A ascensão imprevisível da China
(Artigo de Daniel Blumenthal, diretor de Estudos Asiáticos no American Enterprise Institute. Entre 2001 e 2004 foi o diretor sênior para China, Taiwan e Mongólia do Departamento de Estado Americano)
Desde o fim da Guerra Fria, Pequim vê os Estados Unidos como seu principal rival geopolítico, mas o governo de Washington só recentemente despertou para essa competição estratégica. Mas à medida que os observadores americanos começam a ver as ambições da China com mais clareza, eles também começaram a diagnosticar erroneamente os desafios que representam. Cientistas políticos estão discutindo a “teoria da transição de poder” e a “armadilha de Tucídides”, como se a China estivesse prestes a eclipsar os Estados Unidos em riqueza e poder, deslocando-os no cenário mundial. Existem dois problemas contraditórios com essa visão.
A primeira é que não é assim que os próprios chineses entendem sua ascensão. Quando o presidente chinês, Xi Jinping, pede que os chineses realizem o “sonho chinês de rejuvenescimento nacional”, ele está articulando a crença de que a China está simplesmente reivindicando sua importância política e cultural natural. A China não está, como já foi dito da Alemanha Imperial depois de sua unificação, “buscando seu lugar ao sol”. Em vez disso, está retomando seu lugar de direito como o sol.
A segunda é que é a questão em aberto se a China alcançará o rejuvenescimento diante de uma economia aparentemente estagnando e de um facciosismo partidário. Xi é mais poderoso que seus antecessores, mas seu domínio também é mais frágil. O Partido Comunista Chinês (PCC) enfrenta há tempos uma crise de legitimidade, mas a transformação da China em um estado policial de alta tecnologia pode acelerar essa crise. Esses fatores se combinam para tornar a China mais perigosa no curto prazo, mas também menos competitiva a longo prazo. Isso significa que a República Popular da China percebe uma oportunidade de “grande renovação”, mesmo que seja menos poderosa do que se esperava.
Xi pode desacelerar ainda mais o crescimento da China. Ele acelerou uma mudança política na China que focou mais na “Manutenção da Estabilidade” (“WeiWen”) e menos no crescimento. A mudança de “reforma e abertura” para “manutenção da estabilidade” é anterior a Xi. Tudo começou quando Jiang Zemin e Zhu Rongji, sucessores de Deng Xiaoping, terminaram o trabalho de reformar a economia e garantir a adesão da China à Organização Mundial do Comércio em 2001. Seus sucessores, Hu Jintao e Wen Jiabao, não suportaram os ataques à reforma e à abertura da Nova Esquerda – uma coalizão de marxistas não reconstruídos e conservadores do PCC – e Hu começou a reverter reformas econômicas chave. Isso permitiu que o setor estatal reafirmasse seu domínio sobre a economia chinesa.
O boom no início dos anos 2000 fez parecer que a China estava inexoravelmente ascendente. Ela contava com uma força de trabalho massiva, um substancial investimento de capital e grandes empresas estatais vasculhando a terra em busca de recursos e inundando os mercados ocidentais com produtos chineses. O que muitos observadores não perceberam na época, no entanto, foi o acúmulo substancial de dívidas da China, em grande parte devido a empréstimos ruins e investimentos não lucrativos. Isso tornou a economia mais dependente do crédito interno para financiar o investimento e o consumo estrangeiro para comprar os bens produzidos pelo investimento excessivo e mal alocado.
O novo modelo econômico da China de superinvestimento financiado pela dívida foi agravado pela crise financeira de 2008. Na época, a maioria dos analistas americanos acreditava que a China estava pronta para ultrapassar os EUA. Mas esses não perceberam quão em pânico a China estava durante a crise: seus mercados externos secaram, então se voltaram para o crédito interno para estimular o crescimento. A China acumulou ainda mais dívidas através de um pacote de estímulo massivo. A experiência parece ter convencido os líderes chineses de que o tempo não estava mais do lado deles e de que eles precisavam obter ganhos rápidos. A partir da crise financeira, a assertividade da China refletiu não uma confiança em seu destino, mas sim uma insegurança básica. A vigorosa afirmação da China das reivindicações territoriais cresceu a partir de seus problemas econômicos, da desintegração política e da implementação do amplo regime de manutenção da estabilidade.
Xi não apenas herdou uma economia enfraquecida, mas também uma elite política fragmentada. Enquanto a sucessão de Hu Jintao estava se desdobrando em 2012, o PCC enfrentou uma de suas maiores crises políticas. A resposta de Xi à dupla crise econômica e política foi uma feroz campanha anticorrupção destinada a expulsar os quadros de maneira invisível desde Mao Tse-Tung. A organização desta campanha fortalece o WeiWen. Ele transformou sua campanha anticorrupção em uma ferramenta adicional de controle social e político. Ele foi muito além de apenas mirar em quadros e empresários corruptos e pediu a “limpeza completa de três estilos de trabalho indesejáveis – formalismo, burocratismo e extravagância”.
Os novos arranjos políticos e institucionais tornam muito difícil para a China retornar às reformas através do mercado. Reformas exigem menos controle sobre o fluxo de informações, ideias, pessoas e capital. Mudanças no sistema de avaliação de quadros também são fundamentais; se os quadros são avaliados com base na manutenção da estabilidade, em detrimento das metas de alto crescimento, há menos incentivos para a reforma do mercado.
Essas políticas não são o trabalho de um florescente Partido Comunista Chinês. Muito pelo contrário. O partido parece se sentir mais sitiado e ameaçado do que em qualquer outro momento desde o episódia da Praça Tiananmen. Xi efetivamente assumiu os tribunais, a polícia e todos os para-militares internos e secretos e outras agências de controle interno. Não há dúvida de que ele fez inimigos poderosos entre as elites que estão prontos para derrubá-lo caso a oportunidade apareça.
