Reforma dos T-54/T-55 vietnamitas exclui troca do canhão
Troca por peça americana de 105 mm foi considerada muito cara
Por Roberto Lopes
Especial para o Forças Terrestres
O portal de notícias vietnamita Soha informou, nesta quarta-feira (10.01), que o programa de atualização de tanques T-54/55 do Exército Popular do Vietnã, desenvolvido em uma instalação industrial do Departamento Geral de Engenharia (Z153), foi concluído, e já pode ter entrado na fase de implantação em larga escala.
De acordo com o site americano globalsecurity.org, a Força Terrestre do Vietnã dispõe de 850 MBTs T-54/T-55, fabricados entre as décadas de 1970 e 1980, que ainda conformam a espinha dorsal da corporação.
O texto do portal afirma que a recente encomenda feita pelo governo de Hanói à indústria russa, do tanque principal de batalha T-90S, contemplou apenas uma quantidade muito pequena da nova viatura – insuficiente para permitir a aposentadoria dos velhos modelos T, ícones da Guerra Fria.
Há cerca de 20 anos os militares vietnamitas experimentaram modernizar alguns exemplares do T-54, elevando-os a um patamar denominado T-54M3.
O pacote de revitalização incluía mira telescópica moderna, sensores meteorológicos e canal de visão por infravermelho, além de blindagem tipo composite e placas de proteção reativa em torno da torre do carro – e, claro, um novo canhão, mais moderno que a arma de 100 mm do projeto original do T-54/T-55.
Custo – Com a ajuda de especialistas israelenses, os blindados tiveram sua peça D-10T2S, de 100 mm (projetada para os velhos tanques), substituída por uma outra de fabricação americana, tipo M-68, de 105 mm.
O poder da arma de 100 mm ficava aquém daquilo que a tropa blindada demandava, e o M-68 construíra boa reputação como equipamento-padrão das primeiras versões do M-1 Abrams americano e do Merkava israelense.
Mas não deu certo.
O custo de aquisição e instalação do M-68 inviabilizava, do ponto de vista econômico, toda a remodelação dos tanques de origem russa.
Assim, o programa T-54M3 “evoluiu” para uma nova configuração, que mantinha o D-10T2S de 100 mm, mas adicionava componentes que evitavam a deformação da blindagem e prejuízos aos equipamentos eletrônicos produzidos pela onda de calor após o disparo do canhão.
A manutenção dos modelos T-54/T-55 tem se revelado um problema em vários partes do mundo.
Em 2015 a indústria privada peruana chegou a apresentar uma proposta ao Exército de seu país, que há anos busca um caminho para a modernização de mais de 200 desses blindados. Um protótipo do novo carro chegou a ser montado para ser submetido a testes (já realizados), mas a implementação da proposta aguarda, até hoje, aprovação.
logico que a manutenção tem se revelado um problema, o tank foi feito na decada de 50
os caras querem oq? kkkk
http://www.alearningfamily.com/main/wp-content/uploads/VietnamPhysical-1.jpg
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O mapa, é claro, para começar a discutir o assunto.
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Observar que a parte verde é mata, notadamente em torno de delta dos Rios Mekong ao sul e Vermelho ao norte, onde fica Hanói. O litoral também é bastante úmido, com muitas matas e vegetação fechada. A parte do mapa em marrom representa as montanhas.
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Sim, o Vietnam é um misto de bacias de rios com vegetação fechada e montanhas também tropicais.
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Assim sendo não é o cenário ideal para uma força blindada / mecanizada.
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Mas então por que o Exército do Povo do Vietnam conta com quase 1.500 MBTs (carros de combate principais)?
Afinal são cerca de :
– 64 T-90S;
– 220 T-62;
– 850 T-54/55;
– 350 T-59 (cópia chinesa do T-55); e
– um punhado de M48A3 Patton em estoque.
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Porque os ‘tanques de guerra’ também são úteis na selva – desde que tenha solo firme -, nas montanhas – desde que consiga manobrar – e nas áreas de vegetação baixa, que sempre existem em nas bordas das florestas.
