O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, em coletiva no México - HENRY ROMERO - REUTERS

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, em coletiva no México HENRY ROMERO REUTERS

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, em coletiva no México – HENRY ROMERO – REUTERS

Secretário de Estado norte-americano afirmou que a região não precisa de “novas potências imperiais”

Por Xavier Fontdeglória

Pequim – A China não gostou nada das advertências feitas por Washington a vários países latino-americanos sobre a influência cada vez maior de Pequim na região. O gigante asiático considera que as palavras do secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, sobre os riscos de uma dependência excessiva da segunda economia mundial, são uma falta de respeito à política exterior dessas nações.

Tillerson – antes de iniciar uma viagem com paradas no México, Argentina, Peru e Colômbia – afirmou que a região não precisa de “novas potências imperiais” e advertiu sobre a estratégia de se apoiar excessivamente na China, “que significa ganhos no curto prazo em troca de uma dependência no longo prazo”. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores chinês considerou que essa premissa é falsa e que o intercâmbio com a América Latina se baseia “em interesses comuns e necessidades mútuas”.

O aumento da influência chinesa na América Latina, pelo menos em termos quantificáveis, como o comércio e o investimento, é inquestionável. O intercâmbio de mercadorias se multiplicou na última década, superando os 200 bilhões de dólares (640 bilhões de reais) por ano, sobretudo graças à compra e venda de matérias primas. A China já é o principal parceiro comercial de países como Argentina, Brasil, Chile e Peru.

Pequim também se tornou uma fonte de empréstimos vital para nações da região, especialmente Brasil, Venezuela e Equador. As autoridades chinesas – como costumam repetir sempre que há suspeitas de que haja mais interesse próprio do que altruísmo por trás desses créditos – dizem que a cooperação se baseia em “igualdade, reciprocidade, abertura e inclusão”.

“Esperamos que este país (em referência aos EUA) abandone o conceito antiquado dos jogos de soma zero e veja o desenvolvimento das relações entre a China e a América Latina de forma aberta e inclusiva”, afirma o comunicado.

A China reforçou recentemente seus laços com a região durante o segundo fórum ministerial entre o gigante asiático e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizado há apenas duas semanas em Santiago, no Chile. O bloco decidiu apoiar, numa declaração oficial, a iniciativa chinesa da nova Rota da Seda – o megaprojeto de interconexão mundial idealizado pelo presidente chinês, Xi Jinping, que colocou sobre a mesa bilhões de dólares para investi-los em obras de infraestrutura que melhorem a conectividade. Os críticos veem nessa iniciativa o desejo de Pequim de aumentar sua influência sobre outros países em desenvolvimento. O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, disse no encontro que seu país quer se transformar no “parceiro mais confiável” da região.

Em seu discurso antes de iniciar a viagem latino-americana, Tillerson declarou que as ofertas da China na forma de investimento “quase sempre exigem a importação de força de trabalho chinesa, grandes empréstimos e uma dívida insustentável, ignorando os direitos humanos e de propriedade intelectual”, algo que comparou com o antigo colonialismo europeu.

Segundo a Xinhua, a agência oficial chinesa, a investida recente da administração Trump contra a diplomacia e a política exterior de Pequim é uma consequência da “perda de carisma” da primeira potência mundial na região: “Em vez de perder tempo criticando a China, talvez fosse uma boa ideia para Washington baixar o tom hostil de sua retórica, que provocou a ira na América Latina com propostas como endurecer a imigração, construir um muro e tentar influenciar os tratados comerciais em seu favor.”

FONTE: El País

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Walfrido Strobel
6 anos atrás

Para os EUA basta a AL ficar dependente do seu império, eita cara de pau…

Aldo Ghisolfi
Aldo Ghisolfi
6 anos atrás

Tio Sam sentiu!
Estamos estrategicamente inseridos na geopolítica chinesa.
Bom para o Brasil?
Tio Sam vai nos disputar com o Grande Dragão?

Jorge Augusto
Jorge Augusto
6 anos atrás

“afirmou que a região não precisa de “novas potências imperiais”

É claro, só o “império” dele “tá” bom.

Karl Bonfim
Karl Bonfim
6 anos atrás

Não é a toa que o Tio San anda tão generoso, oferecendo (doando) obuseiro autopropulsado M109 A5 e transportadores de munição. Que venham os helicópteros de ataque ah-1w super cobra!

