US_china_flags

(Embaixador Sérgio Amaral- Estado de S. Paulo, 09) 1. Com o fim da guerra fria, o confronto entre Washington e Moscou parecia ceder lugar a um mundo unipolar, sob a égide dos Estados Unidos, de sua visão de mundo e de suas instituições, assim como de sua supremacia econômica e militar. Aos poucos, no entanto, os fatos mostraram que não era bem assim.

2. Os Estados Unidos continuavam a ser, como serão por um bom tempo, o primus inter pares. Mas a China já afirmava sua aspiração a ser um entre os grandes. A Rússia buscava com determinação restaurar o poder e o território que havia perdido, como evidenciou na ocupação da Crimeia. A Europa, desvendava a força de seu soft power ao seduzir a Ucrânia a deixar a órbita de influência russa. Sem falar no Japão, que conta com o peso político que corresponde ao tamanho de sua economia.

3. O fato é que o novo século trouxe de volta a geopolítica e, com ela, a fisionomia de um novo mundo multipolar, que inclui igualmente potências médias e líderes regionais, tais como a Índia, o Brasil, o México, a Indonésia e a África do Sul, entre outros.

4. Ao mesmo tempo que se desenhava uma nova configuração do poder mundial, multiplicavam-se as formas de exercício do poder. Numa visão multidimensional, Nye (Joseph Samuel Nye Jr., cientista político norte-americano) coloca no topo da hierarquia as questões políticas e militares, em que a supremacia americana é inegável; num segundo plano, os fluxos comerciais e financeiros, em que a superioridade é compartilhada com a China e com a Europa, entre outros; por fim, na base, o poder está disperso num conjunto de atores transnacionais, que não raro fogem ao controle dos Estados nacionais. Correspondem aos temas de uma sociedade cada vez mais organizada, das mudanças climáticas, dos direitos humanos, do tráfico de drogas, das migrações, para citar apenas alguns dos tópicos que demandam uma concertação internacional para seu adequado equacionamento.

5. Em meio a diferentes geometrias, desenhadas por uma multiplicidade de polos de poder e por um emaranhado de atores, as relações entre os Estados Unidos e a China despontam, com crescente nitidez, como o principal eixo estruturante de um novo ordenamento mundial. A relação entre as duas potências, seja de cooperação ou de conflito, deverá plasmar a ordem internacional do século 21. O presidente Xi Jinping já havia sugerido ao então presidente Barack Obama que o intercambio entre Washington e Pequim revestisse o caráter de uma relação especial entre grandes potências. A recente visita do presidente Donald Trump à China, explícita ou implicitamente, consagrou a natureza especial desse relacionamento e apontou para uma nova bipolaridade nas relações mundiais.

6. A partir daí, a indagação central está em saber como evoluirá o relacionamento entre os Estado Unidos e a China. Prevalecerão as forças da cooperação ou da confrontação? Ou, ainda, uma combinação instável entre ambas?

7. A esse respeito Henry Kissinger é claro. Não há alternativa à cooperação. A hipótese de confrontação é impensável, pois condenaria a humanidade ao desastre. A reunião Trump-Jinping em Mar-a-Lago, em abril de 2017, deu alento à tese da cooperação. A visita de Trump à China em novembro reforçou a aposta no entendimento. O presidente norte-americano não poupou elogios ao líder chinês, ao mesmo tempo que não escondeu sua expectativa de contar com o apoio de Pequim para a contenção da Coreia do Norte. Xi Jinping, por sua vez, fortalecido pelos poderes que lhe foram outorgados pelo 19.º Congresso do Partido Comunista Chinês, acolheu Trump com todas as honras e a reiteração da emergência pacífica da China, conforme a doutrina de Deng Xiaoping.

8. Passados os capítulos iniciais dessa aproximação, a parceria para a construção de convergências corre o risco de ser ofuscada por novos pontos de fricção. O empenho de Trump em reduzir o déficit bilateral norte-americano, da ordem dos US$ 300 bilhões por ano, a retomada dos contenciosos comerciais, como o reconhecimento da China como economia de mercado, e as frequentes ameaças às exportações chinesas turvaram mais uma vez o ambiente. O monitoramento dos investimentos chineses em tecnologias sensíveis ou a exigência das autoridades chineses para a transferência de tecnologias por parte de investidores norte-americanos sinalizam que o novo normal do intercâmbio sino-americano possa ser o de um equilíbrio instável, marcado pela alternância entre momentos de cooperação e de conflito.

9. Mais recentemente, a conclusão do ciclo das armas estratégicas anunciada pela Coreia do Norte e a consequente moderação em sua retórica poderão abrir caminho para o diálogo entre as duas Coreias e ao mesmo tempo para uma convergência entre Estados Unidos e China, em decorrência de seu interesse comum em evitar a nuclearização da Península Coreana.

