Russian Soldiers

Por Stepan Kravchenko, Henry Meyer e Margaret Talev

As forças dos EUA mataram dezenas de mercenários russos na Síria na semana passada, no que pode ser o conflito mais mortal entre os cidadãos dos antigos inimigos desde a Guerra Fria, de acordo com um funcionário dos EUA e três russos familiarizados com o assunto.

Mais de 200 soldados contratados, principalmente russos lutando em nome do líder sírio, Bashar al-Assad, morreram em um ataque fracassado contra uma base, detidos pelos EUA e principalmente forças curdas na região rica em petróleo de Deir Ezzor, disseram dois russos. O oficial dos EUA colocou o número de mortos nos combates em cerca de 100, com 200 a 300 feridos, mas não conseguiu dizer quantos eram russos.

O assalto russo pode ter sido uma operação clandestina, ressaltando a complexidade de um conflito que começou como uma repressão doméstica apenas para transformar-se em uma guerra de procuração envolvendo extremistas islâmicos, curdos sem estado e as potências regionais Irã, Turquia e agora Israel. O Exército da Rússia disse que não tem nada a ver com o ataque e os EUA aceitaram o pedido. O secretário de Defesa Jim Mattis chamou a coisa toda “desconcertante”, mas não forneceu mais detalhes.

O porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitry Peskov, recusou-se a comentar relatos de vítimas russas, dizendo que o Kremlin apenas rastreia dados sobre as forças armadas do país. Putin conversou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por telefone, na segunda-feira, mas a ação militar na Síria não foi discutida, disse ele.

“Este é um grande escândalo e uma razão para uma aguda crise internacional”, disse Vladimir Frolov, ex-diplomata e legislador russo que agora é analista político independente. “Mas a Rússia vai fingir que nada aconteceu”.

Putin, com a ajuda do Irã, virou a maré da guerra de sete anos, com meios aéreos e terrestres para dar cobertura para as forças sitiadas de Assad em 2015, silenciando os Estados Unidos quanto à remoção imediata do líder sírio. Com o Estado Islâmico, que uma vez controlou grandes faixas da Síria, agora em grande parte derrotado, poderes e milícias rivais estão lutando em várias combinações para preencher o vácuo. Rússia, Irã, Israel e Turquia já tiveram aviões abatidos em ou perto da Síria este mês.

Artilharia, Tanques
A ofensiva da semana passada começou cerca de 8 quilômetros (5 milhas) a leste da linha de desconflito do rio Eufrates no final de 7 de fevereiro, quando as forças pró-Assad dispararam e avançaram em uma “formação de tamanho de batalhão apoiada por artilharia, tanques, sistemas de foguete de lançamento múltiplo e morteiros”, disse o coronel Thomas F. Veale, porta-voz do exército dos EUA, em um comunicado.

Os EUA, que tem assessores estacionados na base ao lado das tropas das Forças Democráticas da Síria SDF), responderam com aviões e fogo de artilharia.

“Oficiais da coalizão estavam em comunicação regular com colegas russos antes, durante e após o ataque frustrado e não provocado”, disse Veale. Nenhuma fatalidade foi relatada no lado da coalizão e “os veículos inimigos e o pessoal que se viraram e voltaram para o oeste não foram alvo”.

Perguntado sobre o assassinato de mercenários russos na Síria, o diretor da CIA, Mike Pompeo, disse a uma audiência do Comitê de Inteligência do Senado em Washington, na terça-feira, que deixaria especificidades para o Pentágono, mas “nós vimos em múltiplos casos que forças estrangeiras usavam mercenários em batalhas que começarão a se aproximar dos Estados Unidos.”

Não está claro quem estava pagando o contingente russo, seja a Rússia diretamente, a Síria, o Irã ou um terceiro. Relatos na mídia russa disseram que a Wagner – uma organização obscura conhecida como a resposta da Rússia à Blackwater – foi contratada por Assad ou seus aliados para proteger os ativos de energia sírios em troca de concessões de petróleo.

“Ninguém quer iniciar uma guerra mundial contra um voluntário ou um mercenário que não foi enviado pelo estado e foi atingido pelos americanos”, disse Vitaly Naumkin, um assessor sênior do governo russo na Síria, em uma entrevista.

