Ativada a 1ª Unidade de Artilharia Antiaérea na Região Amazônica
Manaus (AM) – Nova etapa do Programa de Defesa Antiaérea, integrante do Portifólio Estratégico do Exército, é materializada no Norte do Brasil. Assim, a data de 24 de janeiro de 2018 marcou o início dos trabalhos da primeira Unidade de Artilharia Antiaérea na Região Amazônica, com a solenidade de ativação do 12º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva (12º GAAAe Sl), “Grupo Tenente Juventino da Fonseca”.
Dentro da concepção de racionalização da Força e de acordo com o Planejamento Estratégico do Exército, a nova organização militar deixou de ser núcleo e passou à subordinação da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (1ª Bda AAAe) por determinação do Comandante do Exército, publicada na Portaria nº 1.050, de 21 de agosto de 2017.
Dentre as principais missões do 12º GAAAe Sl, está a de realizar a defesa antiaérea de áreas e pontos sensíveis, bem como de instalações de infraestrutura estratégica do País e de tropas estacionadas ou em movimento. Essa defesa se dá contra todo e qualquer tipo de vetores aeroespaciais hostis, em qualquer ponto do território nacional, especialmente da Região Amazônica. Como única estrutura militar de guerra ativada desde o tempo de paz, a Unidade atuará em operações de guerra ou de não-guerra, em prol do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro, de um Comando Operacional Conjunto ou de uma Força Terrestre Componente, seja simultaneamente ou não.
Durante a mesma solenidade, ocorreu, ainda, a assunção do primeiro comandante nomeado da organização militar, o Tenente-Coronel de Artilharia Alexandre Barboza Rocha.
A cerimônia contou com a presença do Comandante Militar do Sudeste, General de Exército João Camilo Pires de Campos; do Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Geraldo Antonio Miotto; do Chefe da Procuradoria de Justiça Militar em Manaus, Dr José Luis Pereira Gomes; além do Comandante da 1ª Bda AAAe, General de Brigada Maurilio Miranda Netto Ribeiro.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
A pergunta que me surge a mente agora após a instalação e sendo essa uma instalação próxima a fronteira do que será dotada tal brigada em termos de armamentos,tendo em vista o que se tem e o que poderia ter considerando as possibilidades de aquisição e das características da própria brigada em especial por se tratar de uma zona de fronteira.
É claro é só um começo mas vamos em frente.Aos poucos as coisas começam a ganhar forma.
“Como única estrutura militar de guerra ativada desde o tempo de paz[…]”.
Alguém poderia explicar esse trecho?
Os Soldados irão ficar portando os Igla-S o tempo todo em locais estratégicos? Como se estivéssemos em guerra?
Isto seria um recado!?
No contexto geral as 3 forças estão melhorando suas capacidades e suas estratégias
Parabéns Brasil fazem bastante com o pouco que resta.
Abraços
O sistema de defesa antiaérea do EB estão baseados nos seguintes armamentos:
. Canhões de 40 mm BOFORS
. Viatura Blindada de Combate Antiaérea com canhões de 35 mm GEPARD
=> Vou citar aqui o que o AGNELO postou em outra postagem do blog:
Agnelo Moreira 18 de agosto de 2017 at 19:49
“Senhores
AAAe é prioridade no EB, mas a crise detonou.
O Gepard foi comprado com munição suficiente pra MUITO tempo… vcs nem podem imaginar….
A Alemanha está muito arrependida de vendê-los. Pois o crescimento da Rússia e o “se vira” dos EUA os pegaram de surpresa. Estão oferecendo 3x o valor q venderam pra nós, Romênia e Jordânia.
Deveríamos ter comprado mais…. Agora já era…
Nossa AAAe tem missão, no papel, além do tático, mas carecemos de meios para todos os níveis.
Sds”
. Mísseis portáteis RBS 70 e IGLA-S
Outrossim, opino que precisamos de um sistema de defesa antiaérea de média altura.
Não tem nenhum material anti aéreo em estoque via FMS?
Mateus 29 de Janeiro de 2018 at 18:53
“Como única estrutura militar de guerra ativada desde o tempo de paz[…]”.
O Agnelo q me corrija se eu estiver errado…
Mas o Exercito dispõe de duas estruturas: as unidades com efetivo de guerra (completo) e o de tempo de paz (incompleto). Até onde eu saiba a única grande unidade do EB completa (efetivo de guerra) é a Brigada Escola (9a Bda Inf Mtz / es). As demais unidades do EB tem efetivo de paz (um BI por exemplo, teria somente a CCSv, a Cia Apoio e 2 – as vezes uma – Cia de Fzo)
No mundo ideal onde o EB contaria com recursos adequados, não deveria se ter pelo menos uma equipe de IGLAs em cada BI para prover-lhe defesa antiaérea de baixa altitude?
