Intervenção militar estrangeira na Venezuela deve ser considerada
RICARDO HAUSMANN
DO PROJECT SYNDICATE, EM CAMBRIDGE
Conforme pioram as condições na Venezuela, as soluções que agora devem ser consideradas incluem o que antes era inconcebível.
Uma transição política negociada continua sendo a opção preferida, mas a intervenção militar por uma coalizão de forças regionais talvez seja o único meio de pôr fim à penúria causada pelo homem que ameaça a vida de milhões de venezuelanos.
A crise venezuelana se move impiedosamente do catastrófico para o inimaginável. O nível de pobreza, sofrimento humano e destruição chegou a um ponto em que a comunidade internacional deve repensar como pode ajudar.
Dois anos atrás, adverti sobre a aproximação de uma penúria na Venezuela semelhante à da Ucrânia em 1932-33. Em 17 de dezembro, o “New York Times” publicou na primeira página fotos desse desastre causado pelo homem.
Em julho, descrevi a natureza sem precedentes da calamidade econômica na Venezuela, documentando o colapso da produção, da renda e dos padrões de vida e saúde.
Provavelmente a estatística mais reveladora que citei foi que o salário mínimo medido pela caloria mais barata disponível caiu de 52.854 calorias por dia em maio de 2012 para apenas 7.005 em maio de 2017 —insuficiente para alimentar uma família de cinco pessoas.
Desde então, as condições se deterioraram drasticamente. No mês passado, o salário mínimo havia caído para apenas 2.740 calorias por dia. E a oferta de proteínas é ainda menor. A carne de qualquer tipo é tão rara que o preço de um quilo no mercado equivale a mais de uma semana de trabalho pelo salário mínimo.
As condições de saúde também pioraram, devido a deficiências nutricionais e à decisão do governo de não fornecer preparado lácteo para bebês, vacinas comuns contra doenças infecciosas, remédios para pacientes soropositivos, transplantados, com câncer e que fazem hemodiálise, além de suprimentos gerais para hospitais.
Desde 1º de agosto, o preço do dólar ganhou mais um zero, e a inflação superou 50% ao mês em setembro.
Segundo a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a produção de petróleo diminuiu 16% desde maio, ou mais de 350 mil barris por dia. Para conter o declínio, o governo do presidente Nicolás Maduro não teve ideia melhor que prender cerca de 60 gerentes graduados da companhia de petróleo estatal, PDVSA, e nomear para sua direção um general da Guarda Nacional sem experiência no setor.
Em vez de tomar medidas para pôr fim à crise humanitária, o governo a está usando para reforçar seu controle político. Recusando ofertas de ajuda, ele gasta seus recursos em sistemas militares de controle de multidões, fabricados pela China, para conter os protestos.
OPOSIÇÃO ENFRAQUECIDA
Muitos observadores externos acreditam que, conforme a economia piorar, o governo perderá poder. Mas a oposição política organizada está mais fraca do que estava em julho, apesar do maciço apoio diplomático internacional.
Desde então, o governo instalou uma Assembleia Constituinte inconstitucional com plenos poderes, descredenciou os três principais partidos de oposição, removeu prefeitos e deputados eleitos e roubou três eleições.
Com todas as soluções consideradas impraticáveis, infactíveis ou inaceitáveis, a maioria dos venezuelanos deseja que algum “deus ex machina” os salve da tragédia.
O melhor cenário seria o de eleições livres e justas para escolher um novo governo. Esse é o plano A da oposição venezuelana, organizada em torno da Mesa da Unidade Democrática (MUD), e que está sendo buscado em negociações que transcorrem na República Dominicana.
Mas é um desafio à credulidade pensar que um regime que se dispõe a matar de fome milhões de pessoas para continuar no poder o entregará em eleições livres.
No Leste Europeu nos anos 1940, os regimes stalinistas consolidaram o poder apesar de perderem as eleições. O fato de que o governo Maduro roubou três eleições só em 2017 e bloqueou a participação eleitoral dos partidos mais uma vez, apesar da enorme atenção internacional, sugere que o sucesso é improvável.
