BAE Systems entrega o 250º M113 modernizado para o Exército Brasileiro
Curitiba, 06 de novembro de 2017 — A BAE Systems entregou a 250º unidade modernizada do Veículo Blindado de Transporte de Pessoal M113 ao Exército Brasileiro. A atualização do M113B para a configuração M113 A2 MK1 mais recente inclui a reforma do casco e dos componentes, e a substituição ou atualização dos motores, transmissões e sistemas de resfriamento, conferindo um nível superior de desempenho geral, flexibilidade operacional e prontidão ao veículo.
A BAE Systems obteve contratos em 2011 e 2016 para atualizar 386 unidades do modelo M113 do Exército. Sendo um dos veículos militares sobre lagartas mais versáteis do mundo, a nova tecnologia do trem de força e os aprimoramentos da suspensão garantem que o M113 funcionará efetivamente por muitas décadas.
“O programa de modernização do M113 é um ótimo exemplo da forte relação da BAE Systems com o Exército Brasileiro e do nosso esforço conjunto para trazer essas novas e importantes capacidades para a frota”, afirmou Brian Lawton, gerente de programas internacionais da BAE Systems. “Estamos ansiosos para ampliar e avançar nesta parceria, dando continuidade ao programa de modernização e aumentando a participação da indústria brasileira”.
A empresa está trabalhando em parceria com o Exército para realizar o programa de modernização do M113 no Brasil, no Parque Regional de Manutenção 5 do Exército, em Curitiba (PR). A companhia também está investindo em empresas locais para produzir e renovar componentes-chave, como parte do esforço da BAE Systems para fortalecer a cooperação industrial, oferecer empregos, e transferir tecnologias-chave e técnicas avançadas de fabricação.
“Nós nos concentramos continuamente em formas de apoiar a economia local por meio do uso de cadeias de suprimentos locais, parcerias industriais e outros investimentos para estabelecer e apoiar capacidades de desenvolvimento e produção local”, disse Marco Caffe, gerente geral da BAE Systems para o Brasil.
O M113 constitui a maior família de veículos blindados sobre lagartas do mundo, contando com mais de 80 mil unidades atualmente em serviço em pelo menos 44 países.
Sobre a BAE Systems
A BAE Systems atende as necessidades de seus clientes e oferece uma ampla gama de soluções avançadas em equipamentos de defesa, aeroespaciais e de segurança. A empresa trabalha em conjunto com seus parceiros locais para desenvolver, construir, produzir e apoiar as inovações que garantem a soberania, sustentem a economia e protegem os interesses comerciais dos diversos países em que atua. Seus 88 mil funcionários, nos seis continentes, estão empenhados em criar soluções que protegem e fortalecem nações, comércio, comunidades e pessoas.
DIVULGAÇÃO: G&A Comunicação Empresarial
Eu vejo o exército com “os pés no chão” e, sem trocadilhos, a marinha e aeronáutica deveriam fazer o mesmo. Das 3 forças, tem-se a impressão de ser o exército a que melhor administra seus parcos recursos.
Considerando que andam aparecendo metralhadoras M1919 nos morros cariocas, não duvido de alguns pintados M113 de preto se fazerem presentes.
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É um veículo consagrado para se levar infantes perto da frente de batalha, mas não muito perto. Israel só os usa até no mínimo 100 metros da frente.
Qual o significado da sigla MK?
Concordo Jeff, Braço Forte, Mão Amiga e Pés no chão!
Marcus 6 de novembro de 2017 at 16:48
Qual o significado da sigla MK?
=> Mark
O EB teve por muito períodos o dobro do orçamento da MB, que todo mundo senta o sarrafo.
Tem a pior relação Custeio e Investimento x Pessoal das 3 Forças.
O dobro de gasto com Inativos que a MB, que todo mundo senta o sarrafo.
Nem na pior parte da crise houve estudo para efetiva redução do quadro de pessoal. MB já está se mexendo e FAB implementou mudanças.
Tem fácil acesso a material barato de segunda mão no estrangeiro.
Modernização de material de segunda mão é uma pechincha, comparado as necessidades das outras forças.