10. Nem só cooperação, nem só conflito. Possivelmente uma combinação instável de ambos, que, no dia a dia, tem por pano de fundo uma disputa, silenciosa, mas efetiva, entre as duas superpotências por mercados e áreas de influência.

11. Esse é o sentido do pivô para a Ásia orquestrado pelo governo Obama, a fim de conter a expansão da China na região, mediante uma combinação de acordos de comércio – entre os quais a Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês) – e o fortalecimento de alianças militares. Esse parece ser desígnio do programa One Belt One Road, lançado pela China há alguns anos, que configura uma verdadeira geopolítica da infraestrutura. Compreende financiamento, promoção de investimentos e a expansão do comércio, mediante os quais Pequim estende sua influência a diferentes partes do mundo. Começou com a Nova Rota da Seda, no entorno regional da China, em seguida expandiu-se pela África e agora avança na América Latina, como ilustra a magnitude dos investimentos chineses na região.

O mapa e as legendas mostram como os EUA querem barrar a expansão da China
0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

124 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Alex
Alex
6 anos atrás

O que chama a atenção no mapa é o Vietnam ser assinalado como um aliado ou possível aliado dos EUA.

Marcos Aryeh
Marcos Aryeh
6 anos atrás

Alex
O Vietnam disputa várias ilhas/áreas marítimas com a China
https://pt.wikipedia.org/wiki/Disputas_territoriais_no_mar_da_China_Meridional#Disputas

O Vietnam tem tanto a perder quanto qualquer outro aliado dos EUA na região. O Dragão quando soltar fogo só vai enxergar as cinzas.

SmokingSnake ?
SmokingSnake ?
6 anos atrás

A dívida da China representa 282% do PIB deles, quando a China entrar em crise quem escolheu ser o maior parceiro deles, como o Brasil, irá se arrepender amargamente, na verdade desde que a China se tornou o maior parceiro do Brasil o país praticamente não cresceu mais.

M. Silva
M. Silva
6 anos atrás

Cooperação só dura enquanto um dos parceiros não tiver condições de engolir o outro. Passando disso, o mais forte parte para o confronto e o conflito mesmo.

Enquanto isso, vamos sendo lançados nas garras do dragão – depois da África (para isso servem os movimentos de independência – trocar de dominador), a América (especialmente o Brasil) torna-se o novo protetorado do imperialismo chinês:

http://www.abim.inf.br/entre-la-e-ca-muita-diferenca-ha/#.Wl55D7ynHcc

http://www.abim.inf.br/humilhacao-e-esperanca/#.Wl55hrynHcc

http://www.abim.inf.br/brincando-com-fogo/#.Wl55prynHcc

Quem criou o dragão chinês foram os próprios capitalistas ocidentais. Criaram cobras com objetivo geopolítico (troca de dominador mundial que melhor lhes favoreça) e lucros fáceis. Se quisessem apenas lucros fáceis, teriam distribuído seus investimentos pelo mundo subdesenvolvido afora.

João Bosco
João Bosco
6 anos atrás

Neste quadro, o melhor para o Brasil é ter uma postura mais agressiva neste cenário EUA-China, não depender demasiadamente de ambos e passar a ter mais atitude com as suas áreas de influência – seja comercial, diplomática e até militar.
Temos que ter consciência que o nosso país não é um país qualquer e temos que nos impor neste jogo complicado , se quisermos ser respeitados. O mundo muda , mas o nosso país- depois de décadas de corrupção, desvalorização social, desrespeito à população, dentre outros desmandos que se citados não caberia neste pequeno texto – não, anda para trás, retrocede no tempo.
Não há interesse , nas classes sociais , de fazer este país e sua população ser grande, somente pensam em interesse próprio, quanto mais abastada for. Não valorizam nossas riquezas, costumes, características geográficas, meio ambiente, a não ser que ganhem alguma coisa com isso. E o Governo, sejamos sinceros, não tem nenhum interesse em modificar tal vexaminosa situação porque ganha com isso – quanto mais culto for o povo, maior a chance deste povo de me derrubar , não me lembro do autor da frase – basta observar seus atos em todos os setores tanto interna quanto externamente falando.
A falta de bons geógrafos e estrategistas em variados setores do governo brasileiro demonstra tal fragilidade no cenário internacional. Se não mudarmos de postura, crescermos no quesito responsabilidade para com o mundo atual, cada vez mais seremos esquecidos, lembrados apenas como uma ” República das Bananas”.

Professor
Professor
6 anos atrás

Não poderemos mais comprar nem vendar para China, é isso? vocês são ____________, quero ver se o barco não afunda…… mas vai ser interessante ver onde isso vai dar…chega a ser hilário, ainda que eu esteja dentro do barco….

