O Combate à Ponta do Iceberg da Criminalidade
Por Gen Bda Luiz Eduardo Rocha Paiva
O vulto assumido pelo crime organizado permite classificá-lo como ameaça à lei, à ordem e à própria soberania nacional, pois o Estado perdeu a autoridade em áreas, ainda que restritas, de algumas metrópoles no País. No Rio de Janeiro, existem complexos de favelas controlados por facções criminosas, que impõem a sua “lei”, constituindo um estado paralelo ao Estado nacional no exercício da violência.
O emprego das Forças Armadas (FA) na segurança pública, num quadro de garantia da lei e da ordem, tem sido contumaz. No entanto, é apenas paliativo com efeito superficial e de curta duração, haja vista o retorno aos níveis de violência e o controle da bandidagem tão logo as tropas são retiradas das áreas conturbadas. As FA não são preparadas nem estruturadas para a segurança pública, em que os conflitos devem obedecer a leis e regras rígidas, que limitam a liberdade de ação para o emprego da violência com a mesma letalidade exigida em conflitos armados na defesa da Pátria contra um inimigo externo.
As fronteiras nacionais são um dos pontos críticos na gestão da segurança pública, pois a extensão, a permeabilidade e a porosidade dificultam, drasticamente, seu controle efetivo e o bloqueio de ilícitos transnacionais. Tal dificuldade foi agravada pelos acordos de livre comércio e pela globalização, que facilitaram a passagem e ampliaram a circulação de cargas pelas vias terrestres, marítimas e aéreas. Se os EUA não conseguem evitar o maciço tráfico de drogas e a realização de outros ilícitos nos 3 mil km de sua fronteira terrestre com o México, contando com seus imensos recursos para esse controle, o que dizer do Brasil. São 17 mil km de fronteiras terrestres, sendo 11 mil km em selva, com centenas de entradas possíveis, e 6 mil km em área humanizada, com enorme fluxo de comércio.
As fronteiras marítimas têm 7,5 mil km com dezenas de portos que movimentam milhares de contêineres por dia, cuja fiscalização é extremamente difícil. O mesmo pode-se dizer da volumosa entrada de cargas por inúmeros aeroportos oficiais. Cumpre destacar que, na fronteira aeroespacial, aeronaves do tráfico de drogas e armas entram no espaço aéreo, voam por dez minutos, aterrissam em algum campo de pouso clandestino ou lançam sua carga e regressam, não dando tempo ao controle aéreo para reagir. Portanto, é um engano acreditar ser possível um controle tão efetivo das fronteiras a ponto de considerá-lo a ação principal contra a criminalidade.
No Brasil, esse combate tem visado mais às consequências do que às causas da ascensão do poder da criminalidade, que se aproveita de gravíssimas vulnerabilidades nos campos político, social, jurídico, policial e penal. Algumas importantes vulnerabilidades estão listadas no quadro a seguir.
As organizações criminosas (OC) de nível nacional (OCN) são o Primeiro Comando da Capital (PCC), presente em todos os Estados da Federação, e o Comando Vermelho (CV), com ampla disseminação no território nacional. Essas facções disputam entre si o poder em vários Estados e neles convivem ou atritam com outras organizações criminosas de expressão local ou regional (OCR). As ações das OCN e OCR, quando necessário, envolvem crimes violentos, de âmbito nacional ou transnacional, como os relacionados com tráfico de drogas, contrabando de armas, tráfico de pessoas, sequestros e outros; lavagem de dinheiro, que inclui a gestão de negócios com fachada de legalidade; infiltração em diversos segmentos da sociedade, inclusive na justiça, na política e nos órgãos de segurança pública (OSP); corrupção; cooptação; chantagem; intimidação; controle violento de comunidades e de várias atividades lucrativas como as de transporte.
Existem OC do tipo “máfia”, voltadas para os crimes financeiros e sem violência, envolvendo lideranças de altos escalões, partidos políticos e empresários. O mensalão e o petrolão são exemplos do funcionamento dessas OC, cuja repressão deve seguir o modelo da Operação Lava Jato.
O combate específico às OCN e OCR violentas, ponta de um profundo iceberg, é apenas parte da solução do problema, que exige, simultaneamente, ações estratégicas de longo prazo sobre as vulnerabilidades listadas no quadro anterior. Tais vulnerabilidades, como se pode deduzir, estão em diversos setores da Nação, além do que é relativo, especificamente, à segurança pública. Esse combate requer centralização, coordenação e integração, desde os mais altos escalões, em um Projeto Estratégico de longo prazo, com visão da situação desejada no futuro e os objetivos e as metas sucessivas.
A seguir, são sugeridas algumas medidas de combate às OCN e OCR, que não esgotam o rol das necessárias:
- endurecer a lei sobre Organização Criminosa, tornando a justiça ágil e mais rigorosa;
- emprego de forças-tarefa de composição mista (Jurídico, Inteligência e Operações) por Estados ou Regiões, com foco nas OCN e OCR, e não na bandidagem isolada; utilização da prisão preventiva aos enquadrados na lei e fim do foro especial;
- líderes e membros de maior periculosidade recolhidos em presídios especiais de segurança máxima, separados entre si e executando trabalhos rigorosos;
- controle rigoroso das visitas, inclusive de advogados, e das ligações entre esses presos e o exterior das cadeias, impedindo efetivamente o uso de meios eletrônicos;
- os alvos seriam as lideranças, as estruturas de gestão das OC e o seu braço armado; e
- as ações de inteligência buscariam identificar e localizar as lideranças e os apoios logístico, financeiro e político, enquanto as operações decorrentes seriam realizadas por forças-tarefa dos OSP e dos grupos especiais das Forças Armadas, quando necessário, ou pelo emprego de tropa em operações de grande envergadura.
A situação é gravíssima e sua deterioração poderá resultar num quadro semelhante ao de guerra civil, em que a perda da autoridade e da soberania interna pelo Estado traria, como consequência, grande risco para a unidade nacional. A Nação tem que ser conscientizada de que o combate à criminalidade será de longo prazo e implicará o emprego da violência com efeitos colaterais e, eventualmente, com restrições à liberdade individual.
Em curto prazo, poderá ser uma questão de vida ou de morte para o Brasil!
