Um outro lado da história da Engesa
Por General de Exército Armando Luiz Malan Paiva Chaves
O nome ou, melhor dizendo, o acrônimo ENGESA é muito mais do que o batismo de uma empresa. É o relato da obra de um empresário altamente dotado de inteligência, bagagem técnica e cultural, acurada visão de futuro e aptidão para selecionar valores humanos e que levou uma modesta firma de fabricação de componentes para exploração petroleira a se transformar num complexo industrial-militar, o qual disputou mercados com os maiores e mais tradicionais produtores de armamentos de alta tecnologia mundiais.
Vencido pela concorrência por justa ambição de crescimento, que ignorou a ponderação no cumprimento de compromissos contratuais e bancários assumidos, esse empreendedor mergulhou na inadimplência, na concordata e na falência. Deixou de existir. Passou a ser uma história, a contar e lembrar.
Nascimento e evolução
Em 1958, a ENGESA (Engenheiros Especializados S/A) foi criada por José Luiz Whitaker Ribeiro. Em 1968, produzia componentes para a exploração de petróleo e os fornecia a Petrobras. Ao ter seus caminhões enfrentando estradas de terra e barro para chegarem ao destino no litoral, desenvolveu, “de motu próprio”, uma caixa de transferência com tração total, aplicada com sucesso em seus veículos nacionais. Em 1970, o Exército interessou-se em testar o invento. Aprovado, passou a usá-lo.
Na época, estavam em desenvolvimento no Parque Regional de Motomecanização, da 2ª Região Militar, os blindados S/R Cascavel e Urutu. Convidada, a ENGESA aceitou associar-se à Força Terrestre e participar do empreendimento. Em 1974, a empresa tomou a iniciativa pioneira de oferecer à Líbia o blindado Cascavel, com canhão 90 milímetros. Foi um sucesso! A ENGESA começava a crescer com a exportação. Em poucos anos, vendeu esse blindado a 18 países localizados no Oriente Médio, na África, na América do Sul e no Mediterrâneo.
Nos anos de 1980, iniciou o desenvolvimento em computador (hoje, AutoCad) do EE-T1 Osório, carro de combate (CC) armado de canhão 120 milímetros. Em 1985, a Arábia Saudita convidou Alemanha, Brasil, EUA, França, Grã-Bretanha e Rússia a levarem seus CC para demonstração. O Osório, já testado aqui, foi transportado de avião ao destino. Teve muito bom desempenho.
Em 1986, a ENGESA obteve financiamento de US$ 65 milhões pelo BNDES. No mesmo ano, assinou contratos com o Exército para grandes fornecimentos: 40 mil tiros de morteiro; 100 conjuntos de rádio; 51 blindados Urutu; 500 a 600 viaturas de 2 1/2 toneladas; 380 viaturas de 3/4 toneladas e 82 jipes. Apesar do subsídio, os recursos foram aplicados para a aquisição de fábricas, como a IMBEL, de Juiz de Fora, bem como para novos desenvolvimentos, como mísseis e helicópteros, que não chegaram a ser efetivados. O Exército exigiu e obteve uma Confissão de Dívida, porém, nada do contratado jamais foi entregue.
Plano inclinado descendente
Do exposto, deduz-se que 1986 foi o ano de entrada da empresa no plano inclinado descendente, que a levaria, mais adiante, à extinção. Em 1987, a Arábia Saudita convocou para segunda avaliação o Abrams norte-americano, o AMX 40 francês, o Challenger britânico e o Osório brasileiro, este, mais uma vez, transportado de avião. Pelo relato dos dirigentes da ENGESA, tudo indicava que seu produto foi o vencedor do certame. Prova disto é que foi assinado um pré-contrato para a aquisição de 316 carros de combate, por US$ 2,2 milhões.
