US Army anuncia ‘Visão do Exército’ para 2028
WASHINGTON – Uma nova “Visão do Exército” explicita como o Exército dos Estados Unidos (US Army) pretende se preparar para uma possível guerra contra concorrentes similares, como a China e a Rússia, enquanto conduz simultaneamente uma guerra irregular, disse o secretário do serviço.
“Dentro de um dia, a Visão do Exército para 2028 será lançada”, disse Mark T. Esper, falando no Brookings Institute, em 5 de junho, onde ele discutiu em detalhes como o Exército planeja crescer e se adaptar na próxima década, para um ambiente de ameaças em constante mudança.
Para enfrentar essa ameaça, o US Army precisa aumentar a força ativa para pelo menos meio milhão de militares, disse Esper, acrescentando que haverá um crescimento similar dentro da Guarda Nacional do Exército e da Reserva do Exército.
Aumentar a força exigirá a retenção de soldados existentes e a adição de novos, disse Esper. Por enquanto, ele disse que o Exército está cumprindo suas metas de retenção – uma indicação de que os soldados uniformizados hoje estão felizes com o trabalho que estão sendo solicitados a fazer e com as oportunidades que o Exército lhes oferece.
Obter novos soldados através de esforços de recrutamento, no entanto, continua a ser um desafio, disse ele. Isso pode ser um sintoma de uma economia do setor privado que está indo bem e que tem uma baixa taxa de desemprego. Ainda assim, Esper disse que acha que o Exército deveria ser capaz de alcançar seus objetivos de recrutamento.
Uma ferramenta que pode, num futuro próximo, ajudar a atrair e reter mais talentos para o serviço é o Sistema Integrado de Pessoal e Pagamento do Exército. O novo sistema de pessoal foi projetado para incluir, entre outras coisas, novas ferramentas que tornarão mais fácil identificar os talentos exclusivos que os soldados trazem à força e ajudar os comandantes a usar esses talentos quando mais precisarem deles.
O novo sistema considera os conhecimentos, habilidades, comportamentos e preferências dos soldados e faz as atribuições de acordo, disse Esper. E, juntamente com modelos de carreira mais flexíveis, permitirá que o Exército atraia, identifique, desenvolva e aproveite melhor os soldados em planos de carreira que os mantenham interessados no serviço a longo prazo.
Para preparar melhor os soldados para a luta de alto nível, o Exército está ampliando o One Unit Unit Training, ou OSUT, para 21 semanas para alguns soldados de armas de combate. Além disso, o Exército está instituindo um novo teste de aptidão física que indicará melhor a prontidão de combate dos soldados, disse ele.
Esses soldados de alta qualidade precisam ser comandados por líderes inteligentes, atenciosos e inovadores, que se sintam à vontade com a complexidade e sejam capazes de operar do nível tático ao estratégico, disse ele.
O Exército quer líderes corajosos e criativos como na Segunda Guerra Mundial, disse ele, líderes como aqueles que levaram soldados dos EUA para as praias da Normandia. Em 5 de junho de 1944, exatamente há 74 anos, os soldados norte-americanos estavam a poucas horas de cruzar o Canal da Mancha, lembrou Esper.
O Exército que desembarcou nas praias da Normandia, em 6 de junho de 1944, é parecido de certa forma com o Exército de hoje, disse ele.
Eles lutaram em uma batalha conjunta, combinada e multi-domínio, com apoio aéreo e naval. Esse mesmo tipo de guerra, combinado com o ciberespaço e o espaço, é o que a Visão do Exército exige, disse Esper.
Além da batalha multi-domínio, o Exército dependerá cada vez mais de robôs no ar e no solo para movimento, poder de fogo e sustentação. “A robótica e a inteligência artificial podem mudar fundamentalmente a natureza da guerra”, disse ele, acrescentando que quem chegar lá primeiro dominará o campo de batalha.
Para chegar primeiro, o US Army está investindo recursos em pesquisa e desenvolvimento, disse ele. Equipes multifuncionais estão trabalhando no desenvolvimento das seis prioridades de modernização: tiro de precisão de longo alcance, veículo de combate de próxima geração, futuro transporte vertical, uma rede expedicionária, defesa antiaérea e antimíssil e letalidade do soldado.
Enfrentando uma possível ameaça entre exércitos equivalentes, o US Army não tem mais o luxo do tempo, concluiu o secretário. É por isso que ele deve estar pronto para o combate a qualquer momento, e é isso que a Visão do Exército 2028 estabelece – de modo que os soldados americanos estejam sempre preparados para os campos de batalha de hoje e de amanhã.
