BMPT-72 Terminator 2

BMPT-72 Terminator 2

BMPT-72 Terminator 2
BMPT-72 Terminator 2

Por Roberto Lopes
Especial para o Forças Terrestres

O diretor industrial da corporação russa Rostec Armament, Sergei Abramov, disse nesta segunda-feira (11.06) à agência estatal de notícias Sputnik, que a fábrica Uralvagonzavod trabalha no desenvolvimento de uma terceira geração do carro sobre lagartas de apoio a tropas blindadas Terminator.

“Considerando a experiência acumulada pelo uso em combate do Terminator 2, estamos agora trabalhando em nova modificação desta máquina”, admitiu Abramov.

“Estão sendo discutidas a melhoria das suas características táticas e técnicas, bem como a modernização do chassis. O novo veículo será capaz de operar contra todos os tipos de alvos: tropas inimigas, fortificações e ameaças que se aproximem pelo ar ou por terra”.

O Terminator 2 está em operação nos exércitos da Rússia e do Casaquistão, usando o chassis de um tanque T-72.

A torre combina o uso de mísseis antitanque (guiados a fio) Ataka-T, de 130 mm, um canhão automático bitubo 2A42, de 30 mm, e, como armamento secundário, a metralhadora PKTM, de 7,62 mm (além de lançadores de granadas AG-17D).

Em 2016 a Uralvagonzavod propôs à Força Terrestre peruana acoplar a torre do Terminator 2 ao chassis do velho tanque russo T-55, mas essa modificação nunca foi aprovada  (em parte por ter sido considerada cara).

Automação – Parte do repertório de mudanças estudado para o Terminator 3 (denominação ainda extraoficial, à espera da aprovação do Ministério da Defesa) pode ser resumido da seguinte forma:

– Forte incremento na automação dos sistemas de armas e de guiagem do veículo, o que permitirá a redução da tripulação de cinco para três tanquistas (diminuição que já vem sendo testada em caráter experimental);

– Adoção de foguetes de “trajetória ajustável” (guiados), o que permitirá ao Terminator 3 enquadrar e derrubar os diferentes modelos de veículos aéreos não tripulados (drones);

– Substituição da arma bitubo da torre por uma peça de artilharia de maior calibre e melhor eficácia;

– Adoção, em decorrência disso, de munição de maior potencial de penetração.

As modificações devem exigir alterações nos setores de suspensão e de propulsão do blindado.

Assad – A companhia Uralvagonzavod criou a primeira versão de seu veículo Terminator no final dos anos de 1990, testando-o durante as guerras afegã e chechena – especialmente em cenários urbanos.

O resultado foi tão bom que o carro original fez sua primeira aparição pública no ano de 2000, basicamente com a mesma combinação de armas que o equipa até hoje.

Argélia, Azerbaijão e Síria demonstraram forte interesse na viatura. Ano passado um exemplar do Terminator 2 foi exibido para o ditador sírio Bashar, na base aérea síria de Hmeymim.

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Bardini
Bardini
6 anos atrás

Legal…
.
Um milhão de novos equipamentos e blindados foram lançados na Eurosatory 2018, de mistura de Leopard com Leclerc, até a nova variante do Lynx, que não é mais um Marder de roupa nova:
https://rheinmetall-defence.com/en/rheinmetall_defence/systems_and_products/vehicle_systems/armoured_tracked_vehicles/lynx/index.php

Renato
Renato
6 anos atrás

Tai um tipo de viatura que falta em nossas fileiras. Não necessariamente um russo…

Bardini
Bardini
Responder para  Renato
6 anos atrás

Poderia discorrer sobre a necessidade por esse tipo de equipamento no EB?

Rogério
Rogério
Responder para  Bardini
6 anos atrás

Poderia discorrer sobre a necessidade de criticar a opinião do colega acima? Explane você então o porque da não necessidade!!!

Túlio762
Túlio762
Responder para  Rogério
6 anos atrás

Isso não foi uma crítica.

Bardini
Bardini
Responder para  Rogério
6 anos atrás

É incrível como as pessoas encaram como uma ofensa uma simples pergunta.

Rogério
Rogério
Responder para  Bardini
6 anos atrás

“Esse blindado é projetado para apoio de fogo. Não é feito com o intuito de bater de frente com outros blindados. Cobre essa necessidade com os mísseis pq o 30mm é deficiente nessa área, mas não é pra isso que projetaram.
Se fosse pra bater de frente com outros blindados, seria melhor manter ele como um MBT e fazer uso do canhão de 125mm.”