Em 1989, o Departamento de Estado e o Departamento de Defesa norte-americanos apresentaram ao Congresso minucioso relatório defendendo a conveniência de o Abrams ser vendido à Arábia Saudita, tanto pelo que a fabricação representaria para a indústria nacional, como pelo que significaria a entrada de um novo fabricante (ENGESA) no mercado do Oriente Médio. A ação diplomática produziu seus efeitos e o Abrams foi vendido aos árabes, deixando a ENGESA “a ver navios”.
Nos anos de 1990, a ENGESA pediu concordata. O Governo brasileiro autorizou o Tesouro Nacional a conceder à IMBEL NCz$ 30 milhões (de cruzados novos) para adquirir o acervo tecnológico da ENGESA, excluído o do Osório. A empresa vendedora teria três anos de prazo para recompra. Caso isto não ocorresse, o acervo tecnológico do Osório seria cedido à IMBEL por preço simbólico de NCz$ 1,00.
Deduz-se do parágrafo anterior que os méritos tecnológicos da ENGESA eram amplamente reconhecidos, seja pelo Exército, seja pelo mais alto escalão da administração pública. E que a inconsistência de sua política econômico-financeira vinha sendo severamente avaliada e mesmo sancionada, como o foi com a aquisição do acervo tecnológico.
Um Grupo de Trabalho criado na Presidência da República, ligado ao Gabinete Militar, reuniu representantes do Tesouro, do BNDES e do Banco do Brasil, para acompanhar a evolução do saneamento. Foi, inclusive, proposta a concessão de aumento de capital da IMBEL, pelo BNDES e BB, para que a ela fossem transferidas todas as garantias da ENGESA depositadas nos dois bancos. A IMBEL não aceitou a proposta, pois nada receberia em caso de falência. Em contraposição, propôs a entrega do acervo tecnológico, o que ocorreu, já que o prazo para recompra se esgotara. Os 30 milhões recebidos para a aquisição temporária do acervo tecnológico foram aplicados na recompra da Fábrica de Juiz de Fora, que voltou a ser propriedade da IMBEL.
Agonia
Em 1991, firmou-se um Protocolo de Intenções e Procedimentos. Nele, foi estabelecido que as ações dos controladores passassem ao domínio da IMBEL, a preço simbólico. A Fábrica foi credenciada para negociar com os credores redução de 90% das dívidas. O BNDES e o BB receberiam 53% do resultado da alienação de ativos não operacionais e os 47% restantes passariam para a IMBEL pagar parcialmente os credores. Seria criada nova empresa afim, com os recursos devidos aos trabalhadores, que virariam acionistas, com os valores desses recursos.
Em 1992, os ativos não operacionais não obtiveram preço. Em consequência, todo o plano falhou. Em 1994, o Gabinete Militar da Presidência apresentou proposta de desapropriação da ENGESA por interesse público. Na época, o Governo julgou temerária tal iniciativa e a arquivou.
Ainda naquele ano, o Presidente da IMBEL viajou à Grã-Bretanha para apresentar, ao Conselho de Administração da British Aerospace, uma proposta de associação com sua subsidiária Royal Ordnance para a copropriedade e a gerência conjunta da ENGESA, mediante investimento de US$ 125 milhões. Os britânicos disseram concordar com o valor da participação, porém, os recursos não poderiam ser aplicados para saldar dívidas tributárias, trabalhistas e bancárias. Mais uma tentativa frustrada de salvar a empresa.
Em 1995 decretou-se a falência da ENGESA. O juiz passou a tratar das alienações. Questionou a propriedade da IMBEL sobre o acervo tecnológico, que só foi assegurada com ganho de causa obtido na justiça. Todo o material do acervo foi transferido para a Fábrica de Piquete, à exceção dos planos do Osório, que não foram encontrados nem na fábrica, em São José dos Campos, nem no complexo administrativo de Barueri. Em 2005 a fábrica de São José dos Campos foi vendida à EMBRAER.
Considerações finais
A epopeia da ENGESA – da criação ao declínio, e deste à falência – é exemplo frustrante da aptidão criativa e tecnológica do empresariado brasileiro, bem como da carência de recursos financeiros governamentais para assegurar a regularidade de encomendas de que depende a sobrevivência das empresas. As motopeças, os blindados Charrua e Bernardini, e o carro de combate Tamoio reforçam a exemplificação.
