O cotidiano da FEB na Itália
Arquivos em que correspondente da BBC Brasil narra o Natal dos Pracinhas são apresentados ao público
Brasília (DF) – Era por meio do rádio que as famílias brasileiras recebiam as principais notícias do front durante a Segunda Guerra Mundial, quando 25 mil soldados do Brasil foram enviados para lutar na Itália. Um jornalista do Serviço Brasileiro da BCC, o anglo-brasileiro Francis Hallawell, conhecido como “Chico da BBC”, chegou a descrever, com narração e entrevistas, como foi a celebração do Natal dos soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB), em 1944. Agora, a BBC Brasil resgata e disponibiliza parte desses arquivos, numa reportagem sobre o trabalho de Hallawell e o cotidiano dos Pracinhas.
Assim como no presente, os militares que serviram à Pátria no passado se dedicaram exclusivamente as suas missões, num compromisso que os levou a ficar por longos períodos distantes de suas famílias, enfrentando constantes riscos. Na matéria sobre o Natal dos expedicionários, o correspondente da BBC incluiu uma entrevista com um dos soldados que chegava da frente de batalha, que estava há 48 horas sem dormir, além de uma passagem emocionante da banda da Força Expedicionária Brasileira (FEB) cantando e tocando “As Pastorinhas”, de Noel Rosa.
As reportagens de Hallawell integravam uma coleção pertencente à Embaixada Brasileira em Londres, que foi cedida ao pesquisador Vinicius Mariano de Carvalho, do Brazil Institute do King’s College London. O professor passou os arquivos em formato digital para a BBC Brasil, com registros de 12 matérias. Dentre elas, uma do correspondente sobre uma visita a feridos no hospital e outra sobre uma missa na catedral de Pisa, em que os militares cantaram o Hino Nacional.
A FEB saiu vitoriosa, porém 454 soldados perderam suas vidas durante o conflito. Os restos mortais desses Pracinhas estão no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro (RJ).
A matéria da BBC Brasil “Arquivo revela Natal de soldados brasileiros sob granadas e ao som de Noel Rosa na 2ª Guerra” pode ser acessada aqui.
FONTE: Agência Verde-Oliva/CCOMSEx
Recentemente assisti um especial sobre a Segunda Guerra Mundial na NetFlix, muito bom, porem quando entrou na questão da campanha na Itália, sobretudo na conquista do Monte Cassino, ignoraram totalmente a participação Brasileira, citaram soldados de outros países, inclusive tropas da Polônia, mas Brasil nada.
Gil U, é assim mesmo, quando a história militar contada é eurocêntrica ou americanocêntrica, raramente o Brasil é citado.
É a mesma coisa na história da aviação, em livros americanos Santos Dumont quase nunca é citado.
Galante, o Brasil também não colabora, né? O tema nem é ensinado nas escolas, outro dia eu disse pra uma garota nova que meu avô foi ex-combatente e ela não sabia sequer que houve uma guerra mundial, que dirá duas. Em São Gonçalo (RJ) existe uma praça dedicada aos pracinhas, com um tanque que esteve na Itália. Da última vez que eu vi, o tanque estava pintado de rosa e me contaram que um casal de adolescentes foi visto transando em cima, numa madrugada.
Foi notícia no próprio ForTe: http://www.forte.jor.br/2015/01/01/homem-e-detido-apos-pintar-tanque-de-guerra-de-rosa-em-sao-goncalo/
Gil U
Creio que o documentário seja esse “La Segunda Guerra Mundial a todo color”. É um documentário muito bom, porém, como não podia deixar de ser, é totalmente tendencioso para o lado dos americanos/ingleses. Eles citam os aliados apenas como eles são, aliados (não nomeiam x e y).
Gil U,
Mas a FEB atuou na conquista de Monte Cassino?
Na verdade para os EUA 25.000 soldados é quase nada. Só pra comparar, os EUA perderam na segunda guerra mais de 300.000 soldados, a união soviética perdeu mais de 13 milhões de soldados. Achar que eles vão nos tratar em pé de igualdade é pura ingenuidade.
A quantidade de soldados que o Brasil enviou na época, foi considerada pela comunidade internacional muito mediocre.
essas conquistas heroicas do soldado brasileiro tinha que ser ensinado nas escolas no Brasil, em livros, debates, programas de TV, documentários e filmes, mas é totalmente ignorado DELIBERADAMENTE
e amigos adivinhem quem são os traidores que cumprem essa agenda de jogar no esquecimento nossos heróis brasileiros ? Adivinhou quem pensou naqueles que usam o vermelho como cor predileta, e usam símbolos totalitários de outros países !
Essa gentinha infestou os meios de comunicação, academias de letras, universidades, escolas públicas, sindicatos e a maioria das repartições públicas do Brasil, por isso o brasileiro é um povo tão desacreditado com baixa auto confiança, e recorre ao vitimismo em tudo que erra.