Clique aqui para ler o Army Vision 2028 (2 páginas em PDF em inglês) no site do Exército dos EUA.
USA esta se preparando para enfrentar China e Russia ao mesmo tempo, estão loucos!
Dificilmente USA e OTAN ganha esta guerra.
Os americanos não tem orçamento para colocar mais meio milhão de militares, mesmo se os americanos quadruplicar o seu exercito, eles não ganharia da China.
Tem razão afinal russos e chineses são extraterrestres ou dotados de poderes divinos não é mesmo!? Ou será porque os chineses são adeptos do maravilhoso comunismo?
kkkkkk “chineses são adeptos do maravilhoso comunismo” kkkkkk
Toda e qualquer preparação anterior ao estado de guerra é apenas uma fração da capacidade de mobilização de um país (principalmente os ocidentais). Pense no que os americanos fizeram ao longo da segunda guerra em termos de produção industrial (combustível, alimento etc) e de armas (tanques, aviões, navios etc), além de toda a logística que mobilizaram para transportar toda a produção para a linha de frente, inclusive abastecendo os ingleses e russos. Mesmo tudo aquilo não “socializou” o país, do jeito que aconteceu na europa, em que a vida de todos entrou em “hold” para servir aos governos no esforço de guerra. Agora pense se numa luta por sobrevivência os EUA mobilizassem de fato toda sua capacidade produtiva para a guerra. Você alega que Russia e China tem maior capacidade, mas a economia deles já vive no limite do controle estatal, diferente das democracias liberais ocidentais, como EUA e OTAN. Ainda vai demorar muito para um país (China) ultrapassar as capacidades militares dessa aliança e, mesmo quando ultrapassar em números de material, não vai alcançar em capacidade industrial. Ainda bem, eu penso.
Lucas Lima, em 05/06/1967 os exércitos dos países árabes superavam a quantidade de homens do exército israelense na proporção de 10:1. Uma vez que a IDF tinha 100.000 homens os exércitos árabes perfaziam o total de 1 milhão de homens. Advinha quem ganhou a Guerra dos Seis dias?
Mais do que quantidade, precisa-se de qualidade. China parece ter só quantidade.
” US Army não tem mais o luxo do tempo,.. “Eles tem e noção das coisas… não tem nada de loucos , são possibilidades eles trabalham com todas as hipóteses … “A robótica e a inteligência artificial podem mudar fundamentalmente a natureza da guerra” entendo que é neste ponto que estão focados, querem infantes com capacidade intelectual/ cientifica e não um rambo, Querem robôs e não rambo
Oi Bueno, ocorre que para ser justamente um Rambo o cara tem de ter muita capacidade intelectual pois, descontados os exageros e as patriotadas que vimos nos quatro filmes da série, um soldado de forças especiais (Rambo é um Boina Verde) tem quer dominar uma série de habilidades tais como línguas estrangeiras, primeiros socorros, o uso de qualquer arma que venha a lhe cair nas mãos, pilotar aviões e helicópteros, dentre outras.
Agora, se o US Army pretende implantar essa visão em suas fileiras sugiro uma análise detida do exército israelense, que já segue essa filosofia desde que foi criado há 70 anos. Aliás, os integrantes do exército de Israel estão na vanguarda quando de trata de Cyberguerra na forma da famosa e misteriosa Unidade 8200
Não tem mais avançado do que os EUA na área cibernética, ate pq a internet é deles, se eles quiseram apaga-la, apagão.
Não há nada que ngm possa fazer.
Hoje existem milhões de unidades servidas com intranet, acredito que as melhores forças armadas do mundo não ficariam totalmente as cegas.
HMS TIRELESS, bom dia. vc esta corretíssimos, só retirando os exageros de sair quebrando tudo… Tem brasileiros naturalizados e servi nos EUA , estes poderiam dar uma visão geral do nível de formação do soldado americano.
Imagino que eles estão querendo uma maior formação para os soldados a “nível de sargento”, maior capacitação na tomada de decisão em momentos estremos, vide o que ocorreu na Nigéria link vídeo abaixo. Um pais que tem base militar espalhadas por todos continentes, tem que ter soldados capacitados para lidarem com variadas operações de diversas complexidades, hora contra forças irregulares hora contra forças regulares, ou as duas mesmo tempo, vide Crimeia /Ucrânia, um misto de forças regulares na tomada da Crimeia e forças irregulares no leste da Ucrânia. https://www.youtube.com/watch?v=vb_YoVGYDI4
correção : momento extremo..