Enquanto foi possível financiar demandas não entregues, a ENGESA foi largamente apoiada. Porém, seu ímpeto de produzir e exportar gerou compromissos financeiros que foram muito além do que o Governo brasileiro poderia apoiar. Veio-lhe a inadimplência e não houve como contorná-la, nem como moderar sua ambição. À frustração da venda do Osório somou-se o fracasso de novas iniciativas, como a de helicópteros e a de mísseis.
O Governo e o Exército Brasileiro, via IMBEL, procuraram caminhos para salvar a ENGESA, contudo, a cova que a enterraria já era muito funda, cavada por seu próprio Conselho de Administração. O Brasil perdeu uma empresa que lhe poderia dar autossuficiência em muitos itens de emprego militar, destruída pelas mãos de quem a criara e a quis maior do que lhe disponibilizavam os meios.
Não se tem notícia da utilização do acervo tecnológico guardado na Fábrica de Piquete, que poderia ser muito útil nos desenvolvimentos programados pelo Exército. Também não se sabe do acervo do Osório, sem dúvida muito valioso, que é propriedade da Força. Caberia uma ação, mesmo policial, para descobrir seu destino. Localizado, teria grande valor na orientação da fabricação de blindados brasileiros.
FONTE: Blog do Exército Brasileiro / Agência Verde-Oliva
A ENGESA foi também grande fabricante de tratores agrícolas de grande porte, líder no setor.
Um triste fim para uma grande empresa, contudo, alguns fatos não foram apresentados na matéria. Uns dos fatores que agravaram a saúde financeira da empresa, foi, um calote do governo iraquiano, que não pagou na época pela aquisição de veículos Blindados EE-9 Cascavel, isso no período da 1º Guerra do Iraque. O projeto do EE-T1 Osório, consumiu muito recurso financeiro, desde o a qualificação do time de engenharia até desenvolvimento, execução do blindado, devido a muitos componentes, como controle de tiro e sensores que vinham de países europeus. Vou deixar um link do canal Hoje no Mundo militar, que aborda… Read more »
O Projeto do Osório ter sumido assim é realmente caso de polícia. No lugar do Alto Comando eu já teria ordenado investigar isso a muito tempo, seja pelos meios oficiais ou informais…
Vale ressaltar que muitos ex-gestores da ENGESA ainda estão vivos e isso é crucial para se obter qualquer dado que falta. Corrida contra o tempo, porque quanto mais demorar, mais complicado fica o esclarecimento de algumas coisas.
Ambição em demasia leva à ruína. Uma empresa deve ter em mente assegurar vendas que a possibilitem ter lucro e acima de tudo dar continuidade aos trabalhos de maneira racional de que adianta ter um pedido para quinhentos CC(exemplo) e a empresa se comprometer se esta só pode construir 50 a 100 no máximo de sua capacidade. contar com apoio governamental só, não adianta. governos mudam, prioridades também. defesa não é no brasil uma política de estado e sim de governo. Um exemplo de sobrevivência até o presente é o da Embraer. sempre racionalizando manteve seu nicho civil e aos… Read more »
Eu não me recordo onde li, mas junto com o CC, os EUA ofereceram a oportunidade de caças e a estrutura construída nos desertos sauditas, q possibilitaram o enorme esforço da Tempestade no Deserto se acomodarem lá.
É uma questão q gostaria de confirmação, se alguém tiver.
Sds
Cada empresa deve se firmar em seu “nicho” de mercado, onde é competitiva; ainda mais em termos de produtos de maior tecnologia. Sair do Cascavel/Urutu para um Osório é como se a EMBRAER saísse do mercado de jatos regionais para competir com Boeing e Airbus no nicho dos B-787 e A-350. Provavelmente iria “dar um passo maior que a perna”.
O design do Osório aparenta ser ainda atual. E a fase de projeto e testes foi superada com louvor.