Tem Estatal encostada, mas só se fala mal da Emgepron.
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“Pés no chão”…
Tá bom…
http://www.defesa.gov.br/arquivos/lai/despesas/serie_estatistica_2014.pdf
Boa noite Senhores, alguém sabe dizer se essa modernização do Cascavel foi aceita pelo EB?
http://www.forte.jor.br/2016/10/27/tiro-tecnico-com-viatura-blindada-cascavel-modernizada/
Olá Bardini. Seus números são compatíveis com o fato do EB ter mais pessoal do que a FAB e a MB juntos. Já fizemos esta conta aqui e sabemos que o pessoal (ativo e inativo) é responsável por 25 a 35% do orçamento total. Por exemplo em 2016, o comando do EB ficou com quase 37.8 bilhões de reais, a FAB com 19,4 e a MB com 21,3. Ou seja, o EB continua recebendo praticamente o dobro do que a FAB e a MB recebem.
“Seus números são compatíveis com o fato do EB ter mais pessoal do que a FAB e a MB juntos.”
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Qual a quantidade de baratos conscritos que FAB e MB tem?
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“Já fizemos esta conta aqui e sabemos que o pessoal (ativo e inativo) é responsável por 25 a 35% do orçamento total.”
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Fizeram a conta errada.
Página 27:
http://www.defesa.gov.br/arquivos/lai/despesas/serie_estatistica_2014.pdf
Um Força Armada que não precisa comprar caças e nem navios de guerra é muito mais fácil de gerir.
O m-113 âo meu ver deveria reforçar um pouco mais a blindagem ou pelo menos ter um adicional de blindagem adicional.Ele foi desenvolvido na guerra do Vietnam na década de 60 e as melhorias aqui apresentadas foi relativo a mecânica e não a blindagem ou armamento poderia pelo menos por uma grade de proteção contra RPG.Eu sei que o veiculo é bom e barato de operar é um taxi de batalha mesmo mas o srs. notem que ele tem mais de 50 anos,já é um vovó já é hora do exercito pensar numa substuição aos pouco,pelo menos colocar um misseis antitanque neles alguns com misseis antiaéreos tipo rbs-70.
O EB poderia reduzir a estrutura, acabar com RM e CM e colocar a responsabilidade toda na divisão cada divisão para uma região específica. Redução de estrutura organizacional é uma ótima forma de poupar dinheiro sem perder capacidade. A Argentina já faz isso ela não tem mais os Corpos de exército que era responsável por cada região agr quem faz isso são as divisões. https://en.m.wikipedia.org/wiki/Structure_of_the_Argentine_Army . Além do mais ótima negócio essa modernização, na minha opinião só falta lançadores de fumaca automáticos e uma mira noturna para metralhadora ou mesmo a instalação da Remax nesses veículos.
Bardini 6 de novembro de 2017 at 17:47
Tem muito ex-combatente e seus dependentes pendurado no EB e não nas outras forças, proporcionalmente.
Além do efetivo ser maior.
Alexandre Galante 6 de novembro de 2017 at 18:32
Tem Carro de Combate, Reconhecimento, Transporte, artilharia de Bda, Div e EX, engenharia, estrutura logística móvel, aviação e mais sei lá o q…
Marinha só tem navio e a FAB avião…. bem poucos, aliás…
Se for pensar assim…
Agnelo, compare o preço de um blindado com um caça e um navio de guerra.
Com quase trinta de bilhoes de doletas no ultimo ano, so da comprar produtos de segunda mao e remendar as velharias que temos. Eita RALO sem fim!!!.
Galante, compare uma unidade com uma unidade.
São comparações Q não levam a nada.
O q mais se questiona é q a marinha está quase com mais almirantes 4 estrelas do q escoltas… E olha q admiro e defendo a Marinha, pq sei q são problemas complexos, mas o povo não entende.
Sds
“Marinha só tem navio e a FAB avião…. bem poucos, aliás…”
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O EB só tem caminhão então.
Caminhão, não. Fuzil.