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Porque os ‘tanques de guerra’ reúnem no mesmo veículo algumas ‘coisinhas’ importantes no combate:
– Poder de fogo (Canhão e metralhadoras, ou ‘bum’ e ‘bang-bang’);
– Proteção (blindagem para resistir o fogo inimigo, notadamente de armas leves);
– Mobilidade (para levar seu poder de fogo onde é necessário);
– ISR – Intelligence, Surveillance and Reconnaissance (com seus sensores, se modernizado, pode fornecer inteligência para o comando da tropa);
– Comunicação (pois leva seu próprio sistema de comunicação que pode e deve ser aberto para a infantaria que apoia, ou apoia ele… whatever).
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Tendo estes pontos em vista, parece que os antigos T-54/55 reformados e com novo pacote de sensores e comunicações (C2ISR), talvez um motor mais novo, pequenas modificações internas e os melhoramentos propostos para o velho – mais muito confiável – canhão raiada D-10T de 100 mm poderá ser muito útil por aquelas bandas.
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Em tempo.
Para apoio de fogo contra fortificações, posições de infantaria e um sem números de missões o D-10T de 100 mm ainda é uma boa arma, inclusive contra blindados leves ou ‘taques’ da mesma geração do T-55.
Sua dificuldade seria em uma guerra blindada contra MBTs de geração mais nova, como T-72, T-90, Abrams e os chineses Type 96 ou VT-4 de exportação.
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Sds.,
Ivan, an Oldinfantryman.
Saudações Ivan…e qual seria contingente do exercito ?
http://afe.easia.columbia.edu/geography/element_b/images/eb4_vietnam1.jpg
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Este outro mapa demonstra as altitudes dentro do Vietnam.
E selva ou montanha.
Mas sempre há uma savana, ou algumas estradas para deslocar os blindados em apoio à infantaria. Uma simbiose natural.
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Este apresenta a distribuição da vegetação…
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Sds.,
Ivan, o ‘Mapento’.
Um detalhe.
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Alem dos quase 1.500 ‘tanques de guerra’ (MBT) no inventário, o Exército do Povo do Vietnam alinha também 300 ‘tanques’ leves de fabricação chinesa Type 62/Type-63 e 300 ‘tanques’ leves e anfíbios PT-76. Gosto do PT-76, particularmente naquele TO com muitos rios, áreas alagadas (plantação de arroz) e outras áreas ‘molhadas’.
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Para transporte de uma pequena infantaria mecanizada eles tem:
– 200 M-113 (rsrss… adivinha de quando…);
– 400 BTR-50PK (chassi parecido com o PT-76… mas ScudB vai dizer que não);
– 150 BMP-1;
– !50 BMP-2.
Claro, mais meio milhar de BTR-60 e outros antigos de 4 ou 6 rodas da época da guerra contra os ianques ;).
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Sds.,
Ivan, o Antigo.
Ivan
Excelentes esclarecimentos.
Sds
Ivan 12 de Janeiro de 2018 at 18:53
Tá inspirado hoje kkkkkkk
mapento kkkkkk
Deixa eu ver se eu entendi, segundo os comentários acima o Vietnã não dispõe de tanques T-72 ??? …. sério ???? …
Eu jurava de pé junto que o Vietnã dispunha de um punhado de tanques T-72 mesmo que sem modernização, pois o T-72 vendeu mais do que cerveja gelada no carnaval da Bahia durante um bom tempo principalmente entre os países comunistas . Outro facto que fica é a longevidade dos T-54 que já entraram para a história, mas eu como pitaqueiro de plantão acredito que os T-54 já estão no linear da sua existência, a maioria somente se mantém operacional por ser um tanque leve sem equivalentes (o T-54 tem menos que 40 tons) e por ser fácil de se manter . (Mas não comenta isso com o pessoal do E.B senão já viu né, vem um pacotão de T-54 vindo de algum país do terceiro mundo e teremos carroças até 2050)
Eu não sei como eu consegui viver sem essa notícia até hoje, de tão importante.
Enquanto eu passei ao Galante para ele publicar a portaria do Exército que dá início ao processo de tranformacao da Artilharia de Campanha do Exército. Ele não publicou. Mandei novente, para o caso dele não ter recebido. Nem sequer deu bola.
Ando enviando excelentes materiais para ele. Só pública 10, 20%.
E a Trilogia está cheia de “desinformacoes exclusivas ” de matérias do Roberto Lopes (a maioria ele erra. Acerto é minoria ).Acerta basicamente quando é matéria copiada da Jane’s.
Fiz uma pesquisa, e o número total de T-54/55 fabricados pode chegar a 100.000 !
Isto os faz serem abundantes e baratos. E são resistentes.