COMENTÁRIO EDITADO. RESPEITE OS DEMAIS. PRIMEIRO AVISO.

Bruno wecelau
6 anos atrás

Ou nós mudamos nossa politica de escolher nossos parceiros comerciais, ou rezamos de pés juntos para a China nunca colapsar …Por que se isso acontecer estamos em sérios apuros ..
E só um detalhe a Base americana no Quirguistão provavelmente sera fechada ate 2021, vi esta noticia mas não lembro a fonte..

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
6 anos atrás

Alex 16 de Janeiro de 2018 at 17:41
Antes de guerrear contra os EUA, os vietnamitas lutaram em tantas guerras contra os chineses que nem mesmo eles conseguem contar quantas foram (até porque às vezes batalhas são tratadas como guerras) e depois do fim da guerra com os americanos os vietnamitas tiveram pelo menos mais dois embates com os chineses, um em 1974 por conta de umas ilhas no Mar da China Meridional e uma sucessão de escaramuças nos anos 80… não é à toa que o Obama foi bem recebido por lá e aproveitou para levantar o embargo que impedia os EUA de venderam armas aos vietnamitas…

Jacinto Fernandes
Jacinto Fernandes
6 anos atrás

Bruno wecelau 16 de Janeiro de 2018 at 21:03
O Brasil tem de escolher seus parceiros comerciais por um critério muito simples: conveniência. Essa idéia de escolher critério com base em (suposta) semelhança ideológica é uma idiotice. Veja a Venezuela: escolheu como parceira comercial a China, e quando a coisa apertou, o que a China faz? Meteu o processo no “parceiro”. Em dezembro do ano passado a estatal chinesa de petróleo Sinopec entrou com um processo contra a PDVSA nos EUA cobrando tudo e mais um pouco e acusando a PDVSA de atuar fraudulentamente. E porque nos EUA? Porque os EUA ainda são os os maiores clientes da PDVSA e com este processo lá dificulta a PDVSA de enviar à Venezuela os recursos com a venda de petróleo para os EUA.

ODST
ODST
6 anos atrás

@SmokingSnake

De acordo com esta matéria a dívida do EUA com relação ao PIB é de 233% (a China não aparece entre os 16).

https://exame.abril.com.br/economia/16-paises-atolados-em-dividas-e-o-brasil-em-34o/

Então não faz diferença no final das contas com qual país o Brasil se alinhar economicamente, pois quando qualquer um entrar em crise o país vai sofrer do mesmo jeito, como já sofre por causa das crises do EUA que ocorrem até os dias de hoje, e que inclusive parece ter uma economia mais instável que a da China, que não está envolvida em guerras por todo o globo, além de possuir uma mão de obra gigantesca, barata e quase escrava.

Professor
Professor
6 anos atrás

colombelli 16 de Janeiro de 2018 at 21:30

Se somos soberanos, como vocês dizem que somos; se os nossos problemas são causados somente por nossa própria incompetência e eles não interferem nos nossos assuntos, como eu acho que interferem e vocês não, então ok: vamos comprar de quem quisermos e vender para quem quisermos. Se toda vez que formos comprar da China, alguém nos oferecer um produto da mesma qualidade por um preço melhor, ok. Compraremos deles. Se toda vez que formos vender para China, alguém nos falar que compra por um preço ou condição melhor, ok. Venderemos para eles e não para China. Mas se alguém vier com argumento de “ideologia” ou “alinhamento” político para interferir nos negócios, eu mando ______________.

O movimento nesse sentido já começou, vejam: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1949910-compra-de-aco-chines-e-russo-provoca-racha-no-governo-brasileiro.shtml

COMENTÁRIO EDITADO. MODERE O LINGUAJAR.

Bosco
Bosco
6 anos atrás

Até onde eu sei a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Não tô entendendo a choradeira!!???

Professor
Professor
6 anos atrás

Bosco 16 de Janeiro de 2018 at 22:06

A choradeira é a seguinte: o seu “amado” Estados Unidos vai nos proibir de comercializar com a China ou seu bloco. Só poderemos comprar e vender para os EUA ou o Bloco Ocidental: União Européia, Japão, Austrália. Simples assim.

Na época, quando éramos colônia de Portugal, era imposto o monopólio comercial: só podíamos comprar e vender deles. E a história vai se repetir.

Eu não acho isso viável, mas podem ter certeza de que eles vão tentar.

Bosco
Bosco
6 anos atrás

Aliás, compramos deles produtos com alto valor agregado (eletroeletrônicos) e vendemos pra eles nossas riquezas naturais. Mui amigos!!! Mui amigos!!!