China e Rússia vão ter que arrumar mais gente pra ajudar, porque bater de frente com Estados Unidos e seus maiores parceiros como Reino Unido, Israel e Japão seria muito difícil e não daria nem pra começar. Não vou nem falar dos outros colaboradores e membros da OTAN, como Alemanha, Itália e França… Aliás, num confito dessas proporções, alguém sabe de que lado ficariam Índia e países do Oriente Médio?
“Esses soldados de alta qualidade precisam ser comandados por líderes inteligentes, atenciosos e inovadores, que se sintam à vontade com a complexidade e sejam capazes de operar do nível tático ao estratégico, disse ele.” Com isso o Brasil está fora, não temos pessoas assim.
Au Au Au, olha o vira-lata latindo. “Não temos pessoas assim” quanta prepotência. Se Você é medíocre não fale pelos outros.
Esse cara pensa que nas forças armadas só tem gente burra?
É cada uma em… EB não é exercito chines que é promovido os amigos do “imperador” digo “ditador” digo presidente….
Prezado Juvenal,
Sugiro pesquisar “Gen Santos Cruz” ou “Gen Heleno” no Google, só para início de conversa…
Reconheço que falta uma atualização doutrinária ao EB para se adequar ao combate moderno, mas temos sim dentro de nossas unidades gente qualificada e com os olhos no que há de mais atual no mundo. Nosso problema sempre foi e continua sendo a crônica falta de recursos e do interesse público em assuntos ligados à defesa nacional.
Prezado
Nossos oficiais e sargentos realizam cursos de todos os níveis (do menor tático ou político estratégico) nas Forças Armadas da OTAN, Rússia, China etc.
Trazem suas doutrinas para atualizarmos a nossa, de acordo com nossas possibilidades e capacidades.
Não nos vejo como desatualizados.
A diferença é q demoramos mais a mudar. Por que?
Como temos menos recursos, não podemos nos dar ao luxo, como os EUA, q mudaram seu exército para pouco conflito de alta intensidade e muitos de baixa, e agora tem de mudar tudo novamente.
Nossa “passada” tem de ser mais pensada.
Esse plano só funciona com serviço militar obrigatório. até a Suécia estuda a volta.
Com a china a guerra seria no mar ao sul no mar da ASEAN onde Pequim criou ilhas artificias ou tomou dos países da área e no TO europeu seria em terra. o problema que os países da OTAN não ajudam como o Japão e Korea do sul. Alemanha sucateou as forças armadas, UK desmontou a força anfibia, destroyers 45 com defeito e só a frança tem força convencional para ajudar.
O Us army tem que enfrentar, terroristas sunitas no Afeganistão, terroristas sunitas e milícias xiitas no Iraque e talvez uma forca quds infiltrada o mesmo no norte da Siria no enclave curdo. Missões de FEs na Africa.
Tem que enfrentar o Exército Russo na Europa, norte coreano na Coréia e talvez o chines em possiveis invasões em paises asiático como Taiwan, CS, Vietnã, Filipinas e Japão talvez, pelo menos nas ilhas japonesas.
Mas os EUA tem um trunfo, nunca lutarão sozinhos em todos os possíveis pontos de conflito Europa, Ásia e OM, à maioria dos paises são aliados dos EUA.
E essa é uma das causas do enfraquecimento do Exército Americano, às forças armadas americanas no final da Guerra Fria eram uma força formidável, grande em tamanho, muito bem equipadas e perfeitamente capazes de enfrentar qualquer desafio de guerra soviética concebível, nuclear ou convencional. Sua recuperação do Vietnã foi total. O “Reagan Build-up”, uma grande infusão de fundos e tecnologia que ocorreu na década de 1980, permitiu que os militares modernizassem suas armas, doutrina e treinamento. Aprendera a recrutar e motivar efetivamente uma força totalmente voluntária, um feito não muito pequeno para um militar há muito tempo acostumado com o trabalho barato do recrutamento militar. Os pensamentos de aperfeiçoar suas habilidades de contra-insurgência ou de procurar descobrir a melhor forma de participar dos empreendimentos de manutenção da paz e construção da nação estavam longe de suas prioridades doutrinárias, é mais do que sabido que há um suposto ponto cego na visão doutrinal do Exército dos EUA e algo precisava ser melhorado. Trump soube disso e resolveu mudar totalmente a doutrina americana para treinamento especifico a ganhar batalhas contra Estados nacionais, não contra-insurgência. Cada uma das intervenções dos anos 90 – Somália, Haiti, Bósnia e Kosovo – teve significativa oposição dentro e fora do governo. Embora todos fossem eventos de baixas baixas, o público estava com medo dos riscos. Os militares os viam como se estivessem se desviando de uma missão para estarem prontos para enfrentar uma China em ascensão ou uma Rússia ressurgente, ambas convenientemente mascaradas por trás dos representantes da Coréia do Norte, do Irã ou do Iraque. Grandes militares exigem grandes adversários e o Haiti e a Sérvia não se equiparam. Os democratas em grande parte deixaram os planejadores militares sozinhos, e os republicanos, por reflexo, defenderam qualquer coisa que fizessem.
