou ciclos políticos. Aliás essas mesmas justificativas são utilizadas pelos defensores do atual governo de turno para justificar os desmandos da ditadura militar ( violações de direitos humanos, corrupção, recessão, hiperinflação e piora na educação) e por outros para justificar os malfeitos do ciclo político havido de 2003 a 2016 (corrupção, recessão, desemprego, depredação institucional).

DaGuerra
DaGuerra
5 anos atrás

8 de maio? Significa nada? Claro…mais um comunista inoculando veneno na “cambada de mestiços vira-latas brazileiros”…

Peter nine nine
Peter nine nine
Responder para  DaGuerra
5 anos atrás

Brasileiros com z?

Dr. Mundico
Dr. Mundico
5 anos atrás

De certa forma,o ataque a Pearl Harbour era pedra cantada, pois diante da asfixia econômica do Japão, escassez de matérias primas e do seu eventual bloqueio aos mercados mundiais, a guerra seria a sua única opção. Era questão de sobrevivência, até mesmo para alimentar uma população crescente.

Para piorar o quadro, uma elite militar dominava a cena política e mantinha o imperador praticamente refém como um fantoche divino. Exército e Marinha japoneses tinham delírios expansionistas e talvez o almirante Yamamoto fôsse a única pessoa sensata no país, pois sabia que o Japão não aguentaria uma guerra na imensidão do Pacífico.

Enfim, os EUA sabiam disso mas parece que não perceberam o “timing” do ataque, embora soubessem que ele viria.

Leandro Costa
Leandro Costa
Responder para  Dr. Mundico
5 anos atrás

O problema é que simplesmente não se imaginava que um ataque viria em Pearl Harbor. Roosevelt ainda tinha esperanças na negociação e esperava que mostrar a bandeira em determinados locais do Pacífico fosse atenuar as intenções japonesas. Mas esperava-se que se um ataque viesse, este fosse focado em algum outro lugar do pacífico, bem mais próximo do extremo oriente. Houve, inclusive, uma lista feita pela ONI que indicava locais onde os japoneses poderiam tentar atacar, e o Havaí simplesmente não estava na lista.

Pouco antes do ataque, conseguiram identificar através de triangulação e interceptação de sinais, um comboio de navios japoneses se dirigindo para o que hoje é a Tailândia. Os Americanos imaginavam que este seria o ataque japonês porque foi a última confirmação de posição de alguma unidade naval japonesa se movimentando. Inclusive respiraram aliviados com isso, porque algumas das outras opções seriam Malásia e e talvez até um ataque ‘diversionário’ nas Filipinas. Mas nada nem remotamente próximo do Havaí.

Edison Castro Durval
Edison Castro Durval
5 anos atrás

Fernando, bom dia, também acho que é mais ou menos isso, talvez até mesmo soubesse que o objetivo fosse Pear Harbor, só não teriam idéia que o ataque seria tão forte e eficaz.
É como no caso do 11 de Setembro, o governo foi avisado sobre os terroristas que teriam entrado no país para fazer um ataque, talvez por acreditar que não conseguiriam destruir nada ou por não terem como impedi-los nada foi feito e fica a teoria da conspiração de que sabiam e deixaram acontecer.

Helio Eduardo
Helio Eduardo
5 anos atrás

ODST, uma das teorias mais aceitas era de que Washington suspeitava do ataque, afinal as ações americanas em relação ao Japão deixavam este em situação ruim, mas jamais um movimento tão forte e devastador. Na realidade, um ataque a Pearl era inconcebível.

A verdade absoluta sobre isso jamais saberemos, pois admitir uma falha ou mesmo que, intencionalmente, se deixou o Japão tomar a iniciativa (esperando que um ataque a alguma ilha afastada fornecesse o pretexto para a entrada dos EUA na guerra) seria admitir a perda de vidas americanas por manobras políticas.

Eu, particularmente, não acredito que pudessem ir tão longe, arriscar a Esquadra do Pacífico e a própria defesa da costa dos EUA, por política e a busca de pretextos. Só não posso negar que o fato de que a inteligência não conseguir achar toda a Esquadra Imperial, todos os longos preparativos e a sua aproximação à mais vital base aeronaval no Pacífico favorece teorias conspiratórias.

O fato é que o 07 de dezembro de 1941 deu aos EUA o pretexto que ele buscava para entrar na II Guerra. A partir daí, só podemos divagar conforme a orientação ideológica.

Mas não desqualifico o artigo por isso. Aliás, achei-o bem interessante, houve um pragmatismo positivo por parte do governo, algo raro em se tratando de Brasil. No mais, nos relembra que, todos são muito amigos até que os calos apertem e a nação que dorme desprotegida hoje, confiando nas amizades, pode ser tomada amanhã.

Pavil
Pavil
5 anos atrás

É notória a presença americana em santarem e manaus, desde a década de 30. Muito se conta dos sistemas de rádios nos telhados, até os bispos e padres eram todos americanos.

Marcos Neves
Marcos Neves
5 anos atrás

Ótima entrevista. Já anotei o nome dos dois livros para serem comprados.

Carlos Campos
Carlos Campos
5 anos atrás

Vargas Neutralista kkkkkkkkkkkk ele era fascista, adorava o Mussolini, assim como o Hitler. sobre pearl harbor ter sido sacrificado para os EUA entrarem na guerra eu acredito que é vdd.

LucianoSR71
LucianoSR71
5 anos atrás

Só p/ esclarecer onde estavam os PA’s no momento do ataque a Pearl Harbor?
– Enterprise: levando 12 Wildcats e 13 pilotos p/ a Ilha Wake.
– Lexington: levando caças p/ Midway.
– Saratoga: recebendo seu grupamento aéreo em San Diego, após sua modernização que durou 7 meses.

Oganza
Oganza
5 anos atrás

Prof. Moniz Bandeira, mais um dos ilustres comunas “desconhecidos” que ferraram com tudo. Esse comuna foi um dos fundadores do Polop, Moniz Bandeira tem sangue de inocentes nas mãos – Vejam o que foi o Polop – A Trilogia descambou e se desconectou por completo da realidade… tristeza.

Daniel Ricardo Alves
Daniel Ricardo Alves
5 anos atrás

Vargas foi bastante inteligente. Fez a maré virar a nosso favor e começar a industrialização do país às custas dos americanos. Um golpe de mestre! Foi uma pena a forma como ele acabou . . .

soldat
soldat
5 anos atrás

Ótima matéria..Sensacional…falou tudo….viva a Getúlio Vargas so errou por quer foi obrigado a entrar na guerra contra a Alemanha depois que os Âmis afundaram os nossos navios mercantes…