O bloqueio das ideias
É tempo também de reorganizar a cabeça, depois desse movimento dos caminhoneiros que parou o País
FERNANDO GABEIRA*, O Estado de S.Paulo
Aos poucos volta a gasolina aos postos e os alimentos às prateleiras. É tempo também de reorganizar a cabeça, depois desse movimento dos caminhoneiros que parou o País.
Sim, é preciso reorganizar a cabeça. Não vai nisso nenhuma subestimação da inteligência. É que os fatos nos obrigam a uma constante revisão.
Esta semana, por exemplo, lembrei-me duma viagem a Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Isso foi na década dos 90. Rodávamos por estradas precárias e perguntei por que não as reparavam. Alguém me disse que as estradas ali estavam perto da fronteira com a Argentina. Eram tão ruins que desestimulavam uma invasão militar.
Achei bizarro. Afinal, estamos de bem com a Argentina, já havíamos resolvido a questão nuclear fraternalmente. Aquilo era uma desculpa esfarrapada.
Voltando atrás no tempo, sigo pensando que as estradas devem ser as melhores possíveis. Mas percebo, com a paralisação da semana, que num país como o nosso deveriam ser um tema dominante na defesa nacional.
Um país não pode ser tão vulnerável. As notícias de perdas se sucedem: portos, agricultura, comércio, indústria, quase todos os setores da economia nacional foram atingidos.
Isso não quer dizer que nunca mais haverá greve de caminhoneiros. Simplesmente não podem ser devastadoras como esta.
A segunda ideia: como as coisas acontecem sem que sejam detectadas no País. As manifestações de 2013 começaram por causa dos 20 centavos a mais no preços das passagens. E surpreendentemente evoluíram para um protesto geral.
Onde estávamos todos? Talvez mais concentrados no jogo político de Brasília do que propriamente nas tensões sociais. Onde estava o governo, que recebeu uma indicação clara da greve e a subestimou?
Se fosse um pouco mais franco e transparente, pelo menos avisaria à sociedade que algo de muito grave estava para acontecer. Se não quisesse nos defender, ao menos acionaria nossos instintos de autodefesa. Não são necessariamente negativos como uma corrida aos supermercados. Havia muito o que fazer para salvar vidas, garantindo oxigênio, material de hemodiálise, enfim, artigos decisivos para a saúde pública.
As refinarias foram bloqueadas. Como, assim, as refinarias podem ser bloqueadas simultaneamente? Os grevistas chegaram primeiro, embora tenham avisado que iriam desfechar o movimento.
Compreendo a revolta difusa contra políticos que vivem no mundo da lua. Creio que ela é inevitável no Brasil de hoje, em que a sociedade já esgotou sua cota de tolerância.
O governo Temer está preocupado em fugir da polícia e influenciar as eleições. Ele merece uma dose de caos para cair na real. Mas a sociedade, não. Ele já vem sofrendo ao longo desses anos de crise, corrupção, assalto às empresas públicas, como a Petrobrás.
Existe alguma fórmula para evitar que um governo fraco fique de joelhos sem que para isso o próprio País também tenha de se ajoelhar?
O que me ocorre, as ideias ainda não voltaram todas às prateleiras: é um instrumento de Estado, uma lei talvez, que defina que o País não pode parar, independentemente das hesitações do governo.
Ao governo caberia negociar, mas dentro de um quadro em que estradas e refinarias não poderiam ser bloqueadas. Isso subordinaria as próprias negociações.
Por mais rastejante que fosse o governo, por mais concessões que estivesse pronto a oferecer, não estaria ao seu alcance permitir que o País parasse.
Finalmente, uma ideia que me faz lembrar 2013: uma revolta política despojada de uma visão real do que fazer, para onde ir.
Não se deve ignorar a presença no movimento de grupos que defendem a intervenção militar. Mesmo ignorados, estão crescendo. É preciso encará-los. Eles estão vendo a mesma decadência política que nós. Só que propõem uma saída absurda, não só pelas condições internas, mas também pelo isolamento internacional que isso representaria para o Brasil.
Foi num precário processo democrático que chegamos até aqui. E por meio dele vamos encontrar uma saída.
Já vi caminhoneiros precipitarem a queda do governo de Salvador Allende, no Chile. Estava defronte ao Palácio de La Moneda quando os aviões o sobrevoavam, anunciando o golpe. Augusto Pinochet acabou como alguns políticos brasileiros, alquebrado, de bengala, sempre nos colocando o dilema: cadeia ou prisão domiciliar para morrer em casa?
Voltar ao passado não é uma solução. É uma espécie de morte viver a História como uma repetição mecânica.