Acredito que o encontro do projeto poderia levar à sua ressurreição, dependendo do resultado das urnas ano que vem.
Um fato não declarado embora implícito foi a má vontade dos governos civis com a área militar.
Delfim Sobreira 8 de dezembro de 2017 at 15:51
Eu tenho dúvidas se ainda há peças compatíveis com as q ele utilizava, mas acredito q dá pra ter uma atualização, aproveitando conceitos. (achismo – não sou engenheiro e nem de cavalaria)
Mas há uma questão. EUA, Russia, RU, Alemanha e países q possuem CC destes tem muito em estoque. Será q haveria mercado?
Sds
Melhor artigo que li até hoje sobre o fim da Engesa o desfecho do Osório. Bate com as informações que me passaram, então concluo que eram verdadeiras. Parabéns!
O Osório era um Frankstein e apenas um protótipo. Fazer um bom protótipo não é nem metade do caminho para se ter um produto de sucesso. Vira e mexe aparece um milionário que fabrica um carro superesportivo. Até no Brasil já teve um que fez o Vorax Geralmente bonito e com números impressionantes. Não raro, melhores do que de um Ferrari. Mas o projeto fica apenas no protótipo, porque industrializar e produzir a um custo de mercado é bem complicado, além de ter que encarar produtos já validados pelo mercado. Sendo assim, a Ferrari continua reinando no mercado. O Osório… Read more »
O Brasil tem um excelente precedente, fartamente documentado e relativamente recente, para inspirar suas estratégias na área de defesa. Porém, o ignora e comete os mesmos erros ciclicamente. . Rafael Oliveira 8 de dezembro de 2017 at 16:30:” Pessoal é muito nostálgico. Devem ter comprado o fusquinha do Itamar.” Eu tenho até dó das ex-namoradas desta galera. As coitadas não devem ter paz, mesmo anos depois. . Everton Matheus 8 de dezembro de 2017 at 13:43 “O Projeto do Osório ter sumido assim é realmente caso de polícia. No lugar do Alto Comando eu já teria ordenado investigar isso a… Read more »
A Engesa tem um história triste porém não pode ser esquecida para que não se repita. Para ser preservada deveria ser construído um museu que reunisse um modelo de cada produto por ela fabricado. Aliás, por onde ondam os protótipos do Sucuri I e do Sucuri II?
toda tecnologia foi transferida pra imbel…pra quê….
a imbel nunca produziu nada d qualidade (q pudesse concorrer com outros produtos internacionais)…ia2 q nem vou falar…
pior que imbel só a emgepron (não sei por q existe ainda)…ai meus amigos, não tem como defender….
abraços…
O sumiço do projeto do Osório está com cara de espionagem. É bem capaz alguma impressa concorrente tenha tenha solicitado seu furto.
O exercito foi para a frente da companhia siderurgica nacional, para garantir a sua privatizacao e nao teve o mesmo impeto para evitar a privatizacao da ENGESA, , submissao e um problema serio muito serio.
Colombelli
Tira uns 5 anos desse prazo…
Tá apertado
O Osório era o tanque favorito, e se fosse uma disputa justa eles teriam levado fácil! Mas o EUA melou (mais uma vez) o negócio. E ainda tem gente que venera eles, vai entender…
Rafael PP, Hahaha. Pois é, esse pessoal, se pudesse, escalaria o Zico e o Roberto Dinamite nos seus times. . Caio, a vontade de esquerdar e criticar o EB é tão forte que você não leu o texto com atenção. A Engesa era uma empresa privada desde sua fundação. . Agnelo, se o prazo é de 10 anos, então o EB já pode se preparar para comprar um MBT de segunda mão, pois não irá desenvolver nada nesse prazo. Se sair o Guarani 8×8 nesse prazo já é muito. . Plamber. O Osório nunca foi favorito. Um país teria que… Read more »
Hoje alguma empresa brasileira teria condições de fabricar (projetar eu sei que tem) blindados ou essa capacidade se perdeu com a Engesa?