Mateus “Os Soldados irão ficar portando os Igla-S o tempo todo em locais estratégicos? Como se estivéssemos em guerra?”
recadinho pra Venezuela e nosso compadre maduro talvez…. kkkkkk
O EB possui bons equipamentos para baixa altitude e curta distância: MANPADS Igla-S e RBS-70, canhões Bofors de 40 mm, sistemas autopropulsados Gepard de 35 mm e radares transportáveis Saber M60. O problema é que esses equipamentos são poucos e não são complementados por sistema de médio e longo alcance e médias e grandes altitudes.
Seria pedir de mais?
A utilização do míssil Piranha como sistema antiaéreo talvez ajuda-se na defesa contra alguns vetores inimigos logicamente seria de curto, mais seria fabricado aqui e poderia esta disponível em todo tempo sem necessitar de importação diferente dos Iglas e RBS que tem que ser importados.
Não entendo como isso vai funcionar…
Nossa defesa aérea é de ponto.
Curtíssimo alcance.
Para proteger alguns locais específicos tais como bases aéreas talvez sirva.
Mas não serviria de anteparo contra eventuais investidas de caças venezuelanos rumo a Brasília, por exemplo.
Precisaríamos de bons radares.
E para atingir aviões em qualquer lugar da Amazônia, de mísseis de longo alcance.
Em um momento em que as coisas fervem na Venezuela e migrantes de lá abarrotam cidades de RR, esta notícia e a outra correlata demonstram que o EB já está se preparando para possibilidades futuras por parte do louco do maduro e suas forças e já mandando um belo recado.
O sistema que equipara a unidade serão os igla-s russos e rbs70 sueco e acho que o radar saber m60
Bem que poderia ter o radar m200 é o pantirs s1 por lá
Roberto Medeiros
Existem mais unidades completas em pessoal.
A Bda Pqdt, a 12 Inf L (Amv) etc.
Em material q normalmente a dotação máxima é 90 %.
“Antônio 30 de Janeiro de 2018 at 5:11
Não entendo como isso vai funcionar…
Nossa defesa aérea é de ponto”
Antonio, mas é isso mesmo. Essa é defesa AA de ponto. Vai proteger instalações militares, estruturas civis estratégicas, e tropas no terreno em locais específicos.
Para defender Brasília, tem AAA em Brasília mesmo. Além do mais, a melhor defesa anti aérea é um esquadrão de caças interceptadores, e isso tem em Manaus e em Anápolis, fora todas as possibilidades que a FAB tem de operar caças desdobrados em dezenas de localidades.
Caças (até mesmo o F-5) tem muito maior alcance e versatilidade que qualquer sistema de misseis superfície-ar.
O que eu não entendo é o medo extremo que a galera tem da aviação venezuelana. Isso já está entrando na categoria de mito, e já encheu… Se a Venezuela for invadir o Brasil, será na forma dos milhares de imigrantes e refugiados, que aliás já estão entrando.
Att.
Mateus,
Esse gráfico que você postou está equivocado.
O Igla tem alcance de 5 km, os canhões do Gepard e 40L70 têm alcance de 4 km, o sistema Iron Dome tem alcance de 17 km e o S-400 tem alcance de 250 km.
Há um equívoco em toda estimativa de alcance divulgada para o sistema Iron Dome que é provavelmente devido a um erro de tradução do original ou um erro de compreensão e esse erro é repetido em muitos sites.
O Iron Dome, dotado do míssil Tamir, é competente para defender uma área contida num círculo com 17 km de diâmetro (esse é o alcance divulgado do míssil) contra foguetes ou obuses ou morteiros disparados de até 70 km de distância. Muitas traduções colocam como sendo 70 quilômetros o alcance do míssil o que é uma inverdade, principalmente tendo em vista o míssil ter uma massa de apenas 90 kg. Nem Israel contando com a proteção de Deus em Pessoa consegue fazer um míssil AA com esse desempenho e tão diminuto.
Contra ameaças lançadas além dos 70 km, até 300 km de distância, o que implica em maior velocidade, o sistema que está sendo implantado em Israel é o David’s Sling, dotado do míssil Stunner. Contra ameaças balísticas lançadas a mais de 300 km a arma ideal é o míssil Arrow, em suas diversas versões.
Outro equívoco de tradução/compreensão em relação aos sistemas antiaéreos israelenses é relativo à velocidade divulgada do míssil Stunner, que é o elemento interceptador do sistema David’s Sling. Em regra é divulgado que ele tem velocidade de Mach 7.5 o que também não corresponde a verdade. Essa velocidade é relativa à velocidade dos alvos que ele pode “enfrentar” e não à velocidade do míssil interceptador Stunner, que deve ser na faixa de Mach 5 e com alcance estimado de 150 a 200 km contra alvos aerodinâmicos. Contra alvos balísticos esse alcance se reduz para 1/4 (35 a 50 km).