Cada força possui seus problemas. O EB sempre teve maior orçamento devido realmente ao número de pessoal. Isto não quer dizer que a FAB e MB não necessitem também de um orçamento condizente. Entretanto comparar meios, realmente fica difícil. Um navio, caça ou avião cargueiro são meios que necessitam de pessoal especializado, maior manutenção tempo de vida útil da aeronave ou navio de guerra ou mesmo cargueiro. Conclusão: cada Força sabe das suas necessidades. Concordo com o Srs. Galante, Bardini e Agnelo e também discordo dos três. União faz a Força dividindo nos tornamos fracos. abraços a todos. Alguns M113 poderiam ser doados ao CFN e também à Infantaria da Aeronáutica. Da mesma forma que a FAB poderia ceder a MB( e esta querer) à vigilância marítima. A FAB poderia cooperar com o EB na questão da aviação. Todos aprendem e ficam satisfeitos para isto deveria ser também proposta do Ministério da Defesa. Abraços a todos.
Resumindo: O EB economiza, a FAB gasta e a MB esbanja!
Brasil, bem vindo ao século 20!!!
Galera, vocês já ouviram falar de revestimento em poliuréia e outros que o valham (“Line-X”, por exemplo)?
Acredito que poderia servir de um ótimo adicional para a blindagem do M-113 e com pouco peso. Vejam esse vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=5NwWlhagEkI
Será que seria uma boa?
Será que interessaria ao EB a conversão de alguns M113 em Arisgator, por enquanto o kit de conversão só vendeu para a Indonésia que encomendou a conversão com os italianos de 200 unidades de M113 que comprou da Bélgica.
Vejam no vídeo como fica mais ágil na água.
. https://m.youtube.com/watch?v=qItCQm3vUd0
A blindagem continua pedindo reforço.
colombelli 7 de novembro de 2017 at 16:13
Onde assino ?
https://www.youtube.com/watch?v=VJHL0gdDAME
Voltando ao tema, excelente essa revitalização do M 113,
linda foto http://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2017/11/Brazil-M113.jpg
http://www.forte.jor.br/?s=M+113
Colombelli, nada como o tempo e curto heim, leia os comentários:
http://www.forte.jor.br/2015/11/26/exercito-deve-extinguir-quatro-unidades-e-cortar-pela-metade-efetivo-de-outras-quatro/
Quem já foi atrás dos números, sabe que o EB é quem tem a pior relação pessoal x custeio x investimento.
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Sobre equipamento…
O custo de aquisição das 4 Tamandaré, praticamente cobre a aquisição dos 1.500 Guarani. E as 4 Corvetas não fazem nem cócegas nas necessidades da MB.
O custo do contrato desses 250 M113 aí, não compra metade de um Gripen. E será necessário ter mais do que estes 36.
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É fácil equipar o EB. Mesmo não tendo dinheiro sobrando, opção tem de sobra no mercado.
A diferença é que o Exército precisa comprar um carro blindado sobre rodas, desenvolver o Guarani. Quer comprar um sistema de saturação, vai de Astros. Quer comprar peça de artilharia, vê se nos estoques americanos tem algo. Quer comprar um avião para transporte logístico, se contenta com o Sherpa.
A Marinha tem que comprar um submarino, tem que ser nuclear. Tem que comprar uma fragata, tem que ser novo e de um dos grandes estaleiros ocidentais. Oriental, mesmo que seja de uma potencia industrial naval, não serve.
É lógico que é muito mais fácil para o EB comprar equipamento de ponta e até com desenvolvimento nacional. Mas se a MB tivesse os pés no chão, já estávamos com bons navios sul coreanos por aqui.
Mas essa discussão é muito mais embaixo. Cada força tem suas dificuldades. Escopos de atuação diversos, quantidade de efetivo e, principalmente, os aspecto político das decisões.
Estou aqui criticando a MB mas, por pouco, poderia, também, estar criticando o EB pela escolha do Pantsir com o tal TOT. Mas bem sabemos que isso era o GF tentando entubar essa aquisição no EB para equilibrar a balança com os russos.
Pessoal,
Não pretendem instalar visão noturna para o motorista nas M113 modernizadas?
