Cerimônia de graduação de estudantes na Universidade de Seul

Cerimônia de graduação de estudantes na Universidade de Seul

Cerimônia de graduação de estudantes na Universidade de Seul
Cerimônia de graduação de estudantes na Universidade de Seul

Se o aluno não aprende, o professor é reprovado

Por Johnny Mazilli

Até o início da década de 60 a Coreia do Sul, oficialmente República da Coreia, era um país agrário e pobre, numa península dividida ao meio pela guerra fratricida com a Coreia do Norte (1950-1953), com o trauma de mais de um milhão de mortos. Um em cada três coreanos era analfabeto e boa parte da população passava fome. Apesar disso, em 40 anos o país virou um “tigre asiático” e se tornou o 13º PIB mundial. Hoje, oito de cada dez habitantes ingressam na universidade. Para mudar, os coreanos revolucionaram seu sistema educacional, desde o nível mais básico até a pesquisa científica.

O país entendeu que a chave para o êxito do ensino superior era concentrar recursos no ensino fundamental. Hoje, a Coreia investe 4% do PIB em educação e todas as suas salas de aula são equipadas com computadores modernos, conectados à internet por banda larga. A internet é uma mania nacional e o país, campeão mundial em fibras óticas e banda larga (100 Mbps). Nove em cada dez residências usam a rede. Todos os alunos do ensino fundamental e médio recebem livros didáticos digitais gratuitamente. Desde cedo as crianças são estimuladas a pensar no futuro e no país com visão empreendedora. Com 7 anos já simulam entrevistas de emprego e as escolas trabalham sob slogans como “Economia Forte É País Forte”, ou “Economize um Centavo, Orgulhe Seu País”.

Uma administração centralizada supervisiona e administra as escolas com uma política coerente de estímulos a professores e alunos. O sistema de reconhecimento de mérito premia os bons professores e os estudantes desde a escola até as últimas etapas do aprendizado. Os mais talentosos são automaticamente incentivados com bolsas de estudo e cursos extracurriculares. Os professores são vistos como elementos-chave do processo educacional e gozam de alto prestígio na sociedade. Trabalham em regime de dedicação exclusiva a uma única escola e são proibidos de manter um segundo emprego. Estão entre os mais bem pagos do mundo: um profissional experiente pode ganhar US$ 6 mil mensais.

Outro aspecto decisivo do sistema é o envolvimento familiar. Pais seriamente comprometidos tornam os filhos motivados e criativos. É comum as famílias investirem cerca de 20% de seus rendimentos no custeio de cursos extracurriculares para os filhos. O governo apoia a cultura do esforço familiar e investe na construção de grandes bibliotecas, com vastos acervos e recursos tecnológicos que atraem famílias inteiras nos fins de semana.

Os investimentos na construção do capital humano foram fundamentais para a arrancada do desenvolvimento econômico. Num passado não distante, a Coreia do Sul e o Brasil compartilhavam semelhanças. Em 1960, ambos eram países subdesenvolvidos que patinavam em índices socioeconômicos calamitosos e taxas nefastas de analfabetismo rondando os 35%. Na época, o Sudão e a Coreia do Sul tinham a mesma renda per capita: US$ 900 anuais. O Brasil então estava à frente, com o dobro desse valor.

Até 1987 a Coreia foi um foco da Guerra Fria, atravessada por uma zona desmilitarizada que separa tropas norte-coreanas apoiadas por chineses e soviéticos, ao norte, de tropas sul-coreanas e norte-americanas, ao sul. A instabilidade política gerou várias ditaduras e golpes militares, mas desde as manifestações democráticas e as eleições de 1987, o país mantém a estabilidade e o desenvolvimento econômico.

