Exército Brasileiro participa do Exercício Viking 2018
Brasil é o 1º país fora da Europa a sediar exercício, estreitando relações com as forças armadas da Suécia
Brasília (DF) – Militares, policiais e representantes de agências civis de mais de 50 países participam, entre os dias 16 e 26 de abril, do maior exercício simulado sobre operações de paz no mundo, o Exercício Viking 2018. E, pela primeira vez, um país fora do continente europeu foi convidado a participar como uma das sedes da atividade: o Brasil. Promovido pelas Forças Armadas da Suécia, o exercício também tem sido uma oportunidade de estreitar laços entre brasileiros e suecos.
No dia 21 de abril, o Chefe do Estado-Maior de Defesa das Forças Armadas da Suécia, General de Divisão Dennis Gyllesporre, viu de perto o trabalho desenvolvido no Brasil para o exercício, no Comando Militar do Planalto, acompanhado pelo Embaixador da Suécia no Brasil, Per-Arne Hjelmborn. Eles foram recebidos pelo Comandante de Operações Terrestres, General de Exército Paulo Humberto Cesar de Oliveira, e por seu Subcomandante, General de Divisão Valério Stumpf Trindade; bem como pelo Chefe do Preparo da Força Terrestre e coordenador do Exercício Viking no Brasil, General de Divisão José Eduardo Pereira; além de outras autoridades.
Durante a visita às instalações preparadas para o Exercício, o General Dennis Gyllensporre acompanhou uma apresentação sobre como as atividades estão sendo conduzidas. O General de Brigada José Ricardo Vendramin Nunes, Comandante da Força de Operações de Paz do Exercício no Brasil, também apresentou ao General sueco como se encontrava a situação fictícia proposta pelo Exercício.
O General Dennis Gyllesporre recebeu, em seguida, a Medalha do Exército Brasileiro. Para ele, os recursos e a experiência do Brasil em missões internacionais foram enriquecidos com essa 8ª edição do Exercício Viking. “Esse é um passo importante para as relações entre os dois países. É uma experiência em comum que ajudará a estarmos mais próximos no futuro”, afirmou.
“Essa relação com a Suécia é muito interessante. De observadores na última edição, passamos a ter o primeiro site do Exercício fora da Europa e isso é muito significativo, uma prova de confiança muito grande e mostra como está a imagem do Brasil no Exterior”, destacou o Comandante de Operações Terrestres, General Paulo Humberto.
Comandante do Exército Brasileiro também visita instalações
Na manhã de 23 de abril, foi a vez do Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, acompanhar as atividades do Exercício Viking 2018 no Brasil. As simulações reúnem equipes multinacionais em seis países, simultaneamente, treinando como dar soluções a problemas fictícios que se relacionam à realidade enfrentada nas missões de paz ao redor do mundo.
Após percorrer as salas onde ocorrem os trabalhos do Exercício, o Comandante conversou com os militares que representam cerca de 14 países envolvidos. Além disso, visitou as equipes de policiais e de civis que integram a simulação. Por fim, entregou uma moeda institucional do Exército Brasileiro à atriz Maria Paula Fidalgo, Embaixadora da Paz pelo Governo do Distrito Federal, e à Doutora Karen Finkenbinder, especialista do Army War College, dos Estados Unidos.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
Caros colegas
Identifiquei Brasil, Suécia, Canadá, e aparentemente Estados Unidos. Quais os demais países e como estão representados?
Este é um exercício de estruturas de comando ou envolve tropas e equipamentos?
Mario
Na primeira foto tem Alemanha.
WellingtonRK, o Canadá peguei fácil pela bandeira no braço… como o do meio é brasileiro (duh), suponho que identificou o outro como Alemão… só por curiosidade, como conseguiu?
Bandeira da Alemanha no seu crachá.
O jeito mais fácil de ver é pela camuflagem, porque realmente as bandeiras tão bem pequenas e a qualidade da foto não é das melhores. O único exército que eu conheço que usa esse padrão em bolinhas e com essas cores é a Bundeswehr
Eita vista boa de vocês dois…
Eu mal consegui ver o crachá
Da para ver a bandeira da Alemanha também no braço esquerdo. Além deles havia também militares da China, Emirados Arabes, Paraguai, Irlanda, Macedonia, Coréia do Sul, Paquistão, Suécia, entre vários outros.
Novamente, meus parabéns pela vista… precisei aplicar um zoom de uns 1000% para conseguir ver um traço de cores…
É, não é fácil enxergar a bandeira da Alemanha, ela é muito pequena. Aliás, acabei de perceber a bandeira também no braço direito. rsrs
Muito bom! Que continuem participando de treinamentos como este em todo o MUNDO!
The exercise Viking 18 will take place 16 April 2018 – 26 April 2018 at sites in Brazil, Bulgaria, Finland, Ireland, Serbia and Sweden. Viking 18 is arranged by the Swedish Armed Forces and the Folke Bernadotte Academy in co-operation and includes 2 500 participants from 50 countries and 35 organizations.
Chamo a atenção para o seguinte parágrafo:
Viking 18 is the world’s most large-sized exercise of its kind.
The aim of Viking 18 is to train and educate participants – civilian, military and police – to meet the challenges of current and future multidimensional crisis response and peace operations.