Tinha que ser obrigatório nas escolas esse tipo de matéria com riquezas de detalhes, pois faz parte da nossa história.
Getúlio Vargas fazia de tudo pra não entrar na guerra, e só o fez, porque o povo brasileiro foi às rua protestar para que o Brasil declara-se guerra contra a Alemanha. E isso foi um fato muito interessante, porque nunca na história da humanidade um povo saiu às ruas em protesto pra exigir que seu governo entra-se em guerra com outro país.
Recentemente li um artigo do prof Ferraz sobre a bibliografia sobre a FEB. Tem cada vez mais historiadores produzindo material sobre a FEB. E acho que todos que conheço lêem as matérias aqui. Tem cada vez mais livro publicado também. A tendência é a FEB ganhar espaço nos livros didáticos. Devido ao crescimento dos estudos sobre a FEB, e também com a complexificação maior devido às múltiplas problemáticas e variedade de recortes teóricos e metodológicos, de fontes analisadas.
Tem muito estudo bom por aí. Só fazer as buscas no Google pq tem MT material publicado e disponível online.
Alessandro tá MT mal informado. Não é por ideologia que a FEB foi deixada de lado no currículo. A FEB era uma força que se batia por democracia contra os fascistas. Inclusive, muitos comunistas integraram suas fileiras como voluntários. Quanto mais a FEB for estudada, maior a chance dela voltar aos livros didáticos para ajudar a compreender o contexto do fim do estado novo. Não tem revanchismo bobo de professor de esquerda não, faltava eram estudos de destaque. Mas esses estudos estão aparecendo desde o início dos anos 2000. Pesquisadores como Francisco Ferraz, Cesar C. Maximiano, Luciano Meron, Ricardo Bonalume Neto, seus orientandos, e tantos outros jovens pesquisadores têm feito esse papel de estudar seriamente a FEB. Já já ela volta aos livros didáticos.
Também dei minha modesta contribuição e tá no banco de dissertações da UFRRJ.
Fomos um dos únicos países da América do sul que enviou tropas para combater na Europa.Participamos e não levamos nada.
Poderíamos nos alinhar com a nova ordem que surgia.Quando a feb voltou ela desfilou e depois acabou….
Um amigo da reserva comentou que Getulio Vargas viu certo perigo nas ideias que os militares que serviram com os aliados trariam para o país,tipo democracia e liberdades que não conhecíamos.
Por isso muito da participação do Brasil na II
Guerra mundial fica omitida até hoje.
Se tem lógica ou não comentários são bem vindos para compreensão deste tema.
Colegas, TODOS os livros didáticos de história q são distribuídos hoje falam da FEB. Uns possuem textos mais detalhados e apresentam abordagens bastante interessantes, outros possuem textos mais simples, mas não tem um livro, pelos menos de todas as coleções que analisei esse ano de 2017 aqui na Bahia, tanto para escolas do Ensino Fundamental II (antigo ginásio) e do Ensino Médio (2º grau), falam da FEB.
São variados os motivos que levam a FEB ao esquecimento. Um deles foi o próprio tamanho da FEB. Enquanto os norte-americanos mobilizaram quase 8 milhoes de homens, a FEB teve pouco mais de 25 mil. Para a historiografia nacional, havia, e há, outros processos e fatos que exigem um esforço de pesquisa maior. Assim, a FEB sempre foi relegada a um plano secundário.
Recentemente, com uma nova abordagem (“Nova história militar”) é que a FEB passou a ter novas pesquisas, que ampliou muito a quantidade de trabalhos, resultando num aprofundamento bem maior das pesquisas. Inclusive aqui na trilogia tem alguns foristas que são grandes pesquisadores do tema, como o Cesar Campiani, que tem dois dos maiores livros sobre o assunto.
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Alessandro 15 de Janeiro de 2018 at 21:35
Cara, pode nao parecer, mas nem tudo que é desgraça é culpa do PT. A FEB já era esquecida há tempos, muito antes do 9 dedos chegar ao poder. Quem escreve os livros de história que são distribuídos pelo Brasil nao são pertencentes, em sua grande maioria, aos quadros do partido e nem submetem suas abordagens a eles. Sou professor das redes pública e privada e avalio livros de 3 em 3 anos. Como a FEB é meu objeto de pesquisa, esse é um ponto q sempre observo.
Os livros podem ate falar da da FEB, mas os professores de historia, os mesmos que odeiam militares, dao a aula em tom de chacota. EU mesmo na minha época de segundo grau (nem sei qual o nome é hoje) tive uns 3 professores que sempre falavam da participação do Brasil em tom de chacota. E quebravam o pau nos militares para falar da ”ditadura do mal” financiada pelos yankes que queriam roubar nossas riquezas naturais.
