Brigada Guarani realiza Operações Gralha Azul e Iguaçu
Exercícios promovem adestramento avançado e experimentação doutrinária da Infantaria Mecanizada
Rosário do Sul (RS) — No período de 29 de outubro a 10 de novembro, a 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada (15ª Bda Inf Mec), “Brigada Guarani”, promove as Operações Gralha Azul e Iguaçu, que consistem em adestramento avançado e experimentação doutrinária da Infantaria Mecanizada. Os exercícios ocorrem no Campo de Instrução Barão de São Borja, em Rosário do Sul (RS).
Nesse contexto, entre os dias 25 e 28 de outubro, ocorreu o deslocamento de cerca de 1.500 militares e de 280 viaturas para aquela região, incluindo as Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Média Sobre Rodas (VBTP-MSR) Guarani.
De 29 de outubro a 4 de novembro, durante a Operação Gralha Azul, será conduzido o Programa de Adestramento Avançado da Brigada, com ênfase nas formas de manobra Defesa de Área e Retraimento.
Em uma segunda fase, de 5 a 10 de novembro, acontecerá a Operação Iguaçu, em prosseguimento à Experimentação Doutrinária da Brigada de Infantaria Mecanizada, conforme o que prevê o Projeto de Implantação das Brigadas de Infantaria Mecanizada no Exército Brasileiro.
FONTE: Exército Brasileiro
Gostei do nome: Op Gralha Azul. Bem Paranaense!! Só não dá pra gostar desses jipinhos aí da cavalaria. Muito desprotegido e desarmados para a missão de exploração.
Colombelli: e pq não o ‘GAÚCHO’?
Alguém saberia me dizer quantos EE-9 operacionais o EB ainda possui, e se eles serão em algum momento modernizados? Also, mesmo atualizados, veículos leves de reconhecimento armado como o cascavel ainda possuem alguma utilidade no campo de batalha moderno que compense opera-los? Desde já, grato.
Colombelli,
Qual a doutrina de utilização de veículos de reconhecimento (não me refiro aos do EB, mas de modo geral). Até onde eles vão? Não seria melhor unidades de infantaria infiltrada? Ou UAVs e helicópteros?
Estou enganado ou é a primeira vez que aparecem EE-9 Cascavel com padrão de camuflagem novo, em dois tons de verde?
Colombelli: sim… faço a referência comparando com o AGRALE da foto.
Mais um exercício no Sul… os novos farroupilhas devem entender o recado.
Na oitava foto o militar está equipado com shemag e capacete Ops Core. É comum a participação de operadores nesse tipo de exercício ou esse equipamento também tem sido adotado por outras unidades?
Parece que o EB acordou nesses últimos tempos, pela quantidade de exercícios de várias Unidades diferentes, e o nº de Blindados envolvidos é muito grande. Será que a Inteligência tem alguma informação secreta de suposta invasão?!!….E ainda tem a Amazon Log que começará semana que vem, com Tropas Internacionais, na Tríplice Fronteira. Vamos que vamos!
Ainda penso ser muita coincidência todos estes treinamentos com tantas e diferentes unidades e com muitos efetivos e veículos nas barbas da Amazon Log parece mais preparação para algo maior (quem sabe um passeio pela Venezuela pra chutar uns maduros, digo malucos e libertar o povo para fazer seu país crescer novamente).
Colombelli eu só vi sua explicação após comentar.rs
colombelli 1 de novembro de 2017 at 19:31
Tomara que seja mesmo. É vdd que vc comentou. Já fizemos exercícios bem maiores com 3 Divisões, quase 10.000 soldados, 40 aviões da FAB, sendo 12 deles supersônicos, dos quais 6 deles era o Mirage 2000, se não me engano, a Operação Laçador 2009. Até alguns países como o Paraguai e a Argentina se sentiram incomodados e houve muitas reclamações. Sds.
Qual será a estrutura da Infantaria Mec? 3 batalhões de infantaria mecanizada + 1 regimento de Cavalaria Mec ?
Colombelli, eu já li um tempo atrás de q o EB estava atrás do Caesar para essas novas Brigadas de infantaria, procede ? Não parece meio devaneio pra nossa realidade?
Será que um guarani aguenta um tiro de RPG? Ou uma rajada de .50?