Essa pataquada de “transferência de tecnologia” foi criada para gerar grandes programas públicos, envolvendo bilhões em verbas que necessariamente passariam por empreiteiras, que começaram a ter divisões industriais de defesa. É aquela coisa: pega-se uma boa ideia, capacitar a indústria nacional, e se faz um contrato de poucas unidades (poucos caças, poucos helicópteros ((e, pior, não no estado da arte)) poucos submarinos, poucos sistemas anti-aéreos), gasta-se 10 vezes o preço individual de cada um deles no mercado, ganha-se um pouco de expertise, mas não se desenvolve realmente uma indústria nacional, basicamente porque os programas acabam se encerrando em si mesmos: a) Será mesmo que serão mais de 36 NG(s)? b) Será que o Brasil conseguirá construir mais submarinos sozinhos, depois dos 5 ou 6 do Prosub?
Temos grandes planos como nação, mas todos eles esbarram na corrupção endêmica e na incompetência e governos. Com isso, continuamos a ser um pobre país rico, de modo que as vezes, fico imaginando – se ao invés de montar esses grandes programas cheios de esquemas, não seria mais rápido e barato comprar mesmo de prateleira e absorver tecnologia operando os equipamentos.
O Exército fez o certo, moderniza o que pode, compra o que pode e toca um programa mais amplo naquilo que sabe que, no longo prazo, terá sucesso. O caso do Guarani foi uma boa sacada, um veículo moderno, capaz, que vai renovar a força por bastante tempo, sem muito alarde acerca de “transferência de tecnologia”.
“A Marinha tem que comprar um submarino, tem que ser nuclear.”
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Foi definido como política de defesa que a MB teria como área estratégica a pesquisa nuclear.
FAB ficaria com o setor espacial.
EB ficaria com a defesa cibernética.
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“Tem que comprar uma fragata, tem que ser novo e de um dos grandes estaleiros ocidentais. Oriental, mesmo que seja de uma potencia industrial naval, não serve.”
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Já fizemos navio na China.
A reconstrução da base na Antártica esta sendo feita por chineses.
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Estaleiros na briga pelas 4 Corvetas Classe Tamandaré:
China Shipbuilding and Offshore Co Ltd;
China Shipbuilding Trading CO Ltd;
Goa Shipyard Ltd;
Mazagon Dock Shipbuilders Ltd;
Rosoboronexport Joint Stock Company;
Posco Daewoo do Brasil;
Singapore Technologies Marine Ltd;
Wuhu Shipyard CO Ltd
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E isso que a MB é preconceituosa com os Orientais… Imagina se não fosse.
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“Mas se a MB tivesse os pés no chão, já estávamos com bons navios sul coreanos por aqui.”
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Ahh.. .sim, pq os Koreanos são mágicos e fazem navio de graça.
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“Estou aqui criticando a MB mas, por pouco, poderia, também, estar criticando o EB pela escolha do Pantsir com o tal TOT”
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Pantsir era coisa do MD.
Senhores,
Por que o Charrua não foi aceito pelo exército brasileiro? Ele poderia ser adaptado para os dias atuais?
Sou leigo, mas ele me parece um veículo baixo e fácil de esconder, ao contrário do Guarani.
Se é pra ficar caro a aquisição de equipamentos pra galera não apedrejar o EB então basta encomendar uns 220 Leo 2A7 + que conforme uma postagem antiga aqui no Forte tava por uns 36 milhões a unidade (logo 7,9 bi se for em reais os 36 mi).
Pessoal, para quem acha que o M113 modernizado deveria ter mais blindagem, procure por imagens dele em travessia. Ele ficou apenas um pouco acima da linha d’água. Não tem como acrescer mais peso a ele.
colombelli, o ‘Vital de Oliveira’ foi feito na China, sendo fiscalizado por pessoal da MB. Até o momento não se fala de problemas.
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“Submarino nuclear foi retomado somente para justificar os franceses e a propina que cedo ou tarde será descoberta.”
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Pode até ser, mas a parte da propina que descobriram até agora não relaciona a MB. E existe forma de fazer malandragem sem envolver a MB nesse contrato.
