Trecho do relatório do serviço de inteligência tchecoslovaco sobre o golpe de 1964
Trecho do relatório do serviço de inteligência tchecoslovaco sobre o golpe de 1964
Trecho do relatório do serviço de inteligência tchecoslovaco sobre o golpe de 1964

Pesquisa inédita em arquivos da antiga Tchecoslováquia mostra atuação da StB de 1952 a 1971. Livro ajuda a entender o clima da época por meio das ações da agência submetida à russa KGB

Por R.B. – El País

Jânio Quadros ainda não tinha sido eleito presidente do Brasil quando, em visita a Moscou, em 1959, fez uma promessa ao tradutor que o acompanhava na viagem pela União Soviética: “Quando eu chegar ao poder, e chegarei com 100% de certeza, você será o primeiro a receber o visto”. O presidente eleito no ano seguinte nunca saberia, mas Alexandr Ivanovich Alexeyev, que atuara como seu tradutor, era um agente da KGB, a agência de inteligência soviética. Parte dessa história, que culminaria na retomada das relações do Brasil com a União Soviética em 1961, é contada no livro 1964 – O elo perdido (Vide Editorial, 2017), publicado no início deste ano. A obra é fruto da primeira investigação brasileira nos arquivos do serviço de inteligência da antiga Tchecoslováquia, o StB (sigla para “Segurança Estatal”), feita pelo paranaense Mauro Kraenski em parceria com o tcheco Vladimír Petrilák. Submetida à KGB, a StB atuou na América Latina durante a Guerra Fria e seus arquivos servem como aperitivo das ações soviéticas no continente, já que os documentos de Moscou seguem restritos.

“Não há praticamente nada de pesquisa sobre a União Soviética nesse período”, comenta o professor Carlos Fico, do departamento de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele diz que não há muito interesse sobre o assunto, e cogita que seja por conta da pouca interferência soviética no país. Kraenski chegou aos arquivos tchecos por acaso. Trabalhava como guia no Memorial e Museu Auschwitz-Bikernau, o antigo campo de concentração nazista na Polônia, e se interessou pela história do país. Ao topar com a circulação de informações erradas sobre os soviéticos no contexto polonês, decidiu buscar informações em relação ao Brasil. Procurou na Polônia, mas foi encontrar material mesmo na República Tcheca.

Para conseguir adequar o polonês que ele fala ao tcheco dos documentos, o pesquisador se associou ao tradutor Vladimír Petrilák. Os dois montaram um site para divulgar o resultado das pesquisas e receber contribuições, já que não encontraram nenhuma instituição governamental ou acadêmica disposta a patrocinar a investigação. E qual foi a grande descoberta dos arquivos pela perspectiva dos pesquisadores? “Talvez seja o fato de saber pela primeira vez sobre a atuação de espiões de serviços de inteligência do bloco soviético no Brasil. Ou descobrir que houve brasileiros que, segundo os documentos, colaboraram — de forma consciente ou não, depende do caso — com esse serviço de espionagem estrangeiro”, responde Kraenski, que ressalva algumas vezes ao longo do livro: todas as informações dos arquivos secretos devem ser consideradas com cuidado. Muitas delas não têm fontes alternativas para confirmação, mas, mesmo assim, ele argumenta, são fonte relevante sobre o período.

Serviço de inteligência

Os autores do livro se concentraram na pesquisa dos documentos do I Departamento da StB, responsável pelo serviço de inteligência no exterior, onde descobriram que uma rede de 30 agentes e cerca de 100 “figurantes” — potenciais agentes que colaboraram com o serviço de inteligência sem saber — atuou no Brasil de 1952 a 1971. “O serviço de inteligência tchecoslovaco determinava objetos ou alvos de interesse, com o objetivo de entrar, infiltrar ou penetrar operacionalmente através de sua rede de agentes para aquisição de informações ou materiais relacionados com determinadas tarefas”, diz Kraenski. Entre os principais alvos estavam o Itamaraty, o Governo federal e o parlamento, além de instituições como a Petrobras, o Exército e o BNDES. Os soviéticos buscavam brasileiros de perfil nacionalista e antiamericano, mas que não tivessem laços tão evidentes com o Partido Comunista Brasileiro, e usavam desde o argumento ideológico e o oferecimento de presentes até o pagamento de honorários e estratégias de chantagem baseadas em informações constrangedoras.

Entre as operações mais ousadas do serviço de inteligência tchecoslovaco, os autores incluem a intermediação de armamentos para o Brasil, a falsificação de documentos para implicar os Estados Unidos no golpe de 1964 e o financiamento de ao menos um jornal, como parte de um projeto — maior e não finalizado — que tinha como meta criar uma emissora de tevê e uma rádio de alcance continental. O envio de 20.000 metralhadoras de produção tcheca para o Brasil acabaria acontecendo sem a interferência direta da StB e chegou a virar assunto no parlamento brasileiro à época. Os documentos também expõem como os tchecos, sempre interessados em disputar com os Estados Unidos a influência na região, atuaram no Brasil para melhorar a imagem do regime cubano pós-revolução e até criaram uma operação para reagir, em 1961, a um possível golpe de Estado.

“O camarada ministro confirmou a operação ativa I-V de criptônimo LUTA, cujo objetivo é causar demonstrações e tumultos antiamericanos e — em caso de seus surgimentos — causar uma guerra civil no Brasil. Um dos objetivos desta operação ativa é fazer com que representantes nacionalistas tomem o poder no Brasil”, diz documento de 23 de outubro de 1961 exposto no livro. A operação, que envolveu contatos com o então governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola e as Ligas Camponesas lideradas por Francisco Julião, durou apenas seis meses, de novembro de 1961 a abril de 1962, e provavelmente foi encerrada quando os responsáveis perceberam a dificuldade de executá-la.

O golpe

A pesquisa de Kraenski e Petrilák mostra ainda que os tchecoslovacos foram surpreendidos quando os militares tomaram o poder na virada de março para abril de 1964. A falha do serviço de inteligência em antecipar a derrubada do presidente João Goulart foi atribuída posteriormente à falta de contatos entre a direita brasileira. Nos relatórios internos, os agentes destacaram a “hesitação típica de Goulart e a sua incapacidade de levar as coisas até o fim” como motivo de uma queda sem reação. “Não se podia sequer falar em derrota, pois a derrota pressupõe uma luta, e no Brasil houve somente uma tomada pacífica de poder pela direita”, diz um trecho do mesmo documento, um relato sobre o golpe de Estado destinado apenas à elite do partido comunista tchecoslovaco.

As atividades soviéticas no Brasil sofreram um grande abalo após a tomada de poder pelos militares. Os agentes tchecoslovacos, que contavam entre seus contatos com jornalistas, funcionários públicos e até um deputado federal, tiveram de se retrair. Vários de seus “figurantes” se refugiaram em embaixadas estrangeiras e no exterior ou perderam os cargos que lhes garantiam relevância. O serviço seguiu por pelo menos mais sete anos, contudo, e seus registros ajudam a entender o clima de desconfiança e medo que levou o país a passar 20 anos sob o jugo de um regime militar. E esse é apenas o início da história do lado soviético. Kraenski diz que ainda há material para ser pesquisado no arquivos e, assim como ocorre no Brasil, desconfia-se que os documentos que os tchecoslovacos registram como destruídos possam estar guardados em algum lugar.

OS BRASILEIROS “SÃO PESSOAS PREGUIÇOSAS E BEM LEVIANAS”
Os arquivos tchecoslovacos se prestam também à crítica de costumes. Desde a chegada ao Brasil, em 1952, os agentes registraram suas impressões em relatórios que seriam repassados aos colegas que os substituiriam no futuro. Atuar no Brasil não era exatamente uma prioridade, mas era considerado muito mais seguro do que atuar nos Estados Unidos ou no Reino Unido. Em meio a reclamações sobre o calor que fazia no Rio de Janeiro e a falta d’água por uma semana no apartamento de Copacabana onde o primeiro chefe da rezidentura (base do serviço de inteligência) tchecoslovaca no Brasil se instalou, encontram-se análises sociológicas. “Todo o povo é educado em um espírito de desprezo para com o trabalho, o que pode se observar, por exemplo, quando as faxineiras se recusam a limpar janelas e assoalhos, o que obriga a contratação de mais faxineiras especialmente para isso”, registra o agente Jirí Kadlec, de codinome Honza.