Não deixa de ser estranho ver tanta gente usando a rede social, que ampliou o potencial humano de livre expressão, pedindo uma ditadura militar. É como usar uma boia para se afogar com ela. Já não é apenas viver a História como morte, mas como suicídio.
Estamos num ano eleitoral. O País em frangalhos, uma esfera política desmoralizada, é nessa aridez que teremos de plantar a flor da mudança.
Um poeta consegue plantá-la no asfalto. Nossa tarefa não é tão difícil: derrubar pelo voto a maioria dos picaretas, eleger gente nova e empurrá-la para uma aliança com alguns sobreviventes, para que a inexperiência não venha a pesar tanto nas suas decisões.
Conviver com este governo e com todo o universo político é bastante doloroso. Mas não há alternativa. Em outubro já haverá um novo presidente, um novo Parlamento. Podem não ser ideais. Mas a lição destes anos é de que as más escolhas podem levar o País à desintegração.
Os adeptos do voto nulo deveriam parar um minuto e refletir sobre isso. Não existe outro mundo. Você pode deixar os políticos de lado, mas eles têm o poder de arrasar seu cotidiano.
Por favor, nada de suicídios, como a intervenção, nem masoquismo, como o voto nulo. Pelo menos, vamos tentar sair dessa maré.
JORNALISTA*
FONTE: Estadão
Não acredito nas urnas. E nem em intervenção militar.
Eles (os donos do “puder”) não largarão o osso por bem.
Nossa única saída é uma Queda da Bastilha.
Engraçado ver pessoas de bem querendo uma revolução. Vai que é do lado que não gostamos, aí é tarde.
Eleições é a chance de mudar, mas precisa de eleitores bem informados. Vamos dar um desconto pra quem mora no mato, que trabalha muito (longe do computador), mas e nosotros? Estamos bem informados? Conhecemos bem os pré candidatos e suas propostas? Creio que não. Não nos damos ao trabalho de fazer nosso dever de casa direito e mas pra descer a lenha em alguém, ou em todos, aí somos bom; nada demais, brasileiros sendo brasileiros…
Falou o cara que nunca trabalhou de verdade e viveu de fazer política…
Um texto todo para regurgitar a velha frase de Platão: “O castigo dos bons que não fazem política é ser governados pelos maus”.
Mas, de qualquer modo, qual a solução? Esperar que o povo magicamente, ou por coincidência, aprenda a votar de uma hora para outra? Isso é milagre.
Pessoal da trilogia, posso dar duas sugestões?
Por que vocês não fazem um banner que dê acesso aos outros dois sites? O do forte teria o banner para o naval e o aéreo, o naval teria acesso para o forte e o aéreo, etc.? Fica a sugestão.
O recaptcha deve ter alguma utilidade pra vocês, mas para responder pelo celular fica infernal. É realmente necessário?
Parabéns pelo excelente trabalho.
Leonardo, os botões de acesso aos outros blogs fica no banner Forças de Defesa, é só clicar nos botões.
Sim, o recaptcha nos protege de uma avalanche de SPAM todos os dias.
Abs!
Há um tempo atrás tinha um banner.
Pelo jeito tiraram.
O banner com acesso aos três sites está na página inicial.
O que muda é a sua posição conforme as telas dos dispositivos. Em desktops e tablets, que permitem várias colunas, fica à direita. Em celulares, fica ao final.
As vezes fico preocupado pelo não entendimento de algo que está clara e corriqueiramente demonstrado na formatação do site. Vc navega pelos 03 pelo banner ao lado e ainda fazem esta pergunta? Imagine o entendimento do conteudo das matérias e demais comentários…
O Brasil é um país estranho. Não optou por ferrovias, então não tem ferrovias. Não deu importância à navegação de cabotagem, então não tem uma frota mercante decente.
Optou por estradas de rodagem…mas também não tem uma malha rodoviária suficiente!
Brasil nunca teve políticos que pensaram no futuro, começando pela família real portuguesa, aqui cada querendo seu queijo, tudo é remendado, cheio de propinas e lobby.
Na década de 60 e 70 chegaram as montadoras com seu lobby e compraram todos, inclusive os militares.
Aos poucos foram acabando com as ferrovias e fabricando caminhões com estradas que não são feitas para os mesmos.
Quem disse isso desconhece as Leis que regem o país e o próprio Orçamento Geralda União.
Novamente, as falácias continuam. Precisamos parar de abordar, apontar, elucidar as consequências dos problemas e encontrar solução para a origem destes.
“Os adeptos do voto nulo deveriam parar um minuto e refletir sobre isso. Não existe outro mundo. Você pode deixar os políticos de lado, mas eles têm o poder de arrasar seu cotidiano.”