Plamber 8 de dezembro de 2017 at 17:33 Os Estados Unidos não melou nada! Quem melou o Osório foi o próprio governo brasileiro. Nem o Brasil comprou o blindado, agora queremos forçar os sauditas? No mundo há mais de 200 países, 1 derrota na venda do blindado não seria sinônimo do fim da empresa. O que matou o osório foi a empresa não ter vendido nem para seu país de origem…em termos práticos dificilmente alguém compraria o Osório, não há credibilidade alguma no blindado…muito diferente dos equipamentos militares de países que frequentemente estao em guerra como a China, Rússia e… Read more »
O que se observa é o apoio e compra das primeiras unidades pelo governo local, ocorrendo a maturação do produto e processos.Trabalhei como engenheiro industrial e de treinamento.Chegamos a apresentar o produto ao time da qualidade …
Hélio 8 de dezembro de 2017 at 18:42
Acho q não.
Rafael Oliveira 8 de dezembro de 2017 at 17:50
Desenvolvendo ou comprando, o próprio Cmt EB disse, a ideia é comprar família (CC + VBCInf + Eng etc)
Vamos ver
A história da Engesa, me lembra muito a história mitológica de Ícaro, que construiu asas artificiais a partir da cera do mel de abelhas e penas de gaivota, para tentar deixar a ilha de Creta voando. Foi alertado por seu pai, Dédalo, para que não voasse perto demais do sol para que suas asas não derretessem. Ícaro não ouviu os conselhos de seu pai, voou para perto demais do sol, a cera de suas asas então derreteu e sua tentativa de deixar a Creta fracassou, culminando em sua queda e morte nas águas do mar Egeu. A Engesa, quando decidiu… Read more »
Essa matéria é meio historinha para boi dormir no pasto em paz, concordo com o IVAN BC, se nem o Brasil comprou como vender um produto assim? E como os sauditas comprariam um protótipo se poderiam adquirir uma carro mais potente já operacional? Bem, quem mora no Rio e quiser ver o Osório de perto, o Museu Conde de Linhares em São Cristóvão tem um no pátio, a gente vê de carro ao passar pelo museu, já o visitei várias vezes, pode-se subir nele até a torre, é muito bacana.
Off, nem tanto
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,general-acusa-temer-de-fazer-balcao-de-negocios-elogia-bolsonaro-e-volta-a-defender-intervencao,70002113766
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Tem coisas que somente quem conviveu dentro da ENGESA pode afirmar, me refiro a certos comentários.
Shalom
Jararaca
http://www.forte.jor.br/2009/09/24/o-blindado-engesa-ee-3-jararaca/
Outra,
ENGESA ?
Tem que ler ou conversar com o Engº Reginaldo Bacchi,
este sim conece a ENGESA nas entranhas.
Faz tempo que o Caro Engº não aparece por aqui !
Cuidado com que comentam, se ele voltar a comentar vai faltyar pá de cal.
http://www.aereo.jor.br/tag/reginaldo-bacchi/
Só para terem uma idéia:
“….os franceses não tem a minima necessidade do Osório.
Eles tem o Leclerc que é muito melhor.
Bacchi”
“Reginaldo Bacchi 30 de agosto de 2009 at 14:23
No comentário que eu fiz respondendo a SNIPER eu deixei de dar dados que consubstanciassem minha afirmação.
O carro francês que participou da concorrencia na Arabia Saudita enfrentando o Osório foi o AMX-40.
O AMX-40 é uma versão do AMX-30 equipado com o mesmo canhão de 120 mm usado no Osório.
O AMX-30 foi projetado em paralelo ao Leopard 1 (hoje em dotação no Exército Brasileiro).
O AMX-30 não é mais usados pelo Exército Francês, tendo sido substitituido pelo Leclerc que é o mais moderno carro utilizado pelos exércitos ocidentais.
