Exercício Agulhas Negras - 1

São Paulo (SP) – O Exercício Agulhas Negras, realizado entre os dias 20 e 30 de novembro, é um exercício de adestramento avançado conduzido pela 2ª Divisão de Exército. Neste ano, a 22ª edição do treinamento conta com um efetivo de 4 mil militares de 35 unidades do Exército Brasileiro.

O Exercício ocorre nos municípios de Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lagoinha, Lorena, Natividade da Serra, São Luís do Paraitinga, Redenção da Serra e Taubaté, todos localizados no Vale do Paraíba.

Assalto Aeromóvel e Transposição de Curso d’água marcam o principal dia de operações do Exercício Agulhas Negras

Vale do Paraíba – No primeiro minuto da madrugada do dia 23 de novembro, militares da 11ª Brigada de Infantaria Leve (Bda Inf L) atravessaram o Rio Paraíba do Sul, no município de Lorena (SP), em uma ação de transposição de curso d’água no contexto do Exercício Agulhas Negras. Sob a proteção da escuridão da noite, homens a pé passaram para a margem inimiga, simulada, em botes de assalto. Na segunda fase, os outros homens atravessaram o rio em passadeiras.

Com a posição conquistada, os blindados Urutu e Cascavel e o material logístico transpuseram o rio, nas primeiras horas da manhã, sobre portadas (espécie de balsas) e sobre a Ponte Ribbon e seguiram atrás do caminho aberto pela infantaria.

Já no início da manhã, desse mesmo dia 23, outra atividade de ataque acontecia em Guaratinguetá (SP). Nessa, os militares embarcaram nos helicópteros Jaguar e Pantera da Aviação do Exército. As aeronaves incursionaram 30 quilômetros atrás das linhas adversárias simuladas e realizaram o desembarque de militares e o assalto aeromóvel da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) na Zona Rural de Lagoinha (SP).

As atividades foram acompanhadas pelo Comandante Militar do Sudeste, General de Exército João Camilo Pires de Campos; pelo Comandante da 2ª Divisão de Exército, General de Divisão Eduardo Diniz; pelo Comandante da Aviação do Exército, General de Brigada Luciano Guilherme Cabral Pinheiro; pelo Comandante da 11ª Bda Inf L, General de Brigada Carlos Sérgio Camara Saú; e pelo Comandante da 12ª Bda Inf L (Amv), General de Brigada Mario Fernandes.

Tropa de defesa química participa do adestramento

Em Canas (SP), após sofrer um ataque simulado de bomba química dentro do contexto de treinamento do Exercício Agulhas Negras, um pelotão do 28° Batalhão de Infantaria Leve (BIL) foi retirado do local e encaminhado a um Posto de Descontaminação, montado pelo 1° Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (Btl DQBRN).

Os militares do 28° BIL desembarcaram da viatura 5 Ton e foram rapidamente encaminhados para a Linha de Descontaminação de Pessoal. Ali, os militares de defesa química, em trajes específicos para esse tipo de ação, realizaram a detecção de material químico no fardamento dos militares. Os contaminados eram encaminhados para a tenda de descontaminação, onde tomavam um banho descontaminante com produtos biodegradáveis.

Já a viatura seguiu para a Linha de Descontaminação Física. De cima de uma grua em um caminhão adaptado pelo Exército, o militar DQBRN despejou o produto descontaminante sobre a viatura 5 Ton.

Em outra Linha Física, o armamento era colocado em uma tenda com água a 180°C, temperatura segura para eliminar a ameaça. Após todo material e tropa serem descontaminados, é a vez de os militares do 1° Btl DQBRN passarem pelo banho descontaminante em uma quarta Linha.

Toda a ação foi acompanhada pelo Comandante da 2ª Divisão de Exército, General de Divisão Eduardo Diniz.

Os combatentes DQBRN substituem o tradicional uniforme verde-oliva do Exército por um traje especial: o CLD 500. A roupa possui dois filtros e é considerada de proteção média para riscos de contaminação cutânea e respiratória.

Tropas paraquedistas atacam forças oponentes simuladas em Catuçaba

No 5° dia de operações do Exercício Agulhas Negras 2017, a Força-Tarefa do 25° Batalhão de Infantaria Paraquedista realizou um ataque a localidade, na manhã do dia 25 de novembro, no Distrito de Catuçaba, município de São Luiz do Paraitinga (SP).

A manobra executada por duas companhias do 25° Batalhão de Infantaria Pará-quedista (25º BI Pqdt), chamada de ataque a localidade, é composta por três fases: cerco, isolamento e investimento. Esta fase chamou a atenção dos moradores de Catuçaba, que levantaram cedo para ver a movimentação e a progressão das tropas do Exército. O objetivo dessa simulação é adestrar a tropa em atividades de estabelecimento da segurança, em uma cidade que teria sido tomada por forças guerrilheiras. Após o combate nas redondezas do objetivo, a tropa de ataque cerca e isola as forças oponentes dentro da cidade, forçando-as à rendição.

Em seu quinto dia de atividades, o Exercício Agulhas Negras evoluiu para outro patamar, quando ocorre a transição da fase de combate para a fase de pacificação.

Na fase de pacificação, a tropa pode atuar, por exemplo, no patrulhamento das vias, com postos de bloqueio, na vigilância de estruturas estratégicas, como estações de tratamento de água ou energia elétrica, além de auxiliar no restabelecimento da ordem.

FONTE: Agência Verde-Oliva/Exército Brasileiro

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Robson Bandeira
Robson Bandeira
7 anos atrás

Essas fotos com baixa resolução, devem ser para não revelar os incríveis segredos dos equipamentos dos nossos guerreiros!

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

Exercício com ações em várias linhas e com diferentes ameaças simultâneas.
Bom exemplo das possibilidades de emprego atuais.

vicente de paulo
vicente de paulo
7 anos atrás

excelente

DaGuerra
DaGuerra
7 anos atrás

Vibrei!! Muito bom ver o EB exercitando-se em operações que abrangem um grande espectro de ameaças, de situações de apoio à populações isoladas, situações de “não guerra”, narco-terrorismo, terrorismo internacional, guerra convencional, operações aeromóveis e DQBN.

Fred
Fred
7 anos atrás

Agnelo,
A operação de ataque a localidade, conforme as fases descritas, simula um cenário possível de emprego na futura missão de paz em solo africano? As ações ocorreriam nesse sentido, liberando pequenas comunidades, vilas e cidades? Ou mais provavelmente em grandes zonas urbanas como no Haiti?

Tallguiese
Tallguiese
7 anos atrás

Ainda falta tanto ao EB como na MB um Heli dedicado ao ataque!

Agnelo Moreira
Agnelo Moreira
7 anos atrás

Fred, boa tarde.
A configuração da missão ainda não foi bem defina.
Mas o q já se tem, é q o “atrito” deverá ser maior q o Haiti, e não será “tipo polícia”, exigindo TTP e meios mais de guerra.
Pode ser q mude? Sim.
Mas, a princípio, o q se tem é isso.
Sds

Manuel Flávio
Manuel Flávio
7 anos atrás

Por que, Colombelli?

Outro assunto. Off-topic:
Coreia do Norte dispara novo míssil intercontinental, afirmam EUA
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/11/1938905-coreia-do-norte-dispara-missil-segundo-autoridades-sul-coreanas.shtml

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

Boa noite Colombelli
Tudo isso é pesado.
O estudo q é levado à PR é feito pelo MRE, MD e o próprio EB faz o dele.
Diversos pontos são analisados, desde o conhecimento, desenvolvimento, até possibilidade de doenças, mortes em combate e implicações como as Q mencionou.
A decisão é da PR. Os ministérios dão suas listas em ordem da melhor pra pior missão, Q nem sempre batem entre eles.
Novamente, a decisão é da PR, Q nem sempre obedece qq uma das listas de prioridades.
Depois disso, é Disciplina Intelectual ou Conciente e cumpra-se.
Adora-se o discurso do Q é melhor pra Força e uma mão na pala e outra na coxa.
Há aspectos bons. Creio Q “até Q enfim” o FAP deverá ser substituído, pois o GC operará como deve operar e não como polícia.
Acredito Q aspectos logísticos e algumas TTP deverão ser modernizadas, além de outras coisas.
Sds

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

Galante

A meteria do Treme Cerrado está aparecendo com uma foto de mísseis coreanos no meu tablet.

Boa noite

Carlos Alberto Soares
Carlos Alberto Soares
7 anos atrás

colombelli 28 de novembro de 2017 at 17:47

Caro Colombelli

Concordo em 110% das suas duas afirmações,
é fria esse “negócio” na África.

Qual a posição do Charlie 01 e do AC ?

Bardini
Bardini
7 anos atrás

Erraram feio no Haiti pq foram lá somente gastar dinheiro para estabilizar o país. Não se inseriram meios brasileiros para estimular e lucrar com um possível crescimento econômico.

Matheus
Matheus
7 anos atrás

Galerinha esquece que a ONU reembolsa e que essas missões são ótimas para dar experiencia aos pouquíssimos que irão para lá, lembrando que o contigente será de aproximadamente 800 homens, pra um exército de 300.000 (ativos), que é menos de 1%.

Vamos dar uma pesquisada antes de dar pitaco, que tal?

Bardini
Bardini
7 anos atrás

Acho que você tem de ver o quanto que essa tal ONU “reembolsa”.

Hélio
Hélio
7 anos atrás

Matheus 29 de novembro de 2017 at 8:52

Só 35% do valor é reembolsado.

PRAEFECTUS
PRAEFECTUS
7 anos atrás

Caros amigos,

o conflito na República Centro Africana é algo grave, muito grave. Não é um passeio.

De um lado Cristãos e do outro militantes muçulmanos nos espera. As informações são de que o país está se equilibrando à beira do genocídio.

Para entendermos melhor o que ali ocorre, voltemos no tempo, mas precisamente em 2013 quando tumultos varreram a RCA, e foi nesse ínterim, que a aliança insurgente “Selek “, composta principalmente de muçulmanos, forçou o Cristão François Bozizé a renunciar ao cargo de presidente. O objetivo principal do grupo era estabelecer um governo muçulmano em um país onde 80% da população professa o cristianismo.

Ato contínuo, trouxe para a arena do conflito um novo jogador, a milícia cristã ” Antibalaka ” (Anti-islâmica-), projetada para combater a “Seleka”. Esta foi a última gota que forçou a ONU a intervir para evitar o genocídio. Em 5 de dezembro de 2013, o Conselho de Segurança da ONU iniciou a missão da MINUSCA , reforçada pela operação francesa Sangaris. Em breve, a estratégia bem planejada e o trabalho coordenado das tropas francesas se transformaram em um acordo de paz, que foi concluído em julho de 2014. Mas então a situação mais uma vez degringolou.

O ano de 2017 marcou uma nova rodada de confrontos armados. Após a retirada das forças francesas no ano passado, a RCA estava à beira de uma catástrofe semelhante à que abrangeu Ruanda em 1994. Contra o pano de fundo de uma escalada de violência, a eficácia do MINUSCA foi questionada. Embora o “Seleka” tenha sido dissolvido em 2014, certas entidades chamadas “ex-Seleka” ainda mantêm sua influência, especialmente em áreas que estão fora do controle do governo.

É extremamente importante notar que a República Centro Africana está sozinha na paisagem política do continente. A maior parte das guerras civis na África se eleva em bases culturais ou étnicas, enquanto os na RCA são devorados por conflitos puramente religiosos. Tanto o “Antibalaka” cristão como o “Seleka” muçulmano escolheram alvos para assassinatos entre civis com base em um critério confessional. A este respeito, o conflito difere marcadamente daqueles em Ruanda e no Congo, onde as diferenças étnicas invariavelmente ultrapassavam os religiosos.

Ao mesmo tempo, as raízes religiosas dos conflitos internos na RCA não podem ser chamadas de profundas. Afinal, o cristianismo e o islamismo durante muitos anos coexistiram pacificamente lado a lado. O antagonismo direto surgiu apenas em 2013, o que explica a ressonância gerada pelo conflito.

Em março de 2016, após a eleição do atual chefe do país, Fausten-Arkanja Tuader , reinou a paz na república. No entanto, alguns meses depois, o grau de violência novamente começou a crescer de forma constante. Muitos analistas condenaram a França pela retirada das forças de paz da RCA, apesar da situação tensa. Desde o início do ano, a fricção interconfesional piorou, e os confrontos entre o “Antibalaka” e o “ex-Seleka” não param.

Mesmo que a missão da ONU até aqui aparentemente não seja bastante eficaz, deve-se ter em conta as difíceis condições em que funcionam as forças de paz neste TOs. A RCA é um país absolutamente pobre e, apesar do seu tamanho impressionante(o dobro do tamanho da França), pra se ter uma ideia, tem apenas 1.450 quilômetros de estradas asfaltadas. Pois é! As tropas da ONU não são facilmente deslocadas em torno da república, e algumas de suas áreas são completamente inacessíveis.

Além disso, não há nenhum exército de pleno direito na RCA, e as autoridades são como um “governo de faz de conta”, sem qualquer alavanca de influência sobre a situação. Desde a eleição do ultimo presidente, um ano se passou, mas os territórios colossais ainda não estão subordinados ao estado…

O que percebo é que a ONU na eminência de uma catástrofe generalizada, resolveu aumentar os subsídios e a reabastecer o campo das forças de paz dentro da MINUSKA. Neste momento de acordo com informações existem cerca de 12.700 “capacetes azuis” no país. E, é aí neste esforço, que entra o Brasil…

No momento, o que se vê, é que o futuro da RCA é extremamente sombrio, e pra piorar vejam só, a União Africana não pretende interferir. Os países da África Ocidental, como os membros da CEDEAO, Liberia e Serra Leoa, receberam apoio militar do ECOMOG, mas a RCA não faz parte desta aliança e, portanto, não pode reivindicar assistência similar. Resta apenas confiar na ressonância na comunidade global, semelhante à história de Ruanda em 1994. Seja como for, o perigo na RCA espreita em cada sentido, colocando os bastões nas rodas das operações de manutenção da paz…

Pra se ter uma ideia de como a coisa por lá é grave, em 8 de maio deste ano, cinco “capacetes azuis” foram mortos no ataque a um comboio da ONU, e agora esse episódio força os pacificadores a agir com cautela… Afinal, as baixas na MINUSCA, somam 13 soldados, até o dia 27 de novembro deste ano.

O que se percebe é que, há uma percepção que o conflito não ameaça diretamente o Ocidente(EUA, Reino Unido, França, Alemanha e etc…). O crescimento da ameaça terrorista de pontos problemáticos como o Iêmen, o Afeganistão, a Somália e o Mali(especialmente para o governo francês), significa que é provável que o derramamento de sangue na RCA continue a ser o pano de fundo da agenda da comunidade internacional. Portanto, é neste contexto que o Brasil está sendo convocado à participar.

Este é um conflito, que não está na agenda de interesses das ditas grandes potencias… Daí, chamam o Brasil.

Em minha opinião, um dos piores cenários para uma participação brasileira, que, se denota pelos comentários até aqui, com razoável quantidade de efetivos, seria não dispor do “comando” da MINUSCA. E, infelizmente, é o que está se desenhando no horizonte. Creio que isso NÃO É BOM SINAL, o que poderia contribuir para uma trágica participação nesta missão…

Segundo informações, o EB estaria ansiosamente aguardando participação nesta Missão de Paz.

Mas, segundo consta, há significativos contratempos para que isso ocorra.

Alguns desses contratempos se residiria na incerteza, de que o Force Commander da MINUSCA, será um general brasileiro. Outrossim, a questão logística apresenta problemas complexos, tanto para a FAB, como para a MB, sem contar que, haveria a necessidade de adquirir viaturas 4×4 blindadas, dentro do Programa Viatura Blindada Multitarefa, Leve de Rodas (VBMT-LR), 4×4 tanto para o Exército Brasileiro como para o Corpo de Fuzileiros Navais. E, obviamente, haveria pressão sobre o orçamento com os gastos da MINUSCA que certamente afetariam o andamento de vários projetos das Forças.

Ainda de acordo com essas mesmas fontes, haveria uma forte oposição da Reserva Ativa do Exército, posicionando-se contra o envio de tropas à República Centro-Africana. No meu ver, acertadamente!

Vejo como extremamente temerária a participação de efetivos nacionais nesta empreitada, sem contar que, o cidadão que se encontra atualmente ocupando o posto de presidente da República ao meu ver, não possui autoridade moral, tampouco legitimidade alguma para autorizar envio de tropas brasileiras ao exterior.

O fato da ONU fazer cara de paisagem quando se fala em ceder o COMANDO da MINUSCA a um General brasileiro, me faz desconfiar das verdadeiras intenções para nos colocarem lá, e de que de fato, estamos sendo levados a um verdadeiro atoleiro…

Grato

Hélio
Hélio
7 anos atrás

Quer experiência em combate? Combata nos morros, que façam algo para o Brasil.

Augusto
Augusto
7 anos atrás

Angelo o que seria TTP ?

Rinaldo Nery
Rinaldo Nery
7 anos atrás

Excelente a descrição do Praefectus. Desconhecia. Colombelli levantou alguns aspectos interessantes, principalmente a possível retaliação terrorista no Brasil. Mas, pergunto: nunca participamos de uma operação Peace Enforcement, só Peace Keeping. Não seria uma boa oportunidade? Não vou abordar o desejo brasileiro de ter assento no Conselho de Segurança da ONU, mas, não seria o preço a pagar? Se valeria a pena já é outra questão. Será que não seria uma oportunidade, também, de modernizar equipamentos e procedimentos, visto ser uma operação real? Capacetes azuis morreram? Faz parte da profissão; sabíamos quando a escolhemos.
A FAB deverá enviar dois H-60 Black Hawk, dois A-29 Super Tucano e um C-105 Amazonas, caso a missão ocorra. Meu filho, 1° Tenente, que serve no 1°/9° GAV e é piloto de C-105, se voluntariou para a missão.

Soldat
Soldat
7 anos atrás

Resumindo na África……dessa vez os Brasileirinhos vão levar chumbo e vamos ver como se saem em combate real….enfim como os colegas disseram faz parte da profissão e eles vão sabendo que vai ter aço vindo em direção as suas cabeças.

É a vida.

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

colombelli 29 de novembro de 2017 at 15:08
Boa noite, companheiro
Não creio q foi tão ínfima. Durante um tempo, todas as patrulhas diárias voltavam com suas munições esgotadas.
Sds

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

Augusto 29 de novembro de 2017 at 17:36

Técnicas, Táticas e Procedimentos

Matheusr
Matheusr
7 anos atrás

Pessoal está falando que exército deveria ir lutar contra traficante? É sério? Isso ai é trabalho de policia, não queira colocar esse pepino nas costas dos infantes por causa de incompetência de governador de certos estados.

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

PRAEFECTUS 29 de novembro de 2017 at 15:38
Muito bom trabalho.
A missão na RCA é a q pode trazer menos problemas pro Brasil, segundo a maioria dos estudos.
A logística não é nada fácil. No Haiti, EUA estava ao lado. O Ten Leoni perdeu muito mais sangue do q o possível, quando baleado no ombro, mas sobreviveu, por Deus e pela infraestrutura de apoio nos EUA.
A RCA vai ser pesada, mas não seria a pior. O Congo e uma das do Sudão eram as piores, tanto pelo atrito entre forças, quanto pelo risco do ebola.
Quanto ao EB, nenhum exercício pode realmente preparar uma Força, por isso, independente da tudo, manter uma unidade em operação real sempre é bom.
Quanto a Segurança Pública, como alguns comentam, não dá pra comparar o emprego, pois a Força Adversa lá na RCA não é um cidadão desajustado, as leis são outras, as TTP, etc.
Quanto ao custo, também comentado, o EB tem mais de 80 batalhões de Infantaria, q é a arma base. Empregar 01 em missão não compromete a capacidade da Força em atuar no mais.
No mais, é questão de política externa.
Há a decisão se se empregar o EB nisso. Mão na pala e a outra na coxa e se assessora no q pode ser melhor, se for mandado pro pior, mão na pala e mão na coxa, e se prepara e vai pro pior.
Vamos q vamos.
Sds

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

colombelli 29 de novembro de 2017 at 19:30
É bem pior q o tráfico daqui. Acredito q cabe a missão, e cabe atuar em GLO, mas pra este, há necessidade de mais amparo político e jurídico.
Conselho de Segurança foi pro barro, depois da Dilma em apoio ao ISIS…
QUanto ao treino, como a Marinha, está cada vez aumentando mais.
Sds

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

Colombelli
Concordo com o risco do terrorismo e Q será caro.
Creio Q o adestramento melhorará muito. E Q meios Q temos relegado, ainda Q parcialmente, serão adquiridos com mais intensidade.
Em relação ao político, o Brasil tem interesse em crescer suas relações na África, mas, realmente, não sei se é o caso por ali.

PRAEFECTUS
PRAEFECTUS
7 anos atrás

Rinaldo Nery e Agnelo agradeço a gentileza dos colegas.

Outrossim, gostaria de fazer mais algumas considerações que acho importante sobre a Operação RCA.

Antes de mais nada, reafirmo que, o perfil de atuação na Operação RCA é muito mais arriscado e, há a possibilidade real de morte de militares brasileiros. Afinal, no caso do Haiti, havia uma realidade mais conhecida. Na RCA, há uma realidade diferente, mais difícil de entender, algo que exige maior preparo da Tropa em todos os sentidos, e um trabalho meticuloso para trabalhar a opinião pública. Sem este dever de casa, já saímos com um estigma marginal nas costas…

A coesão em todos os sentidos(Tropa, Opinião pública, e demais Instituições nacionais) é alicerce fundamental para o exito da empreitada! Até o presente momento de acordo com informações, não é o que está ocorrendo…

Começo falando de custos, há uma estimativa de no primeiro ano da Operação RCA, os custos ultrapassarem facilmente os US$ 100 milhões de dólares em razão do custo maior de montagem da base e eventual realocação de meios. Alguns equipamentos novos teriam de ser adquiridos, e outro ponto que encarece a missão é a necessidade de voos frequentes. Inclusive há informações que, para diminuir custos haveria uma corrente no EB que advoga a ideia de que é prescindível a participação da MB….

Algo que acho extremamente importante ser colocado, é que, devido ao perfil deste Teatro de Operações, em se concretizando a participação brasileira, deveríamos no primeiro momento enviar Tropas Profissionais, NADA de CONSCRITOS. Ao meu ver, algo crucial para o exito do Brasil nesta Operação, é deter o COMANDO da MINUSCA, outrossim, é o envio num primeiro momento apenas de efetivos profissionais das seguintes Organizações Militares: Do Comando de Operações Especiais (C Op Esp), da Brigada de Infantaria Paraquedista (Bda Inf Pqd), do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) e elementos do esquadrão paraquedista de Operações Especiais e Busca e Resgate da Força Aérea Brasileira(PARA-SAR). Já que a FAB pelo que consta, desdobraria meios aéreos para aquele TOs.

Meus caros, alí não é lugar para conscrito num primeiro momento de jeito nenhum.

Não podemos nos esquecer que a RCA está próxima da Nigéria, Egito, Sudão e Chade países eminentemente muçulmanos, sem contar que a Líbia está logo ali também, todos estes infestados de elementos do EI. Além do que na Nigéria tem uma sucursal destes, que é o Boko-Haram. Ou seja, a região está impregnada de elementos calejados em combate, que evidentemente podem ser mobilizados para o TOs na RCA pelos seus pares local a qualquer momento…

Algo que é importante ressaltar é que a MINUSCA é formada por uma colcha de retalhos de países. Pra se ter uma ideia, o Paquistão, país que tem o maior contingente, conta com 1.115 militares na área. A contribuição brasileira seria mais ou menos parecida com às de Bangladesh (1.001 militares) e do Egito (1.000 militares). Esses países com os maiores contingentes são todos muçulmanos… Agora pensa, a esmagadora maioria do contingente da MINUSCA é formada por países que professam a fé islâmica e, os mesmos estão em um país (RCA) onde 80% da população é Cristã. E, para a coisa ficar mais estranha ainda, hoje quem está no comando da MINUSCA é o General senegalês Bella Keita, sendo o SENEGAL predominantemente muçulmano…

Conseguem ver o tamanho do imbróglio…???

Agora eu pergunto, como estes países muçulmanos podem fazer a diferença em um conflito religioso, onde 80% da população professa a fé Cristã…???? E, como os 80% da população deste país que professa a fé Cristã podem se sentir seguras sabendo que os maiores contingentes da MINUSCA é composto de tropas muçulmanas e inclusive o Force Commander desta é um General muçulmano??? Afinal, não podemos nos esquecer que, geralmente países islamicos são notórios pela intolerância em relação a outras religiões que não a muçulmana…

Estes são os problemas meus caros, que não só as FAs, mas, o governo brasileiro terão que se deparar ao entrar neste jogo na RCA…

Aí eu pergunto, o atual governo brasileiro possui cacife politico para exigir alguma coisa frente aos grandes que compõe o Conselho de Segurança da ONU para favorecer nossa posição à frente desta hipotética Operação na RCA??? Eu respondo, NÃO!!! E não possui tal cacife por conta de tudo aquilo que temos visto diuturnamente nos noticiários…

O correto ao meu ver, é aguardar a eleição do próximo governo, para este sim, SOBERANAMENTE, LEGITIMAMENTE como uma decisão geopolítica de Estado, decidir se participa ou não desta Operação na RCA.

Digo isso, porque a inépcia tem grassado atualmente a atuação da MINUSCA naquele TOs, e ainda assim, nem ao menos estão dispostos a oferecer o COMANDO da Operação ao Brasil. Hora, com todas as incertezas e situações adversas(a começar pela frágil posição do governo atual) que se apresentam no momento para uma participação do Brasil na MINUSCA, como iriamos ter oportunidade de fazer a diferença, se não estamos no COMANDO desta Operação???

Neste diapasão, ao meu ver, o Brasil poderia sair de uma suposta participação na MINUSCA, tragicamente desmoralizado!!!

Grato