“Nossa tarefa não é tão difícil: derrubar pelo voto a maioria dos picaretas, eleger gente nova e empurrá-la para uma aliança com alguns sobreviventes…”
“Nossa única saída é uma Queda da Bastilha.” João, temo que seja pior que isso. Espero, sinceramente, estar enganado.
Senhor Fernando Gabeira, não é difícil. É ‘inconcebível’ achar que podemos mudar o país simplesmente mudando a forma como votamos. Não é esse tipo de escolha que precisamos mudar. Como disse em “Apatia do Eleitor”, o voto serve apenas para a população confirmar que deseja manter as coisas como estão. No sistema político vigente, nunca importou o nome do sujeito.
Eu concordo que se deve votar melhor, mas ao mesmo tempo vejo certa inocência nas proclamações do gênero. Entre o diabo e o capeta, qual é o melhor candidato? Isso não se aplica sempre, por óbvio, mas se não há opções idôneas, como votar corretamente?
O país JAMAIS irá progredir somente devido a eleições. O futuro do país reside na cultura do povo e seu conhecimento: somente isso nos salvará. Não é a eleição de A ou B que irá resolver nossos problemas.
Concordo plenamente, mestre Colombelli. O meu comentário é justamente nesse sentido: a democracia tem suas limitações. Ela não foi pensada para tirar um país do buraco. Isso nós que teremos que fazer, na medida do possível, ainda que votar de forma consciente seja também uma ação positiva, obviamente.
Sds.
de uma coisa ficou a liçao :as forças armadas se tornaram apenas capangas do governo ,que deus nos ajude para que nunca nosso pais seja invadido porque o exercito se mostrou acovardado e subserviente ao governo atual
As FFAA devem, por Lei, obediência ao Presidente da República. E cumpriram seu dever.
Não que eu seja a favor de um golpe
Mas a postura das FAA a favor desse governo corrupto, acabou “queimando” a instituições perante opinião pública.
FAA são feitas para defenderem o povo e o país, e não meia dúzia de abutres que chamam de políticos.
Golpe não
Digamos interversão
Interessante. Em 64 as FFAA foram chamadas pelo povo para nos livrar do comunismo,e, depois, foram chamadas de fascistas, ditadores etc. Durante a Comissão da Verdade não ouvi nem li ninguém ¨do povo¨defendendo as FFAA.
Agora, vem o mesmo povo pedindo intervenção, esquecendo-se que 50% deles votaram nessa catástrofe que foi a dupla Dilma/Temer, que nos jogou nesse estado de coisas, sem falar nos 14 anos de esquerda que quase acabaram com o País. E, também, essa CF socialista de 88, que é o cerne, a causa maior de todos os problemas estruturais que vivemos.
As FFAA aprenderam a lição. Quem pariu Francisco que o embale. Não vão mais limpar a sujeira de ninguém. As eleições, somente, não vão melhorar o País. Reformas estruturais profundas, como rever nosso sistema federativo, uma nova CF, reforma do CP, reforma tributária, reforma eleitoral, dentre outras tantas, deverão ser urgentemente realizadas para nos tirar da beira do precipício.
Rinaldo,
Assino em baixo.
Olá Cel.Nery. Eu que não se pode valorizar tanto o pessoal que estaria pedindo uma intervenção militar. Alguns dias atrás, revi aquele documentário “O dia que durou 21 anos” e fica claro que o golpe de 64 foi muito bem planejado e com apoio dos EUA (em um contexto da guerra fria, o que muda tudo). Tanto assim que os EUA reconheceram o novo regime no dia seguinte ao golpe. Creio que hoje isso não aconteceria (pode acontecer, mas acho que não haveria respaldo internacional). Eu imagino dois cenários. O mais provável serão as eleições em outubro, o menos provável seria um golpe parlamentar cancelando ou adiando as eleições. Há um ano atrás eu defendia a antecipação das eleições. Teria sido a melhor solução.
E o viés de quem fez o documentário?
Olá Cel.Nery. O documentário é bom. Ele é baseado em fitas gravadas das conversas dos presidentes americanos e em documentação da embaixada dos EUA no Brasil. Ele foca sobre o papel desempenhado pelo governo dos EUA. Acho que vale a pena assistir sim. Ajuda muito a entender o contexto histórico do golpe de 64.
O Brasil não tem salvação. Perdi minha esperança tem muito.
Pedro Parente acaba de pedir demissão. O Governo aceitou. A esquerda comemora. A direita também. Todos comemoram.
A partir daí temos três opções:
1) A Petrobrás continua praticando a mesma política de preços.
2) A Petrobrás atende os anceios de toda a população, e passa a vender combustível abaixo do custo até quebrar.