Já em relação ao S-400, fato é que há 10 anos se fala da existência do míssil 40N6 que teria o alcance de 400 km, mas que até “ontem” ainda não tinha sido implementado nas Forças Armadas Russas e sequer houve alguma confirmação oficial que seu desenvolvimento havia sido concluído.
Seguramente o míssil de maior alcance compondo o sistema S-400 é o 48N6 que têm alcance estimado contra alvos aerodinâmicos entre 200 e 250 km.
Precisamos algo em torno de no mínimo 150 km de distância… Isso para defesa aérea, já míssil terra-terra, nem se fala, coloca ai no mínimo 1000 km…
Cara que uniforme feio …
É o famoso cobertor curto, o EB cria um GAAAe SL com duas Bias orgânicas, fora a Bia de CMDo . Em contrapartida extingue duas baterias orgânicas de duas brigadas, deixando essas grandes unidades incompletas. Uma destas unidades desativadas, a 14* Bia AAAe que tinha como sede a cidade de Olinda PE, era afeta a 10* Brigada de Inf MTZ. Com sua desativação, todo NE brasileiro fica sem nenhum tipo de AAAe.
Mateus, 18:53h.
O SISDABRA é o único sistema ativado permanentemente em tempo de paz, da mesma forma que funcionaria em combate. É um sistema COMBINADO (das 3 Forças ). Se houver um conflito, será ativado um Comando Combinado, com três Forças Componentes (Naval, Terrestre e Aérea ). Essa estrutura não existe em tempo de paz, a não ser em Exercícios.
“Gabriel Oliveira 29 de Janeiro de 2018 at 18:35”
Gabriel, Manaus está para fronteira mais próxima como São Paulo está para o Paraguai.
Muitos criticam, e com razão, o fato de não termos AAA de médio alcance e altitude. Contudo, a artilharia antiaérea de curto alcance e baixa altitude também é necessária tem sua função. Estes misseis IGLA e RBS-70 são muito uteis contra helicópteros por exemplo, e a Venezuela possui dezenas de helicópteros de ataque de fabricação russa logo ali perto de Roraima.
Atualmente temos cerca de 100 IGLA, 32 RBS-70, 12 Mistral, 34 Gepard 1A2, 32 Bofors L70, 38 Oerlikon GDF-001, somando as 3 forças.
Planeja-se um novo Grupo AAA do exercito em Campo Grande-MS, outro no Paraná, e outro no triangulo mineiro. Estas nova unidades, assim como a de Manaus, deverão ter o mesmo binômio IGLA e RBS-70, o que indica a inclinação do EB por misseis MANPD em detrimento de canhões AAA que só estão presentes no 5 grupos mais antigos. No total serão 9 grupos AAA para defesa aérea de baixa atitude, melhor que ter apenas fuzis e metralhadoras para atirar pro alto…
Melhorando a economia, deveremos adquirir algumas baterias de médio alcance, quem sabe o Pantsir SM, versão mais recente e superior ao S1 que pensávamos em adquirir, salvo se a AVIBRAS oferecer um similar nacional, creio que este será o caminho, bem como novos canhões em algum momento.
O EB esta se virando como pode e concentrar esforços em defesa de ponto me faz muito sensato. Lembrando aos colegas que Manpads ainda continuam a ser uma grande ameaça a aviação de asa fixa e ainda mais letal a de asas rotativas. Eles são muito eficientes, sendo assim parabéns ao EB por investir no que é eficiente e amplamente testado com sucesso (dentro das limitações do orçamento).
Penso que este grupamento deveria estar em Boa Vista e não em Manaus, mas……. Vai ver foi só para não melindrar a ‘DilmAnta de bigodes’. Depois, o EB manda pra lá, de vez.
Caro MF, dificilmente ira se comprar algo dos Russos de AA,além de Iglas. São vários “porquês”, dentre eles, logística, aero transportabilidade e integração com nossos sistemas C3I e IFF.
Talvez possamos comprar algo de segunda mão ou ganhar um presente do Tio Sam.
G abraco
“dificilmente ira se comprar algo dos Russos… Talvez possamos comprar algo de segunda mão ou ganhar um presente do Tio Sam”…
Tsc tsc tsc tsc… Haja aio!
O Brasil deveria investir em defesa antiaérea de médio e longa alcance mais enfaticamente, porque são eficientes contra caças convencionais, logo um fator que intimida um invasor. Obviamente o fabricante nacional deveria ser privilegiado, mas não há a experiência necessária, e a viabilidade econômica que é o mais importante.
Off: Anv SU-25 russo abatido por Manpad na Síria: https://g1.globo.com/mundo/noticia/rebeldes-sirios-derrubam-caca-russo-capturam-e-matam-o-piloto.ghtml