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

O que mata nessa discussão NÃO é ter EUA e China “disputando os nânicos da região”, o problema é a insignificância dos países da América Latina, na minha humilde opinião apenas o Chile tem posicionamento genuíno na região, o resto é cachorro sem dono esperando alguém levar para “casa” ou para o “canil municipal”.
Todos nós sabemos que a China não tem 1% de preocupação com os países da região, nem sequer conhecem nossos problemas e a cultural local, eles estão preocupados em ganhar mercado e ter grandes fontes de importação de matéria prima.
Nessa briga não devemos ficar felizes por americanos ou chineses, devemos ficar decepcionados da região não ter tomado o seu próprio caminho.
Essa semaa os jornais brasileiros colocaram como capa: Diplomata chinês instiga empresários brasileiros a conquistar a Ásia.
Todos nós sabemos que esse título é o mais sem vergonha possível, entrar na China é uma briga sem fim, o país escolhe a dedo quem entra e como vai trabalhar…só entra se tem algo realmente bom para oferecer, dentro das regras deles (duríssimas), sem segurança de operações.
Alguém duvida que o Brasil e a Argentina deveriam ser países muito mais relevantes? Os dois países deveriam ter vergonha de ver os chineses tomando conta da região…
Enfim, a questão não é USA ou China, mas os países da região e o Brasil. Não sejamos ingênuos, estão invadindo a região porque observaram a carência de liderenças.

Caio
Caio
6 anos atrás

Parabens pelo comentario Ivan BC! , e uma pena que daqui a pouco aparecem os submissos, alegando as vantagens de um imperialismo americano sobre nos, como se fosse algo melhor que um imperialismo chines, ou qualquer outro, submissao triste porem, ainda comum.

Plinio Carvalho
Plinio Carvalho
6 anos atrás

Concordo com vc Ivan BC, falou bonito
é triste ver a america latina nessa situação, sendo disputada por 2 cães famintos.

Agnelo Moreira
Agnelo Moreira
6 anos atrás

Ivan BC
Concordo

_RR_
_RR_
6 anos atrás

Ivan BC ( 4 de Fevereiro de 2018 at 16:56 );

Ivan,

Em linhas gerais, concordo com seu comentário…

Não diria “cachorro sem dono”… Há na América Latina, de uma forma geral, um comportamento algo bizarro, caracterízado por um imenso complexo de inferioridade e crises de megalomania ( e não é de hoje )… Se a maioria dos países fossem pacientes num divan, certamente seriam diagnosticados com “transtorno bipolar”…!

Mais uma coisa: os chineses conhecem muito bem aqueles que desejam atrair para o seu círculo… Não são propensos a cometerem os mesmos erros dos americanos. Sabem muito bem avaliar suas possibilidades.

Mais do que a falta de lideranças na região, há sim um claro desinteresse dos EUA ( talvez por não terem propriamente as mesmas necessidades e urgência dos chineses ); coisa que foi somente parcialmente revertida nesses tempos.

Jr
Jr
6 anos atrás

Concordo Ivan BC, EUA e China estão se lixando para os nossos problemas, por mim podem brigar e se darem cotoveladas a vontade, só espero que tenhamos a mínima capacidade de tirar algum proveito disso

Agnelo Moreira
Agnelo Moreira
6 anos atrás

Por isso tudo, q acho q o Brasil deve ter sua capacidade de Defesa o mais independente possível.
Os EUA não nos invadiram. A China tentará para defender seus interesses?
Os EUA podem mudar sua postura?
O mundo gira muito em 30 ou 50 anos.
Podem achar besteira falar de invasão na AL. Eu não duvido.