3) a Petrobrás abaixa os preços, o Governo cobre o rombo aumentando impostos.
O Brasil está submetido à uma nova ditadura: a ditadura popular. Eu não gosto disso, então paro o país até ser atendido. Outros não gostam daquilo, então fazem greve até serem atendidos.
“Ex-militante” do MR-8 que fazia e ainda faz bico de repórter.
Qual é a dificuldade de se debater as ideias expostas no texto sem atacar a figura do autor?
Pois é Wilson, pensei nisso. De que interessa se o cara era isso ou aquilo? E o conteúdo do texto, perde toda a validade em razão disso?
Não vi defesa ideológica alguma. Pelo contrário, achei o texto interessante e concordo com ele. O país ficou de joelhos. Temos uma classe que, se organizada, se mostrou mais forte do que qualquer outra no país.
Temer pôde usar a força. Pôde negociar e fazer concessões. Mas pq havia interesse nisso na outra parte. Contudo, mesmo se as vias fossem desobstruídas, se os caminhoneiros resolvessem se manter de braços cruzados por mais 01, 02 semanas, o que o governo faria? Requisitar caminhões e fazer ele mesmo o transporte? Até pq havia certo apoio popular…com as dificuldades, esse apoio iria diminuir gradativamente, mas, caso ficassem mais uma ou duas semanas, os danos talvez fossem irreversíveis para o governo em exercício.
Enfim, mesmo não acreditando que irá ocorrer, a única alternativa é que boa parte do parlamento seja alterado em outubro. Acho que não irá ocorrer. Acho, inclusive, que teremos uma próxima legislatura pior ainda. Pois, não havendo renovação legislativa, salvo dois ou três candidatos, que já fazem parte do jogo, os que entrarem com ideias radicais receberão uma oposição ferrenha e o país sofrerá muito com isso.
Só sei de uma coisa, depois de 2 horas na fila, tive de gastar 200 conto pra encher o tanque da viatura.
Vai… Brasil!!! Manda mais Estado que tá pouco.
Resultado da ida de Parente para a Brasil Foods:
PETR4 -16%
BRFS3 10%
Quero ver ele ficar aumentando o preço do frango todos os dias…
Se Parente, ao invés de aumentar diariamente, aumentasse mensalmente, a choradeira seria a mesma.
Em empresa privada nem sempre dá para ficar aumentando preço todo dia. Se administrar bem for ficar aumentando preço todos os dias, assim é fácil demais.
Pode até sair do mercado.
Quando o barril estava lá embaixo não baixou. Agora veio usar esse critério do preço do barril e do dólar como se comprassemos petróleo no Iraque ou Nigéria.
Pior com essas variações diárias perdemos a noção dos preços.
Em 2008, o petróleo estava a 150 dólares o barril. Se ele fosse o presidente na época teria aumentado para 10 reais.
Sem sensibilidade nenhuma.
Criou uma fórmula que não existia.
Criou do nada.
Durante um ano que presidiu não havia essa fórmula.
De repente deu na telha e agora trata como uma fórmula infalível.
Por isso mesmo a Petrobras está na situação que está. Com petróleo em US $150 /barril, houve pouca variação do preço do combustível, com a companhia praticamente subsidiando o preço dos combustíveis.
Nos EUA nos últimos doze meses o diesel subiu 30% contra 15% no Brasil. O petróleo no mercado munsial subiu 60% nos ultimos doos anos. Adicione a alta do dolar.
Você não gostou da fórmula do Parente, daí você quer uma formula mágica.
Eu não vi uma pessoa do povo contra os caminhoneiros. Sentinento difuso? É nitido e justo todo o odio aos quadrilheiros PT PSDB PMDB travestidos de politicos que governaram nos 35 anos passados. Os lacaios da imprensa e outros….que operaram a contra-informação, apoiando o desgoverno temer, salvaram os bandidos dos 3 poderes. Até quando o povo vai pagar a conta da corrupção, atraso e incompetência ?
Esqueçam intervenção, a única solução agora seria ninguém mais pagar imposto, mas como não dá pra fazer isso (pois tudo que pagamos é imposto) o jeito é começar a votar direito e educar os filhos para quem sabe daqui há 30 anos esse país tenha alguma solução e olha que isso ainda é uma grande utopia!