Ele me parece ser tão frágil, diferente das VBTP que eu vejo no estrangeiro.
Perguntar nao ofende…….e a defesa AAA……….sem esse treinamento conjunto , de outra perspectiva todo esse equipamento nao dura um par de horas num confronto serio. Armas anti tanque estao a centenas hoje em dia nas maos de qualquer milicia ou exercito.
Bosco 1 de novembro de 2017 at 18:02 O reconhecimento da Cavalaria é mais ostensivo. Ele passa pelo eixo q se quer reconhecer muito à frente da força para qual ele atua. E quando acha o Ini, normalmente o engaja, e fixa ele se for de grande valor, permanecendo como Força de Cobertura, até q a “massa” das forças se aproximem, ou montem a defensiva. Além disso, é normal a cavalaria Mec realizar reconhecimento “pelo fogo”, fazendo com q o inimigo utilize suas armas, principalmente de apoio, para q seu dispositivo e valor fique mais evidente. Sds O reconhecimento da… Read more »
Marcos, A ponto 50 tem uma munição cinética e seu poder de penetração depende da velocidade, que por sua vez diminui com a distância. Quanto mais longe, menor a penetração. Daí a importância do Guarani ser também armado com uma ponto 50 ou algo mais pesado. Já uma RPG 7 tem uma granada com carga química (HEAT) e sua eficácia independe da distância do lançamento, mas por outro lado tem curto alcance. A própria metralhadora orgânica do veículo ou a equipe desembarcada pode prover proteção. Não dá pra falar se a blindagem do Guarani é resistente ou não a um… Read more »
Augusto 1 de novembro de 2017 at 21:04
Boa tarde
As unidades de manobra da Inf Mec são 3 Btl Inf, 1 Esqd C Mec e (em estudo) 1 Regimento CC – Sobre Rodas. Mas pode evoluir para CC sobre lagarta ou até mais nada. Doutrinariamente, pode-se ter um RCC sobre lagarta no Exército ou Divisão, q pode reforçar ou não a Bda Inf Mec de acordo com a necessidade.
Sds
Agnelo,
Eu considero um equívoco a utilização de veículos de terra para o reconhecimento, adentrando isoladamente o território inimigo. Não seria mais adequado utilizar helicópteros tripulados e drones? Ou equipes comando infiltradas?
E uma questão: os veículos de reconhecimento adentram o território inimigo ou só margeiam a linha de frente??
Um abraço!
Bosco 2 de novembro de 2017 at 16:26 Eles reconhecem dentro de uma fração nível Grupo (comandado por sargento). Junto deles, tem dois Cascavéis, uma VBTP com um GC e mais uma VBTP com Mrt 81. Então, quando há engajamento, rapidamente retraem e os Bld atacam o inimigo. É um reconhecimento para descobrir “a linha de frente”. Depois de descobrir, toma-se um dispositivo interposto entre o Inimigo e as forças amigas. Esse reconhecimento q vc se refere é diferente. Até 8 Km, são os pelotões ou turmas de reconhecimento dos Btl Inf q se infiltram. Até uns 20 Km, são… Read more »
Bosco
Isso ai do Colombelli mais o meu.
Segundo o ROB (Requisitos Operacionais Básicos), o VBTP-MR teria que ter: . Proteção contra 7,62 x 51 Pf disparado a 30m em todos os lados. Proteção contra explosão de granada de artilharia 155mm a 80m. Proteção contra mina de 6kg sob qualquer roda. Capacidade de receber blindagem adicional, que proteja contra disparos de 14,5mm API a distância de 200m. Proteção interna que aumente a capacidade de sobrevivência da tripulação ao impacto de um RPG. Capacidade de receber em toda viatura proteção do tipo grade (contra RPG). Condição de receber blindagem adicional para suportar explosão de mina de 8kg sob qualquer… Read more »
Agora, esse Marruá aí… Nuca será:
https://www.youtube.com/watch?v=K0GioaWhTjQ
Agnelo e Colombelli,
Muito esclarecedor.
Obrigado!