Segundo o primeiro agente da StB no Brasil, “homens e mulheres têm unhas tratadas, todos querem a qualquer preço causar a impressão de que não precisam trabalhar fisicamente”. Em outro trecho, ele relata violência e assassinatos, um deles cometido a 20 passos da embaixada tchecoslovaca: “Em plena luz do dia, um homem cortou a garganta da esposa porque a mesma não queria partir com ele para outra região do país em busca de uma vida melhor”. Em outro relatório, registra-se que “os brasileiros reconhecem como cozinha típica somente a cozinha baiana” e que ela “pode levar à enfermidade”. A cervejas são boas, independente das marcas, mas os cigarros são ruins.

O trecho mais impiedoso sobre os brasileiros reproduzido pelos pesquisadores no livro 1964 – O elo perdido coube ao agente Václav Bubenícek (codinome Bakalár): “Um brasileiro, ao contatar com um estrangeiro, possui uma tendência em fazer uma grande quantidade de promessas, já supondo que não cumprirá nenhuma delas”. Referindo-se à classe média urbana, ele diz que “são pessoas preguiçosas e bem levianas, com as quais não se pode contar”. “Os brasileiros de classe média frequentemente surpreendem um europeu com uma longa lista de faculdades e cursos que terminaram; mas, na verdade, o conhecimento adquirido por eles é muito superficial, o que significa que no Brasil, por regra, encontramos pessoas ignorantes, que, mesmo com numerosos títulos científicos, não chegam aos pés da nossa gente com formação primária”, finaliza.

FONTE: El País

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

132 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Pedro
Pedro
6 anos atrás

Esse livro é extremamente revelador. Como disse o professor Olavo, há décadas que a esquerda vive dizendo que a CIA estava por trás de tudo, mas até hoje não foram capazes de mostrar UM SÓ agente da CIA lotado no Brasil à época, enquanto temos detalhes da vida de vários agentes da KGB operando em solo brasileiro, dentro do Palácio do Planalto, até como assessores e tradutores do presidente!

Walfrido Strobel
Walfrido Strobel
Responder para  Pedro
6 anos atrás

Vc imagina que a CIA não tinha agentes no Brasil? Ou é modo irônico.

Pedro
Pedro
Responder para  Walfrido Strobel
6 anos atrás

Como disse, prove que tinha UM só. Dê o nome.
Pois dos agentes da KGB sabemos vários.

Walfrido Strobel
Walfrido Strobel
Responder para  Pedro
6 anos atrás

Dan Mitrione e Lauren J. (Jack) Goin, veja o texto da wikipedia, pelo menos felizmente Dam Mitrione foi descoberto no Uruguai e torturado e executado por terroristas.
“Agentes da CIA: No Outono de 1961, exatamente quando João Goulart estava assumindo a presidência, os Estados Unidos começaram expandir um influxo de agentes da CIA e ajuda a funcionários de instâncias no Brasil. Conselheiros de Ajuda de Segurança Pública como Dan Mitrione eram responsáveis por “melhorar” as forças policiais brasileiras. Engle enviou o oficial da CIA, Lauren J. (Jack) Goin, para o Brasil sob a cobertura de “consultor em investigações científica”. Antes de vir para o Brasil, Goin tinha criado a primeira equipe consultiva de polícia na Indonésia, que foi fundamental para o golpe apoiado pela CIA, que culminou com a morte documentada de mais de trezentos mil indonésios. Ele também tinha servido com Engle, quando a primeira Equipe Consultiva de Polícia foi criada na Turquia.
De acordo com documentos oficiais do governo americano, o presidente interino, Temer, tem sido um informante da embaixada EUA no Brasil e é descrito como um trunfo para os interesses das empresas americanas em vários documentos diplomáticos abertos ao público.”
. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dan_Mitrione

Pedro
Pedro
Responder para  Walfrido Strobel
6 anos atrás

Ele era do FBI, nao da CIA… detalhezinho né… mas são coisas diferentes.
Segundo a “wikipedia” ele era policial e treinava policiais. Diz que lecionou “tecnicas de tortura empregadas pela CIA” às polícias, nao que ele era da CIA… e não que ele era agente duplo.
De novo, prove a identidade de um agente duplo da CIA, nome, atividades, etc… da KGB temos muitos.

Javier Bonilla
Javier Bonilla
Responder para  Walfrido Strobel
6 anos atrás

Pois, agora os ex terroristas uruguaios recuam, sejam a historiadora tupamara Clara Aldrighi, seja oex guerrilheiro Héctor Amodio Pérez, ou o também ex guerrilheiro Sergio Lamanna, duvidam públicamente que Mitrione tenha sido agente da CIA e até mesmo do FBI…

Walfrido Strobel
Walfrido Strobel
Responder para  Pedro
6 anos atrás

O próprio CENIMAR da MB em relatório liberado agora confirma que a CIA acompanhava suas investigações.
. http://e.glbimg.com/og/ed/f/original/2011/12/02/707_cianobrasil_doc5.jpg

Renato B.
Renato B.
Responder para  Walfrido Strobel
6 anos atrás

E não podemos esquecer do Vernon Walters, que foi adido militar no Brasil nos anos 60. Seu relacionamento com a CIA era tão “distante” que chegou a ser Vice-Diretor.

Para quem duvida do dedinho americano recomendo procurar por “Operação Brother Sam”

De qualquer modo, apesar do título sensacionalista, o texto mostra que que até os comunas achavam improvável ocorrer uma insurreição capaz de resultar numa guerra civil por aqui.

Fawcett1925
Fawcett1925
Responder para  Pedro
6 anos atrás

O serviço secreto russo possui uma tradição secular. Até Ivã, o Terrível, tinha seus espiões. É compreensível que a doutrina russa estivesse anos luz a frente da CIA.

Camargoer
Responder para  Pedro
6 anos atrás

Caro Pedro. Recomendo o documentário “O dia que durou 21 anos”. Nele existem diversos documentos, telegramas e conversas gravadas do Kennedy e Lyndon Johnson com o embaixador dos EUA no Brail (Lindon Gordon) sobre o planejamento do golpe de 64. Procure por “Operaçao Brother Sam”. O

nonato
nonato
Responder para  Camargoer
6 anos atrás

Havia duas opções.
Continuar democrático no mundo civilizado ou cair nas mãos de uma ditadura comunista.
Que bom que os estados unidos não nos abandonaram.
Quem gosta de democracia não dá valor a comunismo.

Renato B.
Renato B.
Responder para  nonato
6 anos atrás

Você leu a matéria? O que ela diz sobre as chances de um levante comunista ocorrer por aqui? Os caras desistiram da idéia em 1962.

4lex5andro
4lex5andro
Responder para  Renato B.
6 anos atrás

Tinham desistido ou “dado um tempo”?

Considere que estás em 1962, com um -vice que acaba de assumir após renuncia do Janio, e que adora visitar países governados por ditaduras comunas e receber camaradas revoluciotários para os condecorar.

Seus meios científicos e tecnológicos são escassos, num país endividado após construir o novo DF e predominantemente rural e analfabeto, vais rejeitar um apoio da nação mais avançada do mundo.

Ozzy
Ozzy
Responder para  Camargoer
6 anos atrás

Esse fato relatado no documentário é bastante distorcido. Na verdade o que as conversas reveladas mostram é que o governo americano ficou feliz com o golpe e que estava disposto a ajudar os militares em caso de guerra civil, sendo a tal operação Brother Sam para isso. Em nenhum momento há qualquer indicativo que o governo americano tenha sido o planejador do golpe, que alias foi gestado nas proprias elites civis e militares brasileiras.