O Brasil desembarcou na Normandia ? Não, então praticamente não lutou na guerra, a guerra começou em 1939, no final da guerra foi que entramos, mais precisamente Julho de 1944 despreparados como hoje e sem equipamento como hoje, enfrentamos batalhas de segunda classe, no contexto de uma ação maior dos EUA na Itália.
Para se comparar nossa total falta de expressão, tínhamos uma divisão enquanto só no mediterrâneo existia 23 divisões aliadas
Nada mudou, continuamos dependentes dos EUA se entrar em um combate de proporções mundial.
Pelo total de combatentes mortos, dá pra ver o porque ninguém dá bola para tão singela participação. Mortos dos EUA 416.800, Mortos Reino Unido 383.700…….. Brasil 1.000
Respeito os 465 combatentes brasileiros que morreram no solo Italiano, bem como os feridos em ação, mas quando vejo essa foto de um soldado brasileiro com uniforme doado pelos EUA, uniforme bem passado e alinhado na goma, uma munição com propaganda da FEB, os dentes podres e com toda certeza analfabeto……… Acho graça.
A FEB tem muitos aspectos pouco conhecidos e os correspondentes de Guerra forma um deles. Anos atrás (muitos!), escrevi um artigo sobre esses jornalistas. Repórteres da Agência Nacional, O Globo, Diários Associados, Diário Carioca, Correio da Manhã, Jornal do Brasil e a BBC foram enviados à Itália no objetivo de cobrir a campanha, mas nao foi algo que partiu do governo. Por Vargas seriam feitos informes bem ufanistas e oficiais, pelo DIP. Para mim, o mais interessante foi Rubem Braga! tem algo de barroco na maneira como descreve os lugares e as pessoas. Recomendo MUITO o livro dele (“Crônicas da guerra na Itália”)!
Diogo Prado 15 de Janeiro de 2018 at 22:29
Não generalize. Tem muito colega que vê a coisa por outros olhos e sabe separar os fatos. A Ditadura contribuiu muito negativamente para todos os assuntos relativos a história militar nacional.
…
Mas ai entra uma coisa q eu sempre falo: se acham que nós professores e historiadores estamos errados, se nao contamos “a coisa” como deveria ser, escrevam seus livros, vão para sala de aula e ministrem os assuntos “como deveriam”. As universidades estão ai, os concursos públicos estão ai pra qualquer cidadão.
Acho que a FEB não havia chegado ainda à Itália quando Monte Cassino foi conquistado…. Alguém confirma?
Quanto à historiografia, agradeço as observações do Fred e do Luciano. Não sabia que havia tantos trabalhos acadêmicos sobre o tema. Há livros escritos pelos ex combatentes? Sem querer criticar, mas tenho, às vezes, a impressão que o próprio EB divulga pouco os fatos.
Quanto ao 1° Grupo de Aviação de Caça, há o livro Senta à Púa, do Brig Rui Moreira Lima, que é a própria história do Grupo. Carlos Lorch, proprietário da Action Editora, e editor da Revista Força Aérea, lançou anos atrás o livro fotográfico Heróis dos Céus (deu-me um exemplar de presente), com a fotos raríssimas do dia à dia do Grupo, desde Suffolk Field, em New York. Até brinquei com o próprio Brigadeiro, em Santa Cruz, pois havia uma foto dele com mocinhas norte americanas num restaurante. O filme do Erik de Castro, ¨Senta à Púa¨, é muito bom. Só pecou em não ter filmado a Ópera do Danilo, encenada anualmente na BASC pelos caçadores, contando a epopéia do Ten Danilo Marques Moura, abatido atrás das linhas inimigas, e retornando à Pisa caminhando (e de bicicleta) uma distância de 240km.
Vi pouca coisa do EB nos moldes da Reunião da Aviação de Caça, onde os feitos do Grupo são relembrados anualmente. Há alguma coisa semelhante?
Coronel, é um prazer poder difundir a história dos nossos veteranos! Meu avó foi veterano da Marinha, mas acabei balançado pelos “pé de poeira”.
Sim, tem MUITOS livros de veteranos! O livro da Castello Branco (na época era oficial de comunicações do 1RI) tem uma narrativa muito bem organizada, com tabelas, mapas, etc. Ah, ele fala tb do 1º GAC. Gosto muito dos livros do Joaquim Xavier da Silveira (soldado do Plt de Transmissões do 11RI). Mas se o sr quer polêmica, sugiro do livro do, na época, Cel Brayner, que era chefe do EM da FEB. E o livro “depoimento de oficiais da reserva”, publicado em 1949, no calor da coisa!
Obrigado, Luciano. Vou procurar. Sei que a BIBLIEX tinha muita coisa.
Meu falecido tio também foi veterano da MB na Segunda Guerra.