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“Deveriam ter pensado em mais dois ou três convencionais que fariam a mesma coisa…”
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Já pensei assim. Mudei de ideia e discordo desse ponto de vista, por diversos fatores.
Nenhum SSK tem ou vai ter as capacidades de um SSN. Ter 3 SSK significa ter 1 disponível, que estaria amarrado a uma área limitada.
Você pode argumentar que ter um SSN é o mesmo que não ter nenhum, o que é verdade… Mas o que estamos construindo é apenas o protótipo de uma nova classe.
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“e por hora o pé do no chão será ver umas escoltas usadas antes que vire uma argentina.”
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Concordo plenamente, precisamos de Escoltas urgentemente para cobrir o GAP, mas não tem tantos Escoltas assim em boas condições dando sopa e os que tem vão ser disputados a tapa e custarão caro.
A MB não tem mais o Estoque dos americanos para se sustentar. A US Navy está tentando tirar até o tutano dos seus navios e o que sobra é coisa grande e cara demais para a MB.
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O caminho mais racional é construir Escolta novo, feito para atender nossas demandas e durar tanto ou mais o que as Niterói estão durando. Se não tivessem feito essas Fragatas lá atrás, estaríamos em muito pior situação que a Argentina.
“Nossa estratégia é defensiva. Não precisamos avançar mar a dentro. ”
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Até onde eu já li, toda a nossa estratégia é fundamentada em Anti-acesso e Negação de Área, A2/AD. Não existe forma de implementar a parte do “Anti-acesso” sem entrar mar adentro.
O resumo do que é a nossa estratégia…
Colombelli, acho que você está desprezando as dimensões do Atlântico e o potencial do SSN perante um SSK.
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Um SSN é peça fundamental na estratégia de negar o uso do Atlântico por um inimigo.
Se entrincheirar na costa, esperando um inimigo se aproximar é basicamente dar espaço para a aviação inimiga atuar, bem como, aumentar o alcance dos mísseis de cruzeiro sobre o nosso território.
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SSN:
Meio mais capaz para combater outro SSN e caçar um SSGN/SSBN.
Meio mais efetivo para cortar linhas de suprimento.
Meio mais efetivo para combater um FT baseada em um PA.
Não é limitado a uma área de atuação.
Negrão, um veículo baixo oferece pequena proteção contra IEDs, uma grande ameaça atual.
Os blindados mundo afora estão sendo padronizados na altura do Guarani, sendo grande parte deles ainda mais alto.
Dizem que o Charrua afundou nos testes. Mas o motivo deve ter sido falta de dinheiro do EB mesmo. O EB comprou o Cascavel e o Urutu, desprezando Osório, Tamoio, Charrua, Jararaca, Sucuri e Ogun. A verdade é que nossas empresas desenvolveram produtos que o mercado, e não apenas o EB, não quis, por serem limitados ou inferiores a seus pares.
De qualquer forma, hoje não faz sentido ressuscitar um projeto dos anos 80. Se for para fabricar algo, que seja novo e atual.
Colombelli, tenho de fazer coro ao Bardini, e peço desculpas aos demais pela discussão fugir do tópico. 12 convencionais não fariam o serviço de 3 SSNs, por um simples motivo: velocidade. O Galante mesmo já bateu nessa tecla N vezes aqui na Trilogia: SSN é o verdadeiro submarino. Vamos aos números: nossos U-209 tem uma velocidade de cruzeiro de 4 nós (cerca de 7 km por hora). Uma frota teria qualquer de seus navios desenvolvendo pelo menos 16 nós, ou mais, ou seja, seriam pelos menos 4 vezes mais velozes, e o MO outro dia comentou que já tem mercante ultrapassando os 20 nós de velocidade de cruzeiro!!! Não tem como um SSK perseguir uma frota inimiga, somente muito, mas muito azar deles para cruzar a rota de um SSK. O que uma dúzia de SSKs fariam num mar territorial de mais 6.000 km de extensão sendo tão lentos assim? Quase nada… SSNs podem passar de 20 nós facilmente e permanecer assim por horas ou dias, poderiam perseguir e atacar quando e onde quisessem.