Apesar do enfraquecimento da economia chinesa e dos crescentes problemas políticos, em 2012 Xi afirmou que o país estava entrando em um “novo horizonte para a grande renovação da nação chinesa”. O discurso de Xi colocou o PCC firmemente na história da civilização chinesa de 5.000 anos e estabeleceu seu objetivo é continuar a luta pela grande renovação da China após a queda do Império Qing. O PCC sempre teve problemas para lidar com o passado imperial da China, que geralmente era governado por uma ordem ética e política confucionista. Mao, por exemplo, liderou uma revolução em parte contra o feudalismo dessa ordem passada. Enquanto Xi não abandonou as táticas maoístas, ele descartou essa interpretação da história. Em vez disso, ele apresentou o PCC não como revolucionário, mas sim como parte da longa e contínua história de uma China que fez “contribuições indeléveis para o progresso da civilização humana”. Xi está, portanto, mais disposto do que seus antecessores a destacar a centralidade geopolítica natural da China.
A aspiração principal de Xi a esse respeito é a Iniciativa “Um Cinturão, Uma Rota (ICR). O principal objetivo do ICR é expandir as redes políticas e econômicas globais chinesas e assegurar uma posição mais ativa na “governança global” sem esperar que o Ocidente dê à China mais papéis e responsabilidades nas instituições existentes.
Como parte de seu esforço para vender a renovação, Xi tem se esforçado para recuperar as posses anteriores da dinastia Qing e expandir suas reivindicações marítimas para garantir as principais linhas de fornecimento. Xi construiu ilhotas, militarizou o Mar do Sul da China e manteve a pressão sobre o Japão no Mar da China Oriental.
O grande legado geopolítico de Xi e Hu será o de que eles dirigiram a China, um império continental, cujos mapas atuais parecem muito semelhantes aos dos Qing, para se voltarem para o mar. A China tem uma área de 3.700.000 milhas quadradas e tem 14 fronteiras terrestres – mais do que qualquer outro país – inclusive com a Rússia, Índia, Vietnã e Coréia, todos inimigos militares no século XX. Dada a manutenção de seus problemas no oeste, a virada da China para o mar pode vir a ser tão devastadora para o mundo quanto a decisão da Alemanha imperial de entrar em uma competição naval com a Inglaterra. Uma China decadente poderia apressar este processo por várias razões, incluindo seu desejo de reconstruir a legitimidade nacional.
À medida que a economia da China desacelera e suas políticas se consolidam em torno de um novo estado policial de alta tecnologia, o partido não pode sustentar todas essas ambições. Os esforços do WeiWen e do combate à corrupção esgotarão a burocracia à medida que o partido faz o mesmo. E Washington pode tornar muito difícil para um império continental ter sucesso no mar. Além disso, embora a abordagem política de Xi possa ter lidado com a crise de curto prazo, ela agravou os riscos políticos da China no longo prazo. Xi eliminou as reformas institucionais de Deng, que mantiveram alguma estabilidade no sistema de governança do PCC.
Enquanto legisladores e acadêmicos ficam impressionados com o que a China realizou desde 1978, eles também devem continuar a examinar o funcionamento interno do sistema em busca de sinais de problemas à frente.
A China hoje compensa a ausência de princípios ou ideologias políticas atraentes criando um novo império do medo, e mostrando apelos cada vez mais estridentes a um nacionalismo imperialista. Isso não quer dizer que a China entrará em colapso, mas Xi mudou a dinâmica interna da nação. O resultado é um curso muito menos previsível para o Império do Centro do que as teorias materialistas da ciência política poderiam prever.
Excelente artigo. Complexo e sem melindres.
A primeira coisa que de se deve atentar é que economia liberal( mesmo no molde chinês) ter liberdade para investir e consumir, não combina com conservadorismo político( falta de liberdade política, sem eufemismo).
A juventude que cresce consome e enriquece vai cobrar também mais liberdade de agir; e a resposta do governo tem sido contrária a isso; o que se complica com o freio no crescimento do país, mais aumento de tensão com vizinhos, se tudo continuar assim, qual será o resultado?
Nova retração as suas fronteiras( seu histórico isolamento) parece pouco provável.
Mudança de paradigma, do conservadorismo político para mais liberdade? Melhor hipótese para o Globo.
Intensificar o expansionismo para garantir matérias primas e mercado consumidor; o mais provável.
Eu acho que um dos maiores problemas da china é ainda estarem presos a essas figuras messiânicas e este lider não disfarça um gosto por isso, algo que não é nem um pouco saudável, nem pra eles e ninguém.
“A primeira coisa que de se deve atentar é que economia liberal( mesmo no molde chinês) ter liberdade para investir e consumir, não combina com conservadorismo político( falta de liberdade política, sem eufemismo).” eu buguei nessa parte, se os conservadores, os raízes mesmo, não me venha com éneas, bonoro, são defensores da liberdade individual e livre comercio.
Realmente você esta bugado mesmo, não escreve nada com nada.
Concordo. A literatura economica também. Bom ressaltar que não é só para China, Brasil também, por óbvio.
Duas 2 que não existem na China: conservadorismo político, isso não existe, pois trata-se de uma ditadura comandada pelo Comitê Central Comunista. Liberalismo econômico é algo que não existe na China, trata-se um país simbolo de economia de Estado, não capitalismo de mercado, aberto e desregulado, há grande intervenção e isso resulta em uma economia totalmente estranha, com práticas incomum e distorções. O forte da China é a mão de obra, crédito fácil, investimento em pesquisa (educação e mão de obra) e o barateamento em geral dos negócios.
Podem chorar na cama, que é quentinho. A China é o futuro, a Ásia é o futuro. E a Rússia estará ao lado da China, respeitando-se e como iguais.
Seja bem vinda à liderança, China.
Tomara que você não seja e não aja como os EUA, China. Mas não agirá, tenho certeza disso.
Se o Brasil não fosse tão vira-lata, poderia também se tornar uma das nações líderes do mundo e a gente não iria ter que saber, obrigatoriamente, falar inglês, outros países que sofreriam para aprender português.
Mas enquanto tiver os idiotizados pró-EUA, maioria do público daqui, o Brasil será sempre assim. Que sirvam aos EUA como querem, que sejam escravos e papa-ovos deles, sempre.
Pelo que você escreve, parece que você também é um “idiotizado”. Só que no seu caso pró-China ou pro-Russia. Um sujo falando do mal lavado.
“Podem chorar na cama, que é quentinho. A China é o futuro, a Ásia é o futuro. E a Rússia estará ao lado da China, respeitando-se e como iguais.”