Um golpe militar doméstico para restaurar o regime constitucional é menos palatável para muitos políticos democráticos, por temerem que muitos soldados possam não retornar aos quartéis depois.
Mais importante, o regime de Maduro já é uma ditadura militar, com oficiais encarregados de muitos órgãos do governo.
Os oficiais mais graduados das Forças Armadas são corruptos até a alma, tendo-se envolvido há anos em contrabando, crimes monetários e propinas, narcotráfico e mortes extrajudiciais que, em termos per capita, são três vezes mais presentes que nas Filipinas de Rodrigo Duterte. Oficiais decentes estão se demitindo em grande número.
As sanções dos EUA estão prejudicando muitos dos mafiosos que governam a Venezuela. Mas, medidas nas dezenas de milhares de mortes evitáveis que ocorrerão e nos milhões de refugiados venezuelanos a mais que criarão até gerar o efeito desejado, elas são, na melhor das hipóteses, lentas demais. Na pior, não funcionarão. Afinal, tais sanções não levaram à mudança de regime na Rússia, na Coreia do Norte ou no Irã.
INTERVENÇÃO MILITAR
Isso nos deixa com uma intervenção militar internacional, uma solução que assusta a maioria dos governos latino-americanos por causa do histórico de atos agressivos contra seus interesses soberanos, especialmente no México e na América Central.
Mas essas talvez sejam as analogias históricas erradas. Afinal, Simón Bolívar ganhou o título de libertador da Venezuela graças à invasão em 1814 organizada e financiada pela vizinha Nova Granada (atual Colômbia). França, Bélgica e Holanda não conseguiram se libertar do regime opressivo entre 1940 e 1944 sem a ação militar internacional.
A implicação é clara. Conforme a situação na Venezuela se torna inimaginável, as soluções a se considerar se aproximam do inconcebível.
A Assembleia Nacional devidamente eleita, onde a oposição detém maioria de dois terços, foi inconstitucionalmente despida de poder por uma Suprema Corte nomeada inconstitucionalmente. E os militares usaram seu poder para suprimir os protestos e forçar ao exílio muitos líderes, incluindo juízes da Suprema Corte eleitos pela Assembleia Nacional em julho.
No que se refere a soluções, por que não considerar a seguinte: a Assembleia Nacional poderia declarar o impedimento de Maduro e do vice-presidente Tareck El Aissami, narcotraficante e sancionado pelos EUA.
A Assembleia poderia indicar constitucionalmente um novo governo, que por sua vez poderia pedir ajuda militar a uma coalizão de países dispostos, incluindo latino-americanos, norte-americanos e europeus.
Essa força libertaria a Venezuela, assim como canadenses, australianos, britânicos e americanos libertaram a Europa em 1944-45. Mais perto de nós, seria como quando os EUA libertaram o Panamá da opressão de Manuel Noriega, instalando a democracia e o mais rápido crescimento econômico da América Latina.
Segundo o direito internacional, nada disso exigiria a aprovação do Conselho de Segurança da ONU (o que a Rússia e a China poderiam vetar), porque a força militar seria convidada por um governo legítimo buscando apoio para o cumprimento da Constituição do país. A existência dessa opção poderia até melhorar as perspectivas das atuais negociações na República Dominicana.
Uma implosão na Venezuela não é do interesse da maioria dos países. E as condições lá constituem um crime contra a humanidade que deve ser detido por razões morais.
O fracasso da Operação Market Garden em setembro de 1944, imortalizada no livro e no filme “Uma Ponte Longe Demais”, levou à penúria nos Países Baixos no inverno de 1944-45. A fome na Venezuela hoje já é pior. Quantas vidas devem ser destruídas antes que chegue a salvação?
RICARDO HAUSSMANN, ex-ministro do Planejamento da Venezuela (1992-1993) e ex-economista-chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento, é diretor do Centro para Desenvolvimento Internacional da Universidade Harvard.
Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES
FONTE: Folha de São Paulo
Deixa ficar igual a Coréia do Norte, é muito bom uma Venezuela aqui no continente…a classe média e os ricos da venezuela já devem ter sumido do país há bastante tempo. Os pobres como sempre que vão sutentar o rei e a nobreza. Está na hora dos povos aprenderem a conviver com populismo, a melhor forma de aprender é na pele, vivem caindo dessa conversa de comida grátis.
Kkkk ..Mais um ” ispicialista “, aposto minha cabeça que esta intervenção militar não vai acontecer nos próximos 500 anos…
Tem que arrumar um jeito de atingir Maduro e derruba lo, ou ate mesmo pendura lo numa forca; sem fazer do país uma nova Líbia ou Iraque..
Quando o ovo da serpente venezuelana surgiu, o Brasil se alinhava ideologicamente a ele e financiou o desenvolvimento daquele ofidário que se transformou a Venezuela. Hoje não é o caso mas o Brasil está mediocrizado geopoliticamente na região por conta de sua classe política devastada em meio ao lamaçal da corrupção e das condenações judiciais.
A intervenção de uma coalizão internacional sob mandado da ONU pareceria necessária, tivéssemos líderes mundiais e organizações multilaterais à altura dessa decisão, o que não temos hoje em ambos.
Não há como me abster do assunto, assim as eleições majoritárias brasileiras de 2018 poderão dar uma solução para o caso, se for eleito um líder nacional política e moralmente forte e capaz…
A questão é que os países da América do Sul são tão pobres, desorganizados e famintos igual ou pior que a Venezuela.
Uma vez li que o Brasil não seria capaz de enfrentar uma hora de combate em larga escala, devido a escassez de suprimentos, munição e combustível para seus veículos.
Sobre a força área e marinha, a disponibilidade das aeronaves e navios é em média inferior a 40%.
Leio muitos ” especialistas” comentando que a Venezuela é um país vulnerável. Mas pelas informações da Janes Defense a Venezuela possuiu os melhores equipamentos e em maior quantidade que os demais países da região. SU-30, AK-102, T-90, MI-35 etc.
Com base nestes dados, acredito que somente os Estados Unidos são capazes de resolver esta situação, via invasão militar.
Ozawa 3 de Janeiro de 2018 at 15:48
Verdade…
O pior pode acontecer ser essa tal de ONU (um lixo) utilizar os militares brasileiros como gado de manobra para “invadir” a Venezuela. Tem tudo para esse apodridão chamado ONU utilizar do seu poder para jogar brasileiros contra venezuela, bem nos moldes dessa organização racista, aliás, a ONU virou uma instituição especialista em incitar guerras civis.
Para Venezuela só vejo 2 opções: Intervenção Militar do próprio pais ou Intervenção da ONU através de uma resolução votada em Conselho Geral (G8).
Ao meu ver a segunda opção seria a mais correta , pois esse tal de Nicolas Maduro seria caçado, preso e julgado em Aia (Convenção de Genebra), contra crimes para com a humanidade.
Só haverá intervenção externa na Venezuela se num ato tresloucado, Maduro atacar um de seus vizinhos.
E isso mesmo com sanções econômicas não serem funcionais em regimes policialescos. Elas não impediram os Castro de se adonar de Cuba, nem os narcotraficantes de se adonarem da Venezuela.
O que vai ocorrer lá é guerra civil. Talvez quando esta eclodir, daí a dita oposição receba ajuda militar externa e consiga combater os bolivarianos, o que significa MATAR milhares deles que compõe as milícias de Maduro, o chavismo e o aparelho de informação policial montado no melhor modelo cubano.