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
Responder para  Ozzy
6 anos atrás

Exato, Ozzy. A esquerda gosta de distorcer a história a seu favor. Recontar a verdade com outras tinturas. Perderam a guerra. Ponto final. Éramos nós contra eles, em 64, e eles perderam.

FÁBIO ALEXANDRE NEITZKE
FÁBIO ALEXANDRE NEITZKE
Responder para  Pedro
6 anos atrás

É óbvio que EUA e URSS tinham (ainda tem) agentes no Brasil. Vários outros países também mantiveram agentes de informações no Brasil. Boa parte deles são os “adidos” lotados em embaixadas e consulados. Durante a Guerra das Malvinas, britânicos e argentinos tiveram seus serviços secretos bem ativos no Brasil. Nos anos 90, um paspalhão foi pego no Rio de Janeiro e entregou que era agente do governo português.

Ricardo
Ricardo
6 anos atrás

Acho que no fim conseguiram, afinl 60 mil assassinatos por ano é tipico de guerra cívil!

Fábio Mayer
Fábio Mayer
Responder para  Ricardo
6 anos atrás

A questão é que isto (também) comprova que o Brasil era palco da Guerra Fria.

Se por um lado é verdade que nossos problemas internos se juntaram ao clima externo de tensão, e que, sim, 1964 teve um componente econômico partido de nossas elites, ainda assim, havia interesses internacionais.

E não somente dos EUA. A URSS e os países daquele bloco também pretendiam impor seus regimes por aqui…

E da mesma forma com que os EUA perderam a guerra fria no Vietnã, no Cambodja, na Coreia do Norte, eles venceram aqui, no Chile e na Argentina… talvez não tenha havido nenhum agente da CIA ou mesmo da KGB infiltrado nas altas esferas do poder, mas havia influencias e, quando 64 estourou, os EUA se apressaram em apoiar para manter sua posição e seus interesses, do mesmo modo que, se tivesse pendido para o outro lado, a URSS teria feito a exata mesma coisa.

Bosco
Bosco
6 anos atrás

Meu Deus! Imaginem se fosse um americano falando isso do Brasil e dos brasileiros!! rsrssss

Ivan BC
Ivan BC
Responder para  Bosco
6 anos atrás

kkkkk Verdade, Bosco. A choradeira seria interminável.

Renato B.
Renato B.
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Eu vou guardar esse post para quando ouvir alguém com aquela conversa de “crise de valores” e que antigamente as pessoas eram melhores. O brasileiro sempre foi um sujeito que sonha em ser aristocrata, faltou uma revolução francesa por aqui.

João Girardi
João Girardi
Responder para  Renato B.
6 anos atrás

Revolução Francesa aqui? Pra destruir o que sobrou da cultura brasileira, impor o relativismo moral como norma, seguido do domínio completo do Estado sobre toda a sociedade por um ditador que iria arrasar o continente numa guerra pra no fim de tudo isso nosso país terminar em processo de islamização gerado pelo vácuo da cultura anterior? Dispenso.

Renato B.
Renato B.
Responder para  João Girardi
6 anos atrás

A revolução francesa acabou com a aristocracia francesa. Mas se prefere um similar mais bonitinho temos a revolução gloriosa na Inglaterra que acabou com o absolutismo britânico e abriu caminho para a revolução industrial.

Foi com a revolução francesa que surgem os direitos e deveres do cidadão, eles deixam de ser apenas súditos. Eu acho que a idéia de empreendedorismo seria impossível sem o Iluminismo. Enquanto por aqui ficaram os deputados que fazem parte de linhagens que remontam os tempos do império, empreiteiras familiares para depauperar o estado e gente que considera trabalho duro como coisa de gentinha.

Eu até acho que a revolução, como modo de mudança, é algo arriscado, imprevisível e pode trocar o ruim pelo pior. A Rússia dominada pelos Mencheviques provavelmente teria sido um país bem diferente da União Soviética. Mas a mudança é necessária, os espiões tchecos só mostraram a preguiça e devassidão de décadas atrás, essa “tradição” eu dispenso.

Leonardo
Leonardo
Responder para  Renato B.
6 anos atrás

Não acabou, a tendência de toda revolução é substituir uma aristocracia por outra. A revolução francesa foi um período terrível para a história da França e destruiu de maneira brutal construções sociais quase milenares, o que levou o país ao caos do reino do terror e a um imperador que provocou mortes e intervenções em países por toda a Europa e norte da África. Além de tudo, provocou todos os problemas citados pelo João Girardi.

João Girardi
João Girardi
Responder para  Renato B.
6 anos atrás

Renato B.
Sobre a revolução ser necessária:
Matar 5.000.000 de russos, como fez Lenin, era necessário?
Matar 10.000.000 de ucranianos, como fez Stálin, era necessário?
Matar 75.000.000 de chineses, como fez Mao-Tsé-Tung, era necessário?

Está apenas repetindo a narrativa da Revolução Francesa que os próprios revolucionários fazem, incrivelmente picotada para favorecê-los. Está precisando ler uma bibliografia diferente, recomendo o Origens da França Contemporânea de Hippolyte Taine, assim como o clássico Reflexões da Revolução na França de Edmund Burke ou o Monarchy and War do Erik von Kuehnelt-Leddihn. Certamente irá mudar a sua visão.

“A revolução francesa acabou com a aristocracia francesa. ”

Napoleão Bonaparte lhe mandou um abraço. Como Leonardo disse, revoluções apenas servem para colocar uma nova elite no poder, porém adiciono que geralmente costumam piorar a situação, provando sua inutilidade.

“Foi com a revolução francesa que surgem os direitos e deveres do cidadão, eles deixam de ser apenas súditos. Eu acho que a idéia de empreendedorismo seria impossível sem o Iluminismo.”

Os únicos direitos que existem são os direitos naturais do homem, sejam eles dados por Deus ou pela natureza, de qualquer forma são anteriores ao Estado, e cabe a esse resguardá-los, não ficar inventando “direitos” que não o são. Para cada “direito” que o Estado dá a alguém, ele cria uma obrigação a terceiros. Dessa forma, com a quantia de regulações que o estado moderno impõe sobre seus “cidadãos”, somos muito mais súditos que nossos antepassados medievais ou romanos. Qualquer pessoa que chegue afirmando ser possível que o governo crie direitos não passa de um charlatão.

Antes mesmo do iluminismo, os escolásticos tardios, sendo uma das fontes de conhecimento da Escola Austríaca, já sabiam que o livre comércio era melhor que o estatismo.
Esse período não é conhecido como Terror à toa, pois não matou apenas nobres, mas também muitas pessoas sem nenhum tipo de poder político como camponeses, comerciantes, padeiros, açougueiros, e até mesmo mulheres grávidas. Há relatos de mulheres que tiveram seus genitais arrancados e explodidos com pólvora e livros cujas capas foram feitas com pele humana. Mas a morte de inocentes não importa aos revolucionários, que sempre julgam suas causas e construções teóricas perfeitinhas elaboradas mais importantes que vidas humanas, construções que muitas vezes deixam a realidade de lado (como criar um paraíso terrestre ou então querer alterar a natureza humana através da concentração de poder nas mãos do Estado), quase sempre causando mais estragos e piorando a situação que pretendiam consertar em primeiro lugar. Não ficam satisfeitos com o poder de administrar o Estado, arrogam para si o lugar que apenas Deus deveria ocupar. Nesse ponto, os fundadores dos Estados Unidos foram muito mais sábios do que os jacobinos, pois apenas se libertaram da Inglaterra por uma rebelião armada, não tinham planos de destruir as tradições e leis inglesas ou a moral cristã, muito pelo contrário, beberam muito dessa tradição, valorizando e preservando aquilo que era bom, não romperam realmente com essa herança cultural da monarquia inglesa, apenas com os laços políticos. Os EUA preferiram a liberdade enquanto a França (e os regimes totalitários do século vinte) preferiu a igualdade, e a diferença você vê hoje: um país é uma superpotência, o outro é uma república decadente, cujo golpe de misericórdia, caso não haja um retorno da tradição, será o Islam. Resumindo, diferente dos americanos, os franceses atiraram o bebê fora junto com a água suja do banho, e estão pagando caro por isso.

Reforço então o que eu disse antes: o que a revolução fez foi destruir todas as hierarquias locais na França que serviam de contrapeso ao poder do Estado (realeza), como a aristocracia e a Igreja, o que gerou caos e um vácuo de poder pra um ditador muito mais poderoso que o antigo Rei Luís XVI tomasse o poder e mergulhasse um continente inteiro em sangue.

Renato B.
Renato B.
Responder para  Renato B.
6 anos atrás

Eu não acho que a revolução seja a melhor forma de mudança, mas elas acontecem. Especialmente a França com aqueles ineptos no comando. Foram eles que abriram caminho para essa zona toda. Para uma ocorrer revolução é fundamental uma elite inepta ou cega estar no comando.

Sim, os americanos foram espertos de pensar num sistema que visa a mobilidade social, tanto para manter os mais capazes no comando como para dar uma esperança de ascensão dentro do sistema para quem está na base da pirâmide. Tanto que estão bem preocupados se ainda são capazes de manter essa mobilidade. O direito a busca pela felicidade e o empreendedorismo foi a melhor estratégia anti-revolucionária do século XX.

André Gomide
André Gomide
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Bosco, mas há uns 10 anos, documentos americanos desclassificados faziam constatação bem parecida a dos Russos. Vou tentar localizar o link dessa informação.

—————————————————————————————————————-

Quanto a Guerra Fria…..tem que ser um idiota completo para não considerar que ambas as agencias de inteligencia operavam no Brasil.

EdcarlosPrudente
EdcarlosPrudente
6 anos atrás

Muito revelador, sobre a cultura e o caráter do brasileiro médio!

Saudações!

Ivan BC
Ivan BC
Responder para  EdcarlosPrudente
6 anos atrás

EdcarlosPrudente 7 de junho de 2018 at 14:09
Mandei errado, desculpa!

Túlio762
Túlio762
6 anos atrás

Finalmente o trabalho desses dois pesquisadores, Mauro Kraenski e Vladimír Petrilák, está sendo reconhecido. Uma pena que os tais “especialistas” de instituições do setor e das universidades brasileiras sempre fecharam os olhos para as atividades dos serviços secretos comunistas em nosso país.

Renato
Renato
6 anos atrás

Apesar de serem esquerdistas, terei de concordar com os autores em muitas das questões apontadas… e tristemente constatar que nós brasileiros não mudamos em nada.

Renato
Renato
6 anos atrás

E o Bosco está correto, como sempre: se estas declarações fossem de espiões americanos a nossa esquerda sairia das cova para se manifestar. kkkkk

ScudB
ScudB
Responder para  Renato
6 anos atrás

Mas isso tb tem..Exemplo : https://www.amazon.com/Killing-Hope-C-I-Interventions-II-Updated-ebook/dp/B00HFA93N8
Pagina 163 (Brazil 1961-1964: Introducing the marvelous new world of death squads)

LucianoSR71
LucianoSR71
6 anos atrás

“professor Carlos Fico, do departamento de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele diz que não há muito interesse sobre o assunto, e cogita que seja por conta da pouca interferência soviética no país.” –
Não, professor, a imprensa não se interessa por ser majoritariamente de esquerda, e o sr. deve saber que também nossas universidades ( como a sua UFRJ ) são ainda mais. A maior prova dessa parcialidade é que essa matéria foi feita pelo El Pais e não por um jornal brasileiro.
“mesmo com numerosos títulos científicos, não chegam aos pés da nossa gente com formação primária”
Outro ponto interessante é todos os doutrinados por ditaduras tendem a desprezar e inferiorizar outros povos e culturas vemos isso c/ os comunistas, os nazistas ou os japoneses na 2ªGM.

José Carlos David
José Carlos David
6 anos atrás

A análise dos caras foi perfeita…de lá pra cá aumentou a preguiça, a leviandade e a violência!

Sidney
Sidney
6 anos atrás

“Não se podia sequer falar em derrota, pois a derrota pressupõe uma luta, e no Brasil houve somente uma tomada pacífica de poder pela direita”

E durante os 21 anos de governo militar,salvo engano meu, os números fora de 450 mortos pelo governo e 120 pelos terroristas que naquele contexto não buscavam democracia mas um governo mais alinhado l à URSS.

Ou faltou bravura, coragem mesmo, das pessoas de esquerda, ou faltou gente na esquerda que quisesse enfrentar o governo. Ou as duas coisas.

Ou ainda, a queda do governo civil de João Goulart era tão esperada e desejada, que caiu de madura que estava para cair.

*Tem certos forums, e mesmo roda de conhecidos, que ao finalizar um texto ou fala nesse tom, já digo: “Comecem a me atirar pedras, tôpronto”.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Responder para  Sidney
6 anos atrás

Sidney, é isso aí.

Os nossos “gerrilheiros” se enquadram muito bem ao relato que eles fizeram do brasileiro:

“Todo o povo é educado em um espírito de desprezo para com o trabalho, o que pode se observar, por exemplo, quando as faxineiras se recusam a limpar janelas e assoalhos, o que obriga a contratação de mais faxineiras especialmente para isso”, registra o agente Jirí Kadlec, de codinome Honza.

Segundo o primeiro agente da StB no Brasil, “homens e mulheres têm unhas tratadas, todos querem a qualquer preço causar a impressão de que não precisam trabalhar fisicamente”.

Os nossos “guerrilheiros” lutaram tanto como uma brasileiro retratado pelos Tchecos… agora… nada a dizer sobre a qualidade dos assaltos a bancos.

“Comecem a me atirar pedras, tôpronto”

Renato Vieira
Renato Vieira
6 anos atrás

[…]Segundo o primeiro agente da StB no Brasil, “homens e mulheres têm unhas tratadas, todos querem a qualquer preço causar a impressão de que não precisam trabalhar fisicamente”.

“Os brasileiros de classe média frequentemente surpreendem um europeu com uma longa lista de faculdades e cursos que terminaram; mas, na verdade, o conhecimento adquirido por eles é muito superficial, o que significa que no Brasil, por regra, encontramos pessoas ignorantes, que, mesmo com numerosos títulos científicos, não chegam aos pés da nossa gente com formação primária”, finaliza.

Eita, Eita….RSSSSS

Nada mudou, e se mudou foi pra pior….todos sabem o jogo de Egos sobretudo em nossas universidades, onde “nossa comunidade cientifica” não consegue fazer hoje o que muitos lá fora fizeram nos anos 50.

Oplita
Oplita
6 anos atrás

O livro pode até ser interessante para as análises da micro história, mas tende a cair no ostracismo por causa do prefácio de Olavo de Carvalho… Ninguém, além da sua pandilha extremista, leva esse senhor a sério!

Pedro
Pedro
Responder para  Oplita
6 anos atrás

Ninguém quem, cara pálida? Você? A Marilena Chauí? Os professores da panelinha esquerdista que domina as universidades brasileiras que não produzem nada de bom?
Hahahahaha
Então um livro pode estar correto, mas se o prefácio é de alguém que vc não gostou, então fica errado. 2+2 é 4, mas se o Olavo que falar, não é mais! kkkk
Como não consegue atacar o conteúdo das dezenas de livros e artigos dele, reconhecimento nacional e internacional pelos maiores intelectuais, fica de fofoquinha, assassinato de reputação, falácias.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Pedro
6 anos atrás

Se o “Aiatolavo” de Carvalho afirmar que 2+2=4 ele estará errado? Pois então, mesmo ele merece o benefício da dúvida, vai que de repente ele acertou no prefácio!

E falando em coisas da esquerda, apenas ela ouve as bobagens de Marilena Chauí, a mesma senhora que afirmou ter sido o Sérgio Moro “treinado pelo FBI para ‘roubar’ o Pré-Sal”

Camargoer
Responder para  Pedro
6 anos atrás

Olá Guilherme. O fato de você discordar ideologicamente de uma autor não é suficiente para desqualifica-lo em nível pessoal. Acho absolutamente normal discordas das ideias deste ou daquele autor, concordar parcialmente com um outro ou até concordar com quase tudo. O que não parece razoável é levar para a desqualificação pessoal (e olha que discordo muito do Olavo de Carvalho, mas discordo porque já li).

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Oplita
6 anos atrás

Meu caro “Oplita” eu não levo a sério o Olavo de Carvalho mas não vou desmerecer o conteúdo do livro por causa disso. Esse tipo de expediente é mais afeito à esquerda….

João Girardi
João Girardi
Responder para  Oplita
6 anos atrás

Falar mal do Olavo é fácil, agora quero ver você ter estudado algo dele pra desqualificar o que ele diz nos livros dele (os vídeos do True Outspeak não contam), porque um sujeito que absorveu ensinamentos de Sócrates, Platão, Aristóteles, Sto. Agostinho, Sto. Tomás de Aquino, Duns Scot, Leibniz, Schopenhauer, Kant, Hegel, Mises, Schelling, Eric Voegelin, Mises, Ortega y Gasset, Mário Ferreira dos Santos e vários outros filósofos de primeira ordem é tudo, menos desqualificado.

Eu duvido que o sujeito que fez esse comentário tenha sequer lido metade desses autores, aliás, ler um único autor desses já seria considerado esperar muito. Mas ideólogos, diferentes de pensadores, são assim mesmo, não olham para realidade para daí julgar uma ideologia verdadeira ou falsa com base nela, mas usam a ideologia como critério de julgamento da realidade, considerando falso ou menos verdadeiro tudoo que não se encaixar no seu pensamento ideológico.

Marcelo Monteiro
Marcelo Monteiro
6 anos atrás

Que sina a do Brasil, hein. Até tchecoslovacos botavam banca, se achando a última bolacha do pacote em relação aos brasileiros. É brincadeira…

Mf
Mf
Responder para  Marcelo Monteiro
6 anos atrás

Nessa época o Brasil era a economia de 50 e poucos , nossa relevância era apenas regional. O PIB argentino era inclusive maior se não me engano.

Foram os militares malvados que fizeram saltarmos para Oitava economia do mundo em 10 anos, com muito planejamento e competência . Até hoje boa parte da nossa infraestrutura é daquela época. Claro que pra isso tiveram que se endividar, e criar estatais, na época não tínhamos iniciativa privada local com dinheiro e capacidade para grandes obras. Mas o que quebrou o Regime e o tornou impopular foi a crise do petróleo em 1979, crescemos muito rápido e dependendo muito do petróleo, o México quebrou e deu calote pela mesma razão .

Por isso o Geisel criou o próalcool que culminou no nosso Etanol…

O governo se tornou impopular com a crise e povo foi pedir diretas já.

Resumo: seu livro de história não vai te contar que enquanto havia emprego e renda a grande maioria dos brasileiros e da elite pouco se importava com os militares no poder. Só jornalistas, artistas, esquerdistas e sindicatos chiavam. Haviam alguns de direita mais liberais que eram contra, mas poucos. A ironia é que a maioria dos que eram contra queriam um Governo do Proletariado , nos moldes de Cuba, e não democracia.

Renato B.
Renato B.
Responder para  Mf
6 anos atrás

Os liberais eram contra, tanto que os militares jogaram o Roberto Campos para escanteio.

Os liberais eram contra porque sabiam que uma hora a conta da festinha do milagre econômico teria que ser paga, aí chegaram os anos 80 a conta chegou o governo militar caiu, ou preferiu cair a arrumar o estrago. Jogar a culpa de todo o estrago na crise do petróleo é aceitar a desculpa que eles deram.

A ditadura foi um dos momentos em que o país teve um projeto de longo prazo. Porém não era um projeto bom o suficiente.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Responder para  Renato B.
6 anos atrás

Bem colocado Renato! Basta ver que o Chile, que seguiu a risca o modelo liberal da escola de Chicago (Milton Friedman inclusive ali atuou como consultor), hoje tem o melhor IDH do continente.

MateusPeruibe
MateusPeruibe
6 anos atrás

Troca no texto KGB por CIA e era destaque do Jornal Nacional!

Fawcett1925
Fawcett1925
6 anos atrás

O jornalista William Waack publicou um livro em 2004, intitulado Camaradas, no qual ele mostra parte das conexões soviéticas com a esquerda brasileira. É incrível como esta obra passou despercebia por boa parte da classe acadêmica brasileira.

Victor Moraes
Victor Moraes
6 anos atrás

Quem sabe um dia paramos de querer copiar o modelo que vem de fora ( ainda que eu seja fã do modelo Americano e alguns outros, do modelo Chinês) e criamos um modelo de estado e sociedade que dê conforto para o povo. Nós não precisamos ser os mais bravos, nem os mais trabalhadores, nem os mais ricos, nem os mais inteligentes, nem os mais admiráveis, desde que o povo, de uma forma geral, esteja confortável e feliz. Estas “críticas” estrangeiras não deveriam nos afetar. Nós somos um povo “inocente”. Nós, por mais que tenhamos uma violência interna atualmente, somos um povo calmo, que nunca causou estragos para outros povos. Talvez poderíamos revelar documentos do serviço secreto brasileiro ( se existe) com argumentos que ridicularizem a constante insatisfação destes povos da Europa, que vivem em “tretas” uns com os outros, causando prejuízos enormes ao mundo. Nós nunca fomos exímios capitalistas, nem dobrados e submetidos comunistas. E nós devemos ter orgulho desta nossa distância. Nós podemos ter todos os defeitos do mundo, mas sabemos ser felizes, mesmo na adversidade. Somos humorados e ainda que doendo ou com fome, ainda que injustiçado, sabemos fazer piadas e ser felizes. Deus nos absolve. E estes povos? Estes povos são a praga do mundo. Fiquem eles com a concepção que quiserem do Brasil. Enquanto isto, nós vamos assar uma carne em uma roda de samba. E que se lixe o que pensam disto. Nós precisamos encontrar um modelo de estado e sociedade típicos do Brasil, um país exótico, e pararmos de nos preocupar com o que “eles” querem nos impor como “modelo ideal”. Nós devemos encontrar nosso próprio modelo e sermos orgulhosos disto. Se somos preguiçosos, isto é para quem pode, não é para quem quer…

Victor Moraes
Victor Moraes
Responder para  Victor Moraes
6 anos atrás

Só para completar… O que é a “antiga” republica da Tchecoeslováquia se comparada a nós? Nada! O que é “antiga” “União Soviética” se comparado a nós? Nada! Nme existemmais. Preguiçosos e levianos vamos sobrevivendo, comendo churrasco e ouvindo Djavan… Que se lixe o resto!

Victor Moraes
Victor Moraes
Responder para  Victor Moraes
6 anos atrás

Comendo churrasco, bebendo caipirinha, e ouvindo Djavan, ou Raça Negra. Que se lixem!

Victor Moraes
Victor Moraes
Responder para  Victor Moraes
6 anos atrás

Aliás, a própria Russia, admirada por alguns, o que ela é se comparado a nós? Nada! Se eles tivessem 10% de nossa inteligência interpessoal, de nosso charme, de nossa finura, de nossa elegância, certamente estaríamos em um mundo muito melhor. Assim como os animais, estes povos medem o próprio valor pela capacidade de matar. Nós devemos medir nosso valor pela capacidade de fazer viver, de dar vida. E isto nós sabemos…

Matheus Parreiras
Matheus Parreiras
Responder para  Victor Moraes
6 anos atrás

Perfeito comentário, assino embaixo.

Nessas horas temos que fazer o que fazemos melhor, tocar o f#@*-se.

Podemos ser tudo isso que esses comunas falam, mas uma coisa é certa, todo mundo queria e ainda quer o Brasil do seu lado, e quando não conseguem baixam a nos criticar.

Xingamento desses comunas pra mim é elogio.

Delfim
Delfim
6 anos atrás

Brasileiros são pessoas preguiçosas e levianas ? Mas que opinião coxinha… epa, peraí… não pára…
.
Ora, de que povo nossa classe política se origina ?