Podem receber diversos upgrades de motorização, armamento, blindagem, proteção QBN, e eletrônica. Foram adaptados para AAA, APC e diversas outras funções.
São de uma geração anterior aos M-60 e os Leo1. Para quem não tem, nem de graça vale a pena. Já para o Vietnam com tamanha quantidade, é válido.
Já era, dor de cabeça.
Delfim!!!
100.000??????!!!!!
Sinistro!!!!!!!
Fellipe Barbieri, nos ja tesmo carroças
os leopards 1A5, que em um campo de batalha contra europeus, americanos, russos, chineses, etc.. seria nocauteado sem nem mesmo saber de onde veio a bendita bala
Ivan 12 de Janeiro de 2018 at 18:49:
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Caro Ivan, achei interessantíssima sua análise. Porém, gostaria de propor a você outro viés. No seu comentário você cita a operação dos MBTs em floresta e montanhas, tratando-as como territórios inóspitos e isolados. No entanto, acredito que este cenário ficou nos livros de história que abordam o conflito contra os norte-americanos.
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O Vietnã atual é um país populoso e povoado, que passa por constantes reformas para se tornar uma “economia de mercado socialista” – quando achei que já tinha lido de tudo. Ou seja, há uma constante industrialização, modernização e ampliação de infraestrutura e, principalmente, urbanização. O próximo conflito naquela localidade proporcionará rápidas manobras e combates na populosa região litorânea do país . Acredito que o combate nas aldeias se dará apenas em ações de contra-insurgência.
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Escrevi tudo isso para dizer que concordo com você na necessidade de MBTs neste exército, bem como qualquer outro.
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Ps: segue outra mapa interessante, contendo as principais rodovias e municípios daquele país:
Dúvidas de que a China vai com tudo?
https://br.rbth.com/ciencia/79749-russia-pode-vender-uralvagonzavod
Dignas de nota são as adaptações israelenses desse carro…
O ‘Achzarit’ aproveitou a carroçaria de antigos T-54/55 capturados durantes as guerras árabe-israelenses. Há sub variantes de recuperação, ambulância, APC e gerou-se um IFV experimental.
Tem-se também as variantes modernizadas chamadas Tiran-4 e Tiran-5 ( do T-54 e T-55 respectivamente ).
Salvo melhor juízo, o Tiran-5Sh e Tiran4Sh ( subvariantes bastante modificadas dos Tiran-5 e 4 ) receberam um canhão L7 de 105mm. Ambos são operados pelos uruguaios hoje ( 15 exemplares ).
Agnelo e Delfim,
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Sim, foi sinistro.
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Produção aproximada.
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URSS:
35.000 ‘tanques T-54 entre 1946 e 1958; 27.500 T-55 entre 1955 e 1981.
Lembrando que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas reuniam Belarus, Rússia, Ucrânia entre outros.
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Polônia:
3.000 T-54 entre 1956 e 1964; 7.000 T-55 entre 1964 e 1979.
Para quem não havia nascido, Polônia fazia parte do Pacto de Varsóvia, sob a ‘C’ de Moscou, que se opunham à OTAN.
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Tchecoeslovaquia:
2.700 T-54 entre 1957 e 1966; 8.300 T-55 entre 1964 e 1983.
Agora está dividido entre República Tcheca e Eslováquia, mas no passado também faia parte do Pacto de Varsóvia.
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China:
.Type 59 era uma versão chinesa do T-54A que evoluiu internamente. Foram produzidos mais de 10.000, inclusive para exportação.
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Possivelmente já outras produções que desconheço ou mesmo não contabilizadas.
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Outra coisa que impressiona.
Foram mais de 50 nações que operaram o T-54/55, sem falar de outros não nacionais, como ISIS e outros.
Desconfio que só perde para FIFA e ONU, nesta ordem.
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Abç.,
Ivan.
Plinio de Carvalho,
O desempenho da máquina também depende de como está sendo usada… Uma guarnição bem treinada pode valer tanto quanto o equipamento. Os israelenses que o digam…
Como já comentei anteriormente, o canhão L7 do ‘Leopard 1’ ainda é suficiente. Não há carro por essas bandas que vá resistir a um petardo APFSDS disparado por esse canhão a 1000 metros, mesmo no setor frontal ( e se considerarmos a lateral e setor traseiro, então é possível um impacto letal a até 2000 metros sem problemas ).