Karl Bonfim
Karl Bonfim
6 anos atrás

Ivan BC!
Em tese o seu comentário pode até estar em tese, mas tudo no mundo tem um limite, até para as grandes civilizações, foi assim com todos os grandes impérios deste mundo em qualquer tempo da história, seja no espaço (que o diga os impérios persa, helenístico, romano, otomano, mongol, espanhol, português, britânico e soviético). Este século, será indubitavelmente em algum momento o limite do império americano (possivelmente com a ajuda do Donald Trump), então teoricamente será a vez dos chineses estarem no topo (até 2050 segundo Xi Jinping). Nos brasileiros e latinos poderemos em algum momento, ter a nossa vez, um lugar de destaque, mas não será por agora. Isso se arrumarmos a nossa casa, resolvente alguns dos nossos mais graves problemas, quem sabe um chegaremos lá…

Rafael Bandeira
Rafael Bandeira
6 anos atrás

Boa noite a todos. É a primeira vez que comento, mas acompanho a uns 2 anos o Forte e suas páginas irmãs. Quero parabenizar a todos pelo debate público sobre nossa defesa. Espero que mais patriotas venham a se interessar pelo tema e se expressar por este, ou outros canais.

“Ivan BC 4 de Fevereiro de 2018 at 16:56”

Concordo plenamente.

“Agnelo Moreira 4 de Fevereiro de 2018 at 18:11”

Pois é Agnelo, concordo com você. Porém nossos políticos só pensam em encher os próprios bolsos.

Antonio Palhares
Antonio Palhares
6 anos atrás

Walfrido Strobel, Aldo Ghisolfi, Jorge Augusto, Ivan BC. Parabens.
Eu sempre achei que não deviamos ficar atrelados incondicionalmente a nenhuma grande potência.
Simplesmente porque não fazemos parte do clube deles. Somos apenas o João Grandão Bobão rico em recursos minerais e água. Até na crise da lagosta com a França, os Estados Unidos quiseram impedir o uso dos contra-torpedeiros a nós cedidos, de entrarem em combate com os franceses. Como colocaram condições inaceitáveis para as nossas primeiras usinas nucleares. O que teve que ser feito com a Alemanha. Além de outros problemas que não valem a pena mencionar. Respeito é bom e todo mundo gosta. Como nunca nos respeitamos. Nossos politicos ladrões e incompetentes. Nunca estiveram à altura das potencialidades do país, ficamos sempre neste papel irrelevante. Contudo acho que devemos ser mais profissionais e responsáveis no trato com os Chineses

SmokingSnake ?
SmokingSnake ?
6 anos atrás

Matéria prima indo embora e desindustrialização acontecendo, a Venezuela só foi a primeira vítima, quem mais tem ‘investindo’ na área de petróleo lá? a China…

Daglian
Daglian
6 anos atrás

Se o Brasil for esperto, utilizará esta situação para barganhar com as duas potências e obter vantagens para si. Mas, na prática, o Brasil apenas comerá na mão dos chineses, e com eles o jogo será bem mais pesado.

Jr
Jr
6 anos atrás

SmokingSnake a Venezuela foi vítima de si própria e de seu governo bolivariano megalomaníaco, a China nada tem a ver com isso, não foi ela que colocou o Chavez/Maduro no poder, ela só esta se aproveitando da situação como qualquer super potência faz, ou você acha que os EUA estão ligando para direitos humanos quando vendem armas para a Arábia Saudita?

Hawk
Hawk
6 anos atrás

Bom, pela fonte…. Sei não… Acho que não somos tão interessantes para os EUA quanto eles dizem.
Mas se for realmente verdade, concordo com o Daglian 4 de Fevereiro de 2018 at 20:25.
Acho que é por aí mesmo!

Walfrido Strobel
6 anos atrás

Não entendi a questão do Chile?
O que faz do Chile um exemplo na questão do posicionamento na AL?

Aldo Ghisolfi
Aldo Ghisolfi
6 anos atrás

A China joga o seu jogo.
Se não temos cacife suficientemente forte para sentar à mesa, seguramente a falha é nossa.
Espero que sejamos disputado, não como cachorros sem don, que apenas levam um chute no traseiro, mas como una nação que tem algo para trocar.
Se temos apenas recursos minerais, azar… é com eles que podemos contra, precisam ser muito bem utilizados para o bem de todos.
Nesse jogo não tem inocente…