Bruno
Bruno
6 anos atrás

OS BRASILEIROS “SÃO PESSOAS PREGUIÇOSAS E BEM LEVIANAS”
Esqueceu do “BURROS”.

Soldat
Soldat
6 anos atrás

Concordo os Tchecos .

Os Brasileiro querem receber sem trabalhar os 500 DF e Senadores Pro-Âmis que o digam trabalham 3 dias na semana tem 13,14 e 15 salario., etc…..

Colocam via mídia para a população que eles também tem direitos a serem Marajás porque isso Democracia.

E hoje a KGB não ta mais no planalto mas lá com certeza ta a CIA. MR8 e o mais perigoso de todos o Mossad comandado pelo o grande Zohan…..

O Brasileiro em geral é muito mal visto em todo o planeta isso é fato e não tem nada a ver com ser Pro-Âmis ou ser Comunista.

É o povo mas Corruptor do mundo e o povo do jeitinho da malandragem etc….

Mf
Mf
6 anos atrás

E tem gente que insiste em acreditar que não havia uma ameaça comunista no Brasil nessa época… Nossa sorte é que João Goulart era covarde…

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
6 anos atrás

A esquerda daquela época compos o poder reinante no Brasil nos últimos 15 anos desse século. Nunca lutaram por democracia, lutavam sim por uma ditadura nos moldes chines ou cubano.

De tudo o que fizeram na época fica notabilizado uma série de assaltos a bancos, formavam um bando de canalhas, tão canalhas como os piores militares daquela época.

Esse pessoalzinho sempre que teve uma “bola dividida” em que deviam escolher por “eles” ou pelo “Brasil” nunca fizeram a opção pelo nosso Pais.

sub-urbano
sub-urbano
6 anos atrás

Uma das melhores descrições da nossa Classe Média Urbana. O pior é que continua atual KKKKKKK

De qualquer forma o prefácio de Olavo de Carvalho tira completamente a credibilidade da obra.

sub-urbano
sub-urbano
6 anos atrás

“Os brasileiros de classe média frequentemente surpreendem um europeu com uma longa lista de faculdades e cursos que terminaram; mas, na verdade, o conhecimento adquirido por eles é muito superficial, o que significa que no Brasil, por regra, encontramos pessoas ignorantes, que, mesmo com numerosos títulos científicos, não chegam aos pés da nossa gente com formação primária”,

/\ Isso é muito atual!!!!!!!!!! pena o prefácio do Olavão, a chance de ser um panfleto ideológico é enorme, mas confesso que fiquei com vontade de ler.

kornet
kornet
6 anos atrás

Manda esses tchecos voltarem aqui pra ver as maravilhas que os esquerdoPaTas fizeram pro Brasil ,aposto que do aeroporto voltam pra casa só com a roupa do corpo.

Delfim
Delfim
6 anos atrás

Lembrando que os tcheco-eslovacos realmente tentaram um “golpe” mas em casa, em 1968, conhecido como “Primavera de Praga” que foi esmagado pelo Pacto de Varsóvia.

Hawk
Hawk
6 anos atrás

É muita preocupação com passado, sinceramente.
O futuro nosso está encaminhando para algo bem tenebroso e o pessoal se preocupando se a KGB ou CIA queriam interferir no Brasil em 1964.
No fim o socialismo venceu e ainda com um bela ajuda dos militares, só não vê quem não quer. Olhem o que os STJ fez ontem com o voto impresso… Esperem até verem a conta do “tabelamento do frete”.

Agnelo
Agnelo
6 anos atrás

Senhores
Só um iludido, muito bobinho, pra não entender q um bloco lutava contra o outro no mundo todo.
O Brasil recebia apoio da inteligência de outros países? Óbvio.
E os comunas, recebiam apoio e treinamento? Lógico.

O mais interessante q se deve saber é:
Os americanos não enviaram tropas pra cá, nem Black Ops.
E os comunas, q obviamente tinham treino e apoio do bloco soviético não conseguiu reverter a situação pra eles.
Simples asssim.
Quem quer entender como funcionava a inteligência e OpEsp soviética e de seu bloco leia Inteligência Militar Soviética da Ed Record.

Novamente, como sempre digo, faço minha as palavras de Mallet:

Eles q venham, por aqui não passarão!

Camargoer
Responder para  Agnelo
6 anos atrás

Caro Agnelo. Haviam tropas dos EUA prontas para intervir caso ocorresse resistência ao golpe de 64. Era a chamada operação Brother Sam.

Agnelo
Agnelo
Responder para  Camargoer
6 anos atrás

Boa noite Camargoer
Talvez. Acho difícil, mas possível.
O Brasil é um continente, não o Vietnã ou Coreia.
Mas durante toda luta contra guerrilha, não houve tropa de fora.
Nós lutamos, desenvolvemos nossa doutrina, Q pouquíssimos países têm, e vencemos a guerrilha.
Até hj, muitos tentam aprender isso conosco.
Sds

Camargoer
Responder para  Agnelo
6 anos atrás

Caro Agnelo. Encontrei um artigo publicado na FOlha de São Paulo que talvez o ajude a ir desatando este nó. O apoio dos EUA por intermédio do embaixador Lindon Gordon está bem documentada. Tem um excelente documentário chamado “o dia que durou 21 anos” que tem os diálogos dos presidentes americanos discutindo abertamente a intervenção no Brasil.
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1507200710.htm

Agnelo
Agnelo
Responder para  Camargoer
6 anos atrás

Prezado
Acho q estamos falando de situações diferentes.
O apoio americano à Revolução descrito é de conhecimento público.
Dizer q tem e até preparar e manobrar tropas em condições de apoiar, em termos diplomáticos, significa muito apoio político.
Particularmente, tendo em vista como estava Europa, e início do Vietna na época, acho difícil q tivessem condições de apoiar efetivamente com envio de tropas, tendo em vista o tamanho do Brasil.

O q digo é q durante o Governo Militar não houve emprego efetivo de tropas no nosso território para o combate à guerrilha e ao terrorismo.

Hj, o Brasil é reconhecido por sua capacidade militar em atuar contra uma guerrilha q recebia apoio externo, sem receber tropas de fora pra isso.

Em toda o continente americano, somente Brasil e EUA tem doutrina comprovadamente eficaz e eficiente no combate à contra guerrilha.

Obviamente, intercâmbios entre exércitos, independente da situação interna do país, sempre aconteceram.

Camargoer
Responder para  Camargoer
6 anos atrás

Caro Agnelo. Talvez o ponto aqui seja o contexto da guerra fria. Se por um lado não deveria ser surpresa a ação de agentes ligados à URSS, pelo outro o governo dos EUA operou diretamente com o golpe militar de 64, fornecendo recursos financeiros e materiais além de mobilizar forças militares. Emitir juízos de valores a partir de opões ideológicas é um erro tanto à direita quanto à esquerda, já que a defesa do estado democrático de direito deveria ser consenso, mas infelizmente parece que este consenso ficou mais distante hoje.

Alessandro
Alessandro
6 anos atrás

Prof. Olavo de Carvalho é um dos maiores filósofos da história do Brasil, e o melhor do que estão vivos atualmente, o prefácio dele só engrandeceu ainda mais esse estudo.

Se esses documentos fossem da CIA, a mídia esquerd0pata estariam em estado de êxtase fazendo a festa, mas como não é, silêncio no covil !

mas não tem problema, tomaram um pau em 64 que lavou a alma de todo o brasileiro rsrs…

IBANEZ
IBANEZ
6 anos atrás

A URSS queria tornar o Brasil uma ditadura comunista, mas o americanos foram mais rápidos e transformaram o Brasil em só mais uma ditadura submissa aos yankees. O Brasil deveria ser uma potência com voz pra ditar regras no mundo e não seguir as dos outros.

Gil
Gil
Responder para  IBANEZ
6 anos atrás

Não, a URSS queria tornar o Brasil uma submissa ditadura comunista.

IBANEZ
IBANEZ
Responder para  Gil
6 anos atrás

É a mesma coisa!