Bacchi”
Mais Engº Reginaldo Bacchi, uma lenda nessa área:
http://www.aereo.jor.br/2012/05/15/osorio-um-bom-projeto-um-mau-negocio-ou-ambos/
Mais uma do Ex que foi só propaganda:
http://www.forte.jor.br/2009/08/16/a-volta-da-engesa/
Um exemplar completo do Osório está numa unidade do EB,
Colombelli, SOCORRO !
EET4 OGUM – ENGESA
https://www.youtube.com/watch?v=LvIMo-UdYN4
Comando da Madrugada
https://www.youtube.com/watch?v=6pSeyjhrFfw
O EB não iria comprar pq era muito caro ,e numa reportagem de 89 pra cada 5 que os sauditas comprassem um iria pro EB.
Desfile Militar de 7 de Setembro, locução oficial, Não sei o ano, mas a década é 80. https://www.youtube.com/watch?v=QHOMcwx5pmY Ficha Técnica : Fabricante: Engesa – Brasil Tripulação: 4 Comprimento: 7.13 – Incluindo canhão: 10.1M – Largura: 3.26M – Altura: 2.89M Peso vazio: 41000Kg. – Peso preparado para combate: 43000Kg. Motor/potência/capacidades Sistema de tracção:Lagartas Motor: MWM TBD 234-V12 Potência: 1040 cv Velocidade máxima: : 70 Km/h – Velocidade em terreno irregular: 50 Km/h Tanque de combustível: 1354 Litros Autonomia máxima: 550Km País: Brasil Designação Local:Osório 1 / Osório 2 Listar todos os veículos deste país Qtd: Máx:3 – Qtd. em serviço:2 Situação:… Read more »
Mais
https://www.youtube.com/watch?v=QHOMcwx5pmY
Vixi dupliquei, podem cancelar o último post
Gente tem uma coisa negócios são negócios o que houve é que investiram em um sonho, um sonho de forma cega e todas as empresas que vi o dono investir em sonhos dentro da empresa a empresa quebra, pois quando você investe em sonho você perde a noção de limite pois no momento em que deveria parar você acredita que falta só um pouquinho mais para dar certo e chega um momento em que a cova está muito funda para sair e nesse momento o sonho dourado vira um pesadelo obscuro. Por isso nunca sejam sócios de alguém que queira… Read more »
Agnelo,
Bem interessante a informação de que o EB deseja um CC e um VBCI da mesma família. Aliás, a simples adoção de um VBCI já é um fato a se comemorar.
Eu acho interessante o CV90, sueco, da Bae Systems, por ser menor e, portanto e provavelmente, mais barato de operar. Mas já é um pouco datado.
Carlos Alberto Soares
Um Osório está no Museu Conde de Linhares, em São Cristóvão, RJ. Perto do zoológico do rio.
O outro, se não me falha a memória, está no CIBld em Santa Maria -RS.
No CIBld, lembro do Tamoio, do Ogum, e outros antigos, mas não lembro se está o outro Osório. Acho q tem um jararaca também.
Sds
Rafael
Só temo q, pelo problema dos recursos, se troque o CC e demore mais a VBCI. Acho q dependerá do quanto vai durar os M-113 modernizados.
Nada impede também, q estes ocupem lugares nos RCB e nas unidades de apoio.
Mas este capitulo está pra frente. Vamos torcer.
Sds
Rafael Oliveira deixe esse papo de esquerda e direita para quem folheia veja, o globo, ou sites de idiotas conservadores, sou nacionalista coisa que os cerebros bandeirizados nao conseguem entender. Eu defendi a intervencao do exercito naquele episodio pois se tratava de uma empresa estrategica de tecnologia militar,e como qualquer tecnologia ela depende de pesquisa, avaliacao e correcao como em todos os paises que entendem sobre ciencia fazem_ o que por aqui nao se conehece definitivamente_. E o nosso exercito deu uma grande mostra de desprezo ao desenvolvimento interno de uma tecnologia tao imporante para a nossa soberania. Preferindo comprar… Read more »
O Osório é lindão, realmente parece ser bem moderno para a época.