Quanto a postura do EB…de uns anos prá cá a DPHCEx (Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército) passou a promover congressos e encontros. A Bibliex tb tem muitas obras. Uma das mais significativas e ricas foi um material em oito volumes (tem em dvd) com entrevistas com veterenos e ex-combatentes (assim, vai bizu, veterano é quem fez parte da FEB, ex-combatente é todo militar que serviu no período, mas no Brasil….tempos depois militares q serviram em missões acabaram sendo incorporados no grupo do ex-combatentes. Mas essa parte sobre ex-combatentes eu nao sei bem. Podemos observar essa diferença claramente nos desfiles de 7 de setembro: uns usam boinas azuis, outros, verdes!). Nesse material tem tb entrevistas com veteranos da marinha de Guerra, da Marinha Mercante e tb da FAB. Tudo transcrito e bem identificado.
Quanto as datas das Batalhas….Monte Cassino foi em Janeiro de 1944….Os primeiros escalões da FEB desembarcaram em Nápoles em meados de julho de 1944. A FEB participa das batalhas no norte da Península Itálica, especialmente na Operação Encore e na Ofensiva da Primavera, isso no início de 1945.
Acho que o Fred tem detalhes mais frescos, pois o trabalho dele é mais recente.
quantos capítulos nos livros de história temos contando com riquezas de detalhes sobre a época da ditadura militar ? Centenas de milhares !!
E a grande maioria com pauta NEGATIVA sobre os militares brasileiros, e enaltecendo os “coitados” dos anarquistas e comunistas no Brasil, omitindo que explodiam carros, sequestravam e matavam pessoas em nome de uma ideologia assassina e autoritária.
Eu não disse que não tem livros contando sobre a história da FEB na Itália, eu disse que esse tema é IGNORADO DELIBERADAMENTE ao público, pois é um ato heroico do militar brasileiro!!
Muitos autores tratam tudo que é ligado a história militar brasileira com uma visão negativa, é evidente que há uma corrente no Brasil para distorcer e omitir a riqueza de dados que os militares brasileiros conquistaram ao longo das décadas, e isso cresceu muito após a ditadura de 64 pra cá.
Acredito até que (ae é uma opinião pessoal minha) devido esse ranço com eles, os próprios militares brasileiros tenham receio de repassar mais informações com detalhes, e sua visão sobre as conquistas do passado com certos autores da imprensa, ou historiadores que não frequentam o mesmo círculo que eles.
Quando é preciso manchar a reputação dos militares no Brasil, “estranhamente” há muitos livros, discussões, debates em programas de TV, documentários e etc de diferente maneiras e autores, mas quando é pra falar sobre as conquistas e atos heroicos, ae a coisa muda de figura!
tá cheio de professorzinho de história, e jornalistinha de meia tigela ridicularizando e achincalhado a história militar do Brasil por ae, e se pesquisar mais a fundo a vida desses caras, tem ligação com os vermelhinhos de alguma maneira, é um bando de FARSANTES que se passam por patriotas, é isso que são!
Leiam o livro de William Waack sobre o tema. Escrito em meados dos anos 80.
As Duas Faces da Glória – A Feb Vista Pelos Seus Aliados e Inimigos
Rinaldo, o Luciano te deu um ótimo panorama das fontes e relatos memoriais. O depoimento dos oficiais da reserva sobre a FEB já é um clássico. Além dos que o Luciano citou, tem os dois livros do general Mascarenhas de Moraes, tem muitos livros de veteranos. Essa obra da bibliex em oito volumes, que ele citou, é a história oral da FEB, são muitas entrevistas, vale muito a pena. De novidade, um livro publicado em 2015, do veterano Boris Schnaiderman (Caderno Italiano) que passou a se somar ao romance Guerra em Surdina que ele publicou em 1964. Se complementam. O primeiro foi escrito romanceado por causa da censura e o segundo é narrativa de memórias. Os sebos online são uma boa fonte de livros de veteranos já esgotados. Outro livro de veterano que eu gosto muito, e o diário do tenente da reserva Massaki Udihara, que era médico mas serviu na infantaria da FEB, no sexto RI. Sua filha encontrou o diário após sua morte e decifrou suas anotações para publicar. Como é um diário, muitas vezes contém desabafos, angústia e raiva. Em outros momentos reflexões. É de uma sensibilidade tocante.
E, os jornais da imprensa de guerra, são ótimas leituras também. Tem vários. No site da hemeroteca digital da biblioteca nacional, o Sr encontra o “Cruzeiro do Sul” do serviço especial da FEB, todo digitalizado. Em associações de veteranos ou no museu da FEB e com colecionadores o Sr pode encontrar números dos jornais de trincheira dos batalhões. Um deles, de leitura deliciosa, é o “E a cobra fumou”, do primeiro batalhão do sexto RI. Eu ri muito quando li, é realmente divertido.
Nas fotos em geral (e nesta em especial), há blindados que parecem os pais do Urutu e da Cascavel.
Muito interessante.
Parabéns pelas iniciativas individuais dos verdadeiros patriotas. Povo sem passado é povo sem futuro.
Rinaldo Nery, vou lhe contar uma, que ja deve ser de Vosso conhecimento, mas me marcou tanto que nao me esqueço:
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Estava a conversar com um Ex-pracinha e o mesmo me disse:
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Certa vez estavamos tentando tomar um buker no alto do morro (qual? ele disse EU nao lembro), e pedimos apoio pelo radio, para nossa surpresa, quem respondeu foi um piloto brasileiro que estava voltando de uma missao. Ele tinha UMA bomba no cabide, passamos as coordenadas e eles chegaram.
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Um deles deu uma volta no morro, subiu e desceu na vertical… Soltou a bomba e a mesma entrou certinho no buraco no topo do buker…
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Depois alinhou, balançou as asas e foi embora…
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Naquele dia deu muito orgulho de sermos Brasileiros e tivemos a certeza de quao profissionais eram nossos pilotos.
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Nossos militares sempre sao muitissimo elogiados la fora… Me cansa nao saberem de sua historia e/ou essa visao de vira-latas…
Para os que gostam de ver o Brasil como “vira latas”:
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Certa vez no epoca de saddam hussein, ha via uma comitiva de engenheiros em Bagda (estava la para supervisionar uma obra), e se perderam do comboio. Foram parados por homens armados e so nao foram sequestrados, pq comecaram a falar: Brasilis… brasilis… pelé… os caras comecaram a rir fizeram a associacao do carro as pessoas e os deixaram passar… (Brasilis e como sao conhecidos os “Passat iraque” la, que sao adorados por eles…).
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Outra vez estavamos em missao de paz na africa e um comboio foi emboscado (levando a morte um cabo motorista), quando viram a bandeira brasileira, “pediram desculpas” e ajudaram a socorrer o cabo.
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A pouco na italia, criancas cantaram o hino brasileiro em homenagem “a seus libertadores”!
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imigrante brasileiro, e geralmente reconhecido por sua garra em trabalhar e nao causar problemas
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Somos muitissimo bem vindos la fora!
A participação brasileira na segunda guerra foi maravilhosa. Com ou sem equipamentos adequados eles foram heróis, até a Inglaterra e Rússia dependeu dos EUA na guerra. Conquistamos Monte Castelo, Montese (batalha mais sangrenta) e outros lugares na Itália. Sugiro verem tbm o documentário da Senta a Pua 1° GAC, muito bom. Salve nossos veteranos de guerra, salve a FEB e salve o BRASIL.
Corrigindo a informação, na verdade o Brasil participou na tomada de Monte Castelo e não Cassino. E o documentário que assisti se chama The War: A film by Ken Burns.
Gil U, meu avô foi veterano. Posso estar enganado, porque estou escrevendo de cabeça as histórias que ele contava, mas espero poder contribuir com o debate. A FEB participou da Batalha de Monte Cassino (também chamada de Batalha de Roma) mas não da “tomada de Monte Cassino”. A FEB ficou encarregada de atacar Vallemaio, e sofreu resistência alemã, ou seja, “viu ação”, enquanto as outras forças atacavam diretamente Cassino. O ataque a Vallemaio fazia parte da Batalha de Monte Cassino, embora não fosse um ataque direto ao monte que deu nome à batalha.
Se tiver no site algum historiador que tenha estudado o período e não apenas conheça de ouvir falar, como eu, peço que me corrija, por favor.
Quanto ao colega que riu da participação do Brasil na guerra, aposto que o engomadinho analfabeto de dentes podres fez mais pela humanidade durante 1 minuto na guerra do que o guerreiro de teclado fez a vida inteira.
Verdade, Mim da Silva!
Já consegui mais boa vontade do pessoal da OLP (sim, da OLP!) do que o pessoal de outras nacionalidades que eu conheço conseguiu em plenos anos 1980.
Bastou dizer “brasili” (em árabe, a nacionalidade é o nome do país + “i”) e eles ficarem muito contentes a falar de Fuscas (no Egito e na Jordânia, os Fuscas made in Brazil nos anos 1960 eram muito valorizados), futebol, música, comida (“roz”, o nosso arroz), etc (devidamente traduzido para o inglês por um deles, que falava vários outros idiomas e que até me ensinou a derrubar helicópteros destruindo o rotor traseiro, façanha cometida por um deles no Líbano com uma 20 mm, enquanto comíamos uma salada após o anoitecer em pleno Ramadã na melhor hospitalidade oriental e rostos sorridentes).
De quebra, uma aula sobre AK-47 x M-16, façanhas contadas por um sniper jordaniano na guerra do Líbano, fotos de parentes (alguns vivendo no Brasil), dicas sobre sobrevivëncia no deserto, palavras novas em árabe, relatos sobre as (crueldades das) forças israelenses, táticas terroristas, treinamentos sobre modalidades de karatê mortal, por que eles lutavam contra Israel (quase virei simpatizante da causa deles), algumas coisas sobre o islam (só me contaram a parte boa), etc. E a conversa nem foi tão longa…algumas horas. Ô pesssoal que gosta de conversar!