Palavra chave: Futura crise multidimensional
Para mim…..esta é a chave para o entendimento do mais importante futuro papel do EB
Crise multidimensional é a base mais comum para missões de paz e similares, e inclui por exemplo, resposta a desastres naturais.
Essencialmente foi o que fizemos no Haiti, em particular logo depois do terremoto.
E concordo que deveria ser uma das grandes vocações para o Brasil, principalmente porque também seria muito útil para nossos problemas naturais por aqui.
Mário,
Apenas para dar a devida dimensão do desafio.
Hoje tensões multidimensionais podem claramente induzir ações armadas convencionais, e vice-versa.
Ou seja, o argumento de que o EB deve somente ser empregado e, principalmente, equipado com base em guerra convencional deve ser descartado.
Sds
Carvalho,
Concordo com você, principalmente porque tenho dúvidas quanto à existência de cenários razoáveis para guerra convencional em que fossemos ter envolvimento direto.
Tradicionalmente temos postura não intervencionista lá fora, então participar de um cenário de combate tradicional fora do Brasil não é muito provável, fora do âmbito de forças de paz.
Alguns de nossos vizinhos podem ser problemáticos, mas provavelmente seriam mais cenários de invasões de fronteira com tropas não convencionais como já tivemos com guerrilhas colombianas, ou algo mais ou menos por aí.
Outro ponto, a meu ver importante, é que este tipo de atividade é altamente especializada (tanto tropa de fronteira quanto forças adequadas para missões de paz) e para isto deveríamos transitar para tempos mais longos de treinamento, e portanto forças predominantemente profissionais. O mesmo vale para tropas de montanha, uso urbano, ambientes especializados, tropas especiais, e por aí vai.
A meu ver (como leigo completo no assunto) o treinamento para um soldado hoje simplesmente não cabe mais para recrutas que vão passar um ano ou menos um pouco no Exército.
Pode ser válido em casos como Israel ou Suíça, em que o sujeito vai voltar a fazer um treinamento a intervalos regulares, mas no nosso caso? Duvido sinceramente.
Ao mesmo tempo, eu creio que devemos manter tropas convencionais, bem treinadas e bem equipadas, para manter a capacidade.
O grosso seriam tropas para ambientes especiais, com forte concentração em ambientes urbanos, e um aumento maciço em tropas tipo Polícia do Exército e de Logística, bem como outro aumento em helicópteros incluindo de porte maior.
Só para lembrar, os nossos pesados (Blackhawk e Puma/SuperPuma/Cougar – me perco completamente na nomenclatura destes) são considerados médios no resto do mundo
Abraços
Prezado
Os recrutas tem sido mais utilizados nas ações subsidiárias e, depois de um ano, na substituição do Efetivo Profissional, aí já se preparando melhor.
Há uma máxima nos Exércitos q é: “quem faz mais faz menos. Quem faz menos não faz mais”.
Ou seja, quem é preparado para uma Guerra Convencional, de alta intensidade, pode se adaptar em treino e atuar em menores intensidades. Mas quem se prepara só para contra-guerrilha ou missões de paz ou GLO, precisa de muito treinamento para alta intensidade.
Sds
Fico feliz pela notícia! Suécia é um grande país, grande povo…precisamos de aproximar dessas grandes alianças com pessoas e povos BONS.
Melhoras de saúde para o Comandante do EB.
Dentro da página do exército sueco tem o blog específico do exercício pra quem quiser procurar mais informações ou ler sobre edições anteriores e quais serão os países onde ocorrerão os exercícios… Duro é que nem todos os posts estão em inglês, mas nada que o tradutor do navegador não possa nos ajudar…
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Blog do exercício: https://blogg.forsvarsmakten.se/viking18/
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Exército sueco: https://www.forsvarsmakten.se/en/
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Sds
Essa aproximação com a Suécia e excelente, vendo tudo isso só fica mais evidente que escolha pelo gripen foi muito bem acertada.
Identifiquei inicialmente pela camuflagem. Depois conferi pelo que me pareceu ser uma bandeira no braço, abaixo do ombro.
Meus, ninguém comentou ainda que as calças dos caras da Alemanha e do Canadá estão desbotadas em relação aos “casacos”?
Nunão, descurpa, nunguentei.
1) A deferência Sueca com a realização desse encontro no Brasil é certamente reflexo da associação brasileira no Projeto Gripen. Essa o EB deve à FAB.
2) “(…) treinando como dar soluções a problemas fictícios que se relacionam à realidade enfrentada nas missões de paz ao redor do mundo . . .” Por acaso treinaram como dar solução à pacificação de uma região hipotética com 65.000 mortes violentas por ano?
Quanto ao ponto 1) discordo.
Mais de 35 países participam, e nem todos adquiriram Gripens
O convite é decorrente do entendimento de que possuímos condições de aportar uma considerável experiência em missões deste tipo, além que temos a força melhor preparada na América Latina a atuar nestas situações
Referi-me à primazia de sediar o evento fora do continente europeu. Respeito sua opinião mas ratifico, com ênfase, minha opinião que tal deferência certamente advém do acordo comercial e tecnológico com a SAAB. Sem isso o Brasil até poderia participar mas NUNCA sediar num momento geopolítico de evidente desprestígio brasileiro.
O EB, repito, deve essa à FAB.