LucianoSR71
LucianoSR71
6 anos atrás

Não sei se vc sabe, mas 2 ex-guerrilheiros – Gabeira e o Eduardo Jorge – tiveram a decência e a honestidade de declararem várias vezes que eles ( a esquerda que pegou em armas ) nunca lutaram pela democracia, queriam derrubar uma ditadura de direita p/ implantar a ditadura do proletariado.

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
Responder para  LucianoSR71
6 anos atrás

Não foram só os dois. Há vários.

jose
jose
6 anos atrás

descrição fiel do Brasileiro.

Alfredo CS
Alfredo CS
6 anos atrás

Quer dizer então que os russos tentaram implodir o meu pais??? E os americanos maus vieram depois??? E que a ditadura na vetdade foi uma contra revolucao??? E que os terroristas eram, de fato, terroristas???

Quem diria…o tempo é o senhor da verdade.

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

“””Os soviéticos buscavam brasileiros de perfil nacionalista e antiamericano, mas que não tivessem laços tão evidentes com o Partido Comunista Brasileiro…””
Obs: Na época eles já usavam o famoso “comunista de Iphone, comunista de McDonalds ou o comunista de duplex” kkkkkk uzamericanusmalvadus vão roubar a amazônia e vender tecnologias…vou votar na Dilma e no Aécio, eles vão cuidar de tudo pra mim!
……………..
“Os brasileiros de classe média frequentemente surpreendem um europeu com uma longa lista de faculdades e cursos que terminaram; mas, na verdade, o conhecimento adquirido por eles é muito superficial, o que significa que no Brasil, por regra, encontramos pessoas ignorantes, que, mesmo com numerosos títulos científicos, não chegam aos pés da nossa gente com formação primária”
Obs: Essa doeu! kkkkkk

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

“O camarada ministro confirmou a operação ativa I-V de criptônimo LUTA, cujo objetivo é causar demonstrações e tumultos antiamericanos e — em caso de seus surgimentos — causar uma guerra civil no Brasil. Um dos objetivos desta operação ativa é fazer com que representantes nacionalistas tomem o poder no Brasil”, diz documento de 23 de outubro de 1961 exposto no livro. A operação, que envolveu contatos com o então governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola e as Ligas Camponesas lideradas por Francisco Julião, durou apenas seis meses, de novembro de 1961 a abril de 1962, e provavelmente foi encerrada quando os responsáveis perceberam a dificuldade de executá-la.
…………………………..
E em 2018 os chineses (comandados pela Cúpula Comunista em Pequim) desejam financiar o candidato Ciro Gomes do PDT (partido que tem como símbolo – Leonel Brizola e que 95% dos membros se encaixam perfeitamente nas características citadas na matéria – idiota útil do movimento). Nada de novo…
ligas camponesas = MST
Nada novo também…
Matéria: http://www.pdt.org.br/index.php/pdt-e-partido-comunista-da-china-fortalecem-parceria-e-discutem-candidatura-de-ciro/
Será que já não basta o financiamento chinês na ditadura venezuelana?

Angelo Chaves
Angelo Chaves
6 anos atrás

Olha o que os comunistas queriam fazer com a gente!
Ainda bem que a gente teve os americanos malvados da CIA, golpistas, que colocaram os militares no poder e nos salvaram do inferno.
Obrigado irmãos do norte!

Bosco
Bosco
6 anos atrás

Camargoer,
Você está querendo nos fazer crer que os EUA iria intervir aqui contra a vontade do governante e isso não é verdade. Os EUA estavam dispostos (pronto sempre estiveram pra atuar em qualquer lugar do mundo) a intervir aqui se fosse solicitado pelo governo militar brasileiro.
E não sei como uma pessoa tão “letrada” como você se indigna com isso. Aquela época era o auge da Guerra Fria entre o capitalismo e o comunismo e havia claramente duas áreas de influência e nós, desde a SGM, compúnhamos a área de influência capitalista que tinha os EUA como líder. Simples assim! Eles não iriam deixar a peteca cair como deixaram em Cuba. E eles estavam certos dentro daquele contexto histórico.
Não podemos medi-los pelas nossas réguas de hoje. Quem estava errado por qualquer regra, seja de hoje seja do passado, eram os soviéticos e chineses que para estabelecerem seus sistemas de governança assassinaram milhões de seus próprios cidadãos. Não há contexto histórico que justifique esse tipo de crueldade e me surpreendo quando pessoas instruídas veem nesses regimes qualquer tipo de virtude.
O Regime Militar ao qual o Brasil foi submetido é execrado por ter sido uma ditadura cruel e não existe nenhuma possibilidade de perdão ou esquecimento, mas de modo curioso e hipócrita esses mesmos têm verdadeira adoração por países e regimes e ideologias cruéis e violentos que perpetraram verdadeiros extermínios em massa de seu povo.
Tivessem vocês esquerdista, que odeiam os EUA e o Regime Militar pós 64, verdadeiros nobres sentimentos , boa fé e nobreza de sentimentos , era para odiarem e renegarem qualquer coisa que lembrasse o regime comunista da antiga URSS e inclusive da atual China, que apesar de hoje parecer “civilizada” o foi às custas do sangue de milhões de inocentes.
Mas não! O que horroriza vocês é os EUA ter no passado se disponibilizado a intervir aqui caso solicitado para barrar a intenção das esquerda tupiniquins em instalar aqui uma ditadura comunista.

MGNVS
MGNVS
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Bosco 8 de junho de 2018 at 1:15

Bosco…
Concordo com quase tudo o q vc descreveu, so discordo da parte da Ditadura.

Vc disse muito bem, as Ditaduras Sovietica, Chinesa e Cubana mataram milhares, foram tiranos que mataram o proprio povo, mas a Ditadura Brasileira tbm fez isso, da mesma forma as Ditaduras Chilena e Argentina.

Em suma: nenhuma Ditadura presta, seja ela de esquerda ou de direita.

Nao existe isso de “Regime Militar” em “prol da conducao do povo ate que tudo se estabilize”, é Ditadura tbm e pronto.

As aspas sao minhas e nao se referem ao seu texto mas aos de outros que tentam convencer que o “comunismo” mudaria o Brasil e outros de que o “Regime Militar” “salvou” o Brasil.

Uma baita conversa fiada dos dois lados.

Vc fez uma explanacao bem sensata dos fatos esta completamente certo sobre alguns que odeiam os EUA so por odiar. Nao que os EUA sejam santos. De jeito nenhum. Mas defender alguem como Stalin é o fim da picada. O povo russo tbm foi refem da tirania no passado e hj ainda é refem sobretudo da corrupcao politica e da mafya.

Luiz Konfidera
Luiz Konfidera
Responder para  Bosco
6 anos atrás

Bosco, excelente comenário!
Se o pessoal de esquerda deixasse a ideologia de lado por um minuto e resolvesse pensar sem a influencia dessa “amarra” ideológica, veria claramente que as ditaduras que eles exaltam foram muito piores que a própria ditadura brasileira.
Tivemos no Brasil uma ditadura que torturou e matou opositores e isso obviamente é condenável.
Se as várias ditaduras de esquerda pelo mundo mataram milhões, então porque os esquerdistas só condenam as ditaduras de direita?
Simples, por pura cegueira ideológica aliado a um mau caráter.

Lyw
Lyw
6 anos atrás

Gente, era a Guerra Fria!

Não há nenhuma surpresa, embora os detalhes sejam reveladores.

Sofremos tentativas de interferências e ingerências de fato de ambos os lados. Lembrem-se, era a Guerra Fria, onde tinha o dedo de um também tinha o dedo do outro. Mas sabemos quem saiu ganhando aqui!

Gil
Gil
6 anos atrás

O Theco não errou, até hoje a esquerda esta conformada por frouxos.
Que são demasiados valentes de boca, mais quando o bicho pega até se vestem de mulher.

Que saudade daquele Brasil pos 64, um Brasil onde a gente vivia em paz.
Onde vagabundo não se criava.
Onde a familia era o mais importante.
Onde não faltava trabalho.
Onde nos ensinavam civismo e o hino nacional na escola,
e sobretudo onde comunista corria da policia feito cachorro fujão.