Se você já sabe a resposta pra que a pergunta? ou esta querendo testar o conhecimento do colega? sem ofensas, é somente minha opinião.

Bardini
Bardini
Responder para  Bardini
6 anos atrás

Olha cidadão… É óbvio que eu quero “testar os conhecimentos” do dito cujo. Estou interessado no pq dessa tal “necessidade” por um blindado do tipo para o EB. Quero saber se existe algum fundamento racional por trás dessa tal “necessidade”, ou se é mais uma afirmação vazia, onde qualquer coisa serve pro EB.
.
Até o momento, é só mais uma afirmação vazia, sem fundamento. Nem você, o paladino da justiça e proteção dos “intelectualmente oprimidos”, soube fundamentar essa tal “necessidade”.
.
Tu só quer confusão. Eu quero discutir ideias, conteúdo…

Rogério
Rogério
Responder para  Bardini
6 anos atrás

Nem e preciso ser um “experto” como você pra saber da necessidade de um equipamento deste na guerra urbana, vide Rio de Janeiro, onde não a a necessidade de um canhão de 105 mm. Alem da proteção blindada ele tem muito mais agilidade por seu peso potência, alem da consciência situacional proporcionada por sistema de rádio criptografado equipamentos de visão noturna, infravermelho e de proteção ativa, acho que só isto já comprova a necessidade de não só do Brasil mas qualquer pais em tê-lo em suas fileiras. Sem confusão, somente bom senso.

Renato
Renato
Responder para  Renato
6 anos atrás

Respondendo à pergunta: gosto do conceito de IFV’s acompanhando MBT’s em seus deslocamentos. Acredito que assim se possam se defender mutuamente contra uma variedade maior de riscos, compondo uma coluna mais flexível.

Bosco
Bosco
6 anos atrás

Só acho exagerado haver dois canhões com alta taxa de tiro, mais afeitos à função AA.
Não vejo necessidade disso para um veículo contra alvos em terra.

Delfim
Delfim
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Não são dois canhões e sim um canhão bitubo. E antes ter e não precisar do que precisar e não ter.
Eu nem consigo imaginar o estrago de um canhão destes fazendo a “ceifa” (atirando enquanto a torre gira).
Mas até onde eu sei, blindagens podem ser vencidas não apenas por um único projétil de alta energia, mas por vários com energia menor mas impactando em concentração.
E projéteis em excesso podem exceder a capacidade de defesas ativas, como o Trophy israeli.
Um Terminator 3 poderia disparar seus canhões até esgotar a defesa ativa do alvo, e depois disparar o Ataka-T ?

Bosco
Bosco
Responder para  Delfim
6 anos atrás

Delfin,
São dois canhões sim!
O Roberto Lopes realmente escreveu que é um canhão “bitubo” mas acho que se equivocou porque citou um canhão com um cano só e o chamou de bitubo.
Nos canhões “bitubo” que operam pelo sistema “Gast” há uma pequena distância entre os tubos. http://www.imfdb.org/images/thumb/9/9e/GSh-30-2.jpg/400px-GSh-30-2.jpg
Quanto à grande cadência de tiro o problema é que o consumo de munição é muito grande e num canhão com mira avançada não vejo necessidade.
Os americanos utilizaram o LAV-AD com canhão “Gatling” de 25 mm na Guerra do Golfo mas ele era um veículo antiaéreo que foi desviado.
No Vietnã também usaram o Vulcan montado no M-113 contra alvos em terra, mas também foi desviado de função.
Num veículo especializado acho exagerado em que pese o poder de destruição principalmente contra alvos de área é enorme.

Agnelo
Agnelo
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Dois canhões com alta cadência podem prover melhor defesa aérea aproximada contra helicópteros, principal meio AC da OTAN, às colunas de Blindados das quais fizer parte.

Bardini
Bardini
Responder para  Delfim
6 anos atrás

São dois Shipunov, montados lado a lado…
.
Esse blindado é projetado para apoio de fogo. Não é feito com o intuito de bater de frente com outros blindados. Cobre essa necessidade com os mísseis pq o 30mm é deficiente nessa área, mas não é pra isso que projetaram.
Se fosse pra bater de frente com outros blindados, seria melhor manter ele como um MBT e fazer uso do canhão de 125mm.
.
Sobre o Trophy e etc… Esse “Terminator 2” teria de fazer milagre com esses dois canhões de 30mm e mísseis, se esbarrar com um blindado na linha de frente utilizando Trophy. Seria um Merkava ou um Abrams.