Interessante dar uma olhada no programa de modernização dos franceses…
https://youtu.be/u6SdzAobV9s
Minha ideia sobre operações de reconhecimento era completamente equivocada. Achava que iam alguns poucos veículos (2 ou 3) de forma furtiva tentado “achar” o inimigo. rsrss
Pelo que entendi são operações de grande porte, com dezenas de veículos, com alto poder de fogo, e com grande quantidade de tropas, que adentram o território inimigo (ou a terra de ninguém) de forma completamente provocativa, provocando o combate e atraindo o fogo inimigo.
É isso???
Creio que o que poderia ser feito no tocante a reconhecimento, deveria ser a ampla implementação e o constante melhoramento do Gerenciador do Campo de Batalha (aliás, pra mim, essa é a mais poderosa arma convencional que o EB pode ter em mãos), isso aliado a aquisição de optrônicos de ponta, no estado da arte…
O que os americanos usam:
https://www.raytheon.com/capabilities/products/lras3/
.
Outra coisa que penso que deveria ser levado em conta nesse assunto: Internet/ Redes Sociais. Qualquer movimentação de uma tropa inimiga ou de insurgentes, vai interferir na vida população. Isso poderia ser monitorado em tempo real.
No aguardo a versão 4×4(reconhecimento) do guarani para substituir o antigo cascavel .
Mas estes “métodos alternativos” me parecem ser o tal do estado da arte… Tentar ver sem ser visto. Identificar um inimigo a quilômetros de distância, de dia ou de noite, marcar sua posição no Gerenciado de Campo de Batalha, para que se façam seguintes movimentações.
.
Provável que a suíte de sensores do futuro VBR-MR 8×8 contenha exatamente isso que eu citei. Seria uma tremenda evolução para esta função. Além do blindado agregar em outras aplicações.
.
Hoje, eu diria que o melhor meio de reconhecimento que temos são os Leopard 1A5 BR, por conta de seus sensores, rsrsrs…
Quais os ensinamentos que o EB tirou da Iraq Freedom?A doutrina mudou? O EB adota o Ciclo de 48 horas?
Fui o A-2 na Laçador 2008, e me pareceu, salvo melhor juízo, que as operações da Força Terrestre Componente se resumiram a um assalto aeromóvel em Bagé (sem avisar a Força Aérea Componente…), um lançamento de tropa pára quedista e um cruzamento de rio em ponte de campanha.
Marcos 1 de novembro de 2017 at 22:02
Mas quais você vê no estrangeiro?
Vou ser mais especifico: a Cavalaria atualizou sua doutrina depois da Iraq Freedom? o EB adota o Ciclo de 48 horas? Não é crítica; é dúvida.
Prezados
Inconstante as observações feitas sobre o emprego tático da cav mec, a seção de exploração (com as as vtr não blindados) são as peças mais vulneráveis do PCMec
Mesmo no reconhecimento em força em podem ser simplesmente dizimados por um inimigo bem treinado
Daí a importância do uso dos binóculos termais e outros dispositivos
Inconstante = inobstante
Pessoal
Por favor, aquele sistema de radar o sentir m20 não poderia ser utilizado para fazer o esclarecimento ou reconhecimento da área?
Acho que o argumento do Cel Nery, acrescentando o que o Colombelli deve falar, foi que na época me parece que chovia muito na região. As fortes chuvas (reais) na região obrigaram os comandantes militares a diversos ajustes em seus planos, para superar os obstáculos surgidos, principalmente restrição a operações de aviões e de helicópteros, com retardamento no lançamento de paraquedistas. Quanto a doutrina que fica à cargo da Inteligência do Exército, ao Ministério da Defesa e ao Cmte do Exército, é que em meados de 2012, o Centro de Inteligência do Exército (CIE) enviou ao Estado-Maior do Exército ,… Read more »
Rinaldo Nery Prezado Cel Nery Principalmente, depois do início desta guerra, o Exército aumentou em muito a participação de oficiais em cursos, operações (como observador) e em Ligação, com os membros da OTAN, notadamente os EUA. Disso, a doutrina vem sendo aprimorada, e percebemos ao vermos as discussões em grupo até mesmo entre dois q já realizaram o mesmo curso n exterior em épocas diferentes. Há o q Seal falou e muito mais. Mas adaptamos às nossas capacidades e disponibilidades, claro. Pro Pel CMec, especificamente, a ideia é o blindado 4×4 nos GE, para sua melhor proteção. A Inteligência tem… Read more »
Delfim Sobreira 1 de novembro de 2017 at 18:22 Mais um exercício no Sul… os novos farroupilhas devem entender o recado. Delfim, não é a primeira vez que você faz esse tipo de relação. Como já falado por outros colegas, manobras militares são comuns e corriqueiras por aqui, principalmente porque a região sul, e mais especificamente o RS, são o berço da maioria das forças blindadas do EB. Aqui em Santa Maria temos o segundo maior contingente militar do Brasil, só perdendo para a cidade do Rio de Janeiro. Temos aqui 19 unidades do EB e mais a Ala 4… Read more »
De qualquer jeito “…haverá sempre uma arma mais ligeira para lutar, cobrir, reconhecer…” . Drones ajudam muito mas ainda não cumprem todas as missões da Cavalaria. Aliás, ao longo da História, derrotas acachapantes aconteceram pela falta ou emprego equivocado dessa arma básica.