China respeitando a Rússia como igual? É verdade esse “bilete”? A verdade é que em pouquíssimo tempo a Rússia será engolida pela China, em um típico processo de fagocitose que irá começar pela Ásia. Será a história, sempre teimosa, a mostrar que a Rússia sempre foi mestre em fazer péssimas alianças que lhe custam muito caro logo ali na frente. Lembra do pacto Ribbentropp-Molotov?
“Se o Brasil não fosse tão vira-lata, poderia também se tornar uma das nações líderes do mundo e a gente não iria ter que saber, obrigatoriamente, falar inglês, outros países que sofreriam para aprender português.”
Como, através “duzbriqui”? esqueça pois tal “bloco” foi e é apenas uma sopa de letrinhas criada por um banqueiro para direcionar o capital especulativo nômade, e que antes de perder a relevância apenas servia para Rússia e China parecessem “fortes” em suas contendas com os EUA.
Passe a acreditar nisso. O apetite chinês é insaciável. E uma das bolas da vez é o Oriente Médio. Estão comprando campos de petróleo, indústrias químicas, portos e etc. E em países variados como Arábia Saudita, EAU ou Israel. Tanto faz. O importante é crescer e se desnvolver.
Ih cara! Vira o disco que já tá repetitivo….
Bem vindo ao mundo real, onde chineses compram propriedades em Israel e os israelenses os saúdam como benfeitores.
De novo? vira o disco…..
Para você ver…..
Grana chinesa sendo usada para desenvolver armas em Israel (que serão vendidas à usuários estrangeiros e gerarão mais lucros para os israelenses) e comprar armas dos EUA para atacar alvos iranianos na Síria……
bem vindo à globalização! Aceite…..
Isso é para vc ver como os chineses estão preocupadíssimos com o desenvolvimento de armas em Israel.
Não consigo entender o que diabos você continua fazendo por aqui. Por não se muda para o seu paraíso chinês que exalta com tanta efusividade? Está lá lhe esperando para você viver sua fantasia comuno-totalitária de mundo perfeito. Ou será que têm medo de não conseguir lá as mesmas liberdades e qualidade de vida que usufrui aqui?
Se o idiota do Putin fosse o gênio que falam que ele é…
Ele também veria a China como um problema a ser combatido.
Rodrigo, talvez ele veja e sendo um gênio e ex KGB, disimula para não ser descoberto ou não, vai que é um estúpido cego, vai saber né ??
O que ele vende de tecnologia para a China não é coisa de dissimulado..
Tirelles
eu acho que no futuro, temendo essa expansão sem freio da China em todos os sentidos, fará com que Rússia e EUA joguem no mesmo time naquela região.
E em relação ao pacto Ribentropp-Molotov, vc que diz que conhece história, deveria ver o vídeo Stalin como Comandante Militar do comandante Robinson Farinazzo, Canal Arte da Guerra. Lá explica de maneira perfeita o pacto.
tão igual que rouba tecnologia da Rússia, tão igual que aos poucos toma seu mercado de defesa, tão igual, que está entrando em áreas de influência diplomática russa……..
Tudo isso só por você não ter conseguido aprender inglês, depois de muito tempo tentando? Os EUA não têm culpa da sua deficiência cognitiva. Você vai ficar chateado quando descobrir que o mandarim é mais difícil, viu?!
Ae tu sacaneastes o nino muchacho!!!
Pobre vítima das propagandas, maldita mídia!!!
Tudo bem não precisa ficar nervoso, todo mundo já entendeu. Você já estava com todo pacote pra Disney comprado quando lhe negaram o visto, eu não lhe culpo eu também ficaria puto da vida. Quem sabe a agencia de turismo lhe reembolsa.
Vá imprimindo e guardando seus posts. Se os chineses dominarem a economia você pode mostrar sua servidão a eles, e te retribuirão com um emprego de engraxate.
E faça isso com os indianos também. Pelos dados acima, podemos ver que em cerca de dez anos a China será quase o dobro dos EUA.
E para piorar, para os americanos, é que a Índia está se aproximando.
Como se propaga, exaustivamente, o poder econômico está na Ásia.
China e Rússia tratando-se como iguais!? Rússia aceitando ser subalterna?
Ser líder e não liderar, mas agir como “cumpadre”?
Foi divertido, mas nem você acredita nisso…
O problema do fanatismo enviesado,é que o seu portador xinga os outros daquilo que ele é!
No siclo da vida,uns sobem,outros descem,os que sobem,sobem para depois descer.
Se vc viver,vc verá!
O fato é que a liderança chinesa vem agindo para debelar alguns problemas acima mencionados. Com relação ao endividanento, ela vem há cerca de um ano em meio em um processo de desalavancagem. E ainda, é importante lembrar que a ‘estagnação’ chinesa é uma queda do crescimento de 6% para 5%, e não uma estagnação ou recessão propriamente ditas.
Digo: há cerca de um ano E meio.
Tirando raríssimas exceções, quaisquer análises feitas por acadêmicos ocidentais – ainda mais se for norte-americano – sobre a China é eivada de preconceito que parte da premissa da superioridade sócio-política (e dependendo se tiver viés étnico-racial), acrescente-se além do sócio-político, o cultural, também. Dito isso, alguns pontos acima são verdadeiros, quando, o missivista, por exemplo, lembra o fato de que a China não é um neófito na busca pelo protagonismo no cenário mundial, tendo ela, havia séculos atrás, já sido um grande império que, porém, arrogantemente subestimou outros povos que, mais tarde, a puseram de joelhos. Certamente, depois de séculos de humilhação e uma quasi-colonização de parte de seu território, o país aprendeu a lição e, retomando o seu lugar ao sol – expressão usada no texto – agora seja mais cuidadoso na condução de suas relações com os demais países.
Entendo que o desafio para seus dirigentes seja se mostrar altiva sem parecer que esteja afrontando o Ocidente, que por razões óbvias se sente desconfortável em ver um forasteiro como um sério rival ao seu clamor pela ‘liderança’ mundial.