Bardini
Bardini
Responder para  Bardini
6 anos atrás

“São dois Shipunov” faltou o 2A42

Bosco
Bosco
Responder para  Bardini
6 anos atrás

Bardini,
Mas nesse eventual encontro o míssil tem alcance superior ao canhão dos blindados (salvo se os israelenses usarem o LAHAT) e poderia complicar pro lado dos CC.
Os mísseis são da mesma família dos usados pela FAB nos Mi-35.

Bardini
Bardini
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Mas o MBT teria de estar dentro do alcance dos dois canhões de 30mm, que não é lá grandes coisas, já que o que se “pretende” é desativar o Trophy com eles.

Bosco
Bosco
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Desativar o Trophy com os canhões? rsrsss

Bosco
Bosco
Responder para  Bosco
6 anos atrás

A tática russa para se contrapor à proteção ativa é lançar 2 mísseis, um atrás do outro.
O primeiro pode ser pego mas o segundo passa.
*O míssil é guiado por RF e não por fio, e tem velocidade supersônica.

Carlos Granjo
Carlos Granjo
6 anos atrás

Um canhão leva munição AP , enquanto o outro leva explosiva / fragmentação .
Os canhões são operados de forma independente .

Bosco
Bosco
6 anos atrás

Fui dar um conferida e também me equivoquei. Achava que a cadência de tiro de cada canhão era de uns 1000 t/min mas pode ser de 200 a 550 t/min. Não é tanto como pensei.
Mas ainda assim acho que um só daria conta do recado, mas entendo que os russos imaginaram uma situação semelhante a que foi empregado os Gatlings contra alvos em terra pelo americanos.
Então, desdigo o que eu disse tendo em vista que os canhões podendo operar isoladamente e combinados podem ter uma taxa de 200 a 1100 t/min.
O problema fica só no din-din! Dois canhões aumenta o custo.
E tendo em vista hoje o preço da munição, não sei se a tática de atirar às cegas com grande volume de fogo contra alvos camuflados/escondidos, espalhados pelo terreno, possa ser utilizada com tanta frequência.

Bardini
Bardini
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Isso aí pra eles deve ser igual a ZU-23… Se chutar uma moita, aparece uma.

Alfredo Araujo
Alfredo Araujo
Responder para  Bardini
6 anos atrás

Boa Bardini… boa lembrança.
Eu já vim na intenção de comentar isso, mas vc falou primeiro.
Existem algumas centenas de vídeos no Youtube, de árabes usando “shilka(s)” como apoio de fogo. E outra… qual é a arma preferida do árabe raiz ?
Claro que é aquela boa Toyota com o zsu-23-2 montado na caçamba… rsrs
.
O apoio provido por esses canhões de pequeno/médio calibre deve ser bem eficiente… E a série terminator eleva isso a um outro patamar de mobilidade / proteção / poder de fogo. O sonho de consumo de qualquer árabe

nonato
nonato
6 anos atrás

Claro que os especialistas daqui já sabem.
Mas só esclarecendo.
A função do Terminator é basicamente proteger os tanques contra rpgs e congêneres, especialmente em áreas urbanas.
Enquanto os tanques são grandes, pesados e tem pouca agilidade contra pequenos alvos, o Terminator tenta atacar essas ameaças, especialmente urbanas usando sua agilidade e fogo mais rápido.

Bosco
Bosco
Responder para  nonato
6 anos atrás

Pois é! Essa função no Ocidente geralmente é delegada aos IFVs.

Matheus Parreiras
Matheus Parreiras
Responder para  Bosco
6 anos atrás

IFVs geralmente não possuem a mesma blindagem do terminator que é basicamente um híbrido de MBT e IFV, feito pra apoiar blindados em áreas urbanas onde IFVs comuns são abatidos facilmente por Armas AT ou IEDs.

Os Israelenses também desenvolveram esse conceito com o Achzarit e mais recentemente o Namer.

Agnelo
Agnelo
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Camarada
Para não ficar a ideia equivocada, não só ao IFV, mas à própria tropa embarcada, que pode infiltrar-se em cada dobra do terreno ou abrigos.
Por tanto, um carro q faça isso por si só, sem tropa para desembarcar, não cumpre missão.
Acredito que o Terminator seja para aumentar o poder de combate das frações as quais pertencer, mas não para atuar como se IFV fosse.
Após a Tempestade do Deserto, um dos principais treinamentos da Inf dos Bradley foi atuar desembarcados.
O sentimento de proteção ao estar embarcado, fez com que muitas tropas fossem reticentes em desembarcar para combater, o que despertou muita preocupação ao TRADOC.
As lideranças das pequenas frações e estas foram exaustivamente treinadas no sentido de desembarcar quando necessário.
Concluindo
A tropa a pé é essencial ao CC, assim como este à tropa de Inf, tornando a FT CC-Inf imprescindível para o cumprimento da missão por tropas desta natureza.
Um abraço

Renato
Renato
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Exatamente o IFV que falta ao Brasil.