Os EUA estão em negociações com a Rússia agora em busca de uma explicação sobre o que aconteceu, disseram dois funcionários da administração que pediram para não serem identificados discutindo conversas privadas.

As autoridades disseram que os EUA ficaram intrigados porque os procedimentos apropriados foram seguidos – as forças americanas usaram a linha de desconflito para obter a aprovação da Rússia para defender as forças da coalizão contra os atacantes.

Os oficiais também disseram que não estava claro que combatentes constituíram a força atacante. Eles disseram que a linha de desconflicto ainda estava em operação e a Rússia até agora não protestou contra a decisão de lançar ataques aéreos.

Yury Barmin, um analista do Oriente Médio no Conselho de Assuntos Internacionais da Rússia, um grupo de pesquisa criado pelo Kremlin, disse que a Rússia apoia os esforços de Assad para recuperar a região oriental “crucial” de Deir Ezzor para ajudar a financiar seu plano nacional de reconstrução e reconciliação, que os EUA se opõem.

A Rússia assinou um acordo de “road map” com o governo de Assad no mês passado para ajudar na reconstrução da rede elétrica nacional. Na terça-feira, o ministro da Energia, Alexander Novak, disse a jornalistas em Moscou que as empresas russas estão interessadas em contratos para ajudar a restaurar oleodutos e poços danificados.

‘Presença ilegal’
Enquanto o Ministério da Defesa da Rússia não mencionou mercenários em sua declaração, ele disse que 25 combatentes “sírios” ficaram feridos, sem elaborar. Ele acusou os Estados Unidos de usar sua “presença ilegal” na Síria como uma desculpa para “aproveitar os recursos econômicos”, mesmo que tenha mantido linhas de comunicação com os EUA abertas.

O governo de Assad em Damasco chamou a ação militar dos EUA de “bárbara” e um “crime de guerra”.

O número de mortos das escaramuças, já cerca de cinco vezes mais do que as perdas oficiais da Rússia na Síria, ainda está subindo, de acordo com um comandante mercenário que disse por telefone que dezenas de seus feridos ainda estão sendo tratados em hospitais militares em São Petersburgo e Moscou.

A maioria daqueles mortos e feridos eram russos e ucranianos, muitos deles veteranos do conflito separatista no leste da Ucrânia, de acordo com Alexander Ionov, que administra um grupo financiado pelo Kremlin que promove vínculos com os separatistas e que lutou pessoalmente junto às forças pró-governo em Síria.

Grigory Yavlinsky, um político de oposição russo de longa data que ajudou a dirigir as reformas democráticas após o colapso da União Soviética em 1991, pediu às autoridades que esclarecessem com o que aconteceu.

“Se houve mortes em massa de cidadãos russos na Síria, as autoridades relevantes, incluindo o pessoal geral das forças armadas russas, têm o dever de informar o país sobre isso e decidir quem é responsável”, Yavlinsky, que está correndo contra Putin na eleição do próximo mês, disse no Twitter.

– Com a assistência de Ilya Arkhipov, Nafeesa Syeed e Nick Wadhams

FONTE: Bloomberg

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Raul
Raul
6 anos atrás

Será que essa notícia vai sair naquele portalzinho patrocinado pelo Kremlin?

Cbamaral
Cbamaral
6 anos atrás

Se fossem soldados regulares russos ai seriam outros 500, agora como são mercenários ninguém vai dar a minima

JPC3
JPC3
6 anos atrás

Se eram cidadãos russos lutando pela Rússia não é tão diferente das tropas regulares. Se não vão fazer nada é pelos motivos de sempre.

Bruno wecelau
6 anos atrás

Americanos desesperados na Síria fazendo de tudo para desmerecer a luta Russa contra o Daesh ….
Chega a ser vergonhoso isso , e por outro lado Edorgan os pressionando para não armar o YPG mais e sair da Síria …Mas todos sabem EUA perdeu na Síria ,tanto no apoio aos “rebelde moderados como na criação de um país Curdo” , no Iraque sofrem ameaças de milicias xiitas que lutaram ao lado do exército Iraquiano contra o Daesh , segundo os próprios xiitas Iraquianos os EUA devem deixar o Iraque o mais rápido possível…Fracassaram e não querem admitir..

