Exército da Índia dá sinal verde para o tanque Arjun Mk.2
Por Roberto Lopes
Especial para o Forças Terrestres
A Organização de Pesquisa e Desenvolvimento para Defesa (DRDO) – agência estatal contratante de armamentos do governo indiano – e o Exército da Índia, entraram em acordo para a continuidade do programa do tanque principal de batalha Arjun Mk.2.
Falando, semana passada, ao jornal indiano (editado em língua inglesa) The Tribune, o presidente da DRDO, S. Christopher, revelou que o ajuste entre as partes foi alcançado durante um entendimento pessoal: “Tivemos uma reunião com o vice-chefe do Exército Indiano, onde foi acordado aceitar o Mark-2. As versões [do blindado a serem desenvolvidas] estão sendo examinadas”.
De acordo com o executivo, a chamada “aceitação da necessidade” (acceptance of necessity, ou AON) do carro de combate, definida pelo Conselho de Aquisição de Defesa do governo do Primeiro-Ministro Narendra Modi, estipulou em 118 o número desses veículos de nova geração que deverão ser incorporados pelo Exército.
O modelo foi submetido a nada menos que 93 modificações em relação à versão original do Arjun – que, no ano de 2000, recebeu uma encomenda de 124 unidades.
Em 2004 o Arjun começou a chegar ao 43º Regimento Blindado, da cidade de Jaisalmer – no estado do Rajastão, próximo à fronteira com o Paquistão. O último lote dessa partida inicial desembarcou no quartel do 75º Regimento Blindado (também de Jailsalmer) em 2011.
“Mudança” – Ao ser perguntado pelo repórter do Tribune se o Exército se sentia bem com o peso do tanque (colossais 68 toneladas), Christopher respondeu: “O peso foi aceito”. E admitiu: “isso é uma grande mudança”.
Pronta para entrar em combate, a versão original do Arjun não pesa mais que 58,5 toneladas. No Mk.2, o acréscimo de 9,5 toneladas corresponde à inserção, no chassis do blindado, de uma célula de sobrevivência para a tripulação (4 homens), a reforços na suspensão do carro e ao rearranjo dos cofres de munição.
De acordo com o chefe do DRDO, a maioria dos tanques europeus modernos tem o mesmo peso do Arjun Mk. 2, e as carretas transportadoras dos tanques já estão disponíveis.
A primeira parte das declarações do executivo indiano pode, entretanto, ser contestada.
O Forças Terrestres alinha para os leitores, abaixo, as informações disponibilizadas pelo site Military-Today.com sobre o peso dos oito mais importantes tanques de batalha fabricados no continente europeu:
- Leopard 2 A7 (Alemanha) – 67,5 toneladas;
- Stridsvagn 122 (Suécia) – 62,5 toneladas;
- Challenger 2 (Reino Unido) – 62,5 toneladas;
- Altay (Turquia) – 55 toneladas (aproximadamente);
- Leclerc (França) – 54,6 toneladas;
- Ariete (Itália) – 54 toneladas;
- T-90MS (Rússia) – 48 toneladas; e
- Oplot (Ucrânia) – 48 toneladas.
A manutenção dos carros Arjun Mk.2 será confiada à empresa Bharat Earth Movers Limited (BEML), da cidade de Bangalore.
Belíssimo exemplar. E o Brasil??? Continua a ver navios (ou tanques)…
Ja viu o cenario da america do sul ?
Pra que ter exército então? As forças públicas seriam capazes de dar conta de qualquer ameaça na AS.
Hélio Não confunda as coisas, ele não falou que não devemos ter exército, todos os países devem ter um exército, mas ele disse que não existe necessidade de gastarmos na produção de um tanque nacional, pois para o nosso cenário a compra de prateleira seria o suficiente. Eu compreendo a opinião dele, pois fabricaríamos poucas unidades justamente por não termos inimigos, mas ao mesmo tempo discordo, pois acredito que é necessário começar um projeto o mais cedo possível para não termos surpresas desagradáveis, para não nos arrependermos mais tarde, para criarmos doutrina com um novo projeto e para já irmos… Read more »
Já vi.