Refaço aqui a pergunta que já fiz em outro tópico: alguém já tentou modificar um Leopard 1 para IFV?

Delfim
Delfim
Responder para  Renato
6 anos atrás

O Guepard serve ? Já usa dois 35mm. E não faltam canhões 35mm Oerlikon que podem ser adaptados.
Nada que um pouco de vontade e inventividade não possam resolver, quando ambos ficarem ultrapassados, se já não estão.

Carvalho
Carvalho
Responder para  Delfim
6 anos atrás

Delfin,
Aqui no Sul, em manobras da 6Bgda Bld, participaram alguns Guepard, e pelo que me consta fizeram exercícios de armas combinadas contra alvos no solo.
Acho que qualquer cmdt de infantaria gostaria de ter um apoio de fogo com uma cadência do Guepard

Tiger 777
Tiger 777
Responder para  nonato
6 anos atrás

São as lições da Guerra da Chechênia…

nonato
nonato
6 anos atrás

E imagino que de muitas outras guerras, inclusive da Síria.
Não sei se os americanos tiveram muitas perdas no Afeganistão e Iraque.
Lembro de ter visto um vídeo logo no início da invasão no Iraque uma coluna de tanques seguia sem restrições ocasionalmente sendo alvo mas repelindo de imediato.
Mas aparentemente em outras guerras, inclusive os tanques turcos, os RPGs e congêneres fizeram a festa.

Willber Rodrigues
Willber Rodrigues
6 anos atrás

Pergunta de leigo:
Já que eles usaram o chassi de um T-72, daria pra fazer o mesmo sobre um chassi de um Leopard 1 ou do Patton? ( desconsiderando-se o custo disso ).

Renato
Renato
Responder para  Willber Rodrigues
6 anos atrás

Esta é minha curiosidade também.

Ivan
Ivan
Responder para  Willber Rodrigues
6 anos atrás

Willber Rodrigues,
.
Partindo da sua premissa “desconsiderando-se o custo disso”, é possível fazer quase tudo, inclusive montar uma torre do tipo Terminator com armas, sensores e comunicações (C4ISR) ocidentais, sobre o chassi de todos os carros de combate ocidentais.
.
A questão é que os exércitos ocidentais não consideram a relação custo/benefício vantajosa, ou entendem que as missões destes blindados híbridos podem ser executadas por outros já existentes, como os vários IFV (Infantry Fighting Vehicle) ou CFV (Cavalry Fighting Vehicle) disponíveis, armados com canhões automáticos de 25, 30 e até 40mm; metralhadoras 7,62mm ou 12,7mm; e, mísseis antitanque.
.
Em tempo:
Gosto muito do conceito russo do Terminator.
Acredito que é um risco ter no mesmo veículo o transporte de um grupo de combate de infantaria e as armas de apoio da linha de frente. Uma seção com um par de Terminators apoiando um pelotão de infantaria blindada, ou um pelotão com dois pares de Terminators apoiando uma companhia de infantaria blindada parece ser interessante em um ambiente de alta intensidade e urbano.
Lembrando que hoje em dia o ambiente urbano cresceu tanto que se torna difícil pensar em uma guerra que, simplesmente, ignore as cidades.
.
Forte abraço,
Ivan, um antigo infante.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Ivan
6 anos atrás

Mestre Ivan, eu colocaria uma torre ao estilo dessa do Terminator, com um Bushmaster de 30mm e o Tow ou Spike em um Namer.

nonato
nonato
6 anos atrás
100nick-Elã
100nick-Elã
6 anos atrás

Está todo mundo vendo, na Copa da Rússia, que eles tentaram de toda forma impedir (até prenderam o Marin e outros diregentes), que a Rússia é linda.

Cadê o país falido, inferior até a nós, tupiniguins?

Cadê o isolamento?

Tá aí para quem quiser ver a realidade e não acreditar na propaganda. A Rússia é lindo. A única coisa feia é o estrago que eles podem fazer a quem se atrever a enfrentá-los militarmente. Como aprenderam na prática Napoleão e Hitler.