Só que, aludindo rapidamente a algumas ideias defendidas pelo Prof. Martin Jacques no seu famoso livro ‘Quando a China Dominar o Mundo’, de 2009, resta saber se um domínio chinês nas décadas seguintes – algo que parece ponto pacífico – ainda seguirá o típico script chinês dos seus tempos áureos das dinastias de séculos atrás: uma dominação que não visa a abolição de outras culturas – um gesto que caracterizou a política ocidental que resultou no ‘aculturamento’ forçado de outros povos que entraram em contato com o Ocidente, como mostrou os fatos desde o século 15, seja aqui nas Américas, na África e na Oceania – mas, apenas a arrecadar impostos dos chamados Estados Tributários direto para as burras do imperador chinês de plantão.
E, sacrilégio dos sacrilégios, em se tratando aqui de um site dedicado a temática militar: pro meu gosto, para quem espera um conflito armado entre o Ocidente e a China, ao estilo daquilo que vimos na década passada quando ligávamos na CNN para ver ‘riscos brilhantes’ cortando os céus de Bagdá enquanto se iniciava a ‘Operação Desert Storm’ ou ‘sei-lá-o-quê Freedom’ em que os céus de Pequim sejam riscados por bombas da ‘valorosa defensora da liberdade universal’, o exército americano, 😛 … ah, sinto muito, kkkkk. Se nem na ficção, Hollywood teve o desplante de caracterizar os chineses como os ‘malvados’ de plantão, com medo de perder seu quinhão conquistados a duras negociações com o governo chinês sobre aumentar a cota de filmes estrangeiros que podem ser exibidos dentro do maior mercado cinematográfico do mundo, o que dirá na vida real, kkkkk.
Parece que até os chamados hawkish americanos sabem das dificuldades de triunfarem com seus ‘Operation não-sei-o-quê Freedom’ em Granada, no Panamá, no Iraque, na Líbia e…na China ‘malvada’.
Você deveria ler o texto com mais calma viu!?
Ler textos e interpretar, eis a questão pra muitos foristas ultimamente.
continuando, ler , entender e compreender sao inerentes a uma boa interpretacao e analise fria do que se le. Sem paixoes ou ideologias que nao se comprendem.
Como venho dizendo a vários posts, a China nessa ambição de perseguir os EUA pode se estrangular, a dívida deles é muito alta, eles usaram muito do Keynesianismo nos últimos anos, só que uma hora conta chega, o Japão é o retrato da China, nesse quesito, havia materias de jornais que colocavam o Japão como o país mais importante economicamente do Mundo, a taxa de crescimento do país era assustadora, tanto quanto da China era até recentemente, as empresas Japonesas ficaram viciadas nesse sistema onde o governo dá dinheiro a juro baixo, e depois caso ocorra uma crise o governo compra a divida da empresa saneando o sistema economia as custas dos impostos e mais divida, pode chegar a ponto em que aconteça o mesmo do Japão, o país fique estagnado, tendo sua década perdida ainda década de 20 desse século, matando as ambições chinesas, porém se mantendo como uma potência econômica, militar e financeira, recentemente eles sanearam o sistema financeiro deles, não sei o motivo e nada foi divulgado, talvez se preparando para uma crise nos EUA, ou lambendo ainda as feridas de 2008 em que eles ficaram imprimindo países de terceiro mundo por anos depois, vai saber,,,,,, de resto não simpatizo com os Chineses, pelo seu expansionismo e atrito militar com os vizinhos, não gosto do sistema de governo, sua mão de ferro sobre a população, sobre o Xi ele matou desde funcionários do governo até militares, deixa o Putin parecer bonzinho, e se gera medo nos poderosos uma hora eles podem se virar contra ele, mesma coisa o Putin, não governa sozinho, mesma coisa Maduro não governa sozinho, precisa de apoio. esse é o texto mais lúcido postado no site sobre a China que eu vi até hj, a contrário de certas pessoas que dizem com toda certeza que a China vai passar os EUA tanto economicamente como militarmente, eu não coloca como certeza. mas uma possibilidade.
Aí é o ponto X, se o grande trunfo é a absurda capacidade de mão de obra, como no essa mesma vai reagir se precisar ser “queimada” pra segura uma crise sendo que dia após dia a liberdade aumenta lá?
Eu acho interessante revoluções que levam 50, 70, 100 anos para vingar e dar certo, indo ao encontro do que o povo necessita.
Soubessem o povo e os revolucionários chineses que após 70 anos de “revolução” ainda haveria um bilhão de miseráveis na China, ainda haveria classes sociais, etc. será que teriam feito a “revolução”.
Pra caminhar lentamente e ainda esmagar 100 milhões de seus próprio cidadãos para impor um estado comunista, melhor seria ter deixado como estava.
Revolução é algo feito para “revolucionar”, ou seja, mudar abruptamente, de uma hora para outra. O que fica claro com essas “revoluções” mundo afora, de cunho comunista/bolivariana, é que a revolução só atingiu a uns poucos “felizardos”, tendo derrubado uns poderosos e colocado outros no lugar, mas o povo mesmo continuou igual ou pior.
Nas ditas revoluções comunistas isso fica evidente já que o Partido é tudo. O povo que se lasque. As evoluções da qualidade de vida e dos direitos do povo são lentas e nada revolucionárias, enquanto no Partido e no Estado, são instantâneas.
A defesa do povo, como sempre, é só retórica e desculpa para os poderosos mudarem de mão o bastão.
Eles precisam disto..
A revolução tem que ser continua e os revolucionários eternamente idolatrados..
Bosco,
Em que ano vc vive ? Não gostar da China, ok,
todos têm esse direito. Mas falar barbaridades como “um bilhão de miseráveis na China “, só mesmo alguém completamente ignorante sobre o assunto ou alguém que não está bem intencionado. O real número de miseráveis na China é inferior a 30 milhões e o próprio Banco Mundial – instituição pertencente, comandada pelo Ocidente – afirmou em março de 2018, que o número chegaria a 1% ( !!! ) até o final daquele ano, sendo “miserável” o cidadão com ganho inferior a 1,90 dollar por dia (PPP), que é o padrão internacional.
Não sei de onde vc tirou estes dados. Mas dando uma googada rápida..
https://exame.abril.com.br/economia/82-milhoes-de-chineses-vivem-na-pobreza/
Pelo Banco Mundial são 200 milhões e olha que estão falando em 1,25 dolar dia. Se for 1,90 o número deve ser BEM … Devem vários Brasis de miseráveis.