Em 40 anos, Brasil e Coreia do Sul se distanciaram dramaticamente nos rankings educionais. O analfabetismo coreano foi erradicado e hoje 82% dos jovens frequentam universidades. O Brasil ainda tem entre 9,7% e 11% de analfabetos e apenas 18% de estudantes na universidade. A economia coreana cresce vigorosamente e a população alcançou um alto nível de bem-estar social. A Coreia é o terceiro maior detentor de patentes no mundo, depois dos Estados Unidos e do Japão.

Os jovens sul-coreanos estão entre os melhores em matemática, ciências e leitura, de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, 97% dos estudantes completam o ensino médio, o mais alto percentual entre os países pesquisados. Em uma avaliação de rendimento escolar de 40 países, a Coreia se saiu como o sistema mais igualitário, com diferenças mínimas entre os alunos, alcançando o terceiro lugar em matemática e o quarto lugar em ciências, enquanto o Brasil, que rejeita a implantação da meritocracia nas escolas, ficou, respectivamente, com a última e a penúltima colocação em ambas as matérias.

A Coreia não apenas investe muito em educação, como também faz uso mais eficaz e responsável do dinheiro. Os coreanos gastam duas vezes mais na formação de um universitário do que na de um aluno de ensino fundamental, o que é uma proporção equilibrada para os padrões internacionais. No Brasil, um universitário custa 17 vezes mais.

A virada começou com uma lei tornando o ensino básico prioridade e gratuito. Cerca de 50% das escolas de ensino médio são privadas e as faculdades são todas pagas, mesmo as públicas. Uma criança sul-coreana fica, anualmente, um mês a mais na escola do que uma criança norte-americana.

O sistema educacional coreano premia os estudantes talentosos e recompensa os bons professores – é a meritocracia em ação.

O governo incentiva pesquisas tecnológicas estratégicas e articula a aproximação das instituições acadêmicas e científicas com os chamados chaebol, os conglomerados de empresas como Hyundai, Samsung e LG Electronics. A Coreia é um país inovador em campos como investigação aeroespacial, robótica, biotecnologia, transporte, energia e comunicação. Atualmente, está determinada a virar uma economia “verde”, com baixa emissão de carbono e muito reflorestamento.

A febre educacional revigorou a fascinante cultura milenar do país, que dispõe de um próprio alfabeto, o pictográfico hangul, inventado no século 15. O termo Daehan Min-guk, que em coreano significa Coreia do Sul, também pode ser traduzido como “Grande Nação do Sul” – um dos reinos mais antigos da Ásia. Há 5.000 anos a península era habitada por uma das mais antigas civilizações que se conhece. Gyeongju, no sul, foi a capital do célebre Reino de Silla e a mais importante cidade da Coreia durante séculos. O interesse dos coreanos pelo conhecimento não é de hoje. Em Gyeongju se encontra uma torre de pedra, com 18 metros de altura, de inestimável valor histórico: o observatório astronômico Cheomseongdae, do século 7 – o mais antigo da Ásia.

A febre educacional revigorou a cultura milenar da Coreia, uma das mais antigas civilizações da Ásia e do mundo

As duas maiores religiões do país são o cristianismo e o budismo, que na Coreia segue a linha tibetana. Há templos budistas em toda parte. A culinária é um espetáculo à parte, baseada em arroz, talharins, tofus, cogumelos, verduras, peixes e carnes. Os pratos são servidos com muitos acompanhamentos, os banchan, e a cerimônia do chá é uma das tradições populares mais sofisticadas.

Na cosmopolita Seul, capital com quase 10 milhões de habitantes, ao cair da noite pequenas tendas brancas acendem luzes sobre as calçadas. São os fortune tellers, os adivinhos que leem mãos e predizem o futuro. As cabines sempre lotadas dão pistas do quanto a prática é levada a sério. Na pujante e dinâmica educação coreana, também há lugar para os valores tradicionais.

PISA 2015
PISA – Programa Internacional de Avaliação de Alunos, de 2015. Comparar a posição do Brasil com a Coreia do Sul

FONTE: Terra/Planeta

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Doug385
Doug385
6 anos atrás

Aqui entendeu-se que a chave para uma educação melhor é… politica de cotas!
Vivemos um desastre educacional. Formamos propositalmente gerações de idiotas doutrinados.

André Gomide
André Gomide
Reply to  Doug385
6 anos atrás

Talvez vc ache que na coreia do sul isso fosse necessário.

SmokingSnake ?
SmokingSnake ?
6 anos atrás

“O país entendeu que a chave para o êxito do ensino superior era concentrar recursos no ensino fundamental”

A pátria educadora faz exatamente o contrário, concentram quase tudo no superior, não me surpreende já que no Brasil tudo é feito errado. O que acontece é que o ensino fundamental não dá votos, agora sair distribuindo bolsas em faculdades rende muito para os políticos e a educação não sai do lugar.

Delfim
Delfim
Reply to  SmokingSnake ?
6 anos atrás

Isso.

carcara_br
carcara_br
Reply to  SmokingSnake ?
6 anos atrás

Dúvida, se o brasil concentra tudo no superior e nem 20% da população tem acesso, o que aconteceria se o ensino superior não fosse priorizado?
É um problema de alocação ou montante de recursos? Como foi o processo da C do S pra chegar nos 80%?

SmokingSnake ?
SmokingSnake ?
Reply to  carcara_br
6 anos atrás

Na matéria diz que as faculdades lá são todas pagas, até as públicas, ou seja, chegaram nisso mais pelo setor privado. O sistema deles é parecido com o dos EUA, ensino básico público (de qualidade, não a vergonha que tem no Brasil) e superior pago com bolsas para os que se destacam. Também acho que tem um fator cultural, familiar e disciplinar influenciando nisso tudo como disseram abaixo, mas talvez isso tenha sido construído pelo próprio ensino base de qualidade.

JM
JM
Reply to  SmokingSnake ?
6 anos atrás

O que a Coréia do Sul fez é o mais óbvio que existe, não há segredo algum! Investir na educação básica, UNIVERSAL, é a função básica do Estado, DAR BASE, formar indivíduos com bons valores e com educação de qualidade para A TOTALIDADE OU QUASE TOTALIDADE. Não é função primordial do Estado formar ESPECIALISTAS. Segundo algumas fontes um professor de universidade pública no Brasil ganha 3 vezes mais que um professor similar na Suécia, óbvio que levando em consideração o poder de compra. O Brasil ganha uma fortuna com universidades públicas, professores com salários elevados, servidores administrativos idem…é comum professores… Read more »

JM
JM
Reply to  JM
6 anos atrás

Na 9 linha eu quis dizer: “””O Brasil GASTA uma fortuna com universidades públicas…”

Mateus von Marchi
Mateus von Marchi
Reply to  SmokingSnake ?
6 anos atrás

O Brasil é um dos países que mais gasta em educação. Isso mostra que o método Paulo Freire é uma verdadeira merd4.

Samuca
Samuca
6 anos atrás

Nem com macumba ou coisa que o valha, poderia se repetir esse fenômeno coreano no Brasil por um motivo muito simples: é uma questão cultural. Por coincidência, agora mesmo acabei de ler uma reportagem na internet que dizia que o governo coreano baixou normas que começarão a valer a partir de julho, reduzindo as horas semanais trabalhadas no país de 68 hs para 52 hs, kkkkk! Hong Kong é a cidade com maior média de horas semanais trabalhadas: 50 hs, e por aí vai! China e Japão, anos atrás, certamente, já foram alvo de reportagens e/ou abordagens semelhantes a respeito… Read more »

Advisor
Advisor
6 anos atrás

Ensino fundamental sempre deveria ser a prioridade de qualquer governo, ficar abrindo curso superior pra todo lado só serve pra gerar votos, ou seja, criança não vota logo não vale esforço.