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

João Bosco 16 de Janeiro de 2018 at 19:54
Na minha opinião: O Brasil do século 21, no contexto internacional, será pior (insignificante) do que foi no século 20.
Você mesmo disse: não há uma cultura de construir um país grande. O que os jovens de 17-18 anos escutam da boca dos adultos? Os jovens só tem referência ruim do Brasil…auto-estima muito baixo.
Não há motivo para lutar por um Brasil, não há objetivos e metas de nação, pelo contrário, é nítido para qualquer jovem que o Brasil é um país sem planejamento e líderes…não há um alvo a ser atingido, um objetivo maior.
Eu sinceramente acredito que o Brasil vai perder ainda mais relevância internacional, coisa que vem acontecendo desde os anos 80.
Países como China e India serão países extremamente relevantes, decorrente de diversos motivos: população, crescimento econômico, atração de empresas, reformas, poder militar, estabilidade, melhoria da qualidade de vida etc…
No contexto internacional não vejo o Brasil além daquilo que foi durante todo o século 20, um mero país que consome e que exporta, sempre com ciclos econômicos que sofrem crises fortes (o país não consegue fechar 2 décadas sem crise, sempre de cunho político, pois a classe política utiliza a economia com olhos para 4 ou 8 anos, sempre algo insustentável, basta ver a crise dos anos 2015 e 2016 – MAIOR DA HISTÓRIA DO PAÍS – 7% de recessão).
Enfim, não vejo nenhum elemento que indique que o Brasil será o país do futuro ou um país melhor no futuro, ninguém plantou essa semente.
Gostem ou não do Trump, ele tem uma frase muito boa: Fazer a América Grande Novamente.
Se as coisas que ele faz são certas ou não, vai depender do julgamento de cada indivíduo, mas tal frase, juntamente com um conjunto de ideias que formam um pensamento comum na sociedade, tem uma força muito grande de coesão social.
O que nós não precisamos no Brasil é de certos pensamentos: vou com China ou USA? Onde ganho mais? Não precisamos de brasileiros felizes pelo crescimento da China ou dos EUA. Pior ainda são aqueles que ainda sonham com Rússia (este não tem mais relevância alguma no mundo, tem o PIB menor que o da Itália (que só tem velho comendo salame e queijo), exceto no campo militar, tão verdade que é o único ponto de real investimentos da Rússia).
Esses são pensamentos eivados de ideologia barata que morreu ou deveria ter morrido há 40 anos com a queda do muro de Berlim.
Pensar dessa forma, Brasil “”torcedor””, já mostrou que não funciona.
O Brasil não pode continuar sendo governado com a mentalidade de pessoas do PSDB, PT e PMDB, todos os atuais líderes (se é que posso chamar assim) são ex-militantes, ex-guerrilheiros, “”intelectuais”” da mídia, um pessoal com a cabeça muito poluída. É um pessoal muito pobre de valores. Enfim, um pessoal muito baixo nível (ralé), basta ver os discursos desses sujeitos, é de um pobreza sem igual.
Se o Brasil continuar sendo governado pelas mesmas elites de sempre, gente do PT, PSDB, PMDB, PCdoB, PP, PR etc…o país vai afundar!
Acho que o ideal seria o Brasil ter um divisor de águas, um líder que consiga romper a mentalidade pós-85. Da mesma forma que 64 foi um divisor de águas no país, em todos os aspectos, precisamos de um divisor de águas no século 21.
Não sei o sentimento de vocês, mas 85 não teve significado algum para mim…foi apenas um divisor de águas na estrutura do Estado, mas não um divisor de águas na mentalidade das pessoas. Até porque nós sabemos que nossa ditadura nunca existiu, foi apenas um regime militar, não teve base social, não teve impacto na estrutura social das pessoas. Muito diferente da revolução chinesa ou cubana que afetou profundamente a relação entre as pessoas, por exemplo.
Acho que já ficou bem nítido para todos que o atual modelo político/social brasileiro não funciona.

Bosco
Bosco
6 anos atrás

Pois é! Mas a sua amada China logo logo vai ser a potência hegemônica no mundo e desbancar os meu amado Estados Unidos. Espero estar vivo quando isso acontecer e ainda ter esse canal de acesso á sua pessoa para que possamos trocar nossas percepções de como o mundo e o Brasil estará melhor.

Bosco
Bosco
6 anos atrás

“Os EUA vão nos proibir de comercializar com a China”
O que foi que eu perdi?