A China cresceu uma barbaridade e parabéns para eles, HOJE estão bem melhor que a 20 anos, mas muito longe do que muitos gostam de ladear.
Seria excelente ao Brasil se o PIB tivesse um crescimento parecido da China, antes de ficar criticando os outros países (seja China ou EUA) deveríamos olhar o nosso próprio umbigo.
putzz….barbaridade e o que voce escreve e tambem acredita. Onde voce esta vivendo mesmo ?? a China tem uma populacao estimada ( porem existem duvidas) de algo em torno de 1,2 bilhoes de seres humanos. A atual classe dominante (CASTA e ou DINASTIA) esta em torno de 300 milhoes que usufruem desse boon economico e social. Entao explique ai de onde voce tirou numeros tao singelos de pobres e ou miseraveis na China ? Enfim, esses numeros que voce cita nao correspondem e nao tem credibilidade vindo dessa instituicao que outrora era uma bussola ainda confiavel. Isso so pode ser uma brincadeira de muito mau gosto que pegam incautos como voce e o levam a afirmar tamanho despauterrimo. Arghhhhhhhhhhhh
É preciso entender que a China não passou por uma revolução, ela passou por duas, uma com Mao que foi comunista e uma com Deng Xiaoping que instituiu o lucro como ferramenta estatal ou seja, uma revolução capitalista!
Quando Deng, que deve ter visto a grande fome(Googlem) e resolveu ser um líder comunista melhor que todos antes dele, estipulou que os agricultores poderiam vender parte de sua produção de arroz, automaticamente fez com que pessoas voltaram correndo para suas fazendas anteriormente abandonadas e como uma passe de mágica o lucro salvou o dia, isso foi tão eficiente mas tão eficiente que virou uma política de estado, onde havia um problema insolúvel Deng ia lá e socava o lucro, isso foi o nascimento da China de mercado feroz de hj!
Duas chinas, a miserável comunista de Mao e a próspera e com tesão por capitalismo selvagem de Deng!
De fato, Deng era o líder comunista que dizia que enriquecer é glorioso. Outro ponto dele foi criar um sistema sucessório estável. O que foi quebrado por Xi e realmente tornou a China imprevisível e precipitada.
É preciso entender que a China não passou por uma revolução, ela passou por duas, uma com Mao que foi comunista e uma com Deng Xiaoping que instituiu o lucro como ferramenta estatal ou seja, uma revolução capitalista!
Quando Deng, que deve ter visto a grande fome(Googlem) e resolveu ser um líder comunista melhor que todos antes dele, estipulou que os agricultores poderiam vender parte de sua produção de arroz, automaticamente fez com que pessoas voltassem correndo para suas fazendas anteriormente abandonadas e como uma passe de mágica o lucro salvou o dia, isso foi tão eficiente mas tão eficiente que virou uma política de estado, onde havia um problema insolúvel Deng ia lá e socava o lucro, isso foi o nascimento da China de mercado feroz de hj!
Duas chinas, a miserável comunista de Mao e a próspera e com tesão por capitalismo selvagem de Deng!
Desculpem a duplicata!
Humberto e Celso,
O cálculo é realizado em PPP, que é o método mais correto, não em valor nominal. Daí, sim, o número de miseráveis é 30 milhôes.
Mesmo se fossem 200 milhões, isso representaria algo em torno de 15% da população. Com 82 milhões, como na revista Exame, seria um índice em em torno de 7-8%. Totalmente comparável ( muitas vezes melhor) que do Ocidente desenvolvido.
Basta pesquisar ” world bank poverty in china 2018 ” ou no google e vcs verão que eu não errado.
Xi nao tem filhos para lesa patria.
Quanto que a china tá pagando?
@OFF Topic
Cena deplorável, Maduro colocou contêineres em uma ponte na fronteira com a Colômbia para bloquear o acesso de caminhões com ajuda humanitária.
https://elpais.com/internacional/2019/02/06/actualidad/1549474950_762438.html?id_externo_rsoc=TW_CC
Em um mundo cada vez mais conectado, onde celulares gravam imagens e transmitem via internet as ações destrambelhadas de Maduro se constituem em enormes tiros no pé, reforçando ainda mais a autoridade de Guaidó como presidente interino do país. Aliás, em um vídeo da DW populares são vistos bloqueando o caminho de um veículo blindado bolivariano.
Em um mundo cada vez mais conectado, a China já instalou mais de 5.000 antenas para sua nova rede 5G. Antenas novas e dedicadas apenas para isso, quando em outros países serão compartilhadas com a rede 4G.
Enquanto isso, na ‘terra brasilis’ o Presidente da maior empresa de telefonia concede entrevista dizendo que ainda não penca em 5G por aqui.
Kkkkk, faltou argumento foi?
Não. São só fatos.
Vai lá, acessa a rede 5g deles!
Está prontinha e será a primeira do Mundo a entrar em operação em larga escala.
É apenas propaganda histérica de uma ditadura totalitária
Do que adianta “5.000 antenas para a sua nova rede 5G” se a internet é pesadamente censurada por lá? Como se vê tal “avanço tecnológico” serve apenas aos propósitos de um Estado policialesco como bem asseverou o autor do texto.
A propósito, Maduro está caindo e a China nada pode fazer a respeito…..
De que adianta? Apenas para conectar toda a sua rede industrial em sistenas extremamente avançados. Ou ainda, I O.T., conduçao autônoma e etc.
E serve para assistir filmes online também.
Filmes produzidos em… hollywood…
Artigo de 08/02/2019 sobre o futuro da internet 5G.
Leia. É muito interessante.
https://www.tudocelular.com/mercado/noticias/n137778/huawei-mwc-projecoes-mundo-conectado.html
Tempos atrás eu estava fazendo um trabalho sobre o que se espera da chamada revolução industrial 4.0 e vi uma apresentação sobre como deverá ser um parque fabril em alguns anos: em suma, o trabalho humano, principalmente na área industrial, logística, transporte, será largamente substituído pela automação industrial baseada em AI. Na apresentação isso era mostrado como algo positivo: menor custo de produção, maior produtividade, economia de escala etc.. O que a apresentação não mostrava – mas outros estudam mostram – é que a efetivação da revolução industrial 4.0 irá eliminar dezenas de milhões de empregos e mudar a distribuição da indústria no mundo. E esta revolução não é coisa para 30 ou 40 anos no futuro. Tudo depende de AI, mas como os algoritmos de AI estão evoluindo de forma assustadoramente rápida, esta revolução está bem próxima de começar.