A América está sendo manipulada por Cuba via máquina eletrônica de voto e por agentes subversivos disfarçados de “médicos” (espiões, treinadores de terroristas e guerrilheiros, traficantes de armas e drogas, infiltrados em protestos, instrutores ideológicos, mentores políticos, etc).
Essa é a ameaça. Isso até a China e a Rússia não estiverem em melhores condições de darem os costados por aqui.
Realmente, não precisamos tanto de tanques agora (mas quem garante que não precisemos deles no futuro?); precisamos de uma marinha que bombardeie alvos estratégicos em Cuba e liberte seu povo (e o nosso) do comunismo.
Bela porcaria. Imitação mal feita do Leopard 2A4. O projeto só se salvou porque Israel encheu de penduricalhos. Mesmo assim está sendo empurrado goela abaixo dos generais indianos.
Cristiano,eles tem que começar a ter os próprios tanques a fronteira deles é a mais perigosa possível, china é Paquistão,claro tem que gerar milhões de empregos é ser autossuficiente em fabricação de armamento.Em caso de guerra podem até cercar o Pais,é contar com carros importados não parece inteligente.Veja o caso soviético que teve de ir mudando as fabricas de armamentos enquanto os alemães iam adentro pais adentro.A India tem que desenvolver ainda muito mais armamento.
E essa camuflagem? De péssimo gosto. Mas seria efetiva?
Fred,
Esse padrão “pixel” gera uma espécie de distorção visual. Há quem conteste isso, mas até aqui provou-se efetivo em praticamente qualquer distância, e vem sendo adotado por exércitos pelo mundo inteiro…
Eles estão esperando a edição 2018 do India Fashion weak para poder definir uma nova camuflagem mais fashion…
Até pq a beleza q é o mais importante né ?
Acho essa silhueta muito alta, vai ser alvo fácil para RPGs e mísseis anticarro.
Defensor,
Segundo a wiki, ele tem 2.32m. Tá dentro da média dos carros de nova geração…
Santo Deus… pensei que essa nóia com a “silhueta” fosse só com o Guarani. Esse povo tem uma telemetria nos zói que é ó uma M-aravilha.
Parece uma mistura de Leopard 2a4 com t-72
O Preço segundo as matérias que li anteriormente é bem salgado de forma a limitar o numero de unidades adquiridas e substituir completamente os tanques de fabrico estrangeiro
Por isso acho que desenvolver um MBT próprio, que provavelmente só o Brasil adotará, talvez não valha a pena, muitas vezes a impressão que dá é que é mais para satisfazer o ego do que pensando em defesa propriamente dito, as centenas de milhões gastos no desenvolvimentos poderiam ser usados para comprar quantidades adicionais. Já que a KMW tem uma estrutura boa aqui, vai de Leopard A6 mesmo, se peso for realmente um problema , tem o Leclerc ou arriscando algo diferente o Oplot-M e T-90MS
O Leopard é um fiasco!
Acredito que melhor seria adquirir o Leclerc francês , o então o Ariete 2 que a Italia está desenvolvendo e usar as instalações da Iveco….se o peso for o problema podemos ir com os tanques leves fabricados pela China
Ai ai ai…
um dos melhores MBT do mundo… Fiasco? Essa foi boa
Vc sabe o que está acontecendo na Síria?!
O senhor sabe a respeito do que está dizendo?
??????????? deve ser um especialista.
Leopard fiasco e tanque chinês bom… Rapaz… Ai fica difícil…
Sr Léo
Tanque leve é de categoria diferente de um MBT…uma coisa não se compara a outra! Abrir mão de peso quase sempre é abrir mão de proteção…estude mais!
1 – Gabriel, na guerra existe perdas isso é inevitável, mas o número grande de Leopard 2 A4 perdidos pela Turquia se deve principalmente a forma como estão sendo empregado, dentro das cidades eles ficam expostos de ataques vindo por cima (a parte mais frágil dos tanques) a partir de prédios e quando não estão dentro da cidade ficam parados para dar apoio de fogo e viram alvos estáticos. O cenário ali é complicado para MBTs mesmo, de qualquer forma, lembre-se que o Leopard 2 A6 e A7+ incorporaram reforços significativos na blindagem. 2 – O Ariete 2 dependendo do… Read more »
Como serão construídos bem poucos cascos de Ariete 2, o preço não será barato.