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

Professor 16 de Janeiro de 2018 at 22:10
Do que você está falando?
O maior aliado comercial dos EUA é justamente a China, o maior aliado comercial da China é os EUA.
Ninguém vai proibir o Brasil de ter relações comerciais com a China, isso vai exatamente contra os interesses dos EUA, aliás, eles certamente querem que o Brasil amplie seu comércio com a China, justamente porque as maiores companhias chinesas são bancadas por grupos americanos.
Quando o mercado chinês vai mal, noticias econômicas ruins, as bolsas dos EUA caem, por que será???
Todo mundo está querendo fazer negócios com os chineses…as companhias americanas e europeias estão dentro da China há muito tempo, desde os anos 70 quando começou o processo de abertura econômica. Não sei se você sabe, mas nos anos 70 o governo chinês contratou os maiores administradores e economistas americanos que existiam na época, muitos foram enviados pelas maiores empresas dos EUA e do próprio governo. O chineses diziam que queriam ser competitivos. será que conseguiram?
Apenas para finalizar, não sei de onde você tira alegria para comemorar a relação Brasil/China. O Brasil é o elo mais fraco nessa relação. O setor textil e de calçados desapareceu no Brasil (vale dos sinos, interior de SC e SP) graças aos chineses; as exportações brasileiras são apenas de commodities (ferro, milho, soja, carnes), setor que produz pouca externalidade positiva na sociedade (concentração de recursos), em termos de valor monetário são bilhões, mas em termos de diluição na sociedade é ridículo. Na outra ponta importamos manufaturas da China…23 bilhões de dólares em 2016, apenas 10 Bi de diferença na balança. Para piorar os caras estão comprando tudo no Brasil enquanto o Brasil não compra nada na China, os caras estão “comendo” o Brasil e pelo jeito tem gente feliz pensando: pelos menos não os “americanuus malvaduz”, mentalidade linda!

Alex
Alex
6 anos atrás

João Bosco 16 de Janeiro de 2018 at 19:54
“Neste quadro, o melhor para o Brasil é ter uma postura mais agressiva neste cenário EUA-China, não depender demasiadamente de ambos e passar a ter mais atitude com as suas áreas de influência – seja comercial, diplomática e até militar.”

Quem tentar fazer isso será deposto pelo establishment viralata da Disneylandia. Houve um pequeno movimento nesta direção , e deu no que deu. Estamos de volta ao de sempre.

Professor
Professor
6 anos atrás

Bosco 16 de Janeiro de 2018 at 22:29

Bosco, não sei se vão conseguir, mas eles vão tentar.

colombelli 16 de Janeiro de 2018 at 22:31

O PT já era e o Lula, se não for preso, vai ter seus direitos políticos cassados. Logo, se eles que eram o problema, não estarão mais lá para atrapalhar. Então, qual será a próxima desculpa para coisa não andar? Mas tomara que você esteja certo e eu errado. Será melhor para mim, para você e para o Brasil. Juro por Deus que quero estar errado. Eu não torço contra mim e quero um país que propicie um futuro melhor para meus filhos e netos. Para mim, na minha idade, não espero melhoria nenhuma. Penso nos meus filhos.

Professor
Professor
6 anos atrás

Ivan BC 16 de Janeiro de 2018 at 22:34

Veremos. Já leio rumores de que o Trump vai aplicar sanções à China. Isso será um terromoto no mundo. Mas também espero que você esteja certo e eu que esteja errado. Talvez eu seja só um paranóico. Espero que seja isso mesmo, para o nosso bem.

Hawk
Hawk
6 anos atrás

O mundo sempre foi bipolar, não há novidade nenhuma. Porém ao invés de EUA vs URSS hoje temos “Ocidente não rendido e Oriente Consciente” vs “Ocidente capotado e Oriente Fanático”.
Só falta inventarem dois nomes pra isso e começar a guerra.
O início desse século está como o início do século passado, só colocar outros motivos e daqui a pouco teremos uma nova guerra.

Carlos
Carlos
6 anos atrás

Hawk:

“O início desse século está como o início do século passado, só colocar outros motivos e daqui a pouco teremos uma nova guerra.”

Outro fato parecido é a carência de líderes (políticos e militares), como houve no início do século passado; foram para guerra sem terem noção do desastre e se mataram como moscas, por inabilidade dos comandos militares. Segundo alguns historiadores, o conflito 1914/1918 foi mais danoso para a Europa Ocidental do que a Segunda Guerra Mundial.

Putin desponta, na maioria das vezes, porque só há, aparentemente, estúpidos para confrontá-lo.

Delfim Sobreira
Delfim Sobreira
6 anos atrás

O melhor para o Brasil é procurar a neutralidade ao máximo e ganhar com isso.
.
Precisamos revertar a desindustrialização. Agronegócio garante a estabilidade afastando a fome, mas não projeta poder. E é facilmente sabotado por pragas.

________________________

COMENTÁRIO EDITADO. PAREM COM AS PROVOCAÇÕES MÚTUAS. PASSOU DA HORA DE AMBOS OS LADOS APRENDEREM A DEBATER.