Querem mudar o ensino, comecem mudando o sistema que o governo trabalha

– Maior poder na esfera municipal
– Estado mínimo e forte
– Voto distrital
– Não-Obrigatoriedade de voto
– Ensino Médio opcional*
– Independência dos estados
– Investimentos em Infraestrutura, Educação e Saúde

Pronto você já plantou a semente de um país melhor, essa é a minha opinião..

Alex Nogueira
Alex Nogueira
Reply to  Advisor
6 anos atrás

– Não-Obrigatoriedade de voto, para mim esse deveria ser o primeiro ponto a ser mudado, que porc@$%& de democracia que temos onde é obrigado a votar?

Se não fosse obrigado, garanto que já teriamos um começo para a redução da corrupção, pois como todos sabemos a compra de votos segue forte pelo país.

André Gomide
André Gomide
Reply to  Alex Nogueira
6 anos atrás

Concordo com vc……aliás, uma vez conversei com ex-deputado do antigo MDB, e ele foi direto: lá no congresso eu tentei lutar para que tivéssemos o direito ao voto, não a obrigação.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
Reply to  Advisor
6 anos atrás

Advisor, se você fala em independência dos Estados então o Brasil deixaria de ser uma federação para ser uma confederação onde se admite o direito de secessão. De resto as suas propostas são boas, especialmente o voto distrital, mas coloco ressalva em três:

– Voto Facultativo: Já defendi mas penso que hoje o povo brasileiro não está preparado para isso;

– Estado Mínimo: É o ideal mas ainda temos muitas pessoas em situação de vulnerabilidade social que precisam da proteção Estatal;

– Segundo grau (nível médio) opcional: É um desserviço à nação

Samuca cobre
6 anos atrás

Mas aqui somos sovados direto!!! Só com uma pequena diferença… assistindo partida de futebol tomando umas brejas!!!

Alessandro
Alessandro
6 anos atrás

Agora tentem convencer isso para um milit..ops! professor de uma universidade pública, ou escola de ensino médio no Brasil, de preferência na área de humanas. Vc verá ao vivo uma “incorporação” instantânea, vai baixar o “revolucionário” nele, e lhe jogar todas as pragas que ele conhece rsrs..

Fac
Fac
6 anos atrás

Por que Buenos Aires esta no ranking,pois é a única capital que vi no PISA 2015?

Wellington Góes
Wellington Góes
6 anos atrás

Se, pelo menos, retornarmos com a proposta educacional que tínhamos até meados dos anos 1990, com muitas disciplinas que ajudavam a formar cidadania e cursos técnicos, com certeza conseguiremos obter uma boa melhora em muitas questões sociais que hoje enfrentamos (os seguidores de Paulo Freire dariam pití). Em paralelo o estabelecimento de educação básica e média em tempo integral, isto por si só já ajudaria sobremaneira no aperfeiçoamento da grade curricular. Como efeitos secundários, terciários, etc…, estaríamos tirando, ou dificultando, que nossos futuros cidadãos entrem para vida de crimes. A educação em tempo integral limita, substancialmente, o tempo de exposição… Read more »

_RR_
_RR_
Reply to  Wellington Góes
6 anos atrás

Wellington, Tenho que educação em tempo integral torna-se inviável por dois motivos: a) ausência de estrutura, e b) excesso de conteúdo… Quanto a estrutura em si, isso é realmente questão de melhor administração/gerenciamento de recursos. Contudo, no que diz respeito a aprendizado… As melhores escolas do mundo, e isso é provado, são aquelas que conseguem ministrar um certo conteúdo por dia em poucas horas de aula, e fazem com que os alunos dediquem a maior parte do tempo focando na parte prática da matéria. Deve se entender que a mente humana é consideravelmente limitada naquilo que é possível assimilar de… Read more »

Alex Nogueira
Alex Nogueira
Reply to  _RR_
6 anos atrás

O ensino integral deveria ser nos moldes dos EUA, onde se realiza atividades extracurriculares no segundo período, principalmente esportivas, com direito a bolsa de estudos por mérito (bons resultados acadêmicos).

