Mentiras no mundo virtual: ‘fake news’ e narrativa do discurso
Por Cel Helder Lima de Queiroz
Os “smartphones” fazem parte da nossa vida e com eles ficamos conectados 24 horas por dia, interagindo com o mundo. Assim, imersos nessas novas tecnologias, que nos acompanham no bolso ou na bolsa, somos bombardeados por notícias que chegam até nós, oriundas das mais diversas fontes. Embora atualizados rapidamente, somos vítimas de arquivos produzidos com interesses escusos, que afetam a honra tanto de famosos, quanto de desconhecidos, tudo em apenas um “touch”.
Para persuadir, essas notícias são escandalosas, engraçadas, fantásticas ou aterrorizantes, cuidadosamente elaboradas para despertar sentimentos antagônicos, como compaixão e raiva, fúria e solidariedade. Esses são os principais ingredientes para que uma falsa notícia se espalhe rapidamente, viralizando entre os internautas, fazendo-os ter ânsia de compartilhar essas “fake news”, principalmente nas mídias sociais, sem ao menos fazerem uma checagem rápida na fidedignidade da fonte.
A maioria acredita naquilo que recebe em seus celulares e no que lê na Internet, pois não tem tempo de conferir a origem. É justamente para ludibriar os mais cuidadosos (os que verificam as fontes) que os influenciadores se esmeram. Criam portais específicos, preparam notícias com linguagem jornalística ou imputam os créditos falsamente a alguma personalidade de conduta ilibada, o que gera maior credibilidade aos boatos. Desse modo, conseguem enfeitiçar as matérias e entorpecer as percepções.
Tal é o poder destrutivo das “fake news” que podem manchar rapidamente e para sempre a reputação de alguém. Pior do que isso, elas podem mobilizar massas a agirem de acordo com interesses espúrios, utilizando personalidades carismáticas para retransmitirem essas falsas notícias, pois emprestam a reputação a mentiras. Além disso, notícias verídicas, veiculadas pela mídia oficial, podem ser distorcidas e temperadas com ilações e calúnias, atribuindo responsabilidades por crimes ou absolvendo criminosos.
É a era da manipulação virtual, que foi denominada, pela primeira vez, em 1992, de “a era da pós-verdade”, pelo escritor e roteirista Steve Tesich. O termo ganhou vulto em 2016, a partir do Dicionário Oxford e da revista “The Economist”. Entretanto, os princípios da “pós-verdade” baseiam-se em dogmas anteriores. A realidade é um fenômeno da percepção. Dessa forma, o “quantum” comunicacional submetido a todos nós passa por filtros antropológicos, culturais e sentimentais, para que cada um perceba de modo diverso.
A fim de despertar o interesse pelo aprofundamento sobre as “fake news”, é necessário pensar sobre a “desinformação”. Com isso, surgem as indagações: por que e quem as produz?
Em estudo da Universidade de Oxford, os “bots” (robôs/programas que espalham conteúdo), respondem por mais de 50% do tráfego na grande rede. Dessa maneira, podem influenciar os internautas com as mais diferentes mensagens. Com isso, fica claro o porquê de as “fake news” terem o poder de disseminar boatos e de detonar e desconstruir reputações, tornando-se uma ferramenta imponente e cara, usada nas disputas políticas em todo o mundo. Nas eleições de 2018, no Brasil, não será diferente.
Olavo de Carvalho, escritor e filósofo, em seu artigo “ABC da desinformação” publicado no Diário do Comércio, em 10 de janeiro de 2013, cita dois tipos de desinformação. Corro o risco de derivação ao interpretar tamanho pensador com a minha angulação, mas vamos lá!
O primeiro tipo – a microdesinformação – utiliza-se de assessores de alto nível para que os decisores sejam influenciados erradamente a agirem de modo favorável ao grupo de desinformação. Já o segundo tipo – a macrodesinformação – é produzido por organismos desinformadores (pode ser um homem só), pautando massivamente de cima para baixo. Ao viralizar esses conteúdos, ocorre a conformação dos públicos, que cristalizam em seus imaginários ideias prontas, influenciando a adoção de comportamentos pré-concebidos.
Sob outro enfoque, observa-se que a influenciação das massas pelas “fake news” vem se aperfeiçoando. Ao utilizar enorme quantidade de meios digitais (“sites”, mídias sociais e blogs), esse artifício utiliza conceitos de “crossmedia” (mesmo conteúdo em mídias distintas, para potencializar a difusão da mensagem) e de “transmedia” (conteúdo complementar em mídias distintas, para fortalecimento mútuo da mensagem).