Saiba como os cortes de orçamento federal vão atingir as Forças Armadas.
https://www.youtube.com/watch?v=Z5pIUUHx-Uc
Se o voto não representar a via de mudança, resta ligar para a NASA e perguntar para quando é o meteoro… e seguir reclamando enquanto ele não vem…
De uma vez por todas, temos de acabar com esses clãs de dinossauros políticos… os paulistanos elegeram Dória em primeiro turno… um outsider como prefeito da maior cidade do Brasil… temos de seguir esse exemplo e dar chance a outros… porque esse da “queda da bastilha” por aqui não vai rolar… abraço a todos…
Parabéns aos caminhoneiros pela descontração que nem tosos estão acomodados pela simples troca de quadrilhas no poder mas, que era o momento de uma enorme união para este senhor semi brasileiro, respeitar um pouco o país que lhe deu um apia sem guerras, cercos e discriminações para bem viver e ele vive muito bem.
Quanto a Petrobrás bastaris lhe tirar o monopólio do refino e distribuição, a prospecção poderia ser mantida em regime misto e pronto, acabaria com mamatas de pt, pmdb, psdb, e qualquer quadrilha chamada de partido por aqui.
E o voto nunca foi motor de democraciaem nenhuma nação, mas sim a livre manifestação dessa em qualquer assunto ou iniciativa, europeus e norte americanos não estão onde estão por mero exercício do voto, sim por muitas brigas internas, elite empreendedora e depois governantes preocupados com o sucesso de seus países.
Se o voto fosse bom para o povo, a Globo não lhe daria o menor apoio.
Caro Caio. Não existe monopólio no setor de combustíveis desde 2002 (Lei 9478/97).
Muitos países estão onde estão porque valorizam suas empresas, diferente de muitos “brasileiros” que acham que ficar sem casa é uma forma de evitar de ter sua casa assaltada…
E muitos países adotaram a formula mágica e…
Estão muito piores do que estavam ontem.
Caio,
sempre que você quiser escrever besteira, pega um papel, escreve e joga fora.
Mk48 se não tem cerebro para entender, não polua o ambiente se manifestando.
Camargoer quem distribui o petróleo? Quem extrai o petróleo?.
Caro Caio. A extração do petróleo é coordenada pela ANP por meio de leilões. Você encontrará a lista de todas as empresas que exploram petróleo e gás no Brasil na página da ANP. Foram 15 rodadas de leilões. São muitas empresas. Na mesma página da ANP voce encontrará a informação que existem mais de 300 empresas autorizadas a fazer a distribuiçao de combustíveis no Brasil. Recomento você consultar a página da ANP.
Quem extrai: Petrobras e algumas multinacionais, como Shell, ExxonMobil, Petrogal, Repsol e as estatais chinesas. A OGX, PetroRio já extraíram. Não sei se extraem agora ante as dificuldades financeiras.
Distribuem: BR, Shell, Ale, Ipiranga, etc.
Há monopólio de fato no refino, mas não há lei que impeça que uma empresa construa uma refinaria no Brasil.
Olá Rafael. A refinaria de Manguinhos é privada. Portanto não existe monopólio de refino.
Para ser monopólio não precisa ter 100% do mercado. A participação de Manguinhos no mercado nacional é ínfima.
A maioria das refinarias no Brasil são da Petrobras porque ela investiu. Qualquer empresa estrangeira ou investidor brasileiro pode construir uma refinaria aqui. Não existe qualquer impedimento legal para um investidor construir uma refinaria privada no Brasil, ou organizar uma distribuidora, ou formar uma rede de postos.
Sim. Eu disse isso. O monopólio é de fato e não de direito.
Obviamente eu jamais construiria uma refinaria no Brasil, pois, dependendo do presidente, a Petrobrás pode vender produtos abaixo do custo, o que inviabilizaria meu negócio.
O que dá para fazer, dependendo do contexto do mercado, é importar.
Outra coisa que pode ocorrer é a Petrobrás vender algumas de suas refinarias para diminuir seu monopólio.
Caro Rafael. Neste ano, entre janeiro/abril, o Brasil exportou US$ 8,4 trilhões e importou US$ 8,2 trilhões em combustíveis e óleos (dados do Min Comércio Exterior que você pode acessar). Segundo uma reportagem do UOL (que voce tambem pode acessar pela internet) a Petrobrás abastece 80% de mercado de gasolina e 77% do mercado de diesel. Portanto já existe uma expressiva importação de combustíveis (isso significa que o país exporta óleo e importa derivados). Portanto, a conclusão é existe a necessidade de construir novas refinarias no Brasil e que a simples privatização de algumas refinarias não resolverá o problema. Segundo um artigo de Osmar Ferreira (que voce também pode acessar pela internet) o consumo do diesel no Brasil é crescente nos últimos 40 anos, portanto o problema de importar diesel irá se agravar nos próximos anos. Portanto o problema não é monopólio, mas baixa oferta em relação à demanda. Se nenhuma empresa privada construir uma nova refinaria, então será a Petrobras que terá que construir.