OSEIAS
OSEIAS
6 anos atrás

Acredito que a nova ordem mundial para o próximo século seria um mundo multipolar. Dominado pelas nações com maior território, população, economia e forças militares. Vejamos que se enquadraria nisso, China, Rússia, Índia, EUA e Brasil. Todos dominado sua região e área de influencia, realizando comercio e integração cultural, mas nenhum abrindo mão de sua influencia regional. Mas para essa realidade acontecer, nossa nação deveria realmente acordar. De todos citados somos os únicos a não possuir armas nucleares para sua defesa. Não é sendo imperialista que iremos conseguir isso, mas acredito que estendendo a mão aos nossos irmão. Porque não desenvolvermos as tais armas nucleares em conjunto com os argentinos, chilenos e colombianos e quem mais se dispuser? Não sejamos ingênuos, principalmente com tais Maduros no poder. Uma integração de verdade, educacional, financeira, econômica, tecnológica e desenvolvimento em conjunto de tecnologia e doutrina militar em conjunto seria uma saída para a AL. Seriamos um líder na região, não o dono dela. Uma região pacifica, longe de conflitos e de nações exploradoras. Mas uma região armada até os dentes. Primeiro passo para isso, educação, maciça de qualidade e com objetivo. Isso não é utopia, isso é sobrevivência da região. Se não amigos o mapa da região vai mudar drasticamente.

Ronaldo de souza gonçalves
Ronaldo de souza gonçalves
6 anos atrás

Isto tudo é bom para o Brasil que pode se tornar um mercado interessante para as duas potências já que a china enfrenta resistência na Asia inclusive com antigos aliados o vietnan,é muitos inimigos não declarados como japão coreia do sul,india e muitos outros.Se o EUA sentiu isto é acho que esses presentinhos canhoês autopropulsionados, helicópteros,etc e duas coisas fortalecer um aliado que eles se afastaram que é o Brasil no qual eu avalio como o mais importante é o líder militar dá área,igualmente é o mais industrializado, é que tem mais recursos minerais é petróleo.Que apesar de no momento está passando por uma crise econômica por causas politicas é que tem todas condições de sair dela,e ser um parceiro econômico importante.

Augusto L
Augusto L
6 anos atrás

China repreendem todos que falam mal dela(lembrem do artigo anterior 01/pesquisador-ve-risco-de-influencia-politica-da-china-no-brasil/ mas os jornais falam que a China est), mas o que a midia ocidental fala é que os EUA são quem estão se fechando e a China indo na direção da globalização, quanta hipocrisia. A China quer é mudar a globalização como forma econômica para expansão das ideias liberais-democraticas-ocidentais para um mundo que se assemelhe a sua politica externa e seus politicos se sintam mais seguros, sem pressão. Quanto a fala do secretário americano, ele do usa as concepções históricas que nos sulamericamos geralmente temos, não que ele acredite nisso, so esta tentando ter simpatia de nós.

Alessandro
Alessandro
6 anos atrás

Eu não vejo problema algum de se fazer PARCERIA COMERCIAL com a China ou qualquer outro país, o que eu acho problemático é quando esse país começa a comprar terras e mais terras em nosso território, e não é qualquer pedaço de chão não, é terras ricas em minerais !!

é bom o Brasil abrir o olho com a China e tbm com os outros países, senão daqui a pouco seremos inquilinos em nosso próprio território nacional

ACORDA Brasil !!!!

Augusto L
Augusto L
6 anos atrás

Alessandro, a UE tem uma lei que proíbe(restringe) estrangeiros de comprarem muitas terras. Seria uma boa pro Brasil

Alessandro
Alessandro
6 anos atrás

Augusto L 4 de Fevereiro de 2018 at 21:37

_________
concordo com a ideia, tá faltando isso aqui no Brasil, aliás já passou da hora de criar essa lei

uma coisa que eu sempre discuti com os “ultra-nacionalistas e patriotas” de esquerda lá no plano Barril era exatamente isso, pq o Lula não criou essa lei já que dizia nos palanques que era super mega hiper patriota ? Tivera 14 anos no poder, 2/3 do congresso comendo na palma da mão deles, e não fizeram algo parecido, “não entendo” pq, mentira, eu entendo muito bem sim pq não fizeram, mas deixa essa discussão para outro dia pq eu sei que estou saindo do tema.