Dois ótimos livros sobre a participação do Brasil na 2GM:
SENTA Á PUA – Brigadeiro Rui Moreira Lima
1942 – A Guerra Esquecida do Brasil – João Barone (baterista do Paralamas cujo pai foi ex-combatente)
Roberto F Santos
Você deveria conhecer melhor a história. Chegar em Outubro de 1944 e lutar com tropas alemãs que se retiravam sim, mas uma retirada estratégica.
Aliás vc tb não respeita os quase 2.000 brasileiros mortos em nosso litoral por submarinos alemãs!
Fred, “Guerra em surdina” é show! E é uma melancolia que choca! Comprei “Caderno italiano”, mas ainda n tive tempo de ler. ” A FEB pelo seu comandante” é um clássico e acabei esquecendo de falar dele.
Nao conheço a obra de Massaki Udihara. Valeu pela informação! No “Depoimento de …” há uma critica forte ao uso de médicos como oficiais de infantaria, mas isso vc sabe.
Anos atrás, conheci num congresso um pesquisador q estava trabalhando com a Esquadrilha de Ligação e Observação – ELO. Esse é um assunto que gostaria de saber mais.
Ah, “O cruzeiro do sul” teve uma edição fac-símile uns anos atrás. Essa é outra fonte bem interessante, mas confesso q tive alguma dificuldade com certas piadas e gírias da época.
Há de se lembrar dos correspondentes do front na Itália, Rubem Braga e Joel Silveira.
http://www.portalfeb.com.br/livro-o-inverno-da-guerra-joel-silveira/
“Diário de um Ex-Combatente”:
http://www.portalfeb.com.br/diario-de-um-ex-combatente-disponivel-em-arquivo-pdf/
O que não falta é coisa interessante de se ler no portal FEB / bibliografia.
Ouvi casos, contados pelo meu avô, de neuroses de guerra (igualzinho aos dos doidos do Vietnã) e de prisioneiros brasileiros que passaram fome nos campos de prisioneiros – o estômago encolheu, pois só havia sopa rala com pedaços de batata e de carne de cavalo. Foi um tempo duro, sim.
Se quem já passou por situações menos intensas já fica meio doido, imagine as dos pracinhas. Foi gente corajosa assim que impediu o comunismo no Brasil.
Alguém se interessa em ajudar um Museu da FEB em dificuldades?
http://www.portalfeb.com.br/contribua-com-a-campanha-para-manter-o-museu-da-feb-de-belo-horizonte/
A guerra acabou, mas a luta continua.
Luciano
Tenho um exemplar de “A FEB pelo seu comandante” autografado pelo Mascaranhas de Moraes!
Em uma determinada passagem ele relata que grande número dos membros da 148º tinham insignias do AK !
Quem vier ao RJ e goste do assunto, não deixe de visitar o Monumento Nacional aos Mortos da SGM, no Aterro do Flamengo.
Existe um museu com militaria da época, sob a estrutura que representa duas mãos voltadas para o céu há o fogo em homenagem aos desaparecidos e no subsolo, o mausoléu com os restos mortais dos 454 soldados da FEB, dos pilotos da FAB e de alguns soldados desconhecidos cujos restos foram encontrados muito depois do final da guerra, os quais foram trasladados da Itália, do Cemitério Militar de Pistóia na década de 60, além dos nomes escritos nas paredes dos que desapareceram no mar nos navios torpedeados em nossa costa.
Pena que às vezes utilizam a área em frente pra montar palcos para shows e etc. Acho um desrespeito total e com a conivência das FFAA.
Alguns usuários estão confundindo Monte Cassino com Monte Castello.
Monte Cassino foi uma importante colina defendida pelos paraquedistas alemães (elite da elite nazi) no inicio de 1944 e tomada pelos poloneses após a destruição do mosteiro que tinha no alto do morro. Se localizava ao sul de Roma, na linha defensiva Gustav. No inicio de 44 a Itália ainda era prioridade dos alemães e um pouco dos aliados (já estavam em preparação ao Dia D).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Monte_Cassino
Já Monte Castello era uma colina sem importância alguma localizada na linha defensiva chamada Gótica e parte de varias outras colinas e vilarejos naquela região do vale do Rio Pó, entre Florença e Bolonha. No final de 44 o norte da Italia já era um front secundário, tanto para nazistas, como para os aliados.
A FEB combateu velhos e jovens que mais pareciam Volkssturm, Flaks 88, nebelwerfers, LeFH18cm e alguns velhos STUGs III.
Colocando em perspectiva foi um grande sacrifício para uma nação sul americana com doutrina francesa da WWI que rapidamente mudou para doutrina americana de combate em menos de 2 anos e foi combater na Europa gelada. Isso sim deve ser valorizado.