Falta de escala.
O mesmo vale para o AMX-56 Leclerc.
Parece que vai custar US$11 milhões cada. Bem salgado! Nessa faixa de peso que o dizem que o exército quer (50ton) ou você abre a carteira pra comprar MBTs de mais de 10 milha ou compra um descendente soviético como o T-90 MS, T-84 Oplot M e o MBT 3000. Desses sou mais simpático ao Oplot M que é mais ocidentalizado, o da Tailândia vem com o canhão de 120mm (KBM-2 L50, uma cópia autorizada do canhão da Swiss Ordnace).
Não adianta ficar na dependência somente dos russos, quem tem China PRC e Paquistão como adversários, tem que se coçar em algum lugar.
Pelo preço que eles estão pagando , melhor fabricar o Leclerc sob licença na Índia
O AMX é o tanque mais caro do mundo, como fabrica-lo sob licença seria uma alternativa contra o alto custo?
O tanque mais caro do mundo é o K2 da Coréia do Sul.
Já tem alguns anos que já não é mais! K2 Black Pather( meu favorito) , type 10 japonês, Ariete 2 (em desenvolvimento na Italia), Type 99(provavelmente é mais caro)….já existem mais caros e haverão mais alguns
Type 99 não passa dos 3 milhões de dólares, pelo menos a versão original. Já a versão A não se tem informações do custo.
“medonho” é com certeza…
efetivo em batalha??
O que não consigo conceber em um MBT moderno, são esses tanques de combustível externos e o risco que eles proporcionam a infantaria que por ventura esteja buscando abrigo próximo ao MBT, qualquer bala de 7.62 explosiva faria estrago ali.
Já ouviu falar em blindagem reativa ? Ou quem sabe… em sistemas ativos de defesa de blindados ?
Esses tanques de combustível, são talvez, a ultima das preocupações da infantaria
Um tiro de 7,62 é encapsulado com uma “camisa” de metal mole como o cobre, podendo seu núcleo ser de chumbo ou mesmo do próprio cobre. Não gera faiscas. Isto é coisa de Hollywood. Ja vi tiros sendo dados em um tanque cheio e nada acontecer.
Johnnie – Diesel explode sob pressão e não com faíscas, e sim com a bala “certa” o diesel explode, é só deixar ele confinado em um recipiente como esse daí e aplicar a pressão certa.
Alfredo – Concordo só não acho crível, mais esse risco à infantaria.
Combustão só ocorre se houver comburente, e não existe o suficiente dentro de um tanque de combustível. Em outras palavras: tanque de combustível explodindo só em Hollywood.
https://www.youtube.com/watch?v=Lw36WItoGLM
São tanques extras, como os que um caça carrega nos cabides, podem ser retirados sem maiores dificuldades.
Já ouviu falar em blindagem reativa ? Ou quem sabe… em sistemas ativos de defesa de blindados ?
Esses tanques de combustível, são talvez, a ultima das preocupações da infantaria
na minha opinião o Brasil deveria sim desenvolver todos os meios possíveis de defesa, nas três armas, ter como exemplo a Engesa, que desenvolvia projetos nacionais (qdo digo projetos , devem ser completos, nada de importar pedaços de outros países fazendo colcha de retalhos, tudo nacionalizado – nem que demande tempo), este tipo de investimento deve ser “pregado” ao orçamento da União, continuamente, sempre melhorando e desenvolvendo novas tecnologias, infelizmente ainda compramos aquilo que nos “querem” vender, mas , temos que preparar a nação pro futuro incerto, temos: água, petróleo, terra agricultável e mar rico em pescados e vizinhos fracos… Read more »
Arjun Mk2 com 68 toneladas…
Um detalhe informado na nota é que houve “rearranjo” dos “cofres de munição”… Algo para lá de interessante.