Ricardo Carvalho
Ricardo Carvalho
6 anos atrás

Esse conflito, não é só ChxEUa, e parece acontecer em todo o mundo, ao mesmo tempo e com atores e posições não conhecidos. Sanções econômicas, assassinatos discricionários, campos de torturas, lawfare, pressões militares, hackers, fakenews, tudo ao mesmo tempo mas coordenado. Neste mundo, por vezes, parecemos analisar os assuntos como adolescentes da década de 70. De lá para cá, o comunismo acabou, o Pentágono foi bombardeado, o Iraque, o Egito, a Turquia, o Panamá, waeklaeks, a Corea do Norte, o San Juan, e muitas vezes discutimos a compra de um equipamento para nos proteger, ou agredir, qualquer vizinho. Como, neste contexto, não há função para as FA Brasileiras então volta-se as atenções para missões GLO. Mas, qual o mundo e qual o papel?

Delfim Sobreira
Delfim Sobreira
6 anos atrás

Quem dá mais ?

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
6 anos atrás

Todo dinheiro é bem vindo, seja dólar ou yuan. O que não pode é exportarem o comunismo para as terras tupiniquins (PC chinês apoiando candidatura do Ciro, por exemplo). Pra alavancar nossa infraestrutura aeroportuária bosta e nossos portos só os chineses mesmo.

Augusto L
Augusto L
6 anos atrás

Rinaldo, permita-me discorda, os chineses são a solução facil para nossas elites politicas ou inves de fazer reformas que trariam resistência masss há um preco nessa facilidade, é isso que o Tillerson fala e o que o cientista politico alemão da outra materia tbm.

RL
RL
6 anos atrás

Eu ia comentar… Mas parei na leitura do amigo Ivan…

Prezado Ivan.
Me permita fazer de suas palavras, a tradução de minhas opiniões sobre o tema.
Concordo plenamente.

Sem mais.

Marcello Magnelli
Marcello Magnelli
6 anos atrás

Mais uma vez a turma do Trump não perdeu a chance de falar besteira. Ao invés de ocuparem os espaços, ainda mais com a tal “virada a direita” que vem ocorrendo na América Latina, eles se isolam e fazem o possível e o impossível para hostilizar e isolar seus possíveis aliados.
O Trump tinha duas grandes metas quando assumiu. A primeira, que era dividir os USA, ele já conseguiu com facilidade. A segunda, que é unir o mundo contra os USA, esta avançando a passos acelerados e, com certeza, ele ainda consegue em seu primeiro mandato.
Quanto ao aumento da influência chinesa na America Latina, e consequentemente no Brasil, os chineses estão apenas cumprindo com seu papel, dentro de suas estratégias mundiais. Não é por favor nem para espalhar o comunismo mundo a fora pois esta época já passou. A melhor forma de dominação na atualidade é pela economia e não por ideologias ou pela força militar. E isso os chineses sabem fazer muito melhor que qualquer outro país. E eles estão sentados em reservas de alguns Trilhões de Dólares e podem usar estes recursos como queiram sem se preocupar com detalhes como retorno do capital investido, taxas de juros, avaliação de risco e por ai vai.
E, para concluir, nem a China nem os Estados Unidos estão errados: errados estão os países que aceitam este tipo de subserviência e não se impõem.

Pastel de Flango
Pastel de Flango
6 anos atrás

Show Ivan BC pelo comentário sucinto.

Os nobres foristas já perceberam como tem proliferado os cursos de mandarim na internet?
Nossa recolonização parece ter começado.
Aquisição de terras agricultáveis e outras tantas ricas em minérios, financiamentos, pastelarias(rsrs) e agora mandarim goela abaixo.
Mais um pouco e teremos rodízios de insetos e outras iguarias pelas cidades do país.

nigo
nigo
6 anos atrás

A mesma historinha das década de 30 e 40. De um lado alemães e italianos oferecendo Y, do outro lado americanos e ingleses prometendo X.

Até mesmo o vizinho ameaçador com tropas, doutrina e equipamentos melhores. Argentina no passado, Venezueira no presente.

Só falta o projeto de ditador que joga para os dois lados. O Brasil vai ser sempre isso ai, cachorro correndo atrás do rabo.

Rodrigo Ferreira
Rodrigo Ferreira
6 anos atrás

Rinaldo Nery 4 de Fevereiro de 2018 at 22:34

Faço minhas suas palavras

———————————————-

Augusto L 4 de Fevereiro de 2018 at 21:37

Só o que adianta ter leis e mais leis proibindo a tudo, amarrando todo tipo de negócio mas não tomar proveito de toda esta reserva ?