Tiger 777
Tiger 777
6 anos atrás

Interessante…
Há única coisa que impede que os Chineses, tragam seus navios e se apossem das riquezas nacionais, são os mísseis dos EUA malvado…
Acreditem, os EUA buscam o domínio cultural, já a China quer o domínio militar. Não gostaria de ver meus filhos sobre o chicote chinês.

Tiger 777
Tiger 777
6 anos atrás

A China tá cercada de vizinhos hostis… Só a Índia, ė uma puta dor de cabeça. O Vietnã tá hj recebendo assistência militar dos EUA, olhe como, as coisas mudam…

nigo
nigo
6 anos atrás

O Brasil precisa dar uma guinada na economia antes de mais nada. Liberdade na economia acima de tudo.

Se continuar como está, não adianta nada ser amigo dos EUA, da UE ou da China.

Luiz Guilherme
Luiz Guilherme
6 anos atrás

Acho engraçado em um site de matérias militares, pessoal escolhendo lado para torcer. Putz.
Reduzir toda a geopolítica mundial a uma partida de futebol onde tem dois lados opostos é muito simplório. Até o pensamento direita-esquerda é simplório.

Delfim Sobreira
Delfim Sobreira
6 anos atrás

A natureza é bipolar. Cabe a nós, pensantes, não transformarmos a bipolaridade em maniqueísmo.

Marcel Danton Silva
Marcel Danton Silva
6 anos atrás

Jesuiz pessoal!! Vocês ainda dão trela pro “professor”. Não é de hoje que vocês alimentam o _________ Esse espaço ficou chatooo!

COMENTÁRIO EDITADO. CHEGA DE ATAQUES PESSOAIS DE PARTE A PARTE, VOLTEM AO TÓPICO.

HMS TIRELESS
HMS TIRELESS
6 anos atrás

Marcel Danton Silva 17 de Janeiro de 2018 at 9:41

Você falou a minha língua amigo! Mas fica a dica para a moderação
__________________________

COMENTÁRIO EDITADO. O REFERIDO COMENTARISTA JÁ FOI ADVERTIDO E NÃO É DE HOJE QUE TODOS OS DEMAIS ESTÃO SENDO AVISADOS A MUDAREM SUAS POSTURAS DE ATAQUE MÚTUO E DEBATEREM DE FORMA CIVILIZADA. NÃO FIQUEM JOGANDO A RESPONSABILIDADE DE SEUS ATOS NOS EDITORES / MODERADORES DO SITE, FAÇAM A SUA PARTE AJUDANDO A MELHORAR O NÍVEL DO DEBATE. TODOS QUE SE ENVOLVEM NESSAS BRIGAS TÊM SUA PARCELA DE CULPA.

S-88
S-88
6 anos atrás

O mapa é bem claro em mostrar como a sua crescente agressividade e expansionismo podem sair muito caros à Beijing

S-88
S-88
6 anos atrás

Impressionante o equilíbrio com o qual o embaixador Sérgio Amaral consegue nos entregar um texto claro e conciso sob a forma geopolítica que vem sendo delineada no mundo. Fosse um texto de Celso Amorim, o finado Marco Aurélio Garcia ou Celso Pinheiro Guimarães certamente teríamos um texto prolixo a desfilar a velha e surrada retórica de centro acadêmico a demonizar os EUA e o Ocidente em geral

TukhAV
TukhAV
6 anos atrás

O HMS foi banido? Porque está usando o seu outro nick, S88?

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

Marcel Danton Silva 17 de Janeiro de 2018 at 9:41
Ele deve ser o jose luiz esposito com outro nome, pois tem a mesma retórica e escrita semelhante.
………………….
Alex 16 de Janeiro de 2018 at 22:37
Sério que acredita nisso?

cfsharm
cfsharm
6 anos atrás

Ivan o Mapento deve estar sorrindo de orelha a orelha!

Gostei muito do texto e do mapa bastante esclarecedor. Discordo um pouco sobre a classificação das potências regionais – porque todas são extremamente vulneráveis, são líderes mas estão longe de serem potências. Quanto a bipolaridade, mais uma vez estamos naquele velho ponto de um lado para escolher – será que repetiremos os erros do passado?!? Só tem um lado correto para escolher e este lado é o do… Brasil. Nem tão ao Norte e nem tão ao Oriente, tem que se pesar muito bem os prós e contras, e finalmente adotar uma postura séria. Sem bravatas politiqueiras, mas tentando extrair o melhor que se possa. Temos um fosso enorme de déficit tecnológico, avanço científico e formação educacional. Além disso, temos necessidade absoluta de melhoria de infraestrutura e de agregar valor a produção brasileira. Com o tempo este mapa pode muito bem estar sendo aplicado na África e nas Américas.

