Santa Maria (RS) – Com o objetivo de treinar a tropa em defesa de um ponto sensível, no período de 15 a 17 de maio, o 6º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (6º Esqd C Mec), “Sentinela da Boca do Monte”, realizou um Exercício de Adestramento em Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Usina Hidrelétrica Governador Leonel de Moura Brizola, localizada na cidade de Salto do Jacuí, no Rio Grande do Sul.

Com 12 viaturas e 82 militares operando 24 horas por dia, foram realizados patrulhamentos ostensivos; posto de bloqueio e controle de estradas; e a segurança do ponto estático, que foi a própria Usina. De acordo com o Comandante do Esquadrão, Major Fábio Moraes Coronel Palma, “é simulada uma situação real, que aconteceria no caso de necessidade de defender a Usina. O soldado na barreira ou patrulhando, usa equipamentos como, colete, fuzil e munição”.

O Chefe do Sistema Jacuí da Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT), Sr Mario Junior Hermes, afirmou que dentro da operação estão sendo disponibilizadas todas as condições para que o treinamento fosse o mais real possível. Complementou ainda que “essa simulação só reforça a importância estratégica que tem Salto do Jacuí, na questão de suprimento de geração e transmissão no Rio Grande do Sul. Ficamos até mais seguros, para que, se um dia for necessário, os funcionários da CEEE já estejam preparados para essa contingência, e o Exército, conhecedor de todas as áreas e rotina de trabalho dentro da Usina”.

A usina é um ponto estratégico na questão da segurança nacional, já que é um ponto frágil em caso de guerra, e esse exercício é um treinamento periódico, no qual o objetivo é proteger a usina em caso de algum evento externo vir a ser ofensivo à geração de energia elétrica.

Durante a atividade, o Major Palma foi recebido pelo Prefeito, Sr Cláudio Robinson; pela Vice-Prefeita, Sra Joice Zimmer; e pelo Secretário da Junta de Serviço Militar, Sr Nelcimar do Amaral. O Prefeito Municipal colocou-se à disposição, bem como a estrutura administrativa, enfatizando “a importância da Instituição militar para nossa cidade, nosso Estado e nosso País”.

Além do treinamento, foi realizado um trabalho de comunicação social, desenvolvendo palestras com jovens de Ensino Médio do município, sobre o Exército Brasileiro, as formas de ingresso e as opções de carreira dentro das Forças Armadas.

FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx

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Fernandes
Fernandes
6 anos atrás

Táticas de GC (Grupo de Combate) e CDC (Controle de Distúrbios Civis) são partes das Operações da GLO ou isso já faz parte da História?

Eduardo
Eduardo
Reply to  Fernandes
6 anos atrás

OCD (Operações de Controle de Distúrbios) faz parte das Operações GLO. Toda operação existem os GC, e cada um é responsável por determinada “parte” da operação, sendo assim, o termo táticas de GC abrange muita coisa. (Alguns tipos de Patrulhas não fazem parte de Operações GLO, porém são formadas por GC).

tulio762
tulio762
6 anos atrás

Pois é, o exército treinando pra virar polícia, uma pena.

Agnelo
Agnelo
Reply to  tulio762
6 anos atrás

Prezado
Há um equívoco em sua afirmação.
As operações GLO se assemelham muito às operações de pacificação e estabilização, Q são corriqueiras em um Teatro de Operações. A 2ª Guerra no Iraque teve pouquíssimo tempo de operações ofensivas e defensivas e anos de estabilização e pacificação.
Sds

tulio762
tulio762
Reply to  Agnelo
6 anos atrás

Entendo, mas acredito que as operações deveriam muito mais se assemelhar as ações de contra-insurgência, que são de fato muito corriqueiras, como aquelas que ocorreram na Malásia, antiga Rodésia atual Zimbabué, Angola, Moçambique e até mesmo no Brasil. As GLO em que nosso exército participa, expõem muito a tropa a estratégia de guerra assimétrica, onde apenas um lado respeita as leis, principalmente do “lawfare”, onde as regras de engajamento e leis humanitárias são usadas contra a tropa por ativistas, mídia, políticos e os próprios irregulares. Espero que no futuro não tenhamos que ver militares do EB, CFN e infantaria da… Read more »

Agnelo
Agnelo
Reply to  tulio762
6 anos atrás

Pois não. É sempre um prazer dialogar com quem se interessa.
As ações de contra-insurgencia também fazem parte dos exercícios. Por vezes, a Situação Geral do exercício evolui de uma situação GLO, para um situação de guerrilha, com um Estado de Sítio, ou Defesa, quando há esse tipo de operação, tanto rural quanto urbana.
Sds

Jorene
Jorene
Reply to  tulio762
6 anos atrás

Não concordo. Guarnecer pontos táticos ou estratégicos é sim oficio do exército. Desde tempos imemoriais.