Creio que mesmo a primeira geração de alguns carros atuais poderiam ser imobilizados a considerável distância por um carro como o ‘Leopard 1A5’, se considerarmos o canhão L7 dotado de munição cinética… Por exemplo: a torre do M1A1 possuía proteção equivalente a 420mm de RHA no setor frontal, o que permite a um canhão como o L7 penetrar seguramente a até 2000 metros. E o ‘Leopard 2A4’, no mesmo setor, possui 700mm de RHA em média, certamente permitindo ao L7 penetrar a até 1000 metros ( se dotado de munição cinética de urânio empobrecido ).
Apenas em versões posteriores os mais importantes carros ocidentais adquiriram proteção o bastante para resistir a um 105mm como o L7 abaixo dos 1000 metros. O M1A2, por exemplo, chega a cerca de 1000mm de RHA em algumas partes da torre ( acredita-se que novas blindagens compostas possam garantir o equivalente a 1300mm de RHA para esse carro ). E ao Leopard 2E LOS, é creditado possuir uma blindagem equivalente a 1350mm de RHA no setor frontal de sua torre.
Alguém saberia me dizer de onde vieram os T-55 do Uruguai ??? …
Eu acredito que o T-72 será o sucessor natural dos T-55 remanescentes em países pobres, vistos que a Rússia dispõe de milhares de T-72 usados em seus estoques que estão disponíveis para venda por um preço camarada . Se bem me lembro quem estudava comprar alguns T-72 usados a um tempo atrás era Moçambique, acho que eram 60 unidades ou algo do tipo por um preço de US$ 300 mil por unidade, mas segundo me passaram a Rússia teria ofertado também um lote maior de T-62 por um preço ínfimo, não sei se qualquer um dos negócios aconteceu .
Felipe
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“Alguém saberia me dizer de onde vieram os T-55 do Uruguai?”
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Israel.
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Mas se vc perguntar ao Google ele daria essa resposta com detalhes interessantes.
Os vietnamitas devem ter pesquisado e percebido.que os israelenses tinham algo a ensinar…
Grato Ivan …
Aproveitando a deixa gostaria de sujerir uma série de matérias aos moldes das que o “Naval” fez sobre o submarinos da Guerra Fria, só que sobre os tanques do período da Guerra Fria, acredito que seria de grande valor e ficaria muito atrativo como um artigo histórico, está seria poderia se dividir da seguinte forma …
– Tanques Americanos
– Tanques Alemães
– Tanques Soviéticos/Russos
– Tanques Franceses
– Demais Tanques (Reino Unido, Brasil, Coréia do Sul, Índia, Resto …)
As matéria seriam uma fonte para pesquisas e informações. Não presisaria ser um artigo que fosse algo técnico, seria algo mais superficial, grato .
Amigo Ivan!
Vou discordar não. Os Objetos 740 e 750 são praticamente idênticos.
Eu discordo (e com embasamento) é com “unificação” do chassi SU-85/T-34 (projetado pelo Kotin(!) e fabricado em Cheljabinsk) com GM-575, 568/78 (desenvolvidos nas 3 cidades diferentes e fabricados pela dúzia de fabricas).
Ou mais longe ainda : juntar na mesma pasta o BTR-50xx com MT-LB e derivados.
Sobre modernização de T-54/55 posso acrescentar que uma das opções é instalação de kit de ATGM Kastet com misseis Bastion/Kan.
Um grande abraço!
A fonte que eu consultei foi o Wiki em inglês.
Há vários relatos de confrontos dos T-54/55 com seus arquirivais M-48, em alguns TOs perderam, outros ganharam. Tudo era na base do telêmetro e do olhômetro, então eram tecnologicamente nivelados.
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Imaginem nos anos 60, dezenas de milhares de T-54/55 do Pacto de Varsóvia atravessando a fronteira entre as Alemanhas.
Mais uma mostra de que o caminho para nações que não brigão no nível Eua, Rússia etc é modernizar o que tem e quando der comprar algo usado melhor e modernizar tbm.és
Ivan, cabulosa a quantidade de tanques e blindados do Vietnam.
Só Cuba tem 1100 T-54/55.
Outra variante famosa do T-55 era o horrível Type-69 chinês, famoso por ter sido destruído aos montes da Guerra do Golfo pelos Abraams e pelos Helis supercobra
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Os T-55 foram também utilizados pelos Cubanos em Angola contra os Sul-Africanos. Conforme relatos, os encontros entre os T-55 e os Ratel-90 sul-africanos se davam a curtíssima distância no mato.