_RR_
_RR_
Reply to  Alex Nogueira
6 anos atrás

Alex Nogueira, Não creio que os americanos ofereçam um modelo muito bom, como um todo… O melhor modelo, no meu entender, é o finlandês. Seja como for, não teríamos como realizar qualquer inovação de momento, visto que, antes de mais nada, é necessário uma revisão fundamental na metodologia ora empregada. Deveríamos olhar mais para outras metodologias, tais como Waldorf e Freinet para compor o que precisamos. Fora isso, técnicas e matérias ora abandonadas ou desvalorizadas devem ser reintegradas, tais como o velho ditado-cópia ( que é, de longe, o melhor método para assimilação de conteúdo, desenvolvimento de caligrafia; da sintaxe… Read more »

Alex Nogueira
Alex Nogueira
Reply to  _RR_
6 anos atrás

Verdade, modelos nórdicos seriam um “sonho de consumo”.

Nonato
Nonato
Reply to  Wellington Góes
6 anos atrás

Compreendo a posição de Wellington.
Inclusive nas campanhas presidenciais todos os candidatos, cinicamente, apoiam o ensino integral, quando sequer conseguem manter o ensino de meio período… O país tem déficit orçamentário.
Há estados sem dinheiro para pagar os professores em dia. Como é que vão contratar mais professores? Não se pode aumentar o conteúdo e manter o número de professores…

Ozawa
Ozawa
6 anos atrás

O que é que a Coreia tem?
Coreanos . . .
Simples assim.

Saldanha da Gama
Saldanha da Gama
Reply to  Ozawa
6 anos atrás

Se me permite caro Ozawa, assim como a maioria dos países asiáticos eles tem disciplina, hierarquia, ordem, cultura, respeito aos mais velhos, honra, e estas qualidades são aqui desprezadas e até torpedeadas. abraços st4

Mk48
Mk48
Reply to  Saldanha da Gama
6 anos atrás

Acredito que apenas nas escolas militares ainda temos isso no Brasil.

Saldanha da Gama
Saldanha da Gama
Reply to  Mk48
6 anos atrás

Sem dúvida caro MK48, são as que restaram na excelência da aprendizagem, é o ultimo baluarte! Abraços st4

Bryan
Bryan
6 anos atrás

Tive a oportunidade de estudar com uma coreana, uma chinesa e um japonês durante o doutoramento que fiz na Humboldt-Universität zu Berlin. Realmente, esse povo é muito inteligente e com uma cultura impar. Se quer conhecimento e sabedoria, busque o oriente (reoriente-se).

Saldanha da Gama
Saldanha da Gama
6 anos atrás

Nossa tragédia educacional começou quando chegaram a conclusão que o estudo e nota não são essenciais na aprovação e crescimento do aluno, e a não reprovação destes para melhorar o índice educacional, tendo o conselho de classe papel importante na decisão. Sendo assim, qual a motivação para os alunos estudarem? Os que frequentaram o ensino público principalmente na década de 1970, estas eram referência escolar, enquanto a maioria das particulares eram para os alunos jubilados (2 anos seguidos de reprovação na pública e os com comportamento inadequado) Tínhamos que estudar e muito para passar de ano, além do tempo escolar… Read more »

Marcos10
Marcos10
6 anos atrás

O Brasil tem hoje os alunos mais indisciplinados dentre quarenta países analisados.

Marcos10
Marcos10
6 anos atrás

E pior, o Brasil vai continuar do jeito que é!

Marcos10
Marcos10
6 anos atrás

Desaprendemos a estudar e trabalhar.
Alunos, país, professores e políticos trabalham para promover o “passar de ano” sem ter conhecimento. E ai do professor que ousar reprovar um aluno. Uma simples reprimenda por parte de um professor, o aluno pode esfaquea-lo. Isso se o MP não abrir um processo contra o professor.
Na área do trabalho, juízes com anos de doutrinação ideológica, promovem o justiçamento e a busca pela sociedade igualitária. E depois do Bolsa Família, ninguém mais quer trabalhar. No Nordeste uma empresa não consegue contratar costureiras porque elas não querem perder o Bolsa Família.