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
Esse conceito de crime organizado como o com maior nível de organização e estruturação hierárquica está superado, embora ainda seja popular, está há muito superado pelo que, acertadamente (no meu modo de ver) entende o crime organizado como a parte das estruturas criminosas que (I) atua na origem do poder punitivo do estado, tipificando ou não condutas e/ou alterando a legislação pertinente que permite a ação criminosa ou que impede/obstaculiza a punição de atos essenciais à prática do crime, ou (II) que atua na estrutura do poder punitivo do estado, inviabilizando o agir eficiente dos mecanismos de combate ao crime ou a implementação de tais meios.
Sem que se atue contra essas frentes dificilmente algo além da ponta do iceberg será atingido.
General – de -brigada Luiz Eduardo Rocha Paiva, Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria em 15/ 12/ 1973, na Academia Militar das Agulhas Negras e promovido a General-de-Brigada em 31/ 03/ 2003. Passou à reserva remunerada em 31/ 07/ 2007, quando era Secretário-Geral do Exército.
Possui doutorado em Aplicações, Planejamento e Estudos Militares na Escola de Comando e Estado–Maior do Exército (ECEME – RJ) – 1988/1989.Mestrado em Aplicações Militares na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO – RJ) – 1982; Pós Graduação Lato Sensu em Política, Estratégia e Alta Administração Militar – Especialização, com ênfase em Estratégia, na ECEME – RJ – 2000; Pós Graduação Lato Sensu MBA Executivo do Exército Brasileiro – Especialização, na FGV – RJ – 2000; Graduação em Aplicações Militares na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN –RJ) – 1970/1973; estagiou na 101ª Air Assault Division, do Exército dos EUA, onde fez o curso de operações aeromóveis na Air Assault School; foi Observador Militar das Nações Unidas em El Salvador – América Central e fez o Curso de Estado-Maior na Escola Superior de Guerra do Exército Argentino. Comandou o 5º Batalhão de Infantaria Leve (Regimento Itororó), em Lorena – SP, quando cumpriu missão de pacificação em conflito entre o MST e fazendeiros no sul do Pará, em 1998. Como oficial-general foi Chefe da Assessoria Especial do Gabinete do Comandante do Exército, encarregada de implantar o Programa Excelência Gerencial do Exército, comandou a Escola de Comando e Estado – Maior do Exército e foi Secretário -Geral do Exército.
O assunto é sério. Bom saber que Generais do exército (ainda que na Reserva – mas certamente trazendo visão interna) estão preocupados com o assunto.
È fazer campos de concentração no meio da amazonas vários dezenas deles fácil de vigiar tendo o exercito do lado de fora,como ilhotas, não tem jeito e pedir o EUA auxilio financeiro, pois a eles interessam que as drogas não vão para lá. Por um oficial general em cada frente de comando das policias estaduais,com o comando maior entre exercito é elementos da policia,dar carta branca para que a Fab e MB patrulhem mais as nossas fronteira com vant e pequenos barcos.Não é fácil não é uma luta ardúa mas se os países não unirem no combate aõ crime esse pessoal vai mandar nas cidades e estados ficando os prefeitos,governadores como fantoches, é a população a mercê do crime organizado.O que está acontecendo no Rio é um absurdo.
Olá Colegas. A população carcerária brasileira é a terceira maior do mundo (certa de 700.000 pessoas). A maior causa de aprisionamento é tráfico (25% homens, 65% mulheres) seguido de roubo (20% homens, 5% mulheres), homicídios (15% homens, 5% mulheres) e furtos (12% homens e 7% mulheres). Sabemos que uma enorme fração dos roubeos, homicídios e furtos estão relacionados ao tráfico de drogas. Portanto, não é errado considerar que metade dos aprisionamentos estão relacionados ao tráfico. Há 30 anos as políticas de segurança pública foram pautadas pela guerra à drogas, e foi um enorme fracasso. Talvez seja hora de uma revisão dessa estratégia, descriminalizando e legalizado o uso de drogas, o que irá desmontar as redes de tráfico, e fortalecer as políticas de prevenção e tratamento de usuários. Minha esposa trabalha com dependentes químicos há 15 anos (tanto de classe média quanto baixa renda) e ela conta que a política de repressão é um fracasso.
A ponta do iceberg chama-se desemprego…Com o exdesgoverno petralha mentindo que aqueles milhoes que recebem o bolsa-esmola sao “empregados”, nao restam duvidas que a unica saida é a desestatizacao com demissoes no funcionalismo gigante. As empresas privadas e os cidadaos que nao tem vinculos trabalhistas com o Estado, sao obrigados a sustentar benefices que nao existem no mundo real privado e que existem apenas para os poucos que se beneficiam das Leis trabalhistas…
É fundamental o governo parar de se entrometer nas relaçoes de trabalho, parar de esconder sua inflacao pela taxa de juros e dar um fim no plano Real, a moeda que esconde a inflaçao de um Estado improdutivo e Ineficiente.
Ninguem se torna bandido a toa, fora gentalha como o bandido condenado LULA…os brasileiros querem trabalhar mas o Estado enorme e gastao nao permite. Os verdadeiros criminosos que pagam 300 Bilhoes de reais em juros da divida interna sao aqueles que deveriam ser comsiderados como os verdadeiros criminosos e nao quase a totalidade de uma populacao sem escola, saude ou segurança.
Outro ponto que precisa ser revisado é a demora dos julgamentos e a quantidade de pessoas encarceradas esperando julgamento. No Ceará e Mato Grosso, por exemplo, esse número chega a 50%. Um sistema de justiça que não funciona resulta em um sistema injusto que agrava o problema de segurança publica. Não adianta penas mais pesadas se o sistema judiciário é incapaz de julgar os processos. Por outro lado, penas pesadas para crimes leves (como furtos) é um erro porque serve apenas para encarcerar uma enorme população que não representaria ameaça mas que se torna membros das grande organizações criminosas baseadas no tráfico.
A coisa tende a ficar bem feia. O governo tem que dar carta branca pra que se revide nas mesmas proporções, vai morrer vagabundo aos montes e creio que haverá muitos inocentes mortos colateralmente, mas se não formos enérgicos e focados agora , a realidade do RJ tende a se espalhar e ficar ainda pior e guerra civil será pouco no futuro. Tem de começar por acabar com a praga dos direitos dos inumanos,coisa tosca que tem até valor, se não fosse tão usurpada e deturpada por aqui. Deem carta branca pro EB,MB FAB e guarda nacional pra ver a limpa que vão fazer.
O foda é que os chefes estão entre vereadores,deputados, senadores e afins politicos e se não acaba com eles a coisa não anda.