Soldat
Soldat
6 anos atrás

Kakakakaka….mais uma mentira Americana o mesmo vale para os mercenários Amis eliminados pelos Russos.

Kakakak……

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
6 anos atrás

Cbamaral 13 de Fevereiro de 2018 at 19:00

Exato..

Joao Moita Jr
Joao Moita Jr
6 anos atrás

Mensagem para Washington na Síria…
EXIT STAGE LEFT

Rsrsrs

Plinio Carvalho
Plinio Carvalho
6 anos atrás

essa historia esta muito estranha, em um combate de infantaria morreu centenas de um lado e do outro não morreu ninguem??? quais as chances de isso acontecer? se fosse contra terroristas mal treinados blz, agora, com duas forças treinadas e com veteranos, isso ta muito estranho

Bruno
Bruno
6 anos atrás

Na verdade se trata de islamicos chechenos. Acho que a Russia agradece pela prestação de serviço que os EUA faz matando esse vermes.

Everton Matheus
Everton Matheus
6 anos atrás

Acho é pouco. Acredito que a omissão do contratante pode dificultar o relacionamento cm mercenarios em futuras operacoes clandestinas. Sim. Eu sei que eles assume o ônus de servir dessa maneira.
Go Yankees

Everton Matheus
Everton Matheus
6 anos atrás

Plinio, pela nova noticia que saiu aqui. E pelo tamanho do massacre eu acredito que tenha sido ataque aéreo. E mais de um.

Rodrigo Hemerly
6 anos atrás

Cada dia mais este conflito fica mais confuso.

XFF
XFF
6 anos atrás

Se fosse forças Russas numa operação desse tipo, haveria cobertura aérea com dezenas de caças protegendo a tropa. Nenhum drone ou caça inimigo chegaria perto. Isso é mais uma história de impacto fabricado pelos Estados Unidos.

Blindmans Bluff
Blindmans Bluff
6 anos atrás

Quando os Eua derrubam Saddam, quem assumiu o vacuo de poder foi o Iran. Quando os Eua derrubaram o Taliban, de novo foi o Iran. Quando o Daesh foi derrubado da Siria, mais uma vez quem assumiu o vacuo foi o Iran. Porem dessa vez o problema eh serio pois a Siria eh um grande corredor aberto entre o iran e o hezbolah. Se Israel mergulhar no conflito, vai ser dificil manter unida a coalizao arabe (jordania, arabia saudita e egito) com eua. Seria mais um passo na escalada desse conflito interminavel.

Mosczynski
Mosczynski
6 anos atrás

O NYT corrigiu o seu artigo sobre os confrontos dias 7 e 8 e confirmou que um oficial sírio disse que 100 sírios e não russos morreram nesses ataques. No artigo também não se fala em quantidades de russos.

Fabio Jeffer
Fabio Jeffer
6 anos atrás

Se vc chamar Chechenos, Ucranianos, Bielorussos, Afegãos, Ossetas e até alguns Georgianos e inclusive uns poucos Moldavos de russos pode ser, pq russos mesmo eram poucos e todos viviam na federação Russa.
Mas no fim eram todos mercenários mesmo, com objetivos particulares que iam além de seus pagadores. E como sendo mercenários todos lavam as mãos

Gustavo GB
Gustavo GB
6 anos atrás

Duvido nada que sejam mercenários pagos pelo próprio governo russo para evitar um escândalo maior caso fossem soldados oficiais. Putin sabe que a morte de tropas russas seria mal aceita internamente em seu país e exigiria respostas duras aos oponentes, mas como são “mercenários” aí fica mais fácil de driblar a gravidade da situação.

Victor Moraes
Victor Moraes
6 anos atrás

Eu acho engraçado ( no mínimo) o medo, receio de certas pessoas quanto aos Russos. O que tem os Russos que os EUA não tem? O que tem a federação Russa que os aliados dos EUA não tem. Se se matarem 1000 soldados russos ou mais na Síria ou na Ucrânia, o que os Russos vão fazer? Jogar uma bomba atômica? Vocês ainda não perceberam que a bomba atômica, para usar contra os EUA é a pior besteira que os Russos podem fazer? Então, há que se perder o medo, e parece que já se perdeu, de matar Russos. Eles não são mais bem armados nem mais preparados. Basta investir contra eles, sem medo e serão batalhas francas e “pau-a-pau”. Talvez o receio seja porque os Russos soltam bravatas, ameaças, e, apesar de tudo, afirmam que são os melhores em tudo. Já passou da hora do mundo livre, ciente, consciente, democrático, dar uma surra nestes Russos.