Se o Governo é incompetente para tirar proveito como vem provando desde 1500, que ele permita que a iniciativa privada explore mas com a devida supervisão.

Se não tem empresas nacionais capazes ou interessadas, que seja oferecido ao mercado internacional.

M.Silva
M.Silva
6 anos atrás

Senhores, eis o resumo do imperialismo chinês dado pelo Secretário (válido para o empresariado americano também):

“(…) que significa ganhos no curto prazo em troca de uma dependência no longo prazo”.

O imperialismo americano já bateu em retirada desde os anos 1980 e nos deixou sozinhos com o dragão na arena (assistam aos vídeos do Cel. Fontenelle). Os interesses dos EUA estão focados no Oriente Médio a serviço de Israel e dos globalistas que os financiam, o resto é manobra diversiva. Duvido que algum governo ibero-americano esteja com raivinha de restrições a imigração ou construções de muros (também feitos pelo queridinho da inteligentsia esquerdista, Obama).

O dragão só está invadindo um terreno baldio, já que não tomamos uma atitude nacionalista (apelidada de nazi-fascista por esquerdistas) e de sermos os donos do nosso próprio destino porque nossos governos estavam ocupados demais com demagogias sociais e inchaço estatal totalitário (ao gosto dos comentaristas filo-socialistas) pós-constituição de 1988 – além daquele papo de “não temos inimigos – para que termos forças armadas ? – militares são malvados fascistas torturadores e nazistas paranóicos de filmes”, etc.

É o que sempre defendemos: para ter um invasor, basta não haver uma cerca (=defesa e estadistas) entre nossas goiabas (=nossos recursos) e ele (=o imperialista).

Sempre há um oportunista, e caricaturas dos tempos das guerras mundiais sempre retrataram países como moças bonitas e indefesas, e invasores como estupradores tarados ou raptores. É, realmente, um estupro da pátria. Bons filhos dessa “mãe gentil, pátria amada, Brasil” nunca permitiriam isso. Só filhos da madrasta (=adotados por outras potências) seriam capazes de tanta deslealdade.

Saudades dos tempos em que dragões eram personagens de contos infantis ou nomes de filmes de artes marciais do Bruce Lee ou do Van Damme…Socorro, Chuck Norris!

M.Silva
M.Silva
6 anos atrás

Agnelo Moreira ,
4 de Fevereiro de 2018 at 18:11:

Eu não só não duvido de que a China possa nos invadir e ocupar-nos para garantir seus interesses como tenho certeza disso também. Afinal, estarão defendendo suas propriedades e interesses aqui. E ainda bancará muitas milícias paramilitares esquerdistas para ajudá-la.

Mas o povo que se crê uma exceção mundial abençoada por Deus nem levanta essa possibilidade. E, se as coisas continuarem como estão, perderemos, pois se vê claramente a política firme e persistente de fragilizar e vulnerabilizar esta nação.

Marcel Danton Silva
Marcel Danton Silva
6 anos atrás

Leio uns comentários aqui que arrepia a alma pela falto de um discernimento mais profundo sobre as consequências nefastas para uma nação que não prima por instituições solidas. Pensamentos rasos são facílimos de grudar na mente de povo estulto.
Alerto que ficar entre a briga comercial/poder SEMPRE trará ao país disputado sabotagens e “patrocínio” à facções politicas internas na luta pelo poder no Brasil e, assim, “facilitar” para a China o eterno desejo de fustigar os EUA.
Chama-me a atenção e, por esse motivo, tomo partido dos (não tão santos) EUA, olhando o desenrolar da nefasta Coreia do Norte.
RUssia e China “protegem” e ajudam um canalha megalomaníaco que ameaça o mundo e, particularmente, NOSSO modo de vida ocidental.

Já temos os não menos nefastos e históricos açoitadores do ocidente…os muçulmanos..que vai piorar com a ida do Brasil ao Congo…
Odioso ver energumenos alvoroçados por esta disputa tomando partido de nações párias da humanidade….ou China e Russia não mataram e matam populações inteiras ao longo dos últimos 100 anos??!
Cuidado com as suas “torcidas” bobinhos…cuidado!