Camargoer, não será uma simples ineficiência da Petrobrás, que virou mais um cabide de empregos? Faça a média número de funcionários versus combustível produzido, e compare com a estatal norueguesa, por exemplo.
Caro Cel.Nery. Esse é um tema que vale um estudo profundo. Eu encontrei alguns dados para dar um ponto de partida para a discussão. Encontrei os dados de 2015. A maior produtora do mundo é a Cazprom da Russia (8,39 milhões de barris por dia em 2015) seguida da Rosneft, também da Russia (5 milhoes de barris/dia). A Petrobras era a oitava (2,55 milhões de barris/dia) e a Statoil era a décima terceira (1,8 milhão de barris). Encontrei que a Petrobras teria 68 mil funcionários e a Statoil teria 23 mil. Contudo, não consegui abrir estes números para considerar a capacidade de refino e outros dados. Isso deveria afetar bastante. Outro dado que afetaria é que a Statoil é essencialmente uma empresa exportadora enquanto que a Petrobrás produz para consumo interno. Fica difícil comparar diretamente as duas companhias. Fui avaliar os lucros das duas companhias, mas eles dependem tanto do preço do barril de petróleo que não consegui comparar (as duas têm períodos de lucro e prejuízo). Acho que teríamos que procurar algum estudo mais especializado que tivesse esta comparação.
Interessante os dados sobre importações. Pensei que não chegava a 10%. Mas, pelo que vi, esse movimento é recente. Com os preços defasados anteriores da Petrobrás, não era viável importar.
A Petrobrás opera abaixo de sua capacidade plena, pois, dependendo do contexto, compensa mais importar a gasolina e o diesel do que refinar o petróleo.
Não sei dizer se há necessidade de aumentar a capacidade instalada, dado que há duas refinarias ainda não finalizadas e que devem agregar bastante capacidade (a de PE já agregou capacidade, eis que está funcionando, ainda que incompleta).
E a gasolina de Manguinhos é considerada a melhor.
Gabeira, explica aí como é que o voto vai transformar o Brasil, se boa parte da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas e das Câmaras de Vereadores é composta por candidatos que não alcançaram o quociente eleitoral, mas surfaram na votação dos mais votados de suas coligações?
E o que dizer do Senado, em que suplentes sem qualquer representatividade assumem mandatos quando o eleito é escolhido ministro ou secretário de qualquer coisa?
Não acabou isso?
Agora é o distritão.
Os mais votados.
O distritão não foi implantado. A Câmara rejeitou a PEC.
O Brasil há muito é um país sem política de estado, estratégia e inteligência.
Onde estavam as ditas agências de Inteligência que não previram a gravidade do movimento dos caminhoneiros? As mesmas agências que permeiam as manobras e terrorismo do MST e outros movimentos fora da lei. (Obs: os dos caminhoneiros nada tem a ver com estes terroristas, que fique claro).
Pagamos caro tudo que compramos pois mais da metade dos combustíveis é imposto e mais da metade dos preços dos produtos é também imposto (embutido no combustível, pedágios, IVPA, ICMS, insumos etc.. etc… efeito cascata).
Sem ferrovias o país se tornou refém das estradas, muitas destas em péssimas condições colocando nossos caminhoneiros em risco diário…. e as estradas boas tem pedágios caros… isso sem falar que o governo não eliminou o IPVA… criado para eliminar justamente os pedágios.
Outra coisa que ninguém comenta é o fato de termos passado toda a crise desse movimento com os governadores dos estados quietinhos… quando quase 30% do custo da gasolina, por exemplo, vem do ICMS….. mas ninguém quer largar a “teta” certo?
Agora outros pontos…
Tomada do poder pelos militares? … não tem clima e principalmente não tem comando à altura para uma intervenção patriótica de fato. O povo tem que tomar vergonha e aprender a VOTAR, aprender a ser crítico, aprender a não aceitar esmola por voto … pois muitos que saem às ruas gritando abaixo a corrupção se vendem muito fácil se o “dotô” lhes oferecer um “carguinho” na prefeitura ou um CC pra ir no final do mês pegar o dinheiro.
O Brasil precisa de pulso, tolerância zero com o que é errado, valorizar quem trabalha e deixar de ser uma nação com cara de “oba oba” e investir de fato no que nos libertará … EDUCAÇÃO!
A inteligência está subordinada ao Gen Etchegoyen, que considero só mais um falastrão.
Olá Cel.Nery. Eu também fiquei (negativamente) surpreso com o desempenho da GSI. Quando o gov. federal assinou um acordo e depois descobriu-se que aquelas pessoas não representavam aqueles que protestavam, ficou evidente que a GSI não soube avaliar a situação. Outra coisa que me chocou foi como o próprio Temer saiu queimado. Parece até que foi de propósito. Em uma situação dessas, tem que se colocar um ministro para negociar e fazer os anúncios e entrevistas, porque se alguma coisa der errado, o presidente estaria preservado. Fizeram tudo ao contrário do que manda o “Manual”, não acha?