Prezados Apenas complementando as várias colocações feitas aqui. As duas seções de exploração (compostas pelos Marruas) vão à frente dos Cascavéis e dos Urutus, funcionando como “antenas”, tateando o terreno e provendo proteção aos elementos blindados dos PCMec Ou seja, viaturas não blindadas operam como anteparo para os elementos de maior valor do Pelotão. Taticamente, o conceito é perfeitamente válido. Mas sempre que vi as seções de exploradores avançando nos eixo de reconhecimento sempre tive a impressão de que elas ali estavam para “atrair o fogo”. Enfim, a utilização do terreno como proteção é uma das mais notáveis habilidades de… Read more »
Sem contar que nas Brigadas de CavMec ainda tem os BIB armados come os Leo e m113
Mas a forma de estrutura e os elementos de reconhecimento do EB são únicos mesmo, no Us army por exemplo não existe uma unidade tamanho brigada específica para isso, cada BCT tem seus próprios elementos e se diferem pela função da BCT ( Infantry,strykers e armor) sendo que essa última utiliza 3 veiculos, o M1,M2 é o M3 ou seja nada de carros nos reconhecimento nem se eles forem blindados, aliás a única que utiliza carros no reconhecimento e as BCT de infantaria.
Augusto 3 de novembro de 2017 at 22:25
Boa noite
Os RCMec do USArmy se assemelham muito a Bdas C Mec nossas, mas tem menos artilharia.
Sds
Ângelo eles não tem nada haver! Até porque o us army não usa mais regimentos.
Como disse eles estão integrados nas BCT. São 3 tipos de BCT, cada tipo com veículos e estrutura diferentes.
Aprendi muito com os comentarios do Colombelli.
Ri muito com o “nunca será” do Bardini.
Mas não é caro a aquisição de miras noturnas para as metralhadora.
O por que não é feito?
Saiu uma matéria de divisão do pais.
Me preocupa a fragilidade deste pais.
Precisamos modernizar as forças a qualquer custo.
Pois estamos vuneraveis.
Abraços
Concordo com o Agnelo. Desde a 2 º guerra, o Us Army vem sofrendo modificações nas suas unidades. Unidades de Artilharia, Engenharia e outras ficavam subordinadas ao Comando da Divisão, sendo alocadas as Brigadas qdo fosse necessário. Nem sempre unidades que treinavam juntas, combatiam juntas, isso ficou visível na 2º guerra do Golfo, qdo algumas Divisões receberam Brigadas que não lhes eram subordinadas. A partir de 2002 especificamente, houve uma mudança nas novas Brigadas do Us Army. O primeiro passo foi introduzir um Batalhão de Engenharia nas Brigadas, sendo que na 2 º guerra do Golfo, algumas já contavam com… Read more »
Augusto
Então mudou nas últimas semanas, pq meu instrutor q acabou de se formar na ECEME de lá evidenciou isso nas instruções.
Sds
Independente disso, a estrutura do USArmy é retificada ou ratificada de 5 em 5 anos.
Eles têm dinheiro pra isso.
O reconhecimento realizado pela cavalaria é muito mais do q travar contato pra levantar dados.
A cavalaria parte na frente para engajar o inimigo, obrigando-o a manobrar, fazendo com q ele perca tempo e nossas forças mais poderosas manobrem sobre ele.
Não há exército minimamente descente sem unidades de cavalaria.
Obs: sou de infantaria
Sds a todos