Maduro comprou 100.000 fuzis AK47 num lote anos atrás, e “coincidentemente” estas armas passaram a armar o narcotráfico brasileiro como nunca dantes. OU seja, seu regime recebe ajuda
de traficantes do mundo inteiro e os ajuda, o que complica a situação, porque tornará a guerra ainda mais sangrenta.
http://www.forte.jor.br/2018/01/03/intervencao-militar-estrangeira-na-venezuela-deve-ser-considerada/
Um regime ditatorial socialista venezuelano com apoio da China e com a presença da Rússia fora a coligação partidária de golpe as democracias que reúne os partidos socialistas chamado de foro de São Paulo, improvável; a não ser que aja um movimento dentro das forças armadas para retira-lo a força e neutralizar e desarmar as fontes de apoio ao regime como os militantes coletivos.
Contudo deveria pegar os militantes, políticos, jornalistas, universitários e professores da esquerda socialista progressista no Brasil enviando todos a Venezuela para curtirem as maravilhas democráticas, inclusivas do socialismo que tantos defendem.
A questão é: quem lideraria essa invasão? NENHUM país latino-americano tem capacidade para tal, nem em meios muito menos em logística e recursos financeiros. Só o dinheiro que seria gasto levaria a maior economia da região, a já alquebrada Banânia ao completo colapso. Restariam nossos irmãos ianques, mas seria dar de mão beijada ao ditador a narrativa do inimigo externo. Seriam repudiados não só dentro da Venezuela, mas também nos países vizinhos (até mais do que no primeiro, acredito).
Os dados do articulista estão defasados.
O “presidente” Nicolás Maduro reajustou o salário mínimo do seu país a partir de primeiro de janeiro em 40% (inflação até novembro estava em 1.369%). O novo salário mínimo será de 248.510 bolívares. Esta montanha de dinheiro vale o mesmo que R$10,00. Isso mesmo, DEZ REAIS.
Nós já estamos fazendo a nossa parte, recebendo, mesmo que mal e porcamente, os refugiados que atravessam a fronteira em Roraima.
Mais não podemos fazer, porque nossa cleptocracia está às voltas com investigações e processos que abrangem todos os níveis e esferas do “puder”. Saúde e segurança estão uma calamidade (pra não falar no resto). Que moral temos para intervir nos nossos vizinhos venezuelanos?
Essa matéria foi escrita por alguém do Forte
Muitíssimo improvável. O Brasil q teria capacidade está um caos em meio à crise econômica e de segurança pública.
EUA intervir daria de mão beijada motivos mil pra esquerda latina espernear infinitamente e até apoiar Maduro.
A Venezoela tem de se resolver por ela. Talvez… Talvez… com apoio de SOF pra depor o regime. Neste sentido, uma intervenção velada. O q é, como já mencionei em matérias anteriores, muito fácil, dado o ambiente totalmente favorável a uma revolta.
Mas, depois de deposto, como estruturar um Estado totalmente dependente do petróleo, q está barato, e q está há anos depauperado por este governo podre?
Resultados só anos e anos depois….
E lá vão os fanboys apoiarem a intervenção militar na Venezuela. Não sabem o vespeiro que estão me metendo: a “Síria” estará aqui, pertinho da gente. Quantos de vocês vão conseguir refúgio em Miami, caso uma calamidade desse monte ocorrer aqui na AM?
Agnelo, BNN não tem capacidade para isso. Não chega nem perto, na verdade.
*correção: Não sabem o vespeiro que estão se metendo:
Parem de comprar o petróleo venezuelano que aquilo caiu sem que a comunidade internacional tenha que dar um tiro.