Marcel Danton Silva
Marcel Danton Silva
6 anos atrás

Enquanto isso o Brasil não exercita suas FA e deixa os “Cariris” aqui massacrando o cidadão honesto (estudante e trabalhador assiduos). 60 mil assassinatos fora os acidentes de automobilisticos que esses mesmo Cariris promovem Brasil afora.
Todos os países do mundo limitaram os tranqueiras de sua sociedades através das FA e sua disciplina.
A guerra praticada ceifa a vida de potenciais assassinos e atrasadores da sociedade. Claro que vai ter de obriga-los a irem né, pois esses Cariris são covardes.
O vão ou ficaram nas masmorras do Estado! Portugal mandou explorar o medonhos oceanos somente gente degeneradas da sua sociedade….vamos limpar o Brasil desses descendentes?? Mãos a obra….entremos em guerra.

OSEIAS
OSEIAS
6 anos atrás

devemos negociar com o mundo, isso é globalização. Mas vamos relembrar o que foi o caso “Valemax”. vamos ver com quem estamos negociando, e nos preparamos. Isso vai acontecer de novo.

M. Silva
M. Silva
6 anos atrás

Marcello Magnelli,
5 de Fevereiro de 2018 at 3:33:

Procure melhorar seus conhecimentos de guerra híbrida – antes da dominação econômica, há a destruição moral e social via ideologia (é o plantio). A dominação econômica e política vêm por último (é a colheita).

Não se engane: se o comunismo acabou, a Coreia do Norte e Cuba seriam democracias liberais? Só porque a China mudou sua economia significa que mudou sua ordem política comunista? Ah, qual é mesmo o nome do único partido político na China?

O comunismo (ou qualquer -ismo) é sempre aquela promessa de igualdade e liberdade para manobrar o povo para aceitar e ajudar a alterar a ordem das coisas, prejudicando-o e ajudando a quem o manipula.

Renato B.
Renato B.
6 anos atrás

Eu concordo que dinheiro é dinheiro. Melhor ter duas opções de negociação que uma.

João Adaime
João Adaime
6 anos atrás

Cavalheiros
O Brasil deveria assumir sua posição de liderança na América do Sul e junto aos países africanos banhados pelo Oceano Atlântico. Liderança não é ser déspota ou explorador. É apenas mostrar a eles que juntos podemos ser mais fortes do que somos separados.
Como?
Isto já estava sendo feito pelos dois governantes anteriores, com investimentos e financiamentos em diversos países, assim como discussões em foros regionais. O único probleminha é que esta iniciativa não visava o bem comum, mas apenas o bem de poucos. Mas isto é outro assunto.
O caminho é este. Faltam apenas alguns ajustes. Com uma América do Sul e África unidas, fica mais fácil negociar com quem quer que seja. E obter muito mais vantagens.
Nem todos iriam aderir, é claro. Mas prefiro a qualidade à quantidade. Pouco importa a China ter “forte” presença no Equador se Brasil, Chile, Argentina, Colômbia e Paraguai estiverem unidos em seus propósitos. O que conta é a soma dos PIBs. Que é onde estão as oportunidades.
O mesmo vale para europeus querendo se intrometer na Amazônia (toda ela) ou os norte-americanos dizendo com quem podemos ou devemos manter relações comerciais.
Seria uma Unasul do bem.

Rodrigo Ferreira
Rodrigo Ferreira
6 anos atrás

João Adaime 5 de Fevereiro de 2018 at 10:55

O único investimento que os dois “presidentes anteriores”, usando as suas palavras. Ou seja..

Os dois do PT, que o único investimento sério que fizeram na África foi em corrupção.

Tou até com medo quando começar a LAVA BNDES…

A Lava-Jato vai ser dinheiro de pinga.

João Adaime
João Adaime
6 anos atrás

Rodrigo Ferreira
Exatamente o que eu disse:
“O único probleminha é que esta iniciativa não visava o bem comum, mas apenas o bem de poucos.”
E não foi só na África. Foi também na América Latina e no Caribe.
Abraço

Zé
6 anos atrás

A América para nós Americanos!