Saldanha da Gama
Saldanha da Gama
Reply to  Marcos10
6 anos atrás

Meu caro, dificilmente um professor reprova um aluno, principalmente no ensino fundamental. Se este não conseguir nota suficiente, normalmente o conselho de classe o aprova. Reprovação mesmo só por não atingir o índice mínimo de assiduidade. Já ouvi alunos do fundamental conversando sobre estudar e ter nota e um deles disse ” Não preciso estudar, se não conseguir nota, o conselho de classe me aprova” e são estes que vão à Universidade e geralmente são analfabetos funcionais. Abraços st4

Alex Nogueira
Alex Nogueira
Reply to  Saldanha da Gama
6 anos atrás

Aqui no Brasil decidiram “maquiar” os resultados implantando o sistema de “educação continuada” para dizer que a taxa de reprovação está “zerada”, isso definitivamente afundou o sistema de ensino e o tornou pior do que já era, aluno ruim que não aprende, é por “culpa” do professor e quando o professor chama a atenção geralmente o pai e a mãe reclama na diretoria que o a culpa é do professor que não educa o aluno e que este está perseguindo o aluno…

Saldanha da Gama
Saldanha da Gama
Reply to  Alex Nogueira
6 anos atrás

E aí o conselho de classe os aprova!!!! st4

Alex Nogueira
Alex Nogueira
6 anos atrás

A Coreia tem tudo que falta para o governo brasileiro, compromisso verdadeiro em fazer do país um lugar melhor para seus cidadãos.

Marcos10
Marcos10
Reply to  Alex Nogueira
6 anos atrás

O correto: os coreanos tem tudo o que falta ao povo brasileiro: vergonha na cara!

Marcos10
Marcos10
Reply to  Alex Nogueira
6 anos atrás

O governo é um extrato da sociedade.

Ronaldo de souza gonçalves
Ronaldo de souza gonçalves
6 anos atrás

O Brasil gasta muito com educação,só que o dinheiro e muito,mas muitomal gasto,mau gerenciado,mau administrado mau distribuído,além de ter uma corrupção até nas merendas escolares.Se colocam computadores nas escolas os vândalos roubam e deprendam.O sistema educacional do Brasil é uma lastima.È quando ele passou do Estadual para o municipal parece contrariando a lógica piorou.

Gabriel
Gabriel
6 anos atrás

O Esquerdismo destruiu nosso sistema educacional , vai levar uns 50 anos para gente sair dessa fossa!

Fernando Jesus
Fernando Jesus
6 anos atrás

Falhamos até em coisas simples como carga horária. Moro em Portugal. Aqui durante o dia não se vê crianças e adolescentes na rua ou em outro lugar. Somente na escola. Saem do fundamental falando Inglês fluente. Um pequeno exemplo da diferença na Educação entre Brasil e Portugal.

Nonato
Nonato
Reply to  Fernando Jesus
6 anos atrás

Na outra matéria sobre a Coreia do sul, alguém disse que não somos um país desenvolvido porque somos formados por uma mistura de indígenas da América do sul, portugueses…
Mas pelo que você diz, a educação em Portugal é desenvolvida.
Não dá para ficar dizendo que os EUA são desenvolvidos só porque foram “colonizados” por ingleses e não por portugueses.
Tudo na vida é relativo.
Em 2009, portuguesas e espanhóis vinham procurar emprego no Brasil porque o país não estava em crise.
Recentemente vários países europeus estiveram à beira do colapso, inclusive Itália, Espanha, Portugal é Irlanda…