Detesto o Maduro e seu governo crimino,mas essa materia viajou legal em…primeiro que foi bastante idealizada,como se uma intervenção de paises contra uma nação soberada nao desse a ela o respaldo da legislaçao internacional para se utilizar da forca para defesa,isso levaria a milhares de mortos em ambos os lados do conflito,alem de causar uma onda migratoria nunca vista na historia recente de america e desestabilizar toda a economia do continente. Parece que esse idiota que escreveu o texto ignora completamente a situacao de paises em que essa estrategia foi utilizada(siria,ucrania,iraque,libia,etc..). Nao tem o menor cabimento,ele ainda menciona o G8 ! Kkkkk o cara acha que estamos em 1980,o G8 atualmemte esta desmoralizado,seus paises membros nao mandam mais em merda nenhuma,so na economia metade dos paises encontrasse em crise economica,se ele tivesse falado G20 eu até entenderia,mas G8 é querer fazer piada. O que me leva tambem a lembrar que o ignorante desconsiderou completamente um bastante provavel apoio da Russia e da China(ambas possuem investimentos e aquisicoes no pais,e nunca permitiriam perder um mole desse). Enfim,mais uma materia escrito por um “especialista de banca de jornal” que acha que vive em um mundo de 40 anos atras
Intervenção na Venezuela?KKKKKKKK! A China e a Russia não vão deixar! Por que vocês acham que os poderosos americanos nunca invadiram Cuba?! A força de um país não está só em suas armas, mas em suas alianças, e a Venezuela garantiu ter fortes aliados. A estrategia dos EUA sempre foi induzir um conflito entre países da America do Sul, especialmente o nosso, e a Venezuela; mas nossas forças armadas não dão conta, pq são “projetadas” apenas para proteger essa classe política pobre contra a insatisfação da população e não para proteger a nação, quanto mais ir pra guerra!
Imaginem o PT ainda no poder por aqui, estariam organizando uma força militar de defesa pra defender a Venezuela do imperialismo ocidental
Não creio que seja uma empreitada para nos devido às nossas condições atuais,se os EUA se meterem vai dar de mão beijada o argumento para a esquerda mundial espernear infinitamente,o melhor que os países podem fazer é armar a oposição,uma intervenção da ONU poderia até ser mas duvido que a ONU tenha culhoes para isso.
Sem a USAF e os Marines: sem chance.
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Na Venezuela falta comida mas os paióis estão cheios.
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E eles tem Flankers rsrs
Com uma intervenção estrangeira na Venezuela, as orações de Maduro seriam atendidas e teríamos um banho de sangue devidamente explorado ideologicamente pela esquerda demente-psicodélica latino-americana.
Alguns mêses atrás citei aqui mesmo essa possibilidade. O sonho de TODO ditador é eleger um inimigo externo para aglutinar o esforço nacional e concentrar mais poder nas mãos. É fácil enganar o povo, basta prometer e apontar um caminho, mesmo que seja um penhasco, todos pularão.
O povo venezuelano está pagando por anos de nacionalismo de bravatas, populismo de fanfarronices e delírios de idolatria. Ainda virá o pior, acreditem. Depois do caos sobrevem o colapso e após esse, o imponderável e o inimaginável. A Venezuela ainda está na fase do caos, infelizmente.
O populismo venezuelano, para sua desgraça, conta com a participação das Forças Armadas que se venderam a um ditador em troca de privilégios, propinas e poder paralelo. Os militares tornaram-se cúmplices dessa desgraça e se reduziram ao papel de capangas.
Trairam o povo e a pátria!
Agora tratarão de reprimir a sociedade e exercer seu papel de carrascos, tornando-se indignos e infames!
Veremos um genocídio, fiquem certos disso. Uma verdadeira tragédia humana se aproxima e muito sangue será derramado na Venezuela. Espero ver Maduro enforcado em praça pública, mas até lá muitos morrerão de fome e desespero.
O colapso da Venezuela é menos “desestabilizante” para a economia do subcontinente do que uma guerra aberta para depor Maduro. Ainda bem que os políticos sabem disso.
A chance de uma intervenção ocorrer por mãos latino-americanas é ZERO.
Quanto aos países desenvolvidos, eles não dão a mínima para a Venezuela. Sem essa conversa de intervenção americana ou defesa russo-chinesa, os três abandonariam a Venezuela a própria sorte em qualquer cenário(como estão de fato fazendo).
Quanto ao autor, eu entendo os motivos dele desejar que isso aconteça.
Não entendi uma intervenção como Síria ou Ucrânia, mas como as intervenções na África, para evitar matança de civis em uma revolta.
Os EUA não invadiram a Venezuela, porque não querem e não precisam. Basta deixar de comprar o petróleo deles e comprar de outro ou usar as próprias reservas q são imensas.
A Rússia e a China tem interesse e capacidade de manter forças tão longe? Mal e mal a Rússia manteve na Síria…
A única intervenção q acredito q seria viável por alguém com interesse é uma Op Esp, já q o “terreno” humano lá é extremamente favorável. Cabe salientar q, na América só EUA e Brasil tem capacidade de operar Ações Indiretas, e ambos não tem interesse nenhum em atuar lá.
Não sou a favor de maduro,mas achei a posição do Brasil errônea no campo diplomático,O Brasil tem que consolidar como maior pais da américa latina,interferindo sim diplomaticamente,mandando observadores para as eleições.até ajuda humanitária sim .Dúvido que maduro quereria uma guerra com o Brasil,falta dialogo sim,a oposição na Venezuela e fraca sim.
Te cuida temer…
Concordo com a interpretação do Agnelo. O articulista é ex ministro de governo cuja força política está na oposição ao regime de Maduro. Ele é uma voz da oposição no “exílio” europeu.
Seu pedido de intervenção estrangeira por forças regionais ou de outros continentes se aproxima do que acontece frequentemente no continente africano. Mas lá a instabilidade é muito maior e historicamente, a violência das guerras civis também.
Acho muito difícil acontecer qualquer tipo de intervenção na Venezuela. As superpotências tem mais com o que se preocupar no Oriente Médio e principalmente no Pacífico. Os países em desenvolvimento da região, incluindo o Brasil, não tem condições de intervir. Vai rolar no máximo, cada vez mais retaliação econômica e sanções.
Só os venezuelanos podem resolver o seu problema.
No mais, as teses mirabolantes que apareceram por aí, em comentários anteriores, dizendo que o PT ia usar as forças armadas para lutar contra os imperialistas estrangeiros, em defesa do foro de São Paulo. Puro bla bla bla. Lenga lenga. As forças armadas, a declaração de guerra, atuação de força expedicionária em solo estrangeiro, tudo isso está escrito passo a passo como funciona na constituição. E não basta um desejo de um presidente ou de um partido para que a coisa aconteça (coisa que o PT nunca desejaria também pois nunca se colocou contra o mercado e seus desejos). Esse é o primeiro ponto da viagem na maionese. O segundo é o poder que vocês acham que o “Foro de SP bolivariano” tem, pois na verdade não tem nada. O medo irracional que parte das pessoas tem me dá motivos pra risadas. O terceiro é botar a esquerda brasileira toda na mesma sacola como se fossem a mesma coisa, já falo aqui a tempos sobre isso, mas não adianta então ando calado.
Kkkkkkkkk
Uma coalizão latina americana para invadir a Venezuela, possivelmente liderada pelo Brasil, lógico, que é o mais rico e tem um governo de direita alinhado com os EUA. Então temos aí uma grande oportunidade para os eleitores do Bolsonaro se alistarem e combaterem os comunistas venezuelanos. Sem essa de caças Su 30 ou mbt T 72, essa guerra seria eminentemente dentro da floresta, ou seja, homem a homem, um grande momento para os bolsominions mostrarem sua coragem e bravura. O financiamento os EUA garantem. Vou esperar deitado essa intervenção, kkkkkkkkk que comece o alistamento dos corajosos de teclado, dos eleitores de Bolsonaro e Malafaia. Desde já, declaro meu apoio ao Brasil, e não somente vou torcer pelos bolsominions, como tb me proponho a pagar uma contribuição de guerra em dinheiro.
Essa comparação entre Brasil-PT e Venezuela é uma grande imbecilidade.
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A Venezuela hoje tem muito mais semelhanças com o Regime Militar Brasileiro do que o governo Petista.
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A começar pela inflação, passando pela repressão e finalmente chegando ao protagonismo dos Militares na política.
Qualquer pais que se recuse a seguir a cartilha de Washington deve ser invadido. Na impossibilidade, sabotado. Na impossibilidade de sabotagem ou invasão (caso de China e Russia), demonizado.
Isso tem mais de um século vem desde a época da Aliança para o Progresso.
Depois desse comentário do sub-urbano, não comento mais nada… A História está de luto.
Fabio Jeffer 3 de Janeiro de 2018 at 17:04
hahahahahahaha o que não se lê na internet? hahahaha
Acho que o governo da Venefavela vai cair de “maduro”. Nem precisa intervir. Já chegaram no limite. Aquilo vai explodir. É provável que, lá, ocorra outra “missão de paz” da ONU, tipo Minustah.
Mandar o Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil entre outros lá para Venezuela, deve estar do jeito que eles gostam rsrsrs.
Provando que o socialismo deu certo mais uma vez
Se nao me engano nossa constituição proíbe o Brasil de atacar qualquer pais caso nao seja atacado antes, só isso por si só já nos tira fora disso. Nao vejo a Venezuela como um grande rival mas acho que isso custaria bem caro pro nosso bolso, principalmente por conta dos flankers e das baterias antiaéreas que poderiam nos causar dor de cabeca. Tem também a pior parte na minha opinião, o pós guerra, por ser um pais vizinho nossas fronteiras se encheriam de refugiados(se bem que se a coisa la ficar feia mesmo eles virao de qualquer jeito).
Alex
Imagine os discursos inflamados de Lula ou Dilma defendendo o Maduro, dizendo que irão mandar as forças armadas em socorro a democracia venezuelana
Seria ilário
Dan, não sou da área militar, comento pelo pouco que leio. Mas acredito que uma intervenção bananeira simplesmente não teria força suficiente para vencer (leia-se: uma força expedicionária chegar a Caracas e controlar todo o território venezuelano). Me parece uma ideia tão estúpida quando a de um outro comentarista que afirmou que o exército bolivariano chegaria em Manaus em três dias. Nenhum dos dois países tem capacidade para sobrepujar o outro em território inimigo, muito menos sustentar a logística de uma guerra por meses a fio.
As FFAA bolivarianas estão claramente debilitadas no moral, no equipo deficiente em manutenção, mas ainda são um adversário de respeito. Contam com milhões de zumbis em suas fileiras ou na Guarda Nacional, e bem ou mal manutenidos tem equipamentos orientais de ponta . Talvez tenham a defesa antiaérea mais densa e equipada do subcontinente. Quem vai arriscar colocar um F5 lixo para enfrentar Buks? Não faltaria apoio chines ou russo, com certeza não direto, mas em armas e munições.
A “idéia estúpida ” foi minha. Não conheço muito de assuntos militares, como você que cursou a ECEME. Você é o ThukMD do Aéreo? Por que dois nicks diferentes?
Tem gente falando em armar oposição… Pelo amor, será que não aprenderam NADA com os fracassos do Estados Unidos? Isso não funciona! A Venezuela só vai se tornar mais uma Síria da vida! Parem de falar abobrinhas! Façam qualquer coisa, mas não armem os opositores! Ideia de Jerico que nunca da em nada!
A opção militar deve ser considerada se a situação venezuelana desistabilizar os pais vizinhos, seja por ações diretas ou indiretas de Caracas. A Ação tem q ser multinacional liderada por EUA,Brasil e Colômbia nessa ordem e so deve incluir tropas do continente americano e talvez da França e do RU mas com ultima opção esses dois pais, apoio Europeu,Chines e Russo deve ser bem vindo mas so na forma de apio diplomatico e armas não de tropas, há não ser o caso da França e RU pq eles tem territorios aqui mas só em ultima opção. A intervenção deve ser somente aerea com apoio aos rebeldes locais como a da Líbia
O autor desse artigo vive em outro planeta. Que Maduro é um psicopata que mata seu povo de fome e é capaz de fazer o diabo para continuar no poder todo mundo já sabe, mas ninguém está disposto a enviar tropas ou aviões bombardeiros para derrubar seu governo. Nas circunstâncias atuais uma intervenção militar na Venezuela seria suicídio pois qualquer governo que a realizasse perderia apoio interno, sem contar que o resultado poderia ser desastroso no ponto de vista humanitário. Maduro só cairá pelas mãos do próprio povo venezuelano ou se ele enlouquecer e atacar algum país vizinho, o que, aí sim, abriria caminho para alguma intervenção estrangeira.