Pra mim foi pura incompetência, mesmo. Desmantelaram o sistema de inteligência brasileiro, há décadas. A esquerda traumatizada associou ¨inteligência¨ com repressão. Tá aí o resultado.
Olá Colombelli. Acho que são dois cenários possíveis. O primeiro (parece mais provável) foi que o governo foi pego de surpresa, dada a sucessão de erros e desencontros. O outro cenário seria de uma ação controlada (como você sugeriu) mas ela também parece ter sido mal conduzida. Nos dois cenários, dá a impressão que o governo perdeu. O fim do governo Temer será lembrado pela pane-seca.
Nonato,
Sério ?!
Votar no menos pior nos levou até aqui.
As outras alternativas poderiam ter sido ainda piores.
Demos saltos imensos no quesito governança, o que levantou o tapete para vermos a sujeira que corria embaixo dele. Roubar no governo pode até ser fácil, mas nossos políticos descobriram que esconder o rastro é muito mais difícil hoje em dia. Parabéns às polícias e MP’s que aprenderam a usar tecnologia.
Engraçado é ver nas redes os “new esquerdas” pós-modernos lacrando textão malhando o Gabeira. Ainda perdem tempo com a sunguinha de crochê.
Queria ver estes pós revolucionários fazendo as escolhas do Gabeira e aguentando as consequências. Longe de mim fazer o elogio das escolhas do Gabeira nos anos 60, mas ele bancou não só suas escolhas como a prisão e o exílio, e eu du-vi-do que esta molecada “pera-com-leite na mão” tenha estofo para tanto.
E ainda assim seriam necessários caminhões para retirar a carga dos trens e distribuí-las nos seus destinos finais.
comentário retido
Já deixei de acreditar em intervenções militares e em eleições (fraudáveis).
Só acredito em intervenção divina.
É rapaziada, estou aqui avaliando as opções de futuro.
Tirando o voto na esquerda, resta um chuchu encalacrado com muitas acusações e pouco investigado. Ou um nacionalista que, do nada, bate continência à outra bandeira, diz que a amazônia é internacional ou, a mais recente, vai manter a bolsa esmola. Espero que a reprodução desse artigo não seja uma terceira proposta.
Voltando à esquerda, essa parece ser quem defende uma solução pelo voto, e neste caso, a esquerda vence, segundo analistas da direita nos jornais de hoje.
Alternativas fora do voto estão cada vez mais complicadas, acredito que o “time” foi perdido. Confiar no judiciário cada dia mais confuso e divido?
Talvez, o problema tenha sido a aventura de 2016, liderada por devedores de impostos, interesses internacionais e oligarquias nacionais, e não pelos cidadãos de bem.
O Judiciário hoje, pelo menos, prende alguns políticos. Claro que tem o Gilmar Mendes e outros no STF que mais parecem advogados de bandidos do que ministros, mas, lembre-se que, antigamente, talvez excetuando-se autoridades municipais, nenhum politico era preso. Nenhum. Zero. Então a menos que se acredite no conto de fadas de que antes políticos não se corrompiam ou não praticavam quaisquer crimes, o Judiciário de agora é melhor (ou menos pior) do que de outrora, inclusive nos tempos verde-oliva.
Caro Rafael. O problema nunca foi prender alguém, mas que a indivíduo receba o correto processo legal. O Estado de Direito foi criado para proteger o indivíduo das ações totalitárias. Eu sei que é lugar comum, mas em um passado recente, muitos indivíduos sofreram uma pesada perseguição baseada em leis que obviamente afrontavam os princípios democráticos. Apenas para ser diferente, o estado da África do Sul executou diversas pessoas baseado em leis de segregação. Nos EUA, até a década de 60, muita gente foi presa baseado em leis que violavam os direitos civis. A tradição democrática diz que é melhor ter culpados livres do que um inocente preso. No caso de político pode ser mais grave, porque um processo mal conduzido por destruir a carreira política.
Caro Camargoer,
Quando eu falo em prender, está implícito que a prisão seja legal e justa. Eu sou defensor do Estado Democrático de Direito e não considerei prisões ilegais, até porque minha frase seria mentirosa, dado que houve prisões ilegais durante os períodos ditatoriais brasileiros.
Nos caso do Mensalão e da Lava-jato, não verifiquei nenhuma prisão ilegal e/ou injusta.