Victor Moraes
Victor Moraes
6 anos atrás

Quando eu era criança, eu vivia em confusões na escola, por diversos motivos. E, bem, as pessoas queriam sempre me dar uma surra. E eles era fortes, mais velhos, e treinados em artes marciais. Aquele tipo de jovem que aprende jiu jitso para bater nas pessoas por prazer. Então eu fui chorar com meu pai que os “grandões” estavam querendo me bater. Meu pai, roceiro, disse que eu deveria ser macho e enfrentar, que ele não faria nada. Eu então insistia que eu poderia me machucar a até morrer ( uma “mata-leão” mata). Meu pai disse: ” o que vale viver se não for como um homem honrado e tranquilo?” Então eu fui para a escola. briguei, perdi sangue pelo nariz, mas, acredite, fiz o grandão pensar mais do que duas vezes antes de me ofender. Para os Russos vale a mesma coisa. precisa-se perder o medo. E surrá-los, até que criem consciência de que eles realmente, indubitavelmente não são maiores. Nem melhores. E que, se não ficarem quietos, se continuarem com bravatas e e atos ofensivos certamente chegará a hora em que eles serão derrotados, com armas atômicas e tudo o mais. A derrota é o destino da Rússia.

carcara_br
carcara_br
6 anos atrás

essa historia esta muito estranha, em um combate de infantaria morreu centenas de um lado e do outro não morreu ninguem??? quais as chances de isso acontecer? se fosse contra terroristas mal treinados blz, agora, com duas forças treinadas e com veteranos, isso ta muito estranho

Totalmente possível, e aposto que nenhum tiro de fuzil precisou ser disparado. A combinação artilharia + apoio aéreo é devastadora contra um atacante desprovido de inteligência. Numa guerra entre exércitos regulares avançar um batalhão sem antes garantir no mínimo a paridade aérea é suicídio principalmente contra americanos.
Essa notícia não é exatamente nova, a novidade é dizer que eram quase todos russos, é possível, mas jamais será admitido…

Delfim Sobreira
Delfim Sobreira
6 anos atrás

“O Exército da Rússia disse que não tem nada a ver com o ataque e os EUA aceitaram o pedido. O secretário de Defesa Jim Mattis chamou a coisa toda “desconcertante”,”
Entenda-se : os EUA queriam que a Rússia aceitasse o golpe e partisse para o confronto, o que poderia resultar em vitória americana. Mas os russos fizeram pouco, daí o “desconcerto”.
.
Alguém dos EUA estava lá e contou um a um, e ainda confirmou suas identidades e nacionalidades ? Do Mossad vá lá, mas poderia ser pego pela contra-informação e ser executado.

Matheus G.
Matheus G.
6 anos atrás

Victor Moraes 14 de Fevereiro de 2018 at 7:19

Uma vez li que a maior força da Rússia/Putin não está na dissuasão de seus recursos militares, mas sim na esperança das fraquezas psicológicas do Ocidente. Por isso Putin investe pesadamente na propaganda aqui no Ocidente, para demonstrar que não dispõe dos recursos militares que banca ter.
Por exemplo, o único porta-aviões russo — o Almirante Kuznestov — quebrou durante exercícios navais e navegou junto com um rebocador oceânico capaz de trazê-lo de volta ao porto.
O exército russo é uma miragem, um tigre de papel.

O que eu mais gosto na propaganda do Kremlin é a capacidade deles de me fazerem rir, como exemplo 6 porta-aviões ao final da década, produção de 2300 tanques T-14 Armata…

Para aqueles que apreciam o gigante com pés de barro, basta se inscrever: http://contract.mil.ru/enlistment_contract/info.htm

Claudiney
Claudiney
6 anos atrás

Tudo leva a crer que não são russos regulares. Eles não participam de operações ofensivas e têm se mantido longe das frentes de combate.

Segundo uma fonte síria que teria visitado um hospital, ele teria visto mais de 40 soldados feridos ente os quais 4 russos ou chechenos de uma companhia mercenária. Entretanto teriam mais hospitais com outros feridos. A maioria, segundo ele, seriam sírios.