Nessa nova era comunicacional, cita-se, como exemplo, um desses artifícios, que foi renovado para construir e destruir imagens. O antigo “meme”, idealizado em 1976 por Richard Dawkins (“O gene egoísta”), referia-se a um aglutinado de informações transmitidas por rádio, jornal impresso e livros, com potencial de ser entendidas e espalhadas rapidamente, na velocidade da época. Hoje, o “meme” digital transcende o mundo impresso e pauta o mundo online. É poderosa ferramenta de “marketing” de guerrilha, é viral.
Como protagonista contra as informações falsas, surge a imprensa – o “quarto poder”. Esse enredo está presente no recente filme de Steven Spielberg, que concorreu ao Oscar (“The Post – A Guerra Secreta”). Tal qual o filme, os bons jornalistas dedicam-se a contar à sociedade as notícias relevantes, concedendo isenção e apuração ética à narrativa dos fatos. Sem dúvida, a liberdade de imprensa e de expressão, norteada pelo patriotismo, é a joia da coroa da nossa democracia.
Outro ponto polêmico é a regulamentação para o combate das “fake news”, que, pelo risco de censura, entra em rota de colisão direta com a Lei Federal n.º 12.965/2014 (Marco Civil da Internet). De acordo com o primeiro rascunho do projeto de lei, caberia ao internauta abrir reclamação e ao provedor, remover as supostas notícias falsas. Após pressões, o Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional recuou e modificou o projeto para que a retirada de conteúdo falso seja somente por ordem judicial.
De acordo com pesquisa recente dos institutos “We Are Social” e “Hootsuite”, os brasileiros navegam 9 horas e 14 minutos por dia, o que rende ao Brasil o terceiro lugar mundial em conectividade. Por isso, nossos compatriotas são bem suscetíveis a cliques e compartilhamentos de notícias, sejam verdadeiras, sejam falsas. Para proteger o internauta-cidadão, a legislação de nosso País precisa evoluir, espelhando-se na da União Europeia, que, em 25 de maio de 2018, estará sob a Lei de Proteção de Dados.
Além do cuidado com os conteúdos postados, é importante saber que “apenas” compartilhar “posts”, “memes”, imagens ou textos de cunho ofensivo (direto ou indireto) em rede social pode gerar consequências desagradáveis. O Código Penal vale para o mundo real e para o virtual. As penas para calúnia, difamação e injúria variam de três meses a três anos de reclusão, além de multa. Tramitam, ainda, novos projetos de lei para inserir tipificações específicas, que confiram mais rapidez aos processos.
Por fim, enquanto a base legal não é definida, “faz muito bem para a nossa saúde” não divulgar nada sem apurar e conhecer a realidade dos fatos, bem como checar a pureza da fonte daquilo que consumimos e compartilhamos. Essa sugestão vale para o lado pessoal e, principalmente, para o organizacional, já que a imagem da instituição é importante patrimônio imaterial. Todos nós somos responsáveis pelos conteúdos que lemos e replicamos.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
Fake news = grande mídia
Noticias de mentirinha sempre existiram. Esse novos ensaios visam apenas desfocar e confundir.
E estão tentando mudar o foco pra esse espantalho.
Isso foi usado constantemente no Brasil durante a época anterior à deposição de Dilma Roussef, num volume nunca visto, dos dois lados. Abaixo uma lista de portais de noticias fake, criadas nesses estilo aí descrito pelo autor. elaborada pela USP: * Ceticismo Político: http://www.ceticismopolitico.com/ * Correio do Poder: http://www.correiodopoder.com/ * Crítica Política: http://www.criticapolitica.org/ * Diário do Brasil: http://www.diariodobrasil.org/ * Folha do Povo: http://www.folhadopovo.com/ * Folha Política: http://www.folhapolitica.org/ * Gazeta Social: http://www.gazetasocial.com/ * Implicante: http://www.implicante.org/ * JornaLivre: https://jornalivre.com/ * Pensa Brasil: https://pensabrasil.com/ A primeira da lista, de um picareta que se assina Luciano Aydar, já foi até tirada do ar pelo… Read more »
ahahahahahahaahahahah
Só é fake news quem critica os caras que você gosta..
Já que você gosta de Fake News fica no Plano Barril, que lá é só o que tem.
O Paulo Henrique Amorim conseguiu ser condenado por injúria racial… mas não está na lista de fake news….
E o Brasil 247, Paulo Henrique Amorim, Diário do Centro do Mundo, Cynara Menezes, O Cafezinho entre outros?
Blogs esses financiados com dinheiro de corrupção, como PROVOU a lava jato. O tal ~pesquisador~ da USP também deve ser.
Alex II 13 de Abril de 2018 at 20:29 É acreditável seu fanatismo político! Vamos acordar para a realidade? A ERA-LULA foi a era da publicidade ESTATAL, criou-se uma rede enorme de blogueiros que propagam mentiras DIA E NOITE, atacam agentes do Estado e o próprio Estado, mentem, omitem, distorcem informações e fomentam a briga entre brasileiros, sempre com um discurso de ódio! Tud em nome de um projeto de poder, um projeto que ia da compra de ONGs e movimentos sociais, passando pela compra de votos no Congresso Nacional, indo pela compra de apoio de partidos (siglas inteiras, como… Read more »
Cadê os comentários da galera que acredita e repassa tudo que é teoria conspiratória?
Só ouço os grilos.
E a grande mídia que espalha desinformação? O nobre coronel não tem nada a dizer?
Infelizmente nesse forum de assuntos tecnicos, mesmo que por hobby, aparecem muitas criancas acreditando em bicho papao e coisas afins.
Os que mais “alertam” pra “fake news” sao geralmente os que a propagam como método. Semana passada, por exemplo, aqui foi postado “estudo” sobre dominio de milícias no RJ, materia fake news puro… . É curioso notar q o emprego do termo “Fake News” teve seu sentido invertido por aqueles que eram indicados como fontes das fakes, se vendendo agora como guardiões da verdade. Fake News inicialmentes foi denunciado por Trump como ferramenta da grande imprensa contra sua campanha eleitoral, notícia atrás de notícia era desmontada, foram desmoralizadas CNN, NYT e tantos outros veiculos de imprensa mundo a fora que… Read more »
Juliano,
o problema é que a visão da esquerda globalista, tem domínio de mídia..
A grande consequência inesperada de toda esta tentativa de doutrinação esquerdista do povo através da mídia..
É que quem vive no mundo real cansou disto.
Foi aí que o Trump se elegeu e muito provavelmente o Bolsonaro vai se eleger, são mais candidatos “anti” mídia que outra coisa.
“Off topic” Trump anuncia bombardeiros a Siria e nao e ” fake”
Tudo para os jornais e tv aberta é FAKE NEWS!
Isso porque a internet anda divulgando as notícias mais rápida.
Antigamente eles podiam escolher o que ir ou não pro ar ou pra sala de impressão,
hoje em dia como eles não conseguem concorrer com a situação “ao vivo” eles escolhem o que é de interesse deles e o resto que seja FAKE NEWS!
Existe muita notícia falsa na internet, tem gente que anda defendendo uma mentira como se fosse uma verdade. Agora dizer que a Grande Mídia não faz isso, é muita inocência!
Creio que isso seja mais uma manobra do governo para censurar a internet, pois as outras mídias são muito mais fáceis de serem manipuladas e controladas do que a internet. Qualquer coisa que não agrade aos políticos e burocratas do governo pode ser enquadrado como fake news e assim ser censurado, fora que os grandes grupos de mídia estão perdendo muito espaço e lucro para a internet, muitos desses grupos ligados à partidos políticos. Só acho muito esquisito o Olavo de Carvalho dar apoio à uma bizarrice dessas. O neoconservadorismo é mesmo a esquerda do conservadorismo
obrigado por aumentar a minha lista de sites confiáveis, Alex II, lista elaborada pela usp e outra pela foice de sp, imperdível, já conheço a maioria, mas agora vou avaliar as novas. é como disse alguém, folha, globo, usp criticando fake news é o mesmo q o pablo escobar ou equivalente moderno alertar as pessoas q usar cocaína faz mal pra saúde.
p.s.: perfeito o comentário de Juliano, logo acima.
Cade aquelezinho que espalha lixo ideologico por essas bandas e se auto intitula Russian Bear?
Só o nick do cara…
Já se vê que ele curte uma fake news.
Maior Fake News de todas:
“Priemiro a gente prende o Lula, depois o resto”
1 semana depois
“Alckmin escapa da lava jato”
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Não, Não e Não!!!!
Pode Parar!