Gilson, a Doutrina do exército americano hoje, é a melhor do mundo. Eles tem doutrina pra lutar guerra convencionais e não-convencionais.
Inclusive já provaram que conseguem treinar eficáciamente para os 2 tipos, por isso, eles tem, as brigadas em forma modular, cada brigada treina para sua area de atuação, e antes do deployment treinam ainda mais especificamente para o cenário.
O problema real, é que com a diminuição do orçamento a prontidão foi afetada, juntamente com míope percepção de que a China não os peitariam tão cedo e a Russia jamais voltaria a fazer-la.
As áreas mais carente hoje no exercíto americano é a artilharia, que foi relegada, deixaram de comprar e evoluir varios projeteis inteligentes, agora que estão correndo atrás e a guerra eletronica, o Dod, relegou essa função toda para a Usaf e Usn e o exército ficou sem, agora com as estratégias de A2/D2 ficando cada vez mais fortes, o uso de guerra eletronica em solo é necessário.
Verdade. Vide Iraque com a queda de Saddam(convencional) e após o Saddam (não-convencional) e a Síria financiando os “rebeldes” para derrubar Bashar(não convencional).
Certamente há algo de errado nesse título de “melhor do mundo”.
Acredite no que quiser, os fatos só mostram que o Exército Americano não é mais o mesmo do final de Guerra Fria, assim mantenho minha versão de falha doutrinária dos EUA.
Gilson,
Os conflitos médio-orientais são, isso sim, de uma imensa carga política, nos quais objetivos verdadeiramente estratégicos nunca estiveram realmente claros para as forças em campo.
Pode se ter o melhor exército do mundo que ele não vai servir de nada se não for empregado corretamente; quero dizer, dentro de um contexto onde é de fato utilizável.
Nesses casos que listou, uma estratégia completamente equivocada ( principalmente no que diz respeito a condução de políticas pós-guerra ), baseadas em avaliações incompletas do cenário real ( notadamente com relação a cultura e o círculo de poder que rege esses povos ), foi o que levou a esses atoleiros.
E se analisarmos caso a caso, a coisa complica ainda mais… No Iraque, por exemplo, eliminou-se toda a elite local sem que ao menos houvesse algo crível para por no lugar; isso só pra “malemá” resumir. E quanto a Síria, se tivessem feito uma avaliação realista da situação, sequer teriam se metido…
Logo, não se trata de falha de doutrina… Ora! Uma vez em campo, em todos os cenários, sempre houve uma superioridade das forças americanas, clara e inequívoca. Quando entravam pra valer, arrasavam seus oponentes. E nas ocasiões nas quais encontravam dificuldades, quase sempre havia uma falha na cadeia de comando civil, entre os tomadores de decisões… Aliás, em praticamente todos os grandes conflitos nos últimos 100 anos, os derrotados assim o foram pela incompetência ou indolência de suas lideranças, que falharam em avaliar a situação, e não pelas falhas do componente militar ( quando ocorriam )…
Prezado
A falha não é doutrinária.
A falha foi de visão política e geoestratégica.
Nem uma, nem outra. O erro foi de direção/ação. Eles nao sabiam o que fazer com a informação .
Comentário muito bem feito, eu mesmo não poderia ter dito melhor.
Não há falha. Oque houve foi exclusivamente uma guerra assimétrica contra terroristas islâmicos. Somente agora surgem China e Russia como eventuais adversários, o que induz a um modificação de estratégia. Não era preciso há dez anos atrás, um exército numeroso e de alta tecnologia, como é preciso agora. Eis a diferença.
Tomara que essa guerra que estão armando não aconteça, pois não duvido nada que no primeiro dia dela iria ter uma chuva de bombas nucleares para inutilizar centros urbanos, grande concentrações de militares indo para a frente de batalha ou algum outro alvo de relevância estratégica.