Tomcat3.7, deixe as Forças Armadas longe deste lixo, só vão se corromper e a situação só vai piorar.
Que se equipe melhor as Polícias.
O trafico cresceu nas favelas do Rio de janeiro primeieo por que nao era o principal problema da epoca, estava de olho nos comunistas, segundo nao afetava as classes medias e altas, e terceiro muita gente com grana curtia isso vide os depoimentos de dona Narcisa Tamboridegue.
Hoje o problema e agravado pela rede de crimes, que se ampliaram com ele: roubo de cargas,roubo a bancos,pirataria, trafico de armas, roubos e envio de carros para o Paraguai e Bolivia mas, nao creio ser essa Hydra pintada na materia.
Quando realmente tivermos mais patrulhamento mesmo nas fronteiras terrestres, maritmas, e areas alem, claro dentro das periferias a coisa pode diminuir e muito, ja que a falta de presenca das forcas de seguranca facilita a vida do criminoso.
Esse patrulhamento nao precisa de mega armas para as forcas armadas, blindados , tanques, LPD, cacas supersonicos e(isso para guerras intensas e missoes no exterior) nem mesmo so de caveiroes para as policias locais, mas sim de equipamentos mais baratos porem em grande quantidade marcando presenca: muitos jipes blindados, helicopeteros e avioes leves mas armados, lanchas e barcos leves com bom poder de fogo(jipes aos milhares e os demais as centenas, longe sa miseria quantitativa de hoje) pelo menos nas cidades as viaturas policias estejam nas ruas e nao enferrugando em patios como umas 300 da policia militar do Rio de janeiro, maior policiamento de moto e todas compradas, sem alugueis que custam muito mais caros do que a compra, como tambem vemos neste estado.
So esqueci de falar do maior desafio, nossa imprensa e politicos que chamariam isso de belicismo exagerado mas, da pra ser feito.
Camargoer, boa tarde
Bebida, cigarro, CD, DVD, eletro-eletronicos, brinquedos etc são todos legalizados e, mesmo assim, movem uma máquina enorme de corrupção.
Não acredito Q a legalização vai mudar muito as coisas. Só diminuir a punição de quem comete o tráfico, Q será descaminho.
Sds
Prezados,
A nossa crise vai muito além de uma crise moral, ética ou econômica… Ela é precedida, antes de mais nada, por uma crise intelectual.
Não há sistema econômico ou jurídico que prevaleça sem que haja uma base cultural forte. Daí que nossa alta cultura foi severamente golpeada… As nossas principais cabeças pensantes ( a elite intelectual ), salvo raríssimas exceções, simplesmente estão aquém do desafio, e não são capazes de formar novas gerações que sejam verdadeiramente capazes… E isso tem evidentes reflexos em nossa classe política, que nunca antes foi tão medíocre…
Em suma, antes de pensar em reestruturação econômica, deve-se pensar na reestruturação cultural do País. O resto vem a reboque…
Reestrurar culturalmente o Brasil é viável. E todo o cidadão pode ( isso para não dizer que tem o dever de faze-lo ) engajar-se nessa questão, coisa não requer muito esforço. Basta começar por interessar-se e buscar informação sobre o que quer que seja. Ainda há a disposição fertil literatura. É só procurar…. Ninguém precisa ser um Aristóteles, um São Tomás de Aquino ou um Nietzsche… Só o ato de interessar-se por algo que esteja além de mero desejo carnal e buscar conhecimento sobre isso, já é suficiente para começar a desenvolver um arcabouço de cultura, e a partir daí, quem sabe, propiciar a propagação do conhecimento até que chegue a mãos que se interessem por desenvolve-lo…
E antes de mais nada, deve ser entendido que restaurar culturalmente um povo é coisa pra décadas… É quase um trabalho de formiguinhas, e terá acertos e reveses ( e sabe-se lá o que pode sair no meio disso tudo… ). Só sei que se todo mundo enterrar a cabeça na areia, aí é que a coisa não vai pra frente mesmo…
Acredito que ainda estamos em um estágio onde os danos são reversíveis, posto ainda existir no seio da sociedade todo um conjunto de valores que, mesmo estando em baixa, estão presentes. Esse eu penso ser o “gancho” que se precisa… E nisso tudo, vejo que as religiões cristãs tem um papel fundamental no nosso caso, pois, ao proporcionarem esse arcabouço de valores elementares, que estão anexos a cultura, terminam por ainda terem influência decisiva na ação reta das pessoas. E de fato, não há civilização que sobreviva sem que haja em suas bases uma religião forte, que lega a esta ao menos um dogma a ser seguido e que se presta para a organização elementar da sociedade, propiciando assim uma unidade. Por certo que não é exagero afirmar que o declínio da sociedade está diretamente ligada a decadência das religiões… Estuda-las e compreende-las, portanto, também deve fazer parte de quem busca estabilidade social…
Camargoer, o tamanho da população carcerária brasileira é condizente com o tamanho da população. Temos a 3ª maior população carcerária e a 5ª maior população. Apenas superamos a Índia (que é uma pocilga sem lei) e a Indonésia (que é uma pocilga com pena de morte).
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Se analisarmos o número de presos por habitantes, o Brasil despenca no ranking, tendo, no mínimo, uns 30 países com maior taxa de encarceramento do que o Brasil. Aliás, São Paulo que puxa a taxa de encarceramento para cima. Alguns estados do Nordeste tem taxa de encarceramento bem baixa.
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E como você é um leitor atento, acredito que saiba onde é mais provável ser assassinado, se SP ou em alguma capital nordestina (vale para os estados também).
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Encarceramento não é problema. É solução.
Caio, amigos,
Qualquer problema que gere distúrbio social, somente haverá de se combater com legislação condizente…
Na real… Pode-se colocar mais policiais, mais viaturas, ampliar vigilância de fronteiras e etc… Nada disso vai efetivamente funcionar sem que haja uma verdadeira legislação que coíba o crime. E ela, como bem disse o ‘Camargoer’, necessita de um suporte físico ao meio jurídico. Afinal de contas, também de nada adianta termos leis que julguemos eficazes se o judiciário se mostra lento em julgar.
RR , correto, em primeiro lugar temos que mudar a lei, votar a inimputabilidade para policiais,militares, civis que reagem a ação de bandidos, eliminando os vagabundos.
Segundo lugar, punir severamente qualquer pessoa envolvida no tráfico de drogas, com extrema dureza, sem possibilidade de habeas corpus.
Terceiro, bombardear todas pistas clandestinas no Paraguai e na Bolívia de onde vem 80% das drogas que chegam as regiões sul e sudeste.
Afundar sem aviso prévio toda e qualquer embarcação que for abordada com drogas, prender toda a tripulação, independente de se paraguaio, boliviano ou Marciano.
Abater todo e qualquer tráfego aéreo na região sem plano de voo e sem autorização do controle aéreo.
Três meses de torcendo o pescoço da galinha que ela bota a língua de fora.
Todo e qualquer jornalista que fizer apologia as drogas e divulgar vitimismo de vagabundo será preso e processado.
Ahh, vocês acham que eu sou radical??
Deixem andar assim mais dois anos e Aleppo no auge da guerra vai parecer uma colônia de férias perto do “Hell” de Janeiro.
G abraco
AHhh, escrevi com muita emoção e esqueci ade uma ação militar importantíssima:
Inserir forças especiais no Paraguai e na Bolívia para capturar chefes de cartéis, policiais e militares que dao cobertura ao tráfico, trazendo-os para o Brasil para serem julgados e condenados.
Os traficantes serão eliminados in loco.
G abraco
As únicas coisas que eu não quero são:
1) População armada. Não quero ficar no meio de motoristas trocando tiro. Não quero estar num bar e começar tiroteio por causa de mulher, ou porque alguém esbarrou em outro. Não quero que as pessoas saiam fazendo justiça com as próprias mãos, resolvendo tudo a bala, e me acertem sem querer ou a alguém da minha família.
Libere as armas para um monte de gente que não sabe usar, num país em que não se tem noções de civilidade, e o caos será pior do que o atual.
2) Carta branca para polícia ou forças armadas saírem matando. Não se resolve o problema do crime autorizando agentes públicos a praticarem crimes. Não quero que um policial militar ou soldado do exército me confunda ou um familiar meu e o execute. Não se pode dar tamanho poder (vida ou morte) para um soldado. Inocentes executados são mero “efeito colateral” até que seja um parente seu.
A imensa maioria dos homicídios no Brasil é de negros e pobres. A classe média, da qual faço parte, sofre “respingos” da violência. A chance de eu ser assassinado é pequena. Agora, se começar a dar arma para qualquer um e a autorizar soldado a sair matando, as chances de eu ser vítima aumentam.
O combate à violência no Brasil não é só uma questão de polícia.
É necessário reduzir a desigualdade social. No geral, países com menor desigualdade social têm índices inferiores de violência. Os países mais violentos do mundo são também aqueles mais desiguais. É só olhar para a América Central, por exemplo.
Mas o que estamos fazendo para reduzir a desigualdade? Nada. A classe média brasileira acha que faz parte do mesmo grupo dos ricos, e apoia porrada em pobre, confronto etc. Só que rico anda de helicóptero, tem casa em condomínio de alta segurança, escolta armada… A classe média é que fica no meio da confusão, no meio dos tiroteios entre polícia e bandido. Deveria, portanto, estar mais preocupada com políticas de redução da desigualdade do que ideias de armar a população ou incentivar o combate militarizado do crime. Uma pessoa de classe média, em termos de padrão de vida, está muito mais próxima de um favelado do que do Blairo Maggi, dos Marinho ou da família Safra.
A questão da descriminalização das drogas talvez seja algo também para se pensar. Não tem um país no mundo que tenha conseguido se livrar delas.
Outra coisa que deveria acontecer é: ou reformulamos completamente o sistema penitenciário, para que ele cumpra o papel de ressocialização dos detentos; ou então assumimos que isso nunca acontecerá e alteramos a legislação, suprimindo benefícios que hoje existem para promover a ressocialização, mas que não surtem efeito em virtude das condições das cadeias e presídios, como progressão de regime, indultos etc.
É isso aí, precisamos de juízes que façam cumprir as leis e do entendimento geral de que NINGUÉM está acima da lei. Tolerância zero das polícias, grampear desde quem mija no muro até os chefes do crime organizado, autoridades e grandes empresários comprovadamente envolvidos em transações ilícitas, tudo com o devido respaldo legal. Isso se chama profilaxia criminal. E finalmente, na execução penal, extinguir os benefícios de progressão de pena dependendo da gravidade do delito praticado. Essas ações talvez convencessem os politicamente corretos, direitos humanos, “lavados-cerebrais” por ideologias e quejandos a reclamarem ao bispo e pararem com a palhaçada de defender o indefensável, como no caso de um determinado eminente elemento recém-condenado. Há meses esses ameaçam “Não nos renderemos!”, como fantasiou um líder de sem terras se aquele fosse condenado. Só há rendição se houver troca de chumbo, e esse comandante nunca foi além de disparos retóricos. Se tivesse bala na agulha, o falastrão mobilizaria algum destacamento para impedir sua condenação e, na quinta-feira passada, para que a Justiça Federal confiscasse o passaporte daquela eminência, de malas prontas para voar à Etiópia para uma falsa conferência da ONU contra a fome, travestido de perseguido político. Nada aconteceu. E nada vai acontecer quando for decretada a prisão desse elemento condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Uma senadora ligada a ele avisou que para punir o chefão seria preciso prender e matar muita gente. Ninguém morreu, ninguém foi preso. Outro aliado gravou um vídeo para informar que estaria em Porto Alegre decidido a liderar os pelotões do partido. Retido em Brasília pela tornozeleira eletrônica, acompanhou pela televisão o nocaute do chefe. Com um exército desses os aliados do elemento só conseguem matar o país de rir. Contra esse tipo de atitudes, só condenações justas como exemplo didático, proferidas pela Justiça.