Wilton Feitosa
Wilton Feitosa
6 anos atrás

um estado controlador não necessariamente é um estado comunista …
na China reina o mais puro e agressivo capitalismo nu e cru…
ainda há tolos que acreditam que a China é Comunista …

camargoer
6 anos atrás

Olá Colegas. Os EUA exportam 22% para a China e em seguida 13% para o México e 13% para o Canadá. Importam 19% do Canada, 16% do México e 8% da China. A China exporta 19% para os EUA, 14% para Hong Kong (estranho né?) e em seguida 6% para o Japão. A maior parte do comércio exterior do Japão e Coréia é com a China. O Brasil exporta 19% para a China e 13% para os EUA, e importa 18% dos EUA e 17% da China. Ou seja, todos os países mantém um importante comércio com a China e com os EUA. Portanto, os argumentos sobre a fragilidade do comercio externo brasileiro com a China ou EUA estão equivocados.

S-88
S-88
6 anos atrás

cfsharm 17 de Janeiro de 2018 at 10:56

O texto e o mapa deixam claro que houve, especialmente nos últimos 13 anos, uma percepção muito errada sobre os chineses aqui no Brasil. Por razões econômicas (havia um ciclo de commodities em vigor puxado pelo país asiático), políticas ( a falsa percepção de que o Brasil seria um ator maior do que realmente é no cenário internacional) e ideológicas ( o excesso de aparelhamento da diplomacia levou a uma fixação doentia em se contrapor aos EUA) não apenas apostou-se demais no relacionamento com a China como também fizeram-se concessões demasiadas tais como reconhecer o país como uma economia de livre mercado (algo que eles decididamente não são).

A verdade é que os chineses não são parceiros de ninguém! Não entram em um relacionamento comercial buscando ganhos recíprocos mas sim levar toda a vantagem. A tal “rota da seda” na verdade é um cavalo de troia que traz em si planos muito claros de expansão visto que as “rotas comerciais” podem em pouquíssimo tempo converter-se em um rede de bases militares bem posicionadas a ameaçar o interesses de outras nações. Países como Índia e EUA já possuem uma clara percepção do assunto e já agem para coibir os movimentos chineses nos Oceanos Pacífico e Índico. Enquanto isso continuamos deitados em berço esplêndido, assistindo os chineses se movimentarem com cada vez mais liberdade na África Ocidental e lusófona e também no Atlântico Sul.

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
6 anos atrás

E quem é parceiro de quem ?

Todo mundo quer o seu…

O maior sempre vai se sobrepor contra o menor, só os trouxas das “zisquerdas” acreditam em parcerias iguais entre maiores e menores.

O Brasil tem que negociar com todos, mas sem relações especiais com A, B ou C..

Todo mundo é cliente e todo mundo é fornecedor, cabe ao Governo saber manter esta balança o mais favorável para o nosso país, porque a deles são mantidas favoráveis aos seus interesses com muita competência.

camargoer
6 anos atrás

Olá S88
Os dados do comércio exterior indicam outra coisa. Para comparar, além dos dados que já mencionei antes sobre o comércio EUA-China e do comércio China e Japão/Coreia, a Ìndia exporta 16% para os EUA (seu maior parceiro comercial de exportação) mas importa 18% da China (e somente 6% dos EUA). Os maiores exportadores brasileiros foram as industrias do agronegócio (proteína animal, açúcar e soja) e a Vale (minério de ferro), setores ideologicamente alinhados com a direita.

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

S-88 17 de Janeiro de 2018 at 11:15
Gostei do comentário. A cegueira ideológica alguns não permite fazer a mesma leitura.

camargoer
6 anos atrás

Caro Rodrigo, É claro que o termo “parceiro comercial” se refere à existência de uma relação de compra-venda e não tem nada a ver com outros significados. O Delfin Netto defende que o mais importante em uma relação de comércio exterior não é obter grandes superávites, mas sim movimentar muitos recursos. Eu lembro de 10 anos atrás, o setor de pisos/azulejos brasileiro estava perdendo mercados devido a concorrência dos produtos chineses que eram mais baratos e de qualidade similar. Foi preciso um enorme esforço que contou com universidades, Sebrae, BNDES e de alguns ministérios para revisar toda a matriz tecnológica do setor. Depois de mais de 10 anos, o setor ganhou um novo patamar de qualidade e passou a competir com a indústria espanhola que oferecia melhor qualidade, se tornando um líder mundial.

S-88
S-88
6 anos atrás

Rodrigo Martins Ferreira 17 de Janeiro de 2018 at 11:34

Você acaba por confirmar meu texto! Passaram 13 anos com a cantilena de que os chineses eram nossos “parceiros”. E até acreditam nessa bobagem de “BRICS”

nigo
nigo
6 anos atrás

Editores,

Seria bacana colocarem uma matéria sobre a tal nova rota da Seda da China.