Dr. Mundico
Dr. Mundico
6 anos atrás

Infelizmente ainda perdura no Brasil a mentalidade estreita e tacanha do “bacharelismo de resultados”, aquele que estimula o ensino superior apenas como distribuidor de “diploma-de-dotô” no varejo e atacado, e que capacite o feliz bacharel a prestar concurso público e gozar de eterna estabilidade. Temos que nosso ensino superior é dominado por uma casta esquerdista que adota o corporativismo como arma de manutenção de privilégios, tudo dentro de um espírito de apadrinhamento recheado de doutrinação marxista-cultural e dogmas mofados e vazios de sentido. No entando, vendidos como “pensamento progressista” e outros clichês exóticos e revolucionários que mais funcionam como meio… Read more »

Ozzy
6 anos atrás

Só um detalhe, investimento em educação só ajuda no desenvolvimento se o arcabouço institucional e social de um país é favoravel ao progresso e ao empreendedorismo.
Num país em que o maior sonho dos jovens é passar em concurso publico, a educação só serve para criar uma multidão de concurseiros.

Walfrido Strobel
6 anos atrás

Outro dia estava passeando com meu cachorro e minha afilhada de 9 anos e uma viatura da PM virou a esquina e ela se escondeu, perguntei o porque e ela disse que a professora disse que a PM existe para oprimir o cidadão, que não era para confiar, que são perigosos….
Eu não conheço a professora, mas deve ser uma figura, bem doutrinada no seu curso de formação.

Augusto L
Augusto L
6 anos atrás

O brasil investe muito no passado e deixar de investir no futuro, os jovens. Outra coisa o Brasil tentar pular etapas do desenvolvimento capitalista, é um absurdo querermos leis sociais a nivel dos europeus, tinhamos que focar só na exterminação do trabalho escravo, de resto o trabalhador não tinha q ter direito nenhum a não ser trabalhar, esse mecanismo de vc por vc mesmo é a melhor maneira de fazer um pais rico. Foi assim com o RU, foi assim como Japão, EUA e com a CS, ngm tinha direito a ferias, 13°, horario de almoço, aposentadoria, se vc quissese… Read more »

Nonato
Nonato
Reply to  Augusto L
6 anos atrás

Desde quando férias, aposentadoria e horário de almoço são privilégios?m muitos países desenvolvidos a jornada semanal é de 30 ou 35 horas. Provavelmente, em muitos países subdesenvolvidos a jornada é de 60 horas. Não é trabalhar mais que vai tornar um país mais desenvolvido. Por exemplo, hoje em dia os caixas eletrônicos já substituem, em grande medida, os caixas humanos de bancos. Os robôs nas fábricas de automóveis já substituem em grande parte o trabalho humano. Na lavoura, em vez de 200 cortadores de cana miseráveis, trabalhando 12 horas por dia, uma máquina faz o mesmo serviço. Não é trabalhar… Read more »

Augusto L
Augusto L
Reply to  Nonato
6 anos atrás

“Não é trabalhar mais que vai tornar um país mais desenvolvido”
Errado, claro que é, muito privilégios deixam a população preguiçosa e querendo cada vez mais privilégios.
A história não mente os paises de primeiro mundo só enriqueceram quando a população n tinha privilégios depois da riqueza é que surgiu o Welfare state.
O desespero que é só vc por vc e que o amanhã não esta garantido junto é claro com algumas instituições como propriedade privada e o estimulo à acumulação, competição, inovação e o ambiente propício a negocio são à fórmula.

Gilson Moura
Gilson Moura
Reply to  Nonato
6 anos atrás

Nonato, vou tentar traduzir o que o Augusto lhe disse. Em primeiro lugar, o que você disse sobre trabalhar mais não é o que torna um país desenvolvido, é certo e errado ao mesmo tempo, explico. Pegue um país com um nível superior em termos de produtividade, e um outro país com uma sociedade 50% menos produtiva do que a primeira, verá que o país com uma produtividade maior pode se dar o “luxo” de trabalhar menos e produzir a mesma quantidade de bens e serviços do país com 50% menos produtivo e trabalhando dobrado. Deixando bem claro: país produtivo… Read more »

willhorv
willhorv
6 anos atrás

Tudo se resume em um povo com vergonha na cara!
Não se aceita corrupção!
Não se aceita má administração!
Não se aceita falta de educação, saúde e segurança!
E…não se aceita a lei da vantagem!!!
Tão difundida e motivo de orgulho de um Zé povinho que habita as terras de cá!
Eles chegaram a algum lugar.
Nós, de lugar algum vamos para lugar nenhum! E do jeito que está, estará pelo menos nos próximos 20 anos, pois não vejo nada que mude esta situação!!