Olá Agnelo. Acho que não da para comparar a dependência química do usuário com a motivação do consumidor de DVD pirata. Contudo, dá para comparar o consumidor de álcool e cigarro com o dependente de cocaína. Segundo o Dr. Varela (no livro Carandiru) ele testemunhou muitos prisioneiros com tuberculose ou HIV se livrarem do crack e da cocaína mas não do cigarro. Se assumirmos que a dependência química do cigarro e álcool seja similar à do usuário de cocaína ou crack, é um fato que a comercialização das drogas lícitas (cigarro e álcool) não causam violência mas o tráfico da cocaína e crack está inserido em um ambiente de violência. Durante a Lei Seca nos EUA, ele criaram uma sistema de extrema violência relacionada ao tráfico de bebidas ilegais. Essa violência foi reduzida quando legalizaram o consumo de bebida. Existem estudos que mostram que o consumo de drogas não aumenta quando ocorre a descriminalização, mas ocorre uma redução da violência e os sistema de tratamento ganha eficiência. Sobre a maconha, tem alguns estudos da UNIFESP que mostram que não há relação entre o consumo dela e o consumo de cocaína, a não ser que geralmente é o mesmo traficante que vende as duas. A descriminalização do consumo de drogas reduz o problema da violência do tráfico, mas não altera o problema de saúde e recuperação do dependente. Mas o atual sistema de guerra ás drogas também não ajuda a recuperação do dependente. Então, ao descriminaliza o uso de drogas e legalizar o seu comércio, acaba-se com o problema da violência do tráfico e parte substancial dos recursos usados na repressão poderá ser usada no tratamento dos dependentes. Eu sei que e polêmico mas considerando que o sistema de repressão fracassou, e considerando o que aconteceu durante a Lei Seca nos EUA, talvez seja hora de uma mudança completa em como lidamos com o problema do tráfico. (veja, falo no problema do tráfico, não do problema do dependente que é uma questão de saude pública, não de polícia)
Olá Rafael. Sua premissa que a população carcerária brasileira é proporciona à população está estatisticamente equivocada. A população carcerária no Brasil é de 711 mil (0,3%) que é a terceira maiir do mundo em valor absoluto. Em termos proporcionais, também é terceira (EUA tem a maior, seguida da Russia, depois Brasil, Peru, Colombia, CHile,Turquia e Mexico. China, India e Indonésia, que são paises bastante populosos, tem uma população carcerária percentual bem menor, parecida aos números da Alemanha, Finlandia e Japão. Ou seja, prendemos muito e ainda assim temos uma alta criminalidade. A conclusão é que prender não reduz a criminalidade. Deixo o link para os dados estatísticos que usei.
https://www.nexojornal.com.br/grafico/2017/01/04/Lota%C3%A7%C3%A3o-de-pres%C3%ADdios-e-taxa-de-encarceramento-aqui-e-no-mundo
Caros Juarez e Adriano,
Por que bombardear as pistas de decolagem na Bolívia e no Paraguai em vez de bombardear as pistas de pouso no Brasil?
Apesar da esquerda querer estragar cada vez mais o Direito Penal, ele tem seus fundamentos. Progressão da pena, pode ser mais rígida, mas acabar com ela complica muito a questão do comportamento nos presídios.
Matar em legítima defesa ainda não é crime. Claro que às vezes aparece um promotor querendo aparecer e apresenta denúncia, mas ainda estou para ver um caso de alguém que foi condenado por matar em legítima defesa.
Impossível acabar com o habeas corpus. Você está pressupondo que todo mundo que é preso pela polícia é bandido, mas isso está bem longe de ser a realidade. Tem um monte de policial bandido que inventa crimes para cometer extorsão ou punir um desafeto pessoal. Isso quando já não mete uma bala de uma vez.
Para mim, policial que comete crime tem que ir para presídio comum, após o trânsito em julgado.
Na minha opinião, quem comete um roubo merece uma pena muito maior que um traficante, afinal, uma pessoa é vítima de roubo, enquanto no tráfico não deixa de ser mero negócio de compra e venda. Ah, mas traficantes cometem outros crimes. Que sejam punidos pelos outros crimes, oras. Ah, mas os viciados sofrem. Sofrem porque optaram usar drogas.
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Daniel, permitir que o cidadão se arme não quer dizer que qualquer um possa obter uma arma. Teria que ser avaliado técnica e psicologicamente, como são os CACs hoje (acho até que poderia ser mais rígido). Um carro também expõe sua vida a um enorme risco e mesmo assim você aceita que as pessoas tenham o direito de dirigir, desde que passem por algumas provas (que eu também acho que deveriam ser mais rígidas). Antes do Estatuto do Desarmamento a taxa de homicídios era menor que agora, então esse cenário catastrófico é mera imaginação sua. Claro que eventualmente vai acontecer de alguém sair atirando no trânsito, como já acontece, assim como muita gente morre atropelada ou em acidentes por causa de excesso de velocidade, imprudência e etc.
Está na hora de tratarmos “crime organizado” como narco-guerrilha/ terrorismo, declararmos Estado de Defesa (Estado de Sítio), enfrentar os bandidos sem frescuras de “privilégios dos manos” e acabar com isso.
Camargoer, a repressão ao tráfico só funciona se nossos vizinhos pararem de produzir e exportar drogas para nós (além da exportação de armamentos). Para mim, isso é ato de guerra e mereceria um bombardeio de napalm das plantações e refinarias, além de bancar uns grupos paramilitares locais para fazerem uma guerra de procuração contra tais governos e tais bandidos (eles não fazem o mesmo conosco? – olha o PCC, CV, etc). E se nós tivermos justiça rápida (sem esse monte de tribunais e instâncias recursais), com penas duras (culpa dos nossos parlamentares) e sem “privilégios dos manos” nas operações policiais de investigação, patrulhamento, capturas e repressão ao crime, a coisa estaria sob controle (é impossível varrer o crime da face da terra). Pessoal bom de serviço com sangue nos olhos não falta em qualquer polícia.
Essa solução de liberar as drogas funcionará do mesmo jeito que a liberação do comércio do tabaco – não inibirá o contrabando e nem a venda ilegal (camelôs). Isso é ingenuidade. E ainda haverá os plantadores e processadores locais para concorrer com a droga legalizada. A repressão terá que continuar, nem que seja com eles.
Sem contar a desgraça de trombar com zumbis noiados no trabalho, na escola, na rua, na estrada, etc. dando tudo errado e provocando acidentes. Os furtos e roubos para garantir as doses diárias não pararão. E nem assassinatos de pequenos traficantes concorrentes ou usuários inadimplentes (essa atividade, no Brasil, prima pela burrice – traficantes de drogas na Europa faturam muito mais e nem se ouve falar em violência cometida por eles ou seus clientes, tudo na calada para não incomodar polícia ou população).
Essa pouca vergonha só acaba com um código penal e processual de lugares mais avançados nesse setor, como, por exemplo, Indonésia, Irã, Arábia Saudita, etc. Pena de morte para traficante (talvez para usuário) e outros delitos graves (homicídio). Chega de vitimismo! Há processos que duram menos de 10 dias para trânsito em julgado em países islâmicos. Perguntem se alguém está chorando de dó de bandido por lá – ninguém!