ScudB,
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Aviadesantnaya Samokhodnaya Ustanovka, ASU-85 é um canhão antitanque, autopropulsado e aerotransportado derivado dá mesma plataforma do PT-76.
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Samohodnaya ustanovka SU-85 é um canhão autopropulsado derivado dá plataforma do T-34.
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Em comum o calibre do canhão.
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SDS.
Amigo Ivan!
http://www.alternatewars.com/BBOW/Tanks/Russian_SP_Guns.htm
Objeto 573
Um grande abraço!
Obrigado, Ivan
Excelentes e esclarecedores comentários!
Plinio Carvalho 13 de Janeiro de 2018 at 8:50
Baseado em quê ?
Falando dos T-55 do Iraque :
https://al-sura.com/iraq-to-design-modernized-tank-with-assistance-of-european-companies/
Bem indicativo.
🙂
Delfim Sobreira, a equivalência entre o T-54/55 e o M-48 se dá até a versão A3 do carro americano. A versão seguinte (A-5) que passou a dispor do canhão M-68 (o L7 britânico produzido sob licença) é superior ao veículo soviético. Aliás o M-48A5 é virtualmente idêntico ao M-60A1
Agora é uma pena que os vietnamitas nao tenham tido recursos para Trocar o canhão original do veículo pelo M-68 visto que iria aumentar sobremaneira o poder de fogo do mesmo, inclusive pela possibilidade de uso do míssil LAHAT. Alguém sabe se a modernização contempla a troca do
motor uma vez que os Achzarit fazem uso de um Detroit Diesel?
Amigo HMS!
1. ATGM “Bastion” eles podem usar sem troca de canhão instalando sistema de comando de tiro Volna .
2. Em 2012 os 300 T-54M3 receberam motor alemão de 1000 cavalos..Acredito que vão trocar agora tb ja que peso aumentou devido a blindagem.
Um grande abraço!
Amigo ScudB, mas os israelenses conseguiriam integrar o Bastion/Volna aos T-54/55?
A propósito eu não sabia dessa troca de motor, você poderia trazer mais informações sobre a mesma é especialmente o modelo?
Grande Abraço! ?
T-72 enfrenta Abrahams, Lepard e T-90. Em condições inferiores, claro, mas consegue encarar. O T-54/55 também. Lembro do episódio dos separatistas da Ucrânia, que não tinham tanque e retiraram um do museu para Segunda Guerra para se defender. E o usaram muito bem. Tem que se virar com o que tem.
CORREÇÃO: do museu DA Segunda Guerra. Caramba, sempre que eu posto comentário aqui na Trilogia, cometo erros de digitação, não é possível. Só pode ser macumba do HMS TIRELESS, KKK
Professor 14 de Janeiro de 2018 at 15:39
Uma “listinha” de MBTs que derrotaram o T-72 no campo de batalha:
– M-60
– Merkava
– M1A1 Abrams
– Challenger 1 e 2
Pessoalmente falando o melhor tanque soviético/russo dos anos 70 até hoje é o T-80 e derivados. Esses realmente são excelentes carros mas lamentavelmente a URSS preferiu apostar em quantidade a qualidade….
Esses vietnamitas ainda devem ter uns T-34 escondidos no inventário. Seja como for é melhor para o Vietnã investir em armas anti-tanques portáteis do que em blindados. O relevo acidentado do país torna tais veículos alvos fáceis em emboscadas.
Aliás, o maior inimigo em potencial que o Vietnã tem no momento é a China. É praticamente impossível para esse país resistir sozinho a um avanço chinês. Gostaria de saber a quantas anda a reaproximação do Vietnã com os EUA, iniciada durante o governo Obama. Ela é vital para o país asiático a longo prazo.
Gustavo 14 de Janeiro de 2018 at 16:13
A aproximação EUA-Vietnã iniciada durante o governo Obama ao que tudo indica agrada, e muito, Trump.