Fomos para um teatro secundário de guerra e arrisco a dizer até “terciário”. Pois Norte da Europa e Asia eram muito mais importantes.
Completando meu comentário sobre Cassino x Castello:
A FEB só ficou pronta para o combate após agosto/setembro de 44 e ainda assim nem todos os regimentos estavam completos. Só foram ficar completos no final de 44. A FEB nunca lutou em Cassino.
Carvalho 16 de Janeiro de 2018 at 14:22
Fantástico! O meu nao é autografado (tenho um exemplar de “Guerra em surdina” que é e minha edição de “Depoimento de oficiais da reserva” tem alguns comentários do dono original)! deve valer vastante, Carvalho!
Embora muita gente diga que a FEB lutou em um front secundário, boa parte da tropa alemã era experiente. Não falo nem da 148º, mas da 90º , que combateu no norte da África. Várias unidades que defenderam a Linha Gótica eram veteranas ou da África ou da Rússia.
Prezados
O link abaixo apresenta uma compilação de bibliografia sobre a FEN
Saudações
https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/39-livros-fundamentais-para-entender-participacao-brasil-na-segunda-guerra-mundial-36313/
Perfeito NIGO, vc deu um show de realidade. Aprende ai Marcelo Andrade, 2.000 mortos no litoral ? meu amigo vá se informar e volte aqui pra debater, 2000 foi o total geral de mortes entre civis e militares.
Chegamos atrasados na guerra, é o mesmo que chegar no fim de uma festa, só tem o resto.
E ainda tem os piadistas que contam que fizemos 14.000 prisioneiros Alemães kkkkkkk
Os caras se entregaram porque a guerra acabou. Mortos de fome, sem comando central, sem vontade de lutar, e tropas formadas por velhos e jovens.
Me poupem
Obrigado aos amigos pelas informações acerca dos livros publicados sobre o tema. Desconhecia a maioria.
Quanto ao nosso desempenho na guerra, gostaria de lembrar que o 1° Grupo de Aviação de Caça foi uma das duas únicas unidades áreas estrangeiras (não americanas) a receberem a Presidential Citation Unit, uma condecoração muito importante do governo norte americano. A outra UAE, salvo melhor juízo, foi uma UAE australiana. Todos os militares do GAVCa podem usar a barreta (de cor azul escura).
Um companheiro de turma (hoje Brigadeiro), quando comandou o Grupo encenou a Ópera do Danilo no Teatro Nacional, no Rio, com o apoio da Rede Globo. Quanto à história da 1a ELO, há muita coisa no MUSAL, nos Afonsos. Mas, infelizmente, a Caça meio que quis apagar essa história, a fim de sobressair. Coisas de brasileiro e de ego. Ciúmes de homem é pior que de mulher. Servi na 2a ELO, em São Pedro da Aldeia (voando AT-27), e vivi um pouco esse problema.
Tudo precisa ser colocado em perspectiva e contexto. Qual o contexto daquela época para o Brasil? Uma nação agraria com pouca industrias, inicio da população migrando do campo para as grandes cidades e governados por um ditadorzinho e elites mequetrefes que faziam o jogo de esquerda, centro e direita (um bando de safos).
Nossos equipamentos militares no final da década de 30 eram cerca de 20 tanques leves Renault FT17 (da WW1) e lagartas e carros blindados comprados da Itália e da Alemanha Nazista. Isso sem falar que a doutrina do nosso exercito era a mesma da França, ou seja, uma doutrina baseada em defesa, linhas defensivas e trincheiras. Tanto é que ate o inicio da guerra tínhamos uma missão militar francesa dando aula para nós.
Dito tudo isso precisamos levar em conta que após a nossa declaração de guerra em 42, os ingleses queriam que enviássemos o mais rápido possível 3 divisões de infantaria para ajudarem eles no Norte da Africa (final de 42 os ingleses estavam tomando sufoco de Rommel em El Alamein, perto de serem expulsos do Egito).
Mas nem tudo são flores, como eu disse a nossa doutrina defasada fez com que os americanos tivessem que levar mais tempo para treinar nossos soldados e oficiais (especialmente nossos oficiais e alto comando). E a migração da população de campo para cidade nos levou a outro problema. Nem todos os nossos soldados tinham dentes na boca. Não conseguimos completar as 3 divisões pedidas.
Levamos uma divisão fortalecida (geralmente uma divisão americana tinha cerca de 10 mil homens, a nossa cerca de tinha 25 mil, pois nesses 25k já estavam inclusos os substitutos das baixas).