Há notícias que os combates continuam naquela região, com menos intensidade.

Ao meu ver alguém tentou testar as forças da SDF por aqueles lados e os americanos responderam pesadamente, como seria de esperar. Os sírios têm tomado decisões que muitas vezes vão de encontro com os interesses russos (e vice-versa) e neste caso, se foi uma decisão de alto escalão, o que não acredito, foi muito errada.

De qualquer forma, este caso e o do drone iraniano em Israel mostram problemas sérios na centralização de comando por lá.

wilhelm
wilhelm
6 anos atrás

Victor Moraes 14 de Fevereiro de 2018 at 7:09, essa “pequena surra” punitiva que você propõe se chama Terceira Guerra Mundial.

Sinceramente, eu tenho lá minhas dúvidas se países que financiam grupos islâmicos radicais merecem ser chamados de — usando as suas próprias palavras — livres, cientes, conscientes e democráticos. No meu modo de ver, esses termos perdem totalmente o valor na medida em que passam a ser usados não para denotar determinadas qualidades desejáveis em uma sociedade, mas sim para panfletear certas ideologias políticas que não raro destoam completamente daquilo que essas ideias significam em essência (como é, por exemplo, o caso do neoconservadorismo americano, do qual você parece ser um fiel adepto).

E, não, isso não significa que o “outro lado” é necessariamente bonzinho.

Victor Moraes
Victor Moraes
6 anos atrás

Então, Wilhelm, você me parece uma cara bem intencionado, tranquílo, daquele tipo que se entusiasma em soltar pombas brancas em dias festivos. Eu totalmente apoio. O que seria do mundo se não fossem os pacifistas, aqueles que cuidam do bem e da moral? O que seria do mundo se não fossem os politicamente corretos, éticos, os homens e mulheres que praticam e cultivam nas pessoas os bons atos? Belo! Louvável! Mas há que se lembrar que os EUA estavam quietos aqui nas Américas quando começou a primeira guerra mundial. E foi ajudar a salvar quem estava morrendo. Fez guerra para trazer a paz que não existia, e, frise-se, não foi culpa dos EUA. Depois, a segunda guerra, como consequência da primeira, também os EUA estavam quietos, e não foram culpas se a paz não existia. O fato é que pessoas estavam morrendo injustamente, inocentemente, e os EUA novamente foram chamados para ajudar. Acontece que a segunda guerra não acabou exatamente, ela continuou com o nome de guerra fria, que os EUA assumiram a liderança pois os outros países, menores e mais pobres, cheios de reconstruções para fazer, não conseguiam fazê-lo. Então, todas as guerras que os EUA fizeram depois da segunda guerra mundial foi para defender os povos e os princípios morais destes povos, que friso novamente, não tinham paz e isto “não foi por culpa dos Americanos”. Muito menos teve culpa os EUA no Oriente Médio, recentemente, ainda que se crie muitas “doidas” teorias conspiratórias. Nos Balcãns, os EUA não tiveram culpa. Sadam Hussein nunca foi uma flor. O 11 de setembro não foi uma iniciativa estúpida Americana, estatal, mas um doido que não fez política e atacou inocentes. E, enfim, a Primavera Árabe não foi uma invenção mirabolante dos agentes americanos, mas sim, um impulso voluntário dos povos, revoltados contra ditaduras, falta de democracia, de participação popular nos destinos da nação. Os EUA não tem culpa se os Oriente Médio tem a característica marcante, e ninguém pode negar, de viverem em conflito. Não foram os Americanos que levaram os Judeus para Israel. Eles são de lá, e após a segunda guerra, eles apenas voltaram para Terra deles. Então é muito bonito acusar guerreiros Americanos quando se está confortável com a situação de morte que ronda o mundo, eme guerras e outras violências. Você pode e deve pedir paz, mas tem que ter muita consciência para criticar os Americanos, injustiçá-los, pois embora você faça desdem para is princípios que norteiam o valor da luta que se faz nos dias atuais, da coalizão liderada pelos EUA, porque sim, eles estão lutando por justiça, liberdade, democracia, e principalmente, por paz. Você não pode deixar as coisas como estão quando pessoas estão ameaçando a vida. É bom pedir paz, é mais fácil. Mas quando a coisa “já” está pegando fogo, se não houverem heróis guerreiros, nós estamos todos condenados. Viva os EUA!

wilhelm
wilhelm
6 anos atrás

Sem chance de diálogo com você. Idealismo, sobretudo aquele regado com chavões políticos, não combina com a análise da realidade.