Um sistema de progressão de pena seria válido apenas para quem trabalhar na prisão (quem trabalhar 36 horas por semana durante 3/4 da pena – para primário, não reincidente – conquista o direito de liberdade condicional vigiada, exceto para os perigosos).
Crime com arma automática passaria a ser julgado por tribunal militar (crime militar) e teria pena dobrada. Hoje em dia, matar com um porrete ou com um fuzil dá na mesma (o mesmo ocorre com roubos, porte ou posse de armas, etc).
O pior é saber que drogas são estratégia de dominação pela alienação e pela destruição da moral de um povo com o apoio dos nossos narco-vizinhos, alguns deles amigaços do 9 Dedos.
Povo zumbi, povo escravizado e despesa para o erário (polícia, justiça, tratamentos, etc – falëncia do Estado).
Funks, raps, etc que incentivam o comportamento “Zé Droguinha” mimado, “Mano Violento” sem modelo paterno saudável,”Maria Funkeira” semi-nua de sexualidade desenfreada, exaltação do glamour da favela, etc precisam ter um fim, tanto quanto pagodes exaltadores de malandragens e breganejos de cornos cachaceiros ou playboys pegadores (ostentação e hedonismo são traços presentes em quase todos os criminosos).
É só ler um pouco sobre marxismo cultural detonando o Ocidente que se acha a causa disso tudo. Falar que pobreza causa crime é um insulto punido com a morte por linchamento popular em qualquer ponto de ônibus por volta das 18:00 nas cidades brasileiras.
Eu moro em um bairro em que todas, TODAS as favelas foram construídas em áreas militares, com o beneplácito dos comandantes, que assistiam as ocupações de camarote. A maioria surgiu na época do governo militar. Hoje ocorrem arrastões na frente de um batalhão de aeronáutica e o soldado assiste da guarita os traficantes usando armamento melhor do que o dele.
Camargoer, se temos a terceira maior população carcerária do mundo, estamos fazendo pouco, porque deveríamos estar em primeiro lugar. Qual das duas situações lhe parece mais plausível? (1) quando descriminalizarem as drogas, os traficantes vão finalmente procurar emprego honesto. (2) as drogas de qualidade serão vendidas em lojas, com altíssima carga tributária incidente, enquanto que as drogas de má qualidade continuarão sendo vendidas na favela. Para um viciado, vale mais a quantidade do que a qualidade.
Rafael Oliveira 31 de Janeiro de 2018 at 19:39
Caros Juarez e Adriano,
Por que bombardear as pistas de decolagem na Bolívia e no Paraguai em vez de bombardear as pistas de pouso no Brasil?
Porque eles estão largando fardos de para quedas ou em vôos rasantes jogando a carga no solo.
As pistas no Paraguai e na Bolívia são protegidas por policiais e militares a soldo dos cartéis.
Há alguns anos atrás um do DT de PV foi alvejado no ar por uma.50 de uma embarcação q transportava drogas. A inteligência depois descobriu que um militar da marinha boliviana operava a matraca.
G abraco
Crack em toda esquina. Porque trabalhador usa crack para esquecer a dor e a fome durante o dia. Ai com tempo perde juizo e cai na violência para conseguir outra dose. Teu cafezinho provavelmente foi colhido por cara que usa crack para esquecer a dor nas costas. Teu piso porcelanado foi fumado, teu estepe consertado também… assim vai.
Olá Leonardo. É preciso separar os problemas. Existe a violência relacionada ao tráfico (disputa pelo controle das áreas, cobrança de dívidas, etc). E existe o problema de saúde pública do dependente. Tomando o álcool como exemplo, existe problemas de contrabando, problema de sonegação fiscal, etc, mas não existe problema de tráfico. A venda legal de bebida alcoólica não elimina o problema do dependente (acidentes automobilistico, violência doméstica, cirrose, cancer de garganta). As experiência histórica (lei seca nos EUA, legalização da maconha em Portugal, consumo de ópio na China) sugere que quando o comércio é legal, não existe violência devido o tráfico. A violência relacionada ao combate à sonegação ou contrabando é muito menor do que a relacionada ai tráfico. Existem muito estudos que mostram que a porcentagem da população que é dependente de drogas não está relacionada à comercio legal ou ilegal. Hoje, temos os dosi problemas, a violência do tráfico e o tratamento do usuário. Ao descriminalizar o uso e legalizar o comércio, o foco será apenas no tratamento e na prevenção. A guerra à drogas fracassou.
A crise dos opioides nos EUA começou com remédios lícitos para a dor. Informação da moral.
Camargoer, minha premissa não está errada. Você caiu na pegadinha do Nexo.
Nos comparativos da matéria não estão todos os países do mundo:
“Abaixo, gráficos comparando a evolução da população carcerária brasileira à de países do G20*, América do Sul e nórdicos.”
Claro que não foi por má-fé, países europeus que possuem alta taxa de encarceramento, como Lituânia e Belarus, assim como o Uruguai que tem taxa quase igual a do Brasil, não foram citados.
Mas, pelos rankings, já dá para ver que Indonésia e Índia não são países sérios no combate à criminalidade. Ou você que a Indonésia é mais segura que o Reino Unido e que a Índia é mais segura que o Japão? Veja as taxas de encarceramento nesses países.
Infelizmente, a maior parte do material que trata de segurança pública é elaborada por militantes de esquerda, então é difícil achar informações que não tenham sido manipuladas.
No Brasil, a lei é a mesma em todos os estados. Mas SP encarcera bem mais que os demais, Por que São Paulo é menos violento que os demais estados? Será que não tem nada a ver uma coisa com a outra.
PS: alguns países caribenhos tem maior taxa de encarceramento que o Brasil, inclusive Cuba rsrs. Tem rankings em sites estrangeiros com esses dados compilados.
Uma mulher que tem filho ou irmão preso tem que traficar. Conheço caso de advogada que faz tudo para nao matarem o filho no presidio. De moça que foi violentada em troca da vida do irmão que não é de grupo criminoso. O texto é forcado. Comando de policia nao fala em salário pois sempre ganha o acertado para manter a tropa calada. Isso temos que falar. Moral é honestidade. Gente honesta e articulada muda isso tudo.
Concordo com Camargoer na questão da descriminalização.
Minha única ressalva é que, com o fim do tráfico, milhares de “soldados” descerão ao asfalto, pois não deixarão de ser bandidos nem entregarão seu armamento.