No tocante ao Leopard 2A4, é fato, que o seu desempenho na Síria deixa muito a desejar. O carro de combate alemão mostrou-se no teste de combate real uma característica indesejável de apresentar munições à esquerda da parte frontal. fragilidade apontada como responsável pelas suas perdas no conflito sírio. Em contraste, o T-90 constrói a sua reputação no mesmo conflito, mostrando-se muito mais eficiente com as suas 48 toneladas. É a vida…
Munição a esquerda da parte frontal? Isso é problema?
Se puder detalhar essa análise…
Esses Leopard perdidos eram utilizados por quem?
E esses tanques russos?
Quem usou o T 90?
Pergunto isso porque em alguns casos vai depender também de como são utilizados.
Em tese, qualquer tanque pode ser facilmente destruído.
O estoque da munição em um magazine na parte frontal tornou-se, segundo se apura, uma fragilidade de projeto do Leo 2A4, que é posto fora de combate mesmo por mísseis anti=carro mais antigos, caso do Fagot (9K111). Ou seja, estão sendo colocados fora de combate por uma arma substituída pelo Kornet (9K1333), que foi desenvolvida, justamente, para enfrentar as blindagens compostas no arco frontal dos carros de combate da OTAN.
O T-90A mostrou-se muito mais resistente aos mísseis anti-carro do que os seus congêneres ocidentais na Síria… Silhueta baixa, blindagem reativa e sistemas de proteção ativa fazem a diferença. É famoso o vídeo onde um T-90A recebe um impacto frontal de um TOW e nada acontece, além de uma baita dor de cabeça na tripulação (a blindagem reativa entrou em ação)…
😉
Cesar, pode detalhar acerca do uso dos dois tanques mencionados?
Cenários e operadores…
Desempenho, perdas etc.
Em tese qualquer tanque pode ser destruído se atingido em cheio…
Durante a operação “Escudo do Eufrates” os Leo 2A4 foram lançados após ser constatada uma deficiência protetiva nos M-60A3 modernizados… Os turcos perderam cerca de 10 Leo 2A4, inclusive com ejeção da torre, o que fez notar que a crítica aos M-60 eram excessivas. Agora, na operação para a tomada de Afrin, os turcos voltaram a perder Leo2A4…
Formas horríveis. Cores idem.
Parece ser do mesmo design do Mahindra Scorpio…
Um tanque sem graça e talvez sem boa performance…
Aqueles barris atrás das torres ficaram ótimos. Chamam-se alvos, imagino.
Não são barris, mas reservatórios de óleo diesel. Carregá-los junto aos CC serve para simplificar a logística e aumentar o raio de alcance do CC. É uma antiga prática soviética que remonta aos tempos da Segunda Grande Guerra.
As perdas de Leopard nas mãos da Turquia não são diferentes das perdas vistas nos tanques russos do lado de Bashar Al Assad, que explodiam no primeiro impacto de uma RPG bem posicionada. Os Leopard Turcos tiveram batismo de fogo recentemente. E parece que os boinas pretas da Turquia ainda tem muito que aprender antes de exporem seus MBT em campo aberto e sem cobertura de blindados de reconhecimento modernos. Os Kornet que os atingiram não poupam nenhum MBT conhecido. One shot…one Kill.
Caro Luiz Floriano Alvez… Os Leo 2A4 estão sendo perdidos para sistemas mais antigos que o Kornet. Em 2016 dois deles, dados já confirmados, foram perdidos para RPG-7… Os curdos estão alvejando-os com Fagot (9K111)… Faz muito tempo que não se vê perdas de CC do EAS em combate. O fato a ser comentado é que quando um T-72 era atingido, a sua destruição derivava dos projetos inerentes ao CC. Agora, que os adorados Leo2A4 sofrem destino semelhante e em quantidades significativas, o problema é da doutrina de uso do Exército Turco, pois “nenhum CC resiste a um impacto com… Read more »
O Forças Terrestres alinha para os leitores, abaixo, as informações disponibilizadas pelo site Military-Today.com sobre o peso dos oito mais importantes tanques de batalha fabricados no continente europeu:
Corrigindo o Altay é fabricado pela Turquia, ou seja, no Oriente Médio, não na Europa.