S-88
S-88
6 anos atrás

camargoer 17 de Janeiro de 2018 at 11:38

Trump, na verdade seguindo um movimento iniciado por Obama, elegeu como uma das prioridades de sua política externa justamente a redução do déficit comercial. Assim países como índia, que têm os EUA como maior destino de suas exportações, podem acabar sendo compelidos a comprar menos da China e mais dos EUA.

camargoer
6 anos atrás

Caro S88. Sobre a cegueira ideológica, ela afeta todos os lados da matriz ideológica. Basta lembrarmos algumas reações à direita e à esquerda aqui no blog. Sobre Trump, a retirada dos EUA do acordo transpacífico pode resultar em um aumento da influencia da China sobre o comércio no leste e sudeste asiático. Além disso, a abertura da exploração de petróleo no litoral dos EUA pode levar aos consumidores europeus mais politizados e com maior renda a boicotarem os produtos dos EUA.

S-88
S-88
6 anos atrás

camargoer 17 de Janeiro de 2018 at 12:20
Relaxe, eu sei que você não tem problema de cegueira ideológica. Quanto à TPP acho que Trump pretende substitui-la por acordos bilaterais, que podem dar certo ou não. Quanto à China pesa contra ela, e um eventual aumento de sua influência na região, justamente sua política expansionista agressiva. E no que tange aos Europeus, podem acabar é comprando petróleo dos EUA para escapar da OPEP.

Jacinto
Jacinto
6 anos atrás

O “problema” da China é que ela subsidia pesadamente a sua indústria.
Isso cria uma vantagem concorrencial indevida que acaba dificultando, e em alguns casos inviabilizando, a concorrência dos produtores legais. Por exemplo, o aço: apesar de o Brasil fornecer minério de ferro à China (matéria prima), o aço chines (produto industrializado) chega no Brasil mais barato que o aço aqui produzido, a despeito das custas do frete de ida e volta. Isso é possível graças aos subsídios do governo chinês às suas siderurgias. Mas ao dar subsídio à sua indústria siderúrgica, a China está destruindo a indústria siderúrgica nacional. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior já apurou a existência do subsídio e estava disposta a sobretaxar o produto para ajustar a competitividade entre o aço nacional e o aço importado, mas as nossas queridas montadoras – americanas, europeias e asiáticas – se opuseram a isso por meio da Anfavea, sob o fundamento de que a sobretaxa do aço chines aumenta o custo de produção. Ou por outras palavras: a China que não é uma economia de mercado, atua de forma predatória, destruindo as indústrias nacionais. A industria siderúrgica brasileira atravessa uma crise muito grave, cuja origem está justamente na política de subsídios estatais chineses (embora não apenas nela).

Ivan BC
Ivan BC
6 anos atrás

S-88 17 de Janeiro de 2018 at 12:00
Eu discordo que o movimento tenha começado com Obama, bem pelo contrário, Obama não tinha uma política econômica para os EUA (ele tinha uma política economica para as empresas americanas, justamente por isso ele tinha um apoio tão forte dos homens mais ricos dos EUA), justamente por isso a economia dos EUA ficou travada no seu governo (claro, não podemos ser injustos, ele pegou o país após a crise de 2008).
Eu entendo os passos do Trump, apoiado por empresários e economistas, com a saída da TPP como uma ação visando a atração de empresas para os EUA, especialmente aquelas que foram para a Ásia e México. Sair do TPP e fazer reformas internas (administrativas, tributárias, legais etc…), são parte dessa nova política de atração industrial/comercial, assim como exigir da China mais importação dos EUA para fehcar um déficit gigantesco que existe. O próprio presidente chinês reconheceu essa “falha” e vai intensificar as importações dos EUA. Há uns 2 meses a Boeing vendeu mais de 300 aviões para os chineses, já começa a surgir efeitos…
Eu sinceramente acho isso fantátisco e já vem rendendo ótimos frutos, basta ver os números de crescimento e geração de empregos nos EUA.
Diversas grandes empresas já estão anunciando que vão voltar a produzir nos EUA, há 3 dias foi o grupo FCA (FIAT), vão sair do México e voltar a produzir nos EUA, pois a diferença econômica na produção não compensa a logistica e os riscos envolvidos.
A saíde do TPP não tem como foco a China, mas sim os EUA. O TPP é uma politica muito boa para grandes empresas americanas e estrangeiras, mas ruim para o país.
Mas concordo com você, os EUA vão utilizar de acordos bilaterais para tentar gerar efeitos semelhantes aqueles do TPP, mas com danos menos severos para os EUA.
Na minha opinião quem deveria urgentemente fazer uma política semelhantes as do Trump é a União Européia, estão estagnados economicamente e passaram a ser dependentes da produção industrial da China (empresas européias estão na China), enquanto há desemprego sem igual na Espanha e Grécia, por exemplo.
Abraço!