Haverá um pico de violência nas ruas que não se sustentará por muito tempo sem o ganho do tráfico, mas será traumático.
Tem estatística de grande estado que é furada. Escrivao nao registra pequeno delito e manda a população fazer online a pedido de gente grauda. Não cria mapa da violência como base pra policia militar trabalhar logo em seguida. Deixa população na mão. Por exemplo, quantos furtos os camelos do ver o peso, da saara, da vila rubim, da cidade velha… perceberam hoje… cara roubando por uma dose ou cachimbo.. Infraestrutura é conhecimento. Moral é honestidade.
Juarez,
Acho que só uma parte lança as drogas, pois dá bem mais trabalho. Tem bastante pouso aqui, tanto que de vez em nunca prendem alguém. A FAB poderia começar derrubando os aviões, antes de bombardear um outro país.
E aqui no Brasil também tem militares que trabalham para traficantes. De vez em quando, prendem algum.
Não, não haverá, pois vão para cadeia e o mais importante, faze-los trabalhar na cadeia e não ficar 24 matutando sacanagem.
Argola no pescoço, na canela, pá, picareta, enxada e serviço sem lero lero de direito dus Manu.
G abraco
Olá Rafael. Achei os dados do CNJ sobre a população carcerária no Brasil. Segundo os dados, o EUA tem a maior população carcerária (2,2 milhões), seguido da China (1,7 milhões), Brasil (711 mil) e então Russia (676 mil) e depois Ìndia (385 mil) (depois vem Tailandia, Mexico, Irã, Africa do Sul e Indonésia). Em população percentual, o primeiro são os EUA (698 por 100 mil habitantes), Russia (468), Tailandia (457) e Brasil (300). Seguem os relatórios do governo brasileiro.
http://www.cnj.jus.br/images/imprensa/diagnostico_de_pessoas_presas_correcao.pdf
https://wagnerfrancesco.jusbrasil.com.br/noticias/129733348/cnj-divulga-dados-sobre-nova-populacao-carceraria-brasileira
Ola Delfim. Você tem razão sobre a necessidade de um processo de ampliação de empregos e distribuição de renda. O que leva a um garoto buscar o tráfico é renda. Existem muitos fatores que contribuem para a violência urbana, mas uma das motivações para o jovem se tornar um criminoso é a alta renda. Então, é fundamental que termos uma política de criação de empregos. Neste caso, o setor privado atua pela redução de salários e precarização do emprego (como estratégia de maximizar seu ganho) o que, no fim, significa a existência de um número de desempregados e subempregados. Se por um lado, a descriminalização do consumo de drogas e a legalização do comércio elimina a violência do tráfico, do outro é preciso um forte investimento em educação fundamental e médio (para criar uma alternativa para o jovem) e uma forte política de criação de empregos e distribuição de renda para as famílias.
Olá Rafael. Segue outro link de um bom relatório sobre população carcerário mundia.
http://www.prisonstudies.org/sites/default/files/resources/downloads/world_prison_population_list_11th_edition_0.pdf
A primeira medida é MURO em torno dessas favelas e em seguida erradica-las fisicamente resgatando essa população à Cidadania. Esses assentamentos , servidos devidamente por rede de transporte, devem ocupar áreas onde o Estado pode exercer seu papel e com o urbanismo que proporcione esse controle. Logicamente nada vai adiantar se não acompanhar uma politica de tolerância zero com contravenções e penas durissimas (perpétua para tráfico e morte para homicidas ). Se não houver essa “revolução” na abordagem do crime organizado internacional e narcoterrorismo chegaremos a uma situação como a que havia na Colômbia e que existe no México, com atentados cada vez mais violentos.
Camargoer.
A questão da violência é que ela, além de ser inerente ao ser humano, também sofre influência de múltiplos fatores externos, sócio-econômicos e culturais.
Isto acaba dando margem a interpretações políticas e ideológicas, algumas inócuas e até ridículas, mas que agravam o problema em vez de melhorá-lo.
Não há um pragmatismo sobre o assunto.
Os senhores realmente acham Q a descriminalização da droga acabará com a corrupção e violência?
Q o contrabando de drogas virar descaminho e não mais tráfico, vai apascentar tudo?
Q o dependente e, pior, quem compra pra “recreação” vai comprar na loja tributada?
Que toda a estrutura Q rola bilhões de reais e molha muita mão vai cair, porque não será mais um crime “pesado”?
Senhores, por favor…
Tem Q ter oportunidade para as pessoas de trabalho e estudo? Óbvio… O Q foi feito até agora? Só pioraram a situação… Nem trabalhar precisa mais…
Precisa de educação? Mais óbvio ainda! Cadê? Fácil! Dá cota pro semianalfabeto ter futuro… Sério mesmo???
Segurança? Alguém duvida? Policiais mal pagos, mal fiscalizados, e “culpados” por tudo em todas as mídias…
Fecha a fronteira!!! Deixam afundar os barcos dos traficants? Deixam abater os aviões? Deixam emboscar quem trás armas e drogas? Pressionam os governos vizinhos a fazer algo? Nao, quase nada disso…
Então, senhores… Discriminaliza aí… Com a lei, o cumprimento da lei e a fiscalização no Brasil… Será INSUPORTÁVEL andar na rua, na praia, nos parques, ter uma janela em andar baixo… perigoso andar de carro… O Q mais??
Olá Delfim. Lembro daquela máxima “para todo problema complicado existe uma solução simples.. e errada”. Riso. Há um fato inquestionável que pode ser usado como ponto de partida. A “guerra às drogas” fracassou, portanto insistir neste modelo é um erro. Nossa sociedade terá que tentar outras ideias fora do contexto de repressão ao tráfico, que foi a prioridade até agora, simplesmente porque não temos outra alternativa. Já sabemos que o modelo atual não funcionou, portanto não temos nada a perder. Existem outros fatos que precisam ser considerados: o tráfico de drogas é o maior responsável pela violência urbana no Brasil. O Brasil tem, ao mesmo tempo, uma dos maiores índices de violência urbana e de encarceramento. A maior parte da população encarcerada é homem e com ensino fundamental incompleto. Em minha opinião, as direção possível seriam a descriminalização das drogas e legalização do comércio (objetivando eliminar a violência do tráfico), reverter a política de encarceramento para pequenos crimes e investir pesadamente no treinamento dos professores do ensino fundamental e médio para reduzir a evasão escolar dos meninos (porque serão estes indivíduos que irão cometer crimes e serão presos).