Nonato
Nonato
6 anos atrás

Nem a Coreia é o melhor país do mundo nem o Brasil é o pior. Mas não resta dúvida de que o desenvolvimento da Coreia do sul em curto período de tempo surpreende. Mas que país copiou o exemplo? Existe uma fórmula mágica? Qual é o segredo? Em termos bem objetivos, o que um governante deveria fazer para colocar esse modelo em prática? É só dobrar o salário dos professores do ensino fundamental? É só colocar todos os alunos em tempo integral? De onde viria o dinheiro? Talvez nem mesmo a Coreia do sul, se tentasse replicar seu modelo conseguiria.… Read more »

Heitor
Heitor
Reply to  Nonato
6 anos atrás

Concordo e assino! 1o.: A questão não é copiar, é fazer um estudo profundo da sociedade brasileira e criar um método de educação que caiba para nós. Fazer que a escola seja agradável, moderna, com amplo uso da internet e muitas coisas mais. Claro, não pode ser pra amanhã, mas para que colhamos resultados em 10 ou 15 anos. A Coréia não cresceu em 1 ano, mas tudo foi fruto de muitos projetos. 2o.: Acabar com educação “negócio da China”… estudei em escola particular e não era boa, mas era cara e os donos ganharam muito dinheiro. 3o: Parar com… Read more »

Juvenal Santos
Juvenal Santos
6 anos atrás

O pior do Brasil é o povo brasileiro, aqui não tem santo ou milagre que ajude, não adianta copiar o modelo da CS, lá tem coreanos, aqui brasileiros, não tem como funcionar no Brasil, o povo daqui é indolente, não gosta de estudar e trabalhar, somente uma minoria faz alguma coisa, é óbvio que existe um percentual de brasileiros que se destaca, mas estão no desvio da média, são poucos, a imensa maioria é de pobres e apedeutas, nada vai mudar isso, é o karma da colonização que carregamos.

Walfrido Strobel
6 anos atrás

Sem esquecermos que a Coreia do Sul tem o K-Pop e suas maravilhosas mragricelas, que mesmo que os coreanos neguem começou como uma cópia do J-Pop japonês.
. https://m.youtube.com/watch?v=dz5Lvsr3Kb0

Caio
Caio
6 anos atrás

Tres motivos que desenvolveram a Coreia do Sul:
1-° acesso a educacao para todos no nivel fundamental e medio desde os anos 70, o Brasil so conseguiu isso em 2015 e ja perdemos 5 milhoes de alunos com a crise.
2-° o empreendedorismo se tornou cultura escolar e da sociedade, no Brasil e fuga de desemprego.
3-° pesados investimentos europeus e americanos principalmente, com acesso aos mercados de bens simples desses locais.
Assim tinha como dar errado?

Jose
Jose
6 anos atrás

Artigo legal. Só vacilou na parte “que rejeita implementar a meritocracia nas escolas”. Para que aplicar este termo senso comum da ideologia liberal de padaria? O autor queria demostrar, o que? Sua visão anacrônica de mundo? Pelo amor de Deus. Bastava dizer que o pais não implementa programas de pontuação ou remuneração por desempenho de professores e alunos. Isto eu concordo e assino em baixo. Meritocracia no senso estrito é basicamente algo darwinista e excludente. Nem o Young, que cunhou o termo, o utilizava como sendo algo bom. Educação não deve ser assim. Os outros alunos não são deixados para… Read more »