Mesmo com todos esses problemas, ainda fomos tratados pelos americanos como uma tropa de segunda linha para um teatro de segunda linha. Poucas armas automáticas para a FEB, apenas carros de reconhecimento e transporte foram dados para o uso da FEB. Os americanos usavam a M1 Garand, para nós sobrou o velho rifle da WW1 o Springfield’03. Os americanos usavam tanques destroyers M10 e artilharias propulsadas em lagartas, para nós eram O m8 Greyhound de blindado e artilharias guinchadas em caminhão
Colocando tudo isso em perspectiva e contexto para a época foi um milagre desembarcar na Itália. Nem navios para levar nossa divisão tínhamos. Tivemos que contar com os americanos nessa também e foram algumas viagens para completar os 25 mil na Italia. Chegando na Itália, tome mais treino e adestramento. Por isso a FEB chegou tarde para lutar num teatro secundário de guerra.
Eramos uma divisão de segunda linha, lutando contra outras divisões de segunda linha (que estavam sem moral alguma). Nosso alto comando eram o pior que tínhamos. Burros e desorganizados. Após os primeiros ataques fracassados numa colina sem nome para os alemães (Monte Castello no caso), os americanos quase chegaram a intervir no alto comando da FEB e tiveram que usar seus cargos na hierarquia aliada para que os oficiais brasileiros cumprissem com a doutrina americana. Falo de organização, gestão, moral para as tropas, uso adequado de equipamentos. Sim, os americanos já eram tudo isso que ainda são hoje naquela epoca.
Nossos soldados e oficiais abusavam do “jeitinho brasileiro”, a desorganização e desleixo com equipamentos e veículos. Tudo que vemos hoje no Brasil de ruim, aconteceu no final de 44. No inverno de 44 eles não estavam nem ai para limpeza de armas, troca de óleo nos M8 Greyhound e caminhões por exemplo. Isso quase levou a retirada de linha da FEB. O pedido que chegou a ser feito pelos ingleses.
A mudança veio através da insistência de alguns oficiais americanos que continuaram a tentar adestrar nossa tropa. Isso levou vários meses para acontecer (entre setembro de 44 e fevereiro de 45). Após essa mudança de mentalidade as coisas começaram a acontecer para a FEB e a tomada da tal colina desconhecida foi um desses momentos. Esse ataque fazia parte de um ataque maior de outras divisões americanas (especialmente a 10th de montanha). Ajudamos a cobrir o flanco deles nesse ataque. A conclusão disso e a batalha de Montese finalmente mostrou aos americanos que poderíamos ser empregados em qualquer lugar.
Os nazistas e italianos que combatemos não eram o topo da linha mais, mas não eram ruins. mas faltava algo essencial para eles, moral. A baixa moral das tropas inimigas ao menos foi compensada pela experiencia dos mais velhos.
Falando novamente em contexto, percebam que nossos soldados e oficiais é que tiveram que mudar de mentalidade. Vindos de um país agrário, com mentalidade retrograda de suas lideranças e armas atrasadas. Isso que deve ser exaltado. Nossos soldados tiveram que mudar sua cultura para poder se impor num ambiente hostil.
Tanto é que a FEB foi convidada para ocupar a Áustria no fim da guerra. Mas Getúlio e o comando covarde da nossa tropa não quis.
Tudo é contexto e perspectiva.
Nigo
Olhando as fotos das tropas rendidas pela FEB
Não vi nada de Volksturn
Pelo contrário…
Rinaldo,
De todos os livros listados no link, considero o do Castello Branco essencial.
Contém extratos das ordens de Operação. Listagens de efetivos e detalhes das reuniões do EM.
É quase um diário da OM
Saudações
@carvalho,
As tropas alemãs na Italia no final de 1944 já estavam cansadas de guerra, eram uma mistura de velhos do front russo e jovens.
O armamento alemão ali no norte da Italia também já era obsoleto. O numero das divisões que enfrentamos também da uma pista disso.
148 e 232 por exemplo. Foram divisões formadas sobre o resto de outras no final de 1944 e com regimentos incompletos.
Por isso postei que eles mais pareciam Volkssturm.
nigo 16 de Janeiro de 2018 at 19:58
Colocando em perspectiva foi um grande sacrifício para uma nação sul americana com doutrina francesa da WWI que rapidamente mudou para doutrina americana de combate em menos de 2 anos e foi combater na Europa gelada. Isso sim deve ser valorizado.
Com todo respeito aos demais foristas, esse comentário é mais lúcido e parcial… parabéns…
Acredito que alguns aqui deveriam ter mais respeito pelos veteranos… até mesmo o Waack em seu livro, cheio de críticas à FEB, reconhece o valor do sacrfício daqueles soldados, em que pese as deficiências e falhas…
Meu falecido avô lutou na Itália… tenho muito orgulho disso…
OK
Concordo que estavam incompletos e cansados de guerra.
Esta era uma realidade de todos os fronts desde o final de 43. Não há como negar que os fronts da europa eram mais importantes.
Mas no que diz respeito à idade dos combatentes, não me parece que eram idosos ou crianças. Veja as fotos…são todos aptos para o combate
Quanto ao equipamento, o tipo de terreno propiciava uma defesa com menores recursos.
Enfim….nem tanto o céu….nem tanto a guerra
Abraço