Olá Rafael. Eu tenho evitado debates sobre o que temos passado recentemente, mas tenho resgatado algumas coisas sobre as quais podemos fazer uma discussão menos apaixonada. Acho que a deveríamos lembrar com cuidado do caso do Pred. Collor que ao fim do processo legal foi absolvido no STF em 2014 por falta de provas. Isso não é pouca coisa. É um caso que considero gravíssimo. Neste caso, eu lembro do pensamento de Rosa Luxemburgo sobre a necessidade de defendermos a liberdade de quem pensa diferente de nós.
Senhores, o problema do judiciário brasileiro é que dadas as provas incontestáveis em alguns casos, flagrantes, denúncias, rastreamento de dinheiro desviado, obras superfaturadas, improbidade administrativa…. “gente pega com dinheiro na cueca que disse que o dinheiro não era dela, contestado disse que a cueca não era dele.. mais contestado disse que ele não era ele”….. no mais explícito deboche ao estado democrático e à própria justiça … não prende os criminosos de fato. Habeas corpus dados de madrugada pelo “supremo”, “embromation” por anos de processos etc.. etc…etc… isso já foge completamente ao que temos de conceito de condenação antecipada… daí vamos para os crimes de tráfico, violência etc.. Esse estado democrático que citaste está democrático demais à marginalidade e bandidagem e autocrático demais aos cidadão de bem. Abraços,
Camargoer,
O impeachment é politico-jurídico. A pena é a perda do cargo e, talvez (diante do decidido bizarramente no caso Dilma), a perda temporária dos direitos políticos. O julgamento é feito por políticos que avaliam (ou deveriam avaliar) o quadro como um todo, tanto que é normal presidentes com apoio não serem sequer julgados, enquanto políticos sem base de sustentação e que tenham causado graves danos à população, existindo clamor popular contra eles, sofram o processo.
Já o julgamento em ação penal é o mais grave, eis que pode resultar em restrição à liberdade. Nesse caso, as provas devem ser inequívocas (ainda que, eventualmente, ocorram erros). Os julgadores devem estar convictos e, portanto, é mais difícil a condenação.
Fazendo um paralelo e relativamente comum eu pegar casos de dispensa com justa causa de empregados teriam cometidos crimes (principalmente furtos) e, muitas vezes, a pessoa é absolvida na esfera criminal por falta de provas, enquanto a gente, na trabalhista (que supostamente defendemos empregados), mantém a dispensa com justa causa. Ou seja, o juiz penal aplica muito mais o “in dubio pro reo” do que o juiz trabalhista o “in dubio pro operario”, ou o político o “in dubio pro politicus” (esse eu inventei agora rsrs). Acrescente-se a isso que o STF, ainda mais no passado, tendia a ser muito mais leniente com criminosos, ainda mais os poderosos.
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Sobre o caso Collor, ele foi absolvido por falta de provas. As únicas provas dos autos eram o depoimento de corréus e de um informante – ou seja, a denúncia foi temerária (sabe-se lá porquê, o PGR demorou quase 10 anos para apresentar a denúncia e ainda apresentou uma denúncia mal-feita, sendo que testemunhas importantes já estavam mortas, à época).
Enfim, não dá para dizer que ele não cometeu nenhum crime e que o impeachment foi injusto só por causa disso.
Por último, eu defendo a liberdade de expressão e de pensamento e que apenas criminosos sejam presos, após o devido o processo legal.
Caro Ricardo. Assumindo que as eleições ocorrerão. seria preciso esperar a oficialização das candidaturas. Os nomes e números que aparecem hoje geralmente são diferentes daqueles que aparecerão durante a campanha. Por outro lado, tem um pesquisador (Alberto Almeida) que é muito bom e ele tem algumas ideias que ajudam a reduzir a incerteza. Ele comenta que as eleições podem ser classificadas em “mudança” ou “continuidade”. O atual cenário é de “mudança”. Ele também defende que o eleitor faz uma análise bem racional e tende a escolher o candidato que indicar uma melhoria para a sua situação. Por fim, ele diz que candidatos com alto rejeição não conseguem ser eleitos. Portanto, são grandes as chances de um candidato que seja de oposição e tenha baixa rejeição. Acho que não dá para falar mais do que isso por enquanto.
O Cade fez uma 9 sugestões, algumas que poderiam ser feitas com canetadas, para baixar o preço dos combustíveis. Mas como elas envolvem aumento da concorrência, governo e Petrobrás parecem preferir não tocar no assunto.
Sim, funcionários-do-estado-comunistas-mamadores-mal-encarnado também fazem o dever de casa.
https://istoe.com.br/cade-apresenta-nove-propostas-para-reduzir-precos-dos-combustiveis/
Silvio Santos vem aí, lá lá lá lá lá!