As consequências sociais e econômicas desta revolução industrial 4.0 são absolutamente imprevisíveis, e por isso, ainda que por outros motivos, eu também acho que o futuro, não apenas da China, mas de todo o mundo é bem imprevisível.
Jacintoo
futuro, não apenas da China, mas de todo o mundo é bem imprevisível.
concordo incluindo ai ate a possibilidade de se tornarem uma democracia.
No dia em que a AI substituir a mão-de-obra, a China perde parte do seu atrativo, que é justamente a força humana de trabalho barata. Concordo contigo, o futuro não é vislumbrável com certeza a partir das premissas atuais….
A China e quase todo o sudeste asiático. Pega, por exemplo, a Nike que é uma empresa americana: ela tem, na China, 150 mil funcionários, 200 mil na Indonésia e 6 mil nos EUA. (Não conta vendedor etc.). Se a revolução 4.0 cortar 1/3 dos empregos, os EUA perdem 2 mil empregos, mas a China perde 50 mil e a Indonésia 65 mil… e isso é apenas uma marca de roupa.
O que lhe impede de morar lá?
Preferes morar em Pequim ou NY City?? não precisa responder.
Mauro, a ambição que o Leonardo se refere é a ambição de ser grande ser o país líder entre as nações.
No Brasil a ambição dos nossos líderes se resume em pilhar o máximo do dinheiro público e depois ir morar no exterior.
Só que o povo chinês não pode escolher, ao passo que nós podemos, mas sempre escolhemos errado.
Eu prefiro morar no meu Brasil e continuar na minha São Paulo. Agora que os “Chinas” cresceram assustadoramente e ficaram poderosos isto não se pode negar.
A maior tristeza da china e saber que por mais reservas que queime e por mais tempo que passe e por mais esforço que empreguem e por mais espionagem que façam e por mais propaganda que paguem, eles Nunca, jamais, vão conseguir superar militarmente os EUA ou geo-politicamente a Russia ou tecnologicamente o Japão.
Em resumo, eles sempre foram e sempre serão uns fracassados !!!
Que comentário infeliz
Vai acreditando nisso. E em Papai Noel também.
Por mais radical que tenha sido a sua afirmação, ela tem um fundo de razão..
A China ainda tem uma prova para passar para ser reconhecida como grande
INOVAÇÃO
isto lá praticamente não existe e a prova maior é esta extrema necessidade deles de espionar e copiar os outros.
Inovação não surge no vácuo. É preciso universidades, centros de pesquisa e muita pesquisa de base para amadurecer pesquisas aplicadas que vão se tornar tecnologias e, enfim, inovação.
Se é fracasso o que eles fizeram nas últimas décadas, em período de paz e considerando de onde saíram, o que diabos será sucesso?
E a pergunta pior: Na comparação com eles, onde nós estamos?
Sun Zu disse, nunca subestime seu inimigo.
Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas…
Uma única frase resume a China.
“Nunca serão….Jamais serão..”.
Autor: Capitão Nascimento.
Sun zu disse, nunca subestime seu inimigo.
Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas…
O primeiro erro que vejo no texto é o titulo, a ascensão da China era obvia e previsível, desde o final dos anos 70 eles já mostravam suas ambições, só que não é da noite para o dia que se transforma um país do seu tamanho. Mesmo não sendo um fã da politica Russa, vejo mais incrível o que fez Putin ao pegar uma Russia quebrada e transformá-la em um país forte novamente, a busca chinesa pela paridade com o norte americanos tem um grande entrave que é a atual liderança americana em quase todos os aspectos que podemos levantar. Não quer dizer que o “império” nunca ruirá mas sim que as cartas ainda estão nas mãos deles e não será fácil ou barato mudar esse jogo!
Rafael,
O autor quis dizer que, a partir de agora, os efeitos dessa ascensão são imprevisíveis por conta da política interna do PC chinês, alinhada a outros fatores sobre os quais os chineses não tem controle.
NO LIMIAR DE UMA NOVA ERA
Atravessamos, nós, a Humanidade inteira transpõe,
um momento histórico de graves repercussões, resultante
de rápida e violenta mutação de valores. Marchamos
para um futuro diverso de quanto conhecíamos em matéria
de organização econômica, social, ou política, e sentimos
que os velhos sistemas e fórmulas antiquadas
entram em declínio. Não é, porém, como pretendem os
pessimistas e os conservadores empedernidos, o fim da
civilização mas o início, tumultuoso e fecundo, de uma
era nova. Os povos vigorosos, aptos à vida, necessitam
seguir p rumo das suas aspirações, em vez de se deterem
na contemplação do que se desmorona e tomba em ruína.
É preciso, portanto, compreender a nossa época e remover
o entulho das idéias mortas e dos ideais estéreis.
A economia equilibrada não comporta mais o monopólio
do conforto e dos benefícios da civilização por
classes privilegiadas. A própria riqueza já não é, apenas,
o provento de capitais sem energia criadora que os
movimente; é trabalho construtor, erguendo monumentos
imperecíveis, transformando os homens e as coisas,
agigantando os objetivos da Humanidade, embora com
sacrifício do indivíduo. Por isso mesmo, o Estado deve
assumir a obrigação de organizar as forças produtoras,
para dar ao povo tudo quanto seja necessário ao seu
engrandecimento como coletividade. Não o poderia fazer,
entretanto, com o objetivo de garantir lucros pessoais
exagerados ou limitados a grupos cuja prosperidade se
baseia na exploração da maioria. Os seus direitos merecem
ser respeitados, desde que se mantenham em limites
razoáveis e justos.
A incompreensão dessas formas de convivência, a
inadaptação às situações novas, acarretam aos pessimistas,
cassandras agourentas de todos os tempos, o desânimo
infundado que os leva a prognósticos sombrios e vaticínios
derrotistas. Dificuldades relativas aparecem-lhes com o aspecto
tenebroso das crises irremediáveis. No período que atravessamos,
só os povos endurecidos na luta e enrijados no sacrifício são
capazes de afrontar tormentas e vencê-las.