Marcos
Marcos
6 anos atrás

Como assim? Desde quando patrulhar é missão única da polícia? Defender pontos estratégicos é função de qualquer exército, em qualquer lugar do mundo e em qualquer época.

Lucas Schmitt
6 anos atrás

O que essa tropa vai fazer se vier um míssil de cruzeiro na hidrelétrica? Ou se vier mesmo uma bomba burra de qualquer avião que seja?

Eduardo
Eduardo
Reply to  Lucas Schmitt
6 anos atrás

Aí, na moral, que pergunta tosca. Se for raciocínar com esse pensamento, sem fundamento, pra quê existir Exército? Só precisa da Força Aérea e da Artilharia.

Eduardo
Eduardo
Reply to  Lucas Schmitt
6 anos atrás

Se alguém fosse invadir aquela região, com o mínimo grau de inteligência ele nunca pensaria em destruir um ponto sensível (econômico, estratégico,…) importante. Ele tentaria tomar.

Andre
Andre
Reply to  Eduardo
6 anos atrás

Ai que vc ta enganado Eduardo o sistema de energia do brasil integrado qualquer problema em umas dessas 3 usinas que são sobradinho itaipu e Belo Monte derruba todo o sistema energético do brasil

Eduardo
Eduardo
Reply to  Andre
6 anos atrás

No combate moderno, novo Teatro de Operações, não há interesse em destruir pontos sensíveis, mas sabota-los temporariamente ou toma-los (na maioria dos casos), ainda mais se vc quer dominar e já tem uma estrutura pronta, pra quê destruir? Inquietação eficaz existem outras formas.

Victor Moraes
Victor Moraes
Reply to  Eduardo
6 anos atrás

Com um mínimo de inteligência ( se é possível) o inimigo de destruiria as torres de transmissão, e não a represa. Mas, obviamente isto vai depender muito do grau de rivalidade, ódio, e como eu já disse, inteligência.

Jorene
Jorene
Reply to  Eduardo
6 anos atrás

Depende do tipo de guerra. Os aliados na Segunda Guerra Mundial procuraram destruir TODAS as infra-estruturas econômicas da Alemanha e Japão. No Vietam e Coréia foi assim também.

Roberto Dias
Roberto Dias
Reply to  Lucas Schmitt
6 anos atrás

Se vier um míssil pouca coisa pode ser feita, mas se vier uma tropa especial, no intuito de sabotar a usina temporariamente, estes soldados estão treinando para repeli -los.

Jorene
Jorene
Reply to  Roberto Dias
6 anos atrás

É verdade, são ações que visam impedir sabotagem numa guerra. Houve várias ações desse tipo na 2ª Guerra Mundial. Um exemplo? O ataque a Saint Nazaire, na França, por comandos ingleses.

João
João
6 anos atrás

Acredito q exército nenhum esteja preparado para isso no contexto apresentado, ao meu ver ali demonstra um preparo contra outros tipos de ataques, em especial o que já existiu no passado contra Tucuruí, onde a desordem sob determinadas bandeiras representou a ocupação de uma das maiores hidrelétricas do mundo por um punhado de gente manipulada… Não por um exército.

Eu encaro esse treinamento como um “recado”.

Abraço.

Bueno
Bueno
6 anos atrás

Quem entende mesmo de estratégias e operações militares , somos nós, da turma do teclado. rsrs
Podemos até descorda de algumas operações, com algum argumento técnico etc, mas quem entende do riscado são os oficias das FFAA

cwb
cwb
6 anos atrás

na guerra da bósnia em 1992 a otan tinha no seu arsenal dois tipos de bombas para instalações elétricas tipo subestaões e linhas de transmissão:a primeira era de grafite,um condutor de eletricidade,fecha um curto -circuito enorme.O resultado é desligar tudo e limpar,o que vc consegue com isso é paralisar a infra estrutura do país.A segunda bomba libera serpentinas de metal que fazem o mesmo efeito acima.Hoje em dia destruir e´estupidez,há meios melhores de parar o inimigo.
Abraço para todos