Foi uma época dourada.

Gil
Gil
6 anos atrás

A esquerda ainda esta conformada de gente frouxa, gente que quando o bicho pega, é capaz até de se vestir de mulher pra fugir.

Que saudade daquele Brasil pos 64

Um Brasil onde a gente vivia em paz, onde não faltava trabalho, onde os hospitais funcionavam, onde a familia era o mais importante, onde a escola ensinava civismo e o hino nacional, onde tinhamos apenas 12 ministerios e sobretudo, onde comunista corria da policia feito cachorro fujão

Alfrefo CS
Alfrefo CS
6 anos atrás

Quem sera que deseja destruir o Brasil agora, usando os mesmos metodos revolucionarios de ontem como greves, paralusaçoes, desemprego, desvalorização forçada da moeda, democracia direta, libertacao de todos os bandidos condenados que chegam nas ultimas instancias, etc etc etc…basta ouvir o que o criminoso condenado ze dirceu falou…que vamos nos tornar uma ditadura comunista. Ponto.

DaGuerra
DaGuerra
6 anos atrás

Esses aí eram os amiguinhos do jango, brizola, darcy, marighella…os mesmos amiguinhos do fhc, aluisyo, alckmim, lula, dilma, ciro…então votarão nelles novamente??

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
6 anos atrás

“Os brasileiros de classe média frequentemente surpreendem um europeu com uma longa lista de faculdades e cursos que terminaram; mas, na verdade, o conhecimento adquirido por eles é muito superficial, o que significa que no Brasil, por regra, encontramos pessoas ignorantes, que, mesmo com numerosos títulos científicos, não chegam aos pés da nossa gente com formação primária”

Não é algo se estranhar quando vemos hoje pessoas que a despeito de possuírem título de pós graduação em nível de doutorador seguem bovinamente um presidiário semianalfabeto que ainda por cima se jacta da própria ignorância.

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
6 anos atrás

Pedro 7 de junho de 2018 at 16:34
Como disse, prove que tinha UM só. Dê o nome…

Michel Temer!!!!
Rsrsrs

WellingtonRK
WellingtonRK
6 anos atrás

A galera pira quando o Olavão aparece. Fingem que ele não existe e quando não tem mais jeito mesmo tentam desqualificá-lo com aquele jeito pomposo do tipo: “ahh o astrólogo! hahahahah!”.

Esse livro existe devido ao Olavo que inclusive fala há tempos que nenhum jornalista investigativo fez uma entrevista com o chefe da KGB no Brasil Ladislav Bittman.

“Complementarmente, o papel dos EUA na produção dos acontecimentos aparece monstruosamente ampliado, a despeito do fato de que na época nem mesmo o chefe da KGB no Brasil, Ladislav Bittman, sabia de qualquer agente da CIA lotado no país e até hoje nenhum nome de espião americano comprovadamente associado ao planejamento do golpe de 1964 jamais apareceu. Nem um único sequer.

Em 1985 Bittman publicou o livro de memórias The KGB and Soviet Disinformation ,no qual confessava que a história da participação americana na derrubada de João Goulart fôra inteiramente inventada pelos seus subordinados, na base de documentos forjados.”

Fonte: http://www.olavodecarvalho.org/a-kgb-no-brasil/

Marcelo Danton
Marcelo Danton
6 anos atrás

Até que enfim Uma coisa em COMUM entre capitalismo e comunismo né pessoal.
Vamos enfatizar BEM isso.
Essa turma (gringos) adoram viver/se hospedarem no Rio de Janeiro e dali extrair seus “palpites sociais” de um sub extrato da sociedade brasileira.
O que o comuna descreveu é a cara da sociedade carioca…ou tô mentindo??
Os paulistas já tinham esta visão há tempos, mas NÓS é que éramos esnobes e não ELES que eram #4@@$….. bom o texto já disse tudo.

Marcelo Danton
Marcelo Danton
6 anos atrás

Hoje!
Este quadro da década 50-60 se espraiou para o Brasil todo.
Até em Sampa, berço do trabalho árduo e desenvolvimento acelerado, fomos assimilados por este status quo… ao menos em uma parcela populacional…graças a rede Globo e a pratica da idolatria ao ócio, ao fácil, ao jeitinho do experto sendo taxado como o LEGAL..o descolado

Rodrigo Hemerly
Rodrigo Hemerly
6 anos atrás

CAROS COLEGAS, VISITEM A PÁGINA ELETRÔNICA HISTÓRIA HUMANA – UMA PÁGINA ELETRÔNICA A SERVIÇO DO PROGRESSO DA HUMANIDADE, NO SEGUINTE ENDEREÇO ELETRÔNICO, A SABER: https://WWW.HISTORIAHUMANA.COM.BR. HISTORIADOR RESPONSÁVEL: RODRIGO HEMERLY.

burusera
burusera
6 anos atrás

Conheci o trabalho precioso destes dois pesquisadores por causa de um comentário do oganza aqui no forte! O site e principalmente o livro que eles escreveram são interessantíssimos e valem a leitura. Comprem o livro e descubram como uma mentira pode se transformar em “verdade” e chegar até aos comentários pouco fundamentados de alguns comentaristas técnicos…O texto do El Pais já dá a dica…

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
Responder para  burusera
6 anos atrás

Desculpe, não compreendi. O livro é uma mentira? Ou o mantra da esquerda é uma mentira?

Caio
Caio
6 anos atrás

Pedancia, estupidez, e comodismo.sao frutos de nossa História, em que bastava ser amigo “del rei” para se ter tudo ou parecer que tinha.
O problema e que as mesmas famílias que eram ou se diziam amigos do rei se mantém até hoje no poder em nosso país, ganhando muito e produzindo pouco(mesmo os novos abastados de nossa sociedade,precisavam se misturar aos bem nascidos para terem prestigio) Assim fica difícil o pais avançar.
Ps: aos críticos semialfabetizados, aviso que falo de nossa velha oligarquia e não dos empreendedores de verdade, que tentam desenvolver o país, a muito custo.

Victor Moraes
Victor Moraes
Responder para  Caio
6 anos atrás

Com teu perdão isto parece frustração. A verdade é que quando se é um líder, seja por riqueza ( herdada ou adquirida) existe uma “vis atrativa”. Se você se sente rejeitado é porque ainda não atingiu o nível de ser adorado. O Rei, e os amigos do Rei, geralmente privilegiados mesmo. É como se você ficasse ofendido porque não foi convidado para o show gratuito do cantor Roberto Carlos, o Rei, ou para uma brincadeira com bola com Pelé, o Rei. Isto é muito frustração. Nós brasileiros não somos tão ruins assim não. Há uma deficiência, mas… mas, não se pode julgar assim. Talvez o grande mau do Brasileiro ao longo de sua história tenha sido se revoltar contra o Rei, pois nem sempre quem não pega na enxada não está exatamente atoa. Esta revolta extrema parece frustração pessoal. Com teu perdão.

Victor Moraes
Victor Moraes
Responder para  Victor Moraes
6 anos atrás

E esquerdismo…

Victor Moraes
Victor Moraes
Responder para  Victor Moraes
6 anos atrás

Não chore…

Caio
Caio
Responder para  Victor Moraes
6 anos atrás

Victor moraes minha indignação chama-se progressismo nqcional, esses bandeirismo ideológicos deixo pra quem nunca fez um esforço mental,pra entender o estrago da hegemonia dessas correntes socioeconômicas em uma sociedade.
Por isso que não entendeu que ao permanecer essa política de favores entre os bons amigos do rei, atrapalha- se e muito o desenvolvimento da nacao, desde a falta de políticas de estado sólidas( que possam atrapalhar interesses) a livre iniciativa que dica limitada por concorrências fraudulentas.

Victor Moraes
Victor Moraes
Responder para  Victor Moraes
6 anos atrás

Desculpe -me Caio, Eu compreendi seu comentário completamente ao contrário. Perdoe minha falha. Considere isto um fogo amigo…