A ordenação política não se faz, agora, à sombra do
vago humanitarismo retórico que pretendia anular as
fronteiras e criar uma sociedade internacional sem peculiaridades
nem atritos, unida e fraterna, gozando a
paz como um bem natural e não como uma conquista de
cada dia. Em vez desse panorama de equilíbrio e justa
distribuição dos bens da Terra, assistimos à exacerbação
dos nacionalismos, as nações fortes impondo-se pela organização
baseada no sentimento da Pátria e sustentando-
se pela convicção da própria superioridade. Passou a
época dos liberalismos imprevidentes, das demagogias
estéreis, dos persorialismos inúteis e semeadores de desordem.
À democracia política substitue a democracia econômica,
em que o poder, emanado diretamente do povo e
instituído para defesa do seu interesse, organiza o trabalho,
fonte de engrandecimento nacional e não meio e
caminho de fortunas privadas. Não há mais lugar para
regimes fundados em privilégios e distinções; subsistem,
somente, os que incorporam toda a Nação nos mesmos
deveres e oferecem, equitativamente, justiça social e oportunidades
na luta pela vida. A disciplina política tem de ser baseada na justiça
social, amparando o trabalho e o trabalhador, para que
este não se considere um valor negativo, um pária à margem
da vida pública, hostil ou indiferente à sociedade
em que vive. Só assim se poderá constituir um núcleo
nacional coeso, capaz de resistir aos agentes da desordem
e aos fermentes de desagregação,
É preciso que o proletário participe de todas as atividades
públicas, como elemento indispensável de colaboração
social. A ordem criada pelas circunstâncias novas
que dirigem as nações é incompatível com o individualismo,
pelo menos, quando este colida com o interesse coletivo.
Ela não admite direitos que se sobreponham aos
deveres para com a Pátria.
Getúlio Vargas
Toda a Verdade, O Preço do Sonho Americano :
https://www.youtube.com/watch?v=7-iMwf6MqmY
“Dada a manutenção de seus problemas no oeste, a virada da China para o mar pode vir a ser tão devastadora para o mundo quanto a decisão da Alemanha imperial de entrar em uma competição naval com a Inglaterra”
Olha aí o que falo há horas. Feliz de saber que não estou sozinho.
A situação geopolítica do Deutsch Kaiserreich no começo do séc XX e da China atualmente são parecidissimas. E igualmente perigosas.
Convencionamos em previsões recentes que a China irá ultrapassar a economia americana, sempre focando nos problemas claros da mesma(endividamento elevado e crescente), enquanto ignoramos por completo os problemas diversos e colossais(como tudo na China). Outro comentarista já citou a tendência: maior poder econômico leva a uma exigência por maior poder de escolhas pessoais. A classe média não se contenta sem algum poder politico, nem sem liberdades individuais e a China caminha para seu impasse interno. A economia chinesa cresceu a passos largos, muito também ancorada em suas políticas de expansão monetária, câmbio artificialmente baixo e construção civil seriamente duvidoso, pra ser otimista(procurem as cidades fantasmas).
Se por um lado os EUA tem sua divida descontrolada, por outro a China também. O país, tal como o Brasil da era Lula(guardadas as devidas proporções) aparenta apostar num eterno crescimento. Enquanto a corda aperta, velhas táticas como incitar patriotismo através de inimigos externos afloram e justificam aumentos nos gastos militares. Veremos onde ela estourará primeiro enquanto acompanhamos a armadilha de Tucidides.
Como já dito antes por outros comentaristas, o sistema chinês carrega o germe de sua própria queda…
Quer seja pela pressão econômica, pelo gigantismo estatal ( que a torna uma máquina insustentável no longo prazo ), pela bolha especulativa cuja explosão é iminente, ou pelo apelo ao liberalismo social ( ou uma combinação desses fatores ), a China ver-se-á envolvida em uma nova revolução.
Por hoje, já são registrados milhares de micro protestos. A princípio, não parecem grande coisa, mas a tendência é ganharem força a medida em que a “ocidentalização” da China avançar e o clamor por mais direitos se firmar.
Curioso também observar o crescimento do cristianismo, que é um fator cujo PCC chinês não está apto a lidar. A cristianização da China dará a seu povo uma outra autoridade além do partido, o que culminará na fragmentação do poder. Por mais tempo que leve, é um fim inexorável…
Seria muito interessante ver a China daqui a cem anos…
Uma China democrática deixa de existir como a conhecemos, e se esfacela em diversas etnias. O que mantém sua coesão (artificial) é justamente seu regime totalitário, que está se aproximando cada vez mais do ideal de “Grande Irmão”.
Ironicamente o Marxismo está ganhando força na China, o que o PC local vislumbra como uma ameaça
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/16/internacional/1542395115_330148.html
E voltando ao próprio Marx, as contradições internas do regime estão se fazendo sentir.
Essa ambição pode futuramente fazer com com que Rússia e EUA acabem jogando do mesmo lado naquelas bandas
BINGO!
Isso seria terrível para o nosso amigo Kings
Ele cortaria os pulsos…kkkkkk
Será que até hoje vc não percebeu que o objeto de Russia e China é detonar os EUA?
Em tempo Fabio.
Acesse os dois ultimos posts da parte naval da trilogia e vc verá que a China esta preparando a construção de alguns porta-aviões nucleares, criar seis grupos de batalha e vender um porta-aviões ao Paquistão.
Dessa forma, além de se reforçar, está atraindo cada vez aliados para a sua missão.
Se eu fosse os EUA, abriria bem os os olhos.
Melhor para o Kings que não aconteça, pode não se recuperar mais depois e ficar sempre se perguntando: “meu Deus…ops Comunista não acredita….se perguntando: “mas que p**** é essa que foi acontecer agora”.
E vão jogar.
Os russos sabem que se os Qin definirem a situação a seu favor no Mar da China, voltarão suas baterias para o Extremo Oriente russo – que já está sendo silenciosamente e gradativamente ocupados pelos chineses.
– Adeg informa.
– Substituição na Seleção da Terra. Sai Rússia, entra China.