HMS TIRELESS 14 de Janeiro de 2018 at 16:25
De fato, o Vietnã possui tensões com a China e reaproximou-se dos EUA. Não obstante, mantém ótimas relações com a Rússia; inclusive, há negociações para a Rússia construir uma base militar no Vietnã. O Vietnã não esqueceu a ajuda que a Rússia prestou na Guerra contra os EUA e, além disso, o Vietnão não é subordinado aos EUA como somos, mantém uma agenda totalmente independente. Certamente, por essa independência frente aos EUA, o Vietnã jamais aceitará ser bucha de canhão dos EUA contra a China.
Amigo HMS!
1. Sobre fabricante do motor pouco ou nada tem de informação. Todo mundo aponta para Daimler mas não tenho nenhum documento confirmando isto.
2. Entrada do ATGM Bastion com sistema de tiro 9S58 “Volna” deu o inicio nos anos 80.Sabendo da “amizade” entre USSR e Israel naqueles tempos era impensável comprar as partes/pecas das maquinas capturadas.Menos ainda um novíssimo artefato desses.
3. T-80 (e modificações) fabricados nos anos 80 em comparação com T72B3 ou T-90M ficam com cara pálida. E nem naquela época representava algum tipo de “melhoramento” significativo na proteção e poder de fogo.Se lembrar dos defeitos tradicionais do mecanismo de carregamento , consumo absurdo (9-12 litros por quilometro) e valor triplicado – fica muito difícil chamar este modelo de excelente.Se ainda juntar com defeitos de fabrica de Kharkiv revelados recentemente no conflito com separatistas – piora de vez.Por mim os russos deveriam continuar com avanços atingidos no desenvolvimento de T-10M.Seria bem mais interessante 😎 !
Um grande abraço!
Professor 14 de Janeiro de 2018 at 20:52
Deixa de conversa mole “Teacher”! A questão não é o Vietnã ser “bucha de canhão” dos EUA mas sim a crescente agressividade e expansionismo chineses que simplesmente empurram o governo de Hanói para o colo dos EUA.
Quanto à “base russa” está mais para sputnice mesmo visto que a maquininha de imprimir rublos, depauperada pelo conflito na Síria, simplesmente não dá conta de construir e manter uma base por aquelas bandas…
HMS TIRELESS
O canhão L7 105mm até hoje é uma arma respeitável. Tornou o canhão 100mm dos T-54/55 ultrapassado.
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Os M-60 derivam dos M-48, e estes dos M-28 do final da 2WW, um projeto tão excelente que seus “filhos” e “netos” só precisaram ser aperfeiçoamentos do avô.
Um M-28 sozinho num entrevero na 2WW destruiu um Tiger e dois Pz IV.
Delfim, o tanque que deu origem à família Patton foi o M-26 Pershing.
Bom, eu acompanhei um tempo um fórum vietnamita, e constatei que eles possuem um temor imenso com relação aos chineses. A China e seu expansionismo é o assunto principal do fórum.
HMS
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Isso. Lembrei de cabeça e errei o número do modelo. Falha nossa.
Colombeli,
Concordo plenamente com seu comentário.
No meu ponto de vista o maior problema nessa área e que os chineses jamais agiriam com essa aproximação de “iguais”, em que você trata o menor bem pra ele se aproximar de você de uma maneira que todos ganhem.
A visão deles e que eles são os donos do Reino do Meio, etnicamente superiores aos povos ao seu redor e os ungidos por Mao para conseguir o que quiserem pela força e os outros que se danem.
Até agora não possuíam toda força que precisavam, mas, estão chegando perto.
Se eu fosse o Urso ficaria ligeiro, pois tirando os ICBM da equação e indo de forma convencional eles hj poderiam conseguir todos os commodities que precisam na sibéria, e o Ivan não tem força pra evitar isso nem de longe. Assim como Taiwan com a incorporação dos novos meios anfíbios da PLA Navy.
Se um dia os Chineses resolverem cruzar o Estreito de Formosa não há escapatória para Taiwan, assim como se resolverem cruzar o Amur o Ivan não vai ter com o que parar os Chineses. Eles não o fazem pois há os Eua na equação, para os dois lados. Acreditem, os EUA não veriam com bons olhos uma invasão chinesa para o sul ou para o norte, mesmo sob o Trump.
O Status dos chineses hoje me lembra o que li sobre a corrida armamentista do pacifico pré IIGM, os Japoneses agiram da mesma forma, com a mesma visão dos chineses hoje: se consideravam racialmente superiores aos países que orbitavam na sua esfera de influência e esses países deveriam ceder os insumos vitais para o crescimento de sua economia.
Isso me incomoda e assusta.