aro Delfim. Tem um livro chamado “Viver é perigoso?” de David Spiegelhalter (acho que dá para baixar o PDF) escrito por dois estatísticos de Cambridge (se tiver tempo, tente ver as palestras dele no Youtube) que desmonta vários mitos de nossa vida cotidiana, alguns dos quais relacionados à violência urbana. É bastante interessante notar que a violência não é natural da espécie humana (nossa espécie tem o viés evolutivo do altruísmo), mas em uma população de cerca de 8 bilhões no mundo (ou mais de 200 milhões no Brasil) a parcela de infratores ou pessoas com tendencia à violência é muito pequena. Consultei agora o IBGE e a população brasileira está estimada em 208 milhões para o início de 2018. Como a população encarcerada é de 711 mil, isso é 0,34%. Se for considerado um preso para cada dois livres, a fração da população criminosa é de 1% (isso considerando todos os crimes, graves e pequenos). Se formos considerar apenas os crimes graves, esse valor cai par 0,01% (ou uma pessoa em cada 10.000 que é um número realista). Portanto, é mais efetivo pensar em estratégias de prevenção e apoio para os 99,99% da população do que insistir em ampliar a repressão contra o 0,01% (até porque já vimos que não está funcionando).
Camargoer
Após ver esse documento você ainda acha que o Brasil é o 3° no ranking de encarceramento?
Olá Rafael. Tem um comentário meu ainda retido e com dois links para documentos do Ministério da Justiça. Segundo os dados, o EUA tem a maior população carcerária (2,2 milhões), seguido da China (1,7 milhões), Brasil (711 mil) e então Russia (676 mil). Segundo o próprio governo brasileiro, temos a terceira população carcerária. Estes dados mostram que uma política de aprisionamento não reduz a violência urbana. Segue um link de uma noticia da EBC de dezembro de 2017.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-12/populacao-carceraria-do-brasil-sobe-de-622202-para-726712-pessoas
O Relatório atualizado pode ser acessado em
http://www.justica.gov.br/news/ha-726-712-pessoas-presas-no-brasil/relatorio_2016_junho.pdf
A origem da criminalidade no Brasil não é apenas uma mas as maiores são a Individualidade, a arrogância e a hipocrisia. Não nos incomoda enquanto não seja conosco, apesar disso somos os melhores da região e fazemos de conta que estamos horrorizados quando na verdade, depois de tantos anos nos acostumamos a todo isso.
Não vejo aonde está a novidade ou o terrível da situação. Cheguei no Rio de Janeiro no meio de uma guerra de favelas entre o Cantagalo e o Pavãozinho em Julho de 1990 e até hoje a situação é a mesma.
Já esqueci de quantas vezes vi os militares tomando conta das ruas no Rio e a situação continua igual por um motivo simples. ALGUÉM LUCRA COM ISSO mas parece que ninguém quer aceitar isso.
Faz mas de 27 anos que vejo a mesma situação e se não mudou é por que as autoridades no Rio são absurdamente incompetentes ou simplesmente por que não interessa atacar o problema muito além da exposição midiática que ela representa.
A criminalidade se tornou Governo onde o Estado não chega. Os Traficantes dão segurança onde o Estado não age. Os marginais proveem de remédio onde o os hospitais não vão e as bocas de fumo dão uma perspectiva de emprego com plano de carreira onde a educação prefere não ir. E nos KKK Nos somos cumplices disso. Mas a Nossa individualidade, nossa arrogância e a nossa hipocrisia, mesmo enxergando o problema, nos impedem de aceitar esta realidade.
Antes de postar deveríamos lembrar que a Criminalidade dá esperanças a aqueles brasileiros que nos fazemos questão de esquecer.
Brasileiro vai demorar muito ainda pra perceber que a política de guerra as drogas fracassou faz tempo. Simplesmente ignoram os índices de violência e ainda dizem que deve aumentar a repressão, o que certamente aumentará ainda mais esse índice e todo esse caos na segurança publica se multiplicará. Essa ignorancia do estado deixa o mercado do narcóticos na mão da bandidagem (eles sim se aproveitam, absurdamente lucrativo). Essa arrogancia vai nos levar muito além do ponto que estamos.
Camargoer
Esta buscando essas informações na página do PT ou esta participando de algum “intensivão” esquerdista??? Livro do Drauzio Varela, Agência Brasil, Site Nexo… Todos de orientação esquerdista, esse seu papinho não cola comigo não! Para você o lula deve ser inocente e o mensalão foi obra da extrema-direita, melhora seu canal de informações, não venha com desinformação. A molecada hoje procura o mundo do tráfico por que não quer trabalhar, não quer ralar, quer dinheiro fácil. A falta de emprego não é justificativa, eles querem moleza, apesar de não ser fácil achar um emprego com salário digno, mas isso não é desculpa para cair no mundo do crime. E a maconha leva sim a cocaína e dai para o crack, e vira noia, craquento, imundo, começa a roubar para sustentar o vicio. Eu vivo isso dai diariamente, sou Policial, todo serviço encontro gente nessa situação e todas afirmam que começaram com a maconha. A molecada das biqueiras não querem ralar e ganhar pouco, preferem ficar no meio do mato, no brejo, vendendo droga por que o dinheiro é mais fácil. Molecada mete o cano no “playboy”, como eles falam, por que é mais fácil conseguir um tênis de marca, um celular, um perfume por que não querem trabalhar. São um bando de vagabundos, geração PT, geração perdida.
Camargoer
Faltou você falar da política de desencarceramento, da audiência de custódia. Você já disse para liberar as drogas, vamos liberar os bandidos também. Prende o cara hoje no tráfico, no furto, na receptação de veículo ou celular e no dia seguinte ele é solto na audiência de custódia. Depois de uns dia pegamos o mesmo cara no furto e no dia seguinte… Rua, e de novo, de novo, de novo.
Caro camargoer, não questionei em nenhum momento os números absolutos. Meu questionamento, desde o início era em relação aos números relativos. Você disse que minha premissa era equivocada. Apontei que seus dados não contemplavam todos os países do mundo.
Fiz uma pergunta simples: o Brasil apresenta a 3a maior taxa (presos/habitantes) de encarceramento do mundo? Sim ou não?
A menos que sua resposta esteja presa na moderação, ela ainda não foi respondida.