PS: Esta foi pra dar saudades nos “velhinhos” aqui do Blog.
Como assim imprevisível? Todos os especialistas ocidentais estavam alertando há anos EUA, Europa e cia. Não tem nada de imprevisível. Tem de erro de julgamento estratégico. Fizeram isso na segunda guerra mundial e tão fazendo agora de novo.
O Sr.Daniel Blumenthal, articulista do artigo acima, usou a expressão “imprevisível” porque não quer se queimar profissionalmente.
Um intelectual escrivinhador aprende que sendo dialético e não um vidente fatalista, mantém suas costas protegidas (seu salário certinho no fim de todo mês).
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Além disto, ele faz sua análise numa pequena faixa temporal, os nossos dias. Não se estendendo, ou aprofundando-se, em certos aspectos chineses como o da sua dívida interna (praticamente apenas citado), o de controle social (também apenas citado), e o mais importante de todos para uma administração comunista – a manutenção de uma força policial e militar bem recompensada. Ele passa ao largo de tudo isto.
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Certamente o autor, tem nos bastidores de sua vida pessoal uma opinião bem definida sobre a China, e bem dura, mas isso ele não vai expor…
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…Por exemplo: O problema da divida interna chinesa, que preocupa e é tema de muitos debates, pode (por um governo policial comunista) ser resolvido por um calote interno irrestrito, e aviso ao povo de um período heroico de sacrifícios, no qual várias cabeças de ricos financistas serão literalmente cortadas para regozijo social dos pobres e cala boca dos rivais… Tendo a classe política da nação espertamente preservada.
Não é a toa que a China possui mais de 5 mil anos de História. Seus dirigentes (safados) tem consciência que certos abalos vez que outra são necessários, entretanto os seus chineses (suas formigas) continuarão refazendo o formigueiro.
“Lugar de direito como o sol” seria o domínio da Ásia, mas considerando que a China já apanhou de mongóis e japoneses, tal assertiva é discutível.
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O que o texto deixa a entender é que, diante de uma derrocada econômica, a China optará por uma solução do tipo “espaço vital”, garantindo o domínio de recursos estratégicos.
A China é um grande dinossauro em desenvolvimento, que, se continuar a crescer, vai acabar se extinguindo por não conseguir se alimentar.
Não discuto o quão impressionante é a expansão chinesa e tenho admiração pela forma como olham para o passado e sonham com o futuro. Mas minha admiração acaba aí.
A China será vítima de seu próprio sistema. Para fazer o que faz, é hoje um híbrido comunista/capitalista/liberal, uma nação cujo sistema político não está convencionalmente emparelhado com o sistema econômico e estes com o sistema social. Só há coesão social porque há repressão, e esta também escapa àquilo que nos acostumamos a ver e definir como sendo o padrão. O Grande Irmão está vivo e mora por lá….
A China é única, esse mérito é deles, mas não significa sucesso.
O Dragão possui problemas maiores do que ele próprio!
Uma população gigantesca que, se no plano econômico funciona como uma reserva de consumidores aptos a entrar no mercado e sustentá-lo, por outro logo evolui e deseja mais, tornando-se um problema social e político.
E não nos esqueçamos que tal contingente deve ser alimentado, satisfeito e abastecido….
No plano econômico, se consolidou como uma imensa instalação de transformação: sorve matérias primas do mundo, industrializa-as e devolve produtos de consumo baratos, de qualidade duvidável, boa ou excelente, ao gosto e bolso do freguês. No processo, absorve tecnologias críticas e promove seu desenvolvimento, porque grande parte do mundo foi complacente com as exigências chinesas em busca de seu mercado gigantesco e seus custos baixíssimos (ao preço da quase escravidão de parte da força de trabalho).
O problema está na reversão da abertura econômica, na busca do controle da economia pela expansão desenfreada da intervenção estatal e nas bolhas criadas e regiamente alimentadas. O crescimento chinês é artificial pelos padrões atuais, mas estes não se aplicam academicamente ao que é a China de hoje, sendo esse o mistério que vale o futuro de algumas gerações.
Por outro lado, essa particularidade torna a China extremamente dependente do Ocidente. Em caso de crise, guerra, briga ou até cara feia, um boicote econômico de EUA e Europa coloca a China em sérios problemas em pouco tempo. E países com o o Brasil ganham destaque: se o Brasil interrompe a venda de minérios e comida para a China, eles também seriam muito prejudicados (tudo bem, nós também porque ninguém iria comprar tanto do Brasil…).
E essa dependência em setores vitais, como energia e alimentos, é crítica. Por terra a China possui adversários e por mar sua marinha, mesmo com 6 grupos de batalha, não é capaz de garantir rotas de abastecimento. Isto porque a China nunca enfrentará um só adversário mas, muito provavelmente, uma aliança. Duvido que os EUA fiquem sem boa parte da Europa, Japão, Austrália, Coreia e outros países a seu lado num hipotético conflito com a China.
Muitos costumam dizer que os EUA estão na mão da China porque esta é dona de boa parte dos títulos americanos. Ledo engano: título é dívida. Quem está nas mãos de quem? China é que depende dos EUA, se o Trump não paga os bônus, essa fortuna vira pó (tudo bem, os EUA perderiam sua credibilidade e jogariam uma pá de cal no dólar como padrão global de transações, mas guerra é guerra….).
Outros, sabedores dessa dependência chinesa, acreditam que os EUA estão imunes. Bradem que com a saída do “”””socialista”””” Obama (nada mais errado nessa vida do que achar um americano socialista/marxista no poder por lá) e a chegada de Trump a China vai se dar mal. Igualmente falho: os EUA enfrentam seus demônios e a Água americana possui, tal qual o Dragão, problemas maiores do que ela própria.
Eu diria que o futuro é incerto, mas entendo que ele é potencialmente mais danoso para a China do que para os EUA.
A acessão China é por culpa do proprio cidadões de cada pais,de comprar produtos fabricados na china e o peor que não damos valor no que é fabricado no Brasil como diz Trump FIrst in american,no Brasil tinha que seguir o exemplo FIRST IN BRAZIL,tudi cresceria ,ecônomia,qualidade de vida,empregos,etc….A China cresceu graças a globalização.