Control
6 anos atrás

Srs

Algumas considerações:
• Quando há uma entrada de capital para a implementação de um novo bem de produção como uma indústria, isto é, de fato, um investimento;
• Quando há uma entrada de capital para a compra de um ativo já existente, que passará a gerar lucros a serem transferidos para o comprador externo, isto, na prática, é uma perda, sendo compensada apenas parcialmente pela manutenção de empregos;
• Quando há uma entrada de capital oriunda de um outro Estado para a aquisição de ativos, isto é uma perda de soberania, caso o ativo seja parte dos bens ditos estratégicos (sistemas de energia, comunicação e outros recursos de infra-estrutura).
• A China tem interesse na América do Sul, não para confrontar o Tio Sam, mas sim porque ela tem grande volume de terras para produção agrícola, tanto que o seu foco principal é Argentina e o Brasil. Como para produzir e exportar os alimentos é preciso haver uma infra-estrutura e, também, uma boa capacidade de controle sobre o país, além de um empenho na aquisição e investimento com meios de transporte, os chineses também estão a comprar ativos do setor de energia elétrica. É claro que isto não impede que eles queiram explorar recursos minerais e ganhar um bom dinheiro com serviços. Mas isto é subsidiário, pois o objetivo é estratégico, como nos mostra a experiência que se tem com suas ações na África, onde eles mantêm seus “investimentos” mesmo quando eles se mostram não lucrativos.
• A China está a retornar a sua posição de império, só que desta vez com amplitude global. Observem que, diferente do Tio Sam, que nunca foi um império no sentido lato do termo, a China tem uma cultura e tradição imperial. Não cabe, portanto, considerar que a ação da China será uma reprodução oriental da ação americana. A visão do mundo, a lógica e o foco de interesse são outros.
• Hoje, a China é o maior parceiro comercial do Brasil e da Argentina e isto tende a se ampliar conforme a China adquire ativos e estabelece vínculos mais fortes com eles; e tal processo deve prosseguir até a China estabelecer uma dependência tal que, na prática, tais países se tornarão, virtualmente, colônias chinesas. Isto já está em curso.

Isto só não acontecerá se os ditos países mudarem totalmente sua visão estratégica do mundo e adotarem uma postura independente, o que é difícil, ou o Tio Sam abandonar sua paixão pelo próprio umbigo e retornar a uma política similar a da época da guerra fria, o que também parece difícil com a crise isolacionista por que passam.

Sds

Agnelo
Agnelo
6 anos atrás

João Adaime, boa tarde

Além do que mencionou, o q me preocupou foi a manipulação da UNASUL para interesses das nações (seus governos) vizinhos.
Hugo Chavez estava “mafrudo” demais.
A Barbie atropelada da Argentina já estava querendo as Falklands…
Ou seja, começaram a provocar brigas se garantindo nos outros.
Não duvido nada, q os governos lulopetistas seguraram o desenvolvimento/crescimento da FAB e MB por isso…
Sds

ODST
ODST
6 anos atrás

BC

Ficou BEM claro que essa é realmente uma opinião sua, e não um fato.

Fala sério, posicionamento genuíno? O Chile? Logo eles, que são completamente submissos aos interesses dos ingleses? De verdade que você pensa isso?

O Chile que você conhece definitivamente não é o mesmo que eu conheço.

Marcello Magnelli
Marcello Magnelli
6 anos atrás

M. Silva 5 de Fevereiro de 2018 at 10:29
Leia direito o que escrevi e me diga onde foi que escrevi que o comunismo acabou?
O que eu afirmei é que a “exportação do comunismo” é coisa do passado assim como a dominação militar porque, basicamente, não funcionam. São caros e trazem mais problemas do que resolvem.
O mesmo se aplica em uma suposta exportação do modelo democrático e de livre mercado pelos Estados Unidos. Veja o fracasso do modelo no Oriente Médio, e como a tão falada Primavera Árabe virou de um “sonho de liberdade” para um inferno fundamentalista. Síria, Líbia e Iraque são países destruídos e que não servem nem servirão para nada por umas boas décadas. Além de não servirem para nada no estado atual ainda são fonte de problemas como refugiados, celeiro de terroristas e por ai vai.
E, convenhamos, por que invadir e conquistar o Brasil se eles podem ter o que querem apenas comprando? Para eles não interessa a cor do gato desde que ele cace ratos.
E uma coisa é certa: mesmo que a China tenha interesse em se “apossar do Brasil” vamos ter que esperar pois a África esta mais perto e é mais fácil de ser conquistada.