Se você quer ler sobre heróis, vá ler gibis. Você nunca vai encontrar isso em geopolítica.

Victor Moraes
Victor Moraes
6 anos atrás

Você tem muito medo da terceira guerra mundial…

wilhelm
wilhelm
6 anos atrás

Qualquer pessoa em sã consciência tem.

Elaine
Elaine
6 anos atrás

Quem acreditar nessa história, entre em contato comigo urgente. Estou vendendo um bom terreno na Lua, localização privilegiada, com pegadas do Neil Armstrong.

Victor Moraes
Victor Moraes
6 anos atrás

Quem está atacando, provocando, ameaçando, desdenhando, e já está matando “já” não tem. Eu não tenho medo da terceira guerra. Eu tenho medo dos covardes que vão fugir dela, se ela vem a acontecer. O fato é a a segunda guerra mundal ainda não acabou, e todos os personagens, e em verdade, as razões (ideológicas – hora social/financeiro, hora religioso) são as mesmas. Talvez eu não esteja em são consciência, mas eu não tenho medo e acredito que principalmente os EUA e seus amigos não deveriam tê-lo. Porque os inimigos ganham terrenos justamente com esta tática de colocar medo. Para ser sincero eu tenho medo dos covardes. Todos eles. Desde os que fogem até aqueles que se desesperam. São capazes de coisas insanas. O cérebro deles não funciona bem, considerando que fazem menor valor de si mesmos, não capazes de executar aquilo que a vida lhe impôs. E como não dão valor a s mesmos, não dão valor aos outros. Eu tenho medo deles. Ter medo é bom, é uma forma de se prevenir. Mas deixar ser dominado pelo medo, ao ponto de relativizar o justo, colocando no mesmo lugar os bons e os maus, ainda que o bom tenha feito algo ruim e o mau tenha feito algo bom, é a pior das características de um ser humano. A covardia.

Mosczynski
Mosczynski
6 anos atrás

Carcara_br, a notícia está confusa, mas se procurar pela internet vai ler que os americanos acreditaram que estavam na iminência de serem atacados e pediram apoio aéreo. Imagino que devido a concentração das tropas inimigas somada ao poder de fogo o resultado era mais que esperado.

Lúcio Antunes
Lúcio Antunes
6 anos atrás

Existem várias reportagens que comprovam que a Russia utiliza mercenários, até aí nenhuma novidade.
O engraçado é que o governo russo não assume a responsabilidade muito menos protege seus contratados. Quando a coisa esquenta ela os abandona a própria sorte, sem apoio aéreo muito menos o envio de tropas regulares para sua salvação.
Com estas atitudes a Russia continua sendo ao estilo comunista, mandando seus “chegados” para o moedor de carne, sem pena nem dó.

Francisco Braz
Francisco Braz
6 anos atrás

Não há muito o quê se comentar… Mercenários (russos, americanos, europeus, chineses ou coreanos) sempre estiveram em áreas quentes como a Síria, Iraque e Afeganistão. Ultimamente até brasileiros entraram para o time. São as principais ferramentas de enfrentamento entre Estados adversários (como Rússia, EUA e China), logo, qual a novidade??? A Rússia dirá que não houve russos mortos no confronto, assim como os EUA não reagiram a morte de vários americanos entre as fileiras curdas durante os ataques turcos e russos. Agora, em tempos de crise financeira, nada como um inimigo externo para forçar a população destes países aceitarem o aumento de gastos com a defesa. Terrorismo gera avanços tecnológicos na segurança e monitoramento, ou seja, fornece ao Estado as ferramentas para controlar o público doméstico, mas nada substitui o “Grande Satã”. Para russos e árabes, os EUA, para americanos e judeus, a Rússia. Velho jogo com cartas marcadas e daqui a pouco veremos um confronto entre Israel e Irã que envolverá a Arábia Saudita e a Turquia. Pasmem, mas a Arábia Saudita do lado de Israel e a Turquia do lado do Irã.