TukhAV
Vejo o dinheiro como uma das nossas principais vantagens em uma guerra como essa, eles ja possuem uma parte da população insatisfeita que provavelmente se aliaria ao invasor pra derrubar o Maduro, sendo assim seria teríamos parte da população Venezuelana ao nosso lado, daria ate pra armar muitos deles. Caso o Brasil consiga romper a defesa aérea deles, talvez como Israel fez na guerra dos seis dias destruindo todos antes mesmo de levantarem voo já teríamos uma larga vantagem, as baterias antiaéreas provavelmente ficariam a cargo dos comandos. Depois de ficarem sem o apoio aereo ficaria complicado pra eles, sem contar que ja estão mal das pernas financeiramente ficaria complicado manter uma guerra contra um vizinho maior. O Brasil teria recursos pra manter essa guerra por mais tempo que eles, poderíamos fazer as compras e também manter a guerra por algum tempo mas isso acabaria com um belo estrago na nossa economia. Fiz apenas uma leve simulação do que eu acho que ocorreria, apesar de que guerras sempre apresentam varias variáveis.
Obs: Tambem sou mais um leigo nessa area, estou apenas mostrando minha humilde visão.
Intervenção estrangeira direta só faria o tirano maluco ganhar apoio interno. E alem disso, o maximo que os americanos e europeus estão dispostos a fazer é lançar ataques aereos. Uma invasão terrestre demandaria uma grande força (uns 50 mil soldados aos menos) e sofreria uma resistencia do tipo guerrilha, com inevitáveis baixas.
O mais próximo que eu vejo desta possibilidade é a criação de campos de treinamento militar para opositores do regime de Maduro, no norte do Brasil e na Colombia, na selva fronteriça com a Venezuela, com posterior apoio logistico para que a oposição inicie uma guerra civil na Venezuela.
Alias, um caso curioso é que nos anos 80 os EUA convidaram o Brasil para participar de uma invasão ao Suriname, porque o ditador daquele pais estava na época se aproximando demais dos comunistas. O Brasil, sob governo Figueredo, se opôs fortemente ao plano.
Cel Rinaldo, que eu me lembre NÃO foi o Sr que disse que os venezuelanos chegariam a Manaus em três dias… vou tentar resgatar o post com o comentário.
Vi agora, foi o Sr. mesmo. Me desculpe, não sou de me expressar de forma tão grosseira quando comento diretamente sobre as opiniões de terceiros.
Ótimo treino para o HMS Oceam…. Kkkkkkkkk
Dan, as leis econômicas são implacáveis. O financiamento de uma guerra dessas proporções, considerando os últimos conflitos com adversários de mesmo porte (leia-se Iraque), seria na casa das centenas de bilhões de dólares, podendo chegar tranquilo ao trilhão. Seria uma guerra arrastada – o poderio militar venezuelano é parelho com o nosso milhões de seguidores do chavismo manteriam uma guerrilha contra, o que elevaria sobremaneira esses custos.
Sem espaço no orçamento para pagar estas despesas o governo teria que: a) imprimir dinheiro a rodo, gerando a volta da hiperinflação a níveis da República de Weimar; b) gastar das reservas internacionais; o consumo dessa reserva combinado com os déficits orçamentários gigantescos levariam a um rebaixamento de nossa nota junto às agências de crédito, aumentando o prêmio (juros) que os investidores internacionais demandariam para financiar nossa dívida. Como boa parte dos equipamentos militares seria importada um calote no meio do caminho seria provável e levaria a FAB ao chão.