Não me venha com essa idiotice de “Lula, Lula, Lula, Lula”… “PT, PT, PT, PT”
Isso já encheu o saco
Lula esta preso, condenado e pagando a pena
Ele não vem mais ao caso… não cabe mais falar dele (acho ate que o William Bonner ficou deprimido por não ter mais assunto)
AGORA EU QUERO SABER É DOS OUTROS
AGORA EU QUERO VER É PROCURADOR FAZER JEJUM PELA PRISÃO DOS OUTROS
VCS VÃO SER OBRIGADOS A MUDAR O DISCO FURADO
PONTO FINAL
Rafa_positron 14 de Abril de 2018 at 7:32 ……………….. Isso daqui diz os brasileiros sérios que espera um país com menos corrupção e menos desigualdade: “Primeiro a gente prende o Lula, depois o resto” ………………. Isso daqui diz um jornal que recebe e recebeu dezenas de bilhões de “publicidade estatal” e que atacou desde oinício as manifestações contra a corrupção. “Alckmin escapa da lava jato” kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ………………………………………………….. Jejum pela prisão de outros? Amigo, apenas pela sua escrita fica visível o seu extremismo e falta de sensibilidade para entender a realidade. Você comumente comenta aqui nesse espaço, sempre com… Read more »
Colombelli, Lula tem sim tratamento diferenciado. A sala de Estado-maior; advogado descontrolado em audiências e petições, abandonando a defesa técnica em prol de um espetáculo político e, principalmente, a oportunidade de realizar comício ao invés de ser tratado como foragido da Justiça.
Maior fake news de vocês p…. de m….
ficarem cobrando do Aécio e chega na hora do vamos ver, quem tira ele da forca são os próprios Ptis…
Enquanto eles dançam na cara do povo, vocês ficam elegendo político de estimação.
Cresçam!
Quem ta alisando bico de tucano sou eu por acaso? Eu mesmo não, meu chapa!!!!!
e outra coisa: me respeite
eu não te conheço e não dou liberdade pra vc se referir a mim nesses termos
Eu não aliso bico de ninguém e estou bem contente do Aécio ter se tornado réu no seu STF…
Torce aí para os seus amigos do PT não tirarem ele da forca de novo.
Pior que achar que os outros alisam bico de tucano..
O respeito que você tem é o que você se dá…
Quem tem vagabundo de estimação merece tanto respeito quanto o ídolo.
Uma semana depois Beto Richa, principal nome do PSDB no Estado do Paraná e candidato fortíssimo ao Senado Federal, Governador do Estado por dois mandatos seguidos, ex-prefeito de Curitiba, ex-deputado estadual, filho de um também ex-governador, fundador do MDB e, posteriormente, do PSDB, teve um dos processos em que responde por malversação de dinheiro público enviado para a Justiça Federal da Seção do Paraná, onde será distribuída para alguma das varas criminais. Eu já falei, você sofre por antecipação. Isso fará mal para sua psique e refletirá na sua saúde. O Lula não se sentirá solitário em sua sala de… Read more »
Eu?
Sofrendo por antecipação?
De jeito nenhum…. eu ja sei no que vai dar isso tudo: prescrição
anote ai
A grande verdade e uma so: As pessoas preferem ler e acreditar, sem pensar (tipico do Br), e repassar a falsa noticia… Porem (“delirio” meu…rs)… se ao receber alguma “noticia absurda”, o “elemento”, fosse procurar “a fonte” ou em outros canais, cortaria ali a “corrente”.
Mas, qtos se prestam a isso?
O Br esta em uma desenvolução cultural, q da nojo! Parabens socialistas!
A maior de todas as fake news é dizer que a internet é a fonte das fake news, pelo contrário, a internet é que revela as fake news dos meios de comunicação. Essa narrativa de internet vilã sempre vem acompanhada do discurso de qualidade da informação do ministério da verdade, a mídia tradicional, que em desespero pela grande decadência, ataca a internet para tentar recuperar um público preocupado com a credibilidade, da qual eles também abriram mão a muito tempo. Quer um exemplo? Veja a fake news sobre o envolvimento de trump com a Rússia, criada a partir de uma… Read more »
Os grandes jornais gostam de falar de notícias “fake”. Agora da manipulação das notícias esses mesmos jornais nada falam… rsrsrs.
Num Mundo onde tudo é volátil nada acaba sendo analisado com a profundidade necessária o que acaba levando pessoas mais suscetíveis e pouco preparadas a não diferenciar “notícias” de “achismos” e “fatos” de “mentiras”.
Pior que tudo isso é acharmos que com censura/controle por órgãos governamentais isso vai melhorar.
Ai sim viveremos um “1984” onde a verdade pode ser mentira e a mesma mentira pode ser verdade. Tudo depende de quem controla a informação.
Ps.: Quantas vezes não vimos noticias que o PT gostaria de controlar mais os meios de mídia… aí tinha coisa.
Confiro tudo no site: Boatos.org antes de reenviar!