Russian Bear
Russian Bear
6 anos atrás

Engraçado como a Síria é o país mais Highlander do mundo. Recebe ataques aéreos a suas instalações e tropas pelos Estados Unidos, de coalizão, de Israel e até da Turquia. E mesmo assim continua ganhando território e destruindo os planos da OTAN, USA e Israelenses. Hoje não existe nenhum grupo rebelde capaz de vencer a Síria e a Rússia.

ADRIANO M.
ADRIANO M.
6 anos atrás

Eles que se matem por lá,eles que são potências que se entendam…Que se lasquem lá na Europa e deixem os outros em paz…

Ramon
Ramon
6 anos atrás

Essa guerra da Síria não vai ter fim mais não, os fantoches da Rússia e dos EUA vão se enfrentar muito ainda ao decorrer do tempo e não vão chegar em um desfecho para esse conflito e quem vai pagar o pato mais uma vez é a população desse país que já vem arcando com as consequências dessas disputas por muito tempo.

Jacinto
Jacinto
6 anos atrás

Blindmans Bluff 13 de Fevereiro de 2018 at 21:08
Arábia Saudita, Egito e Israel estão atuando em conjunto. A relação entre este trio está tão boa que Israel permitiu que o Egito cedesse à Arábia Saudita o controle sobre a ilha de Tiran, na entrada do Golfo de Ácaba, e que controla o acesso ao porto de Eilat (!”Permitiu” porque esta região é regulamentada no tratado de paz entre Israel e Egito, e a cessão tinha de ser aprovada por Israel). Segundo consta o Egito também tem permitido que Israel ataque o pessoal do Hamas no Sinai…

Victor Moraes
Victor Moraes
6 anos atrás

Olha o cúmulo da IGNORÂNCIA. Se nem os russos em 1969 contestaram que os Americanos pisaram na Lua, em várias missões, que eram atentamente acompanhada pelos engenheiros aeroespaciais russos e outros relacionados à exploração do espaço, com suas “lunetas”, vem um inferior nas capacidades intelectuais dizer que Neil Armstrong não pisou na lua, juntamente com Buzz Aldrin? Oh! Só falta dizer que a Terra é plana…

Victor Moraes
Victor Moraes
6 anos atrás

…E que o comunismo dá certo…

Camila Durval
Camila Durval
6 anos atrás

A pouca população que sobrou e que ainda não virou refugiado, é que fica no fogo cruzado sendo massacrados sem ter para onde ir. O extermínio em massa naquele país parece não ter fim. Enquanto uns guerreiam do outro lado do globo, outros estão se divertindo como aqui no carnaval, campeonatos futebolísticos, etc.. como o campeonato europeu que nem se abalou. Todos indiferentes ao assunto. E um pouco mais distante estão fazendo olimpíadas entre os povos do mundo, que na verdade é uma máquina de sugar dinheiro público as custas dos atletas fantoches daquele espetáculo. O planeta precisando de paz, moradia, saneamento básico, comida, e os caras destruindo e aniquilando aquele país. Lamentavelmente desse jeito o ser humano nunca vai evoluir para um ser melhor. O “rabudo chifrudo” só agradece o aumento do seu rebanho e a ampliação do seu reinado.

Renato B.
Renato B.
6 anos atrás

Eu concordo que a notícia é esquisita, mas a falta de “empenho” do Kremlin em negar sugere que algo realmente ocorreu. Duvido que sejam 200 mercenários russos, mas devem ter explodido alguns sim. E considerando a outra notícia do T-72 parece que o Pentágono quer reafirmar que vai apoiar sua galera na Síria. Até porque ficou a imagem deles não deve estar muito boa depois dos Curdos começarem a ser bombardeados pela Turquia.

Renato B.
Renato B.
6 anos atrás

Lembrando que esse embate com mercenários russos e o vídeo do ataque de drone parece reforçar aquela notícia de 10 de fevereiro sobre os objetivos dos EUA na Síria. Especialmente quando fala do desejo deles de mudar o regime Sírio e minar a presença iraniana.

E aí eu me pergunto, serão as SDF os “contras” dos século XXI? Os EUA realmente vão ficar naquele atoleiro por tempo indeterminado?