Pena que não foi adiante, mas serve de lembrança do que somos capazes de desenvolver para as futuras gerações.
Srs Apenas por uma questão de respeito aos que idealizaram e construíram o Osório: Aos que consideram o Osório, conceitualmente, antigo e obsoleto cabe lembrar que ele pertence a mesma geração dos tanques que ainda são considerados modernos e de ponta, caso do Leo 2 e do Abrahms. Apenas não sofreu as naturais melhorias em sistemas eletrônicos e de blindagem que seus conterrâneos. Indiferente de não ter sido adquirido, nos diversos testes de desempenho que passou, teve bons resultados. Portanto era um bom MBT. E, até hoje, atenderia os requisitos do EB, até porque, segundo nossos militares, o Leo 1A5… Read more »
Bela análise. Parabéns. O projeto era muito ambicioso e tecnicamente aprovado. Era o único tanque da concorrência mundial realmente novo, até onde sei. Todos os demais eram projetos restaurados de outros mais antigos. Todos os itens positivos dos demais tanques da concorrência foram mantidos e todos os negativos desenvolvidos para melhor…Cheguei a ver cada um deles presentes no Centro de Desenvolvimento e Engenharia Experimental da Engesa, Estavam todos lá, para servirem de comparação e referêncial.Só não compreendo como se poderia depender de sistemas e peças fundamentais que eram fornecidas por outros países. O Osório não tinha quase nada de nacional,… Read more »
O Osório que hoje é usado para treinamento (em São Paulo?) bem que poderia servir de base para o proposto novo tanque feito em conjunto com a KMW com motor MWM, eletrônica nacional etc… O problema é, dentre tantos problemas o que é menos necessário é um novo MBT.
Srs Jovem Gilberto Todos os grandes empreendimentos foram obra de sonhadores, vide empresas como Apple e N outras. É certo que a maioria dos empreendimentos gerados por sonhos morrem sem se realizar, mas apenas eles trazem o progresso. A busca pelo puro lucro não gera coisas novas pois é muito mais seguro e fácil investir em empreendimentos consolidados baseados em mercados já estabilizados do que em inovação. Aliás, é mais fácil e seguro investir no setor financeiro, particularmente aqui no Brasil, do que em empreendimentos que representem novidade e risco. Esta é uma das razões que o Brasil patina sem… Read more »
Se ha 40 anos era competitivo o porque o exercito não comprou um pequeno lote para ensentivar a industria nacional.
Erros que se repetem a decadas. Lamentavel
Abraços
Caio, não interessa se você é nacionalista, de esquerda ou de direita. A empresa sempre foi privada e não foi privatizada, falindo como empresa privada. Simples assim.
Talvez o que você quisesse é que ela fosse estatizada.Porém, se privada ela já não deu certo, estatal é que não daria mesmo.
Ela fez uma aposta alta e perdeu. O EB e o Brasil não tinham obrigação alguma de comprar o Osório, até porque não foi pedido por eles, tampouco se sabe o preço que custaria esse MBT.
Jovem Control, Aparentemente Engesa resolveu desenvolver muitos produtos para ver se algum dava certo: Jararaca, Sucuri I e II, Uruvel, Ogun e Osório são exemplos. Muito dinheiro investido sem resultado. Talvez fosse melhor ter focado em produtos de uso dual, como jipes e caminhões. Claro que depois do ocorrido é fácil criticar, mas tinha bastante gente que recebia salário para pensar no que fazer e fizeram escolhas errados. Das três grandes indústrias da área de blindados nos 80, Engesa, Bernardini e Motopeças, apenas a última ainda existe, porque voltou para seu setor original (peças para motos), após o fracasso do… Read more »
A Engesa era grande no mercado de blindados sobre rodas, exatamente o padrão atualmente adotado nos exércitos de todo o mundo depois do fim das categorias de veículos para 1\4 e 1/2 tonelada. Com a experiência que acumulou na época, provavelmente teria chance de hoje ser a maior de todas.