O espião da KGB que assumiu identidade de menino morto aos 10 anos e viveu o ‘sonho americano’
Brian Wheeler
Da BBC News
No universo paralelo da espionagem internacional, uma das táticas usadas por grandes potências é instalar em países rivais agentes secretos que assumem identidades falsas – muitas vezes, fingem ser cidadãos do local espionado – e vivem vidas aparentemente normais enquanto coletam informações úteis a suas nações de origem.
Há décadas, espiões russos – e, antes deles, soviéticos – vêm sendo enviados aos Estados Unidos com essa finalidade. Mas o que acontece quando um desses agentes secretos decide que não quer mais voltar para casa?
Foi assim com Albert Dittrich, nascido na antiga Alemanha Oriental, hoje cidadão americano de 67 anos que responde pelo nome de Jack Barsky.
O verdadeiro Barsky morreu em setembro de 1955, aos 10 anos de idade, e foi enterrado no Mount Lebanon Cemetery, no subúrbio de Washington DC.
Em entrevista à BBC, o homem que hoje carrega um passaporte com esse nome admite que sua história não parece muito plausível – mesmo no contexto da Guerra Fria.
Mas, como conta no livro de memórias Deep Undercover, publicado recentemente, sua versão foi checada minuciosamente pelo FBI, a polícia federal americana. E, até onde se sabe, ela é verdadeira.
Alemanha Oriental, 1970
Tudo começou em meados da década de 1970, quando Dittrich, que se preparava para se tornar professor de química em uma universidade na Alemanha Oriental, foi recrutado pela KGB e enviado a Moscou para receber treinamento em “como se comportar como um americano”.
Sua missão? Dittrich teria de ir viver, sob uma identidade falsa, junto dos “inimigos capitalistas”. Ele seria parte de um grupo de agentes de elite conhecidos como “ilegais”. “Fui enviado aos Estados Unidos para me estabelecer como cidadão e fazer contatos, se possível, com pessoas da elite, particularmente políticos”, contou.
Essa “aventura tola” (como ele a qualifica hoje) “era bastante atraente para um jovem arrogante e inteligente, seduzido pela ideia de viajar para o exterior e viver acima da lei”.
Ele desembarcou em Nova York em 1978, aos 29 anos, sob o nome de William Dyson, cidadão canadense. Dyson viajara via Belgrado, Roma, Cidade do México e Chicago. Após cumprir sua missão, “desapareceu”.
Durante o primeiro ano em que viveu nos Estados Unidos, o alemão tratou de construir sua identidade americana. Após passear por um cemitério, um funcionário da embaixada soviética em Washington forjou para o espião uma certidão de nascimento.
Agora, ele era Jack Barsky. Autoconfiante, falando inglês americano quase perfeito e com US$ 10 mil no bolso, explicou às pessoas que não tinha documentos porque tinha tido “um começo difícil na vida” em New Jersey e havia abandonado o colégio e trabalhado durante anos em uma fazenda remota antes de decidir “dar uma nova chance à vida” e voltar para Nova York.
Vivendo em um quarto de hotel em Manhattan, Barsky conseguiu uma carteirinha da biblioteca local, depois, uma carteira de motorista e, finalmente, o documento de seguridade social – essencial para que ele conseguisse um emprego.
Sem diplomas ou um histórico escolar, no entanto, o espião teve de trabalhar inicialmente como entregador, circulando por áreas exclusivas de Manhattan. “Esse trabalho acabou ajudando na minha americanização, porque interagia com pessoas que não se importavam em saber de onde eu vinha, qual era minha história e para onde eu estava indo.”
“Pude observar e ouvir e fiquei mais familiarizado com os costumes americanos. Então, nos primeiros dois ou três anos, não me fizeram muitas perguntas.”
Barsky se empenhava em agradar os chefes. Ziguezagueava por Nova York, em missões cujo objetivo era despistar agentes inimigos que porventura estivessem no seu encalço.