Mas eles não tem velocidade para isso Colombelli. A interceptação só seria possível se a rota da frota, ou das frotas, você conhecida nos mínimos detalhes e os subs mandados uma semana antes. Aí entra o detalhe crucial: temos meios para isso? Busca, descoberta e acompanhamento de navios inimigos? Esse foi o calcanhar de aquiles da Kriegsmarine na 2 Guerra Mundial, eles não tinham meios de encontrar navios inimigos, os próprios subs tinham de fazer o serviço, e isso atrapalhou e muito o desempenho deles.
Srs
Para contribuir para o debate.
Quanto as características dos SSN e SSK e suas vantagens e deficiências.
Velocidade:
Os SSN, no geral, tem maior velocidade (os Akula, dizem, chegam a mais de 40 nós) e podem sustentá-la continuamente.
SSK`s mais recentes até conseguem velocidades altas (mais de 20 nós) , mas por pouco tempo (há informes de maior persistência em maior velocidade por subs AIP).
O problema é que os submarinos, quando em maior velocidade ficam cegos e surdos pois seus sistemas de sonar são afetados pelos ruídos gerados pela turbulência da água, pela cavitação e até pelo ruído das máquinas.
Neste aspecto, aliás, os SSN são piores, pois seu sistema de propulsão é a vapor (turbinas, bombas, válvulas, etc), que geram muito ruído.
Conforme citado por muitos, a velocidade tem a virtude de permitir a evasão só SSN quando perseguido por torpedos, porém, atualmente, há torpedos de maior velocidade, o que reduz esta vantagem.
Ou seja, ter maior velocidade é uma vantagem relativa pois ela prejudica a discrição ao permitir a localização do submarino pelo seu ruído.
Discrição
Os subnucs podem permanecer submersos por meses, o que os transformou nas melhores plataformas para mísseis balísticos e na principal arma das potências nucleares.
Os SSN, neste aspecto levam uma enorme vantagem sobre os SSK, visto que estes precisam subir a superfície para recarregar as baterias (os AIP podem permanecer mais tempo mergulhados mas, ainda, ficam longe da capacidade dos SSN).
Porém, no geral, os SSK são mais silenciosos que os SSN, o que os torna melhores para funções de tocaia.
Ou seja, para os casos em que um submarino preciso permanecer longo tempo submersos, em longas e extensas patrulhas, os SSN são a resposta; e para os casos em que o submarino precise ser silencioso mas não necessite permanecer muito tempo submerso, os SSK resolvem.
Alcance de Sensores
Os subs, sofrem de deficiências quanto a visão situacional, pois dependem de seus sistemas de sonar passivo. Isto os torna dependentes de auxilio externo e cria uma vulnerabilidade pois para receber dados eles precisam emergir pelo menos uma antena (há a possibilidade do uso de LF, mas isto depende de transmissores especiais e é um meio de comunicação muito lento).
Ou seja, os SSN podem permanecer meses mergulhados, mas para se tornarem eficazes em operações em alto mar, precisam dos “olhos” de outros (aviões, satélites, etc.).
Custo
Os SSK são bem mais baratos (compra, operação e desativação), mesmo AIP, que os SSN.
Ou seja, SSN’s são um investimento caro passível apenas em marinhas ricas.
Espero ter contribuído para o debate.
Sds
Um SSN pode escolher como, onde e quando vai atacar. Depois do ataque, o SSN tem capacidade para se evadir e aumentar em muito a área de um possível contra-ataque inimigo, devido sua velocidade sustentada.
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Um SSK, caso de sorte de esbarrar com o inimigo perambulando por sua limitada área de atuação, pode atacar e entregar sua posição… Mas se evadir é que são elas, quando não se tem velocidade. E se tiver velocidade, é limitada pelo combustível.
A região do contra-ataque não é tão expandida, o que facilita a atuação do inimigo, sendo que pode calcular a região que limita a posição futura do SSK.
“Busca, descoberta e acompanhamento de navios inimigos? Esse foi o calcanhar de aquiles da Kriegsmarine na 2 Guerra Mundial, eles não tinham meios de encontrar navios inimigos, os próprios subs tinham de fazer o serviço, e isso atrapalhou e muito o desempenho deles.”
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Os U-boats não eram submarinos. Eram Submersíveis. Existe uma grande diferença entre estes termos. Os U-boats só podiam atacar na superfície ou em profundidade de periscópio, por isso atuavam a noite.
Eles podiam permanecer apenas poucas horas submersos. Uma vez que os aliados detectavam um U-Boat e ele submergia, era praticamente o fim do U-Boat, que poderia navegar apenas em velocidades extremamente baixas.
“Conforme citado por muitos, a velocidade tem a virtude de permitir a evasão só SSN quando perseguido por torpedos, porém, atualmente, há torpedos de maior velocidade, o que reduz esta vantagem.
Ou seja, ter maior velocidade é uma vantagem relativa pois ela prejudica a discrição ao permitir a localização do submarino pelo seu ruído.”
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O SSN tem muitas cartas na manga. Velocidade aliado a variação e profundidade. Formação de “Knuckles”. Despistadores ativos/passivos. MOSS. Ruídos do ambiente, e por aí vai…
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O torpedo leve de um Escolta ou helicóptero tem pouco combustível. Ou ele tem persistência ou velocidade, nunca os dois.
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Um torpedo pesado a conversa muda. Mas aí certamente se teria outro submarino na jogada… E o melhor meio de combater um SSN é com outro SSN.
Verdade Bardini! Esqueci de mencionar esse detalhe a respeito dos U-Boats.
Com relação ao seu comentário das 17h47, concordo também.
Colombelli, entendo de verdade seu ponto de vista pelo lado econômico. Se for para ter 1 ou dois SSNs (se é que um dia essa “criança” virá à luz por estas bandas) não farão grande coisa. Mas, que eles são necessários, isso são. O ideal seria o mix planejado pela MB, se não me engano eles queriam uns 6 SSNs e 9 SSKs, aí seria interessante e correto, estrategicamente falando, dado as particularidades da nossa plataforma continental.
Control, a sua dissertação em 9 de novembro de 2017 at 17:26 é a melhor que eu já li em todos os comentários da trilogia sobre SSKs X SN. Me convenceu ainda mais que é um delírio da nossa MB a pretensão de construir um, pelo menos nos próximos 20 anos. Melhor ter mais SSKs, como o Colombelli justificou.
Aliás, a pretensão da nossa marinha de ter capacidade de projeção de poder, com NAe, aviação de caça embarcada e SN é que a trouxe à triste realidade em que se encontra.
“”Me convenceu ainda mais que é um delírio da nossa MB a pretensão de construir um, pelo menos nos próximos 20 anos. Melhor ter mais SSKs, como o Colombelli justificou.”
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A MB abriu mão dos SSK?
Não. Ambos vão coexistir na MB por um bocado de tempo…
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“Aliás, a pretensão da nossa marinha de ter capacidade de projeção de poder, com NAe, aviação de caça embarcada e SN é que a trouxe à triste realidade em que se encontra.”
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1º Que você precisa ler mais, pq a pretensão do NAe não é essa.
O objetivo do NAe sempre foi implementar o “Anti-Acesso”. Dar combate ao inimigo longe da costa. O mesmo serve para o Submarino Nuclear.
2º Que projeção de poder quem faz é o CFN e os meios de apoio.
3º Essa triste realidade aí tem nome e sobre nome, sendo é a mesma causa que vai custar ao EB 60 anos para implantar o SISFRON…
Navios patrulha, algumas corvetas(5), algumas fragatas(¨6), vigilância marítima a cargo da MB (FAB repassando) submarinos costeiros(5) e os que estão sendo construídos(5) e modernizados(4), mais os varredores e barcos patrulhas fluviais. Tem muitos meios para a MB adquirir, modernizar ou construir localmente. Não é fácil ainda mais com este contingenciamento mentiroso. E não é para uma super marinha. Temos muitas dificuldades nas três Forças são poucos àqueles que se importam com Defesa e Soberania. Metade do que proponho para MB, já ficaria felicíssimo….