Camila Durval
Camila Durval
6 anos atrás

E o povo gado continua sendo requisitado para morrer nos campos de batalha. Pior ainda são os soldados que seguem tais ordens rumo a sua eminente morte. Carnificina humana e um grande banho de sangue sobre a Terra para os Senhores da Guerra. Oferenda?! Mas, tem gente pra tudo. Fora isso, bombardear de longe, sem perder efetivo, aquele califado terrorista, isso não fazem. Os civis e os soldados de ambos os lados atrocidados naquele circo de horrores, nada mais são do que vítimas desse cenário maquiavélico orquestrado na busca eterna pelo poder e glória.

Elaine
Elaine
6 anos atrás

Jacinto 14 de Fevereiro de 2018 at 13:04

O Egito está fazendo jogo duplo, duvido que se alinhe definitivamente à Israel. Mas veremos. A Arábia Saudita está preocupada demais com seus problemas internos para entrar plenamente nessa briga.

Na minha opinião, será Israel & EUA vs Rússia, Síria, Irã. Veremos.

Oráculo
Oráculo
6 anos atrás

Os russos não negaram a notícia, mas afirmaram que não eram tropas regulares russas.
Lavaram as mãos quanto aos mortos.
A oposição de Putin cobra explicações.

Os americanos, inclusive o secretário de defesa, não negaram a notícia. Jogaram a bola pros russos confirmar as mortes russas.
O diretor da CIA teve que ir no Congresso explicar quem eram os russos mortos.

Daí os caras vem no blog passar vergonha e dizer que é tudo propaganda americana.
Dai-me paciência…

Oráculo
Oráculo
6 anos atrás

Com relação a notícia.

Fica evidente que eram mercenários do leste europeu.

Milhares de ex-combatentes pró-Russia da guerra da Ucrânia, e daí podem incluir cidadãos de várias ex-repúblicas da antiga URSS e de repúblicas da atual Federação Russa, ficaram sem emprego com o fim dos combates nas repúblicas russas do Donbass.

Quem não quer mercenários experientes em combate, com boa formação militar e precisando de dinheiro? A matéria até cita a empresa Wagner, uma “Blackwater russa”, que a mídia de Moscou diz que foi contratada por Assad para ajudar o exército Sírio.

Assim como deve estar cheio de mercenários ocidentais atuando/lutando/morrendo junto aos rebeldes sírios.

Essa guerra é uma sujeira gigantesca, de ambos os lados.

Jacinto
Jacinto
6 anos atrás

Elaine 14 de Fevereiro de 2018 at 15:17
Formalmente, nenhum país muçulmano se alia a Israel. Mas, na prática, Egito, Arábia Saudita e Israel há muito concluíram que é melhor serem parceiros ocasionais do que inimigos.

Elaine
Elaine
6 anos atrás

A resposta oficial da Rússia:

https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/2018021410523541-kremlin-presenca-russos-siria/

Segundo o site southfront:

Os especialistas militares da SouthFront, conscientes da situação, dizem que o número possível de vítimas poderia ser superior a 5, mas não superior a 15-20.

“Toda a história sobre as baixas em massa de PMCs russas é baseada em dados não confirmados e falsos, que incluem alguns fatos reais como as greves dos EUA, algumas vítimas de PMCs e a participação dos Caçadores do ISIS no incidente. O resto é uma campanha orquestrada de acordo com as melhores tradições de propaganda.

Os objetivos de que seria isso:

os EUA podem lutar contra os russos na Síria;
A Rússia não é capaz de defender seus interesses;
O Kremlin não está preocupado com os cidadãos russos mortos ou não é capaz de realizar qualquer pagamento.”

fonte: https://southfront.org/u-s-strikes-and-scores-of-killed-russian-fighters-in-syria/

Conclusão: desinformação total

donitz123
6 anos atrás

Chumbo trocado não dói. A Rússia está matando mercenários americanos desde que o primeiro jato russo decolou para missões de combate na Síria.

Rodrigo Tavares
Rodrigo Tavares
6 anos atrás

Qual explicação querem os EUA?

Quem é o intruso ali são eles………

Querendo ou não existe um presidente, Rei ou Califa, que é o Assad e o único país que ele pediu apoio oficialmente foi a Russia.

Realmente SAA estão piores que eu pensava, com militares dos EUA segundo fontes mais de 2 mil, em seu território e nada o que fazer……..