Semanalmente, em transmissões de rádio ou em cartas com escrita secreta (por exemplo, usando tinta invisível a olho nu), enviava notícias sobre seu progresso. Ttambém deixava microfilmes em vários parques da cidade, onde coletava, de tempos em tempos, latas contendo dinheiro ou passaportes falsos que usava em suas viagens a Moscou.
A cada dois anos, o espião voltava à Alemanha Oriental, onde viviam sua esposa Gerlinde e seu filho Matthias. Os dois não tinham ideia das atividades reais de Barksy. Achavam que ele trabalhava em uma missão secreta e muito bem paga no Cazaquistão.
Sem Passaporte
De forma geral, o comando da KGB estava muito satisfeiro com o progresso de Barsky, exceto por ele ainda não ter conseguido um passaporte em seu nome.
Em uma de suas primeiras visitas ao órgão emissor do documento, foi orientado a preencher um formulário que requeria, entre outras informações, o nome da escola onde cursara o nível secundário. “Eu tinha uma história, mas não podia ser comprovada. Então, se alguém decidisse checar, saberia que eu não existia.”
Com medo de ser desmascarado, juntou seus documentos e saiu do local, fingindo estar indignado com a burocracia excessiva.
Sem acesso a um passaporte, Barsky tinha de se limitar a fazer operações menos importantes. Ele diz que seus feitos, enquanto espião, foram “mínimos”.
Ele identificava possíveis recrutas para a KGB, fazia relatórios sobre “o astral” da nação em momentos críticos (por exemplo, a derrubada, em 1983, de um avião coreano pelos soviéticos, aumentando tensões entre a União Soviética e os Estados Unidos).
Uma vez, voou para a Califórnia ao encalço de um desertor. Anos mais tarde, descobriu, aliviado, que o homem – um professor de psicologia – não tinha sido morto.
Barsky também fez um pouco de espionagem industrial, roubando softwares da empresa onde trabalhava e enviando o material, em microfilme, para Moscou.
Apesar da natureza um tanto quanto mediana das missões que fazia, Barsky tinha a impressão de que apenas o fato de estar lá, no campo inimigo, sem o conhecimento das autoridades americanas, já bastava para Moscou.
Inspirados no mito dos “grandes ilegais” os heróicos agentes secretos russos que tinham ajudado os soviéticos a vencer os nazistas durante a Segunda Guerra, os chefes da KGB achavam importante manter pessoas no território americano caso houvesse uma guerra.
A União Soviética começou a usar agentes “ilegais”, que viviam na Europa sob identidades falsas, a partir de 1919. Ao contrário dos agentes “residentes”, que vivem em países legalmente como diplomatas, os ilegais não têm imunidade contra processos criminais caso sejam presos.
Segundo o arquivo Mitrokhin, o primeiro ilegal foi enviado aos Estados Unidos em 1921. Entre ilegais famosos estão Rudolf Abel, desmascarado como espião soviético nos Estados Unidos em 1957, e Richard Sorge, que, durante a Segunda Guerra, no Japão, dizia ser um jornalista nazista.
Anos mais tarde, Barsky descobriu que fizera parte de uma “terceira geração” de ilegais soviéticos. Hoje, sabe-se que os ilegais continuaram infiltrados até bem depois da década de 1980.
A KGB (sigla em russo para Comitê de Segurança de Estado) foi dissolvida em 1991, com o colapso da União Soviética. A maioria de suas funções está hoje a cargo do FSB, o Serviço Federal de Segurança.
Recentemente, em 2010, dez agentes russos em missões de longa duração para espionar políticos foram desmascarados, entre eles, a espiã Anna Chapman.
Barsky é bastante crítico ao se refereir aos seus antigos chefes. Eles eram muito “inteligentes, créme de la créme”, mas pareciam mais preocupados em fazer a missão parecer um grande sucesso para impressionar a cúpula da KGB, disse.
Plano B
Incapaz de conseguir um passaporte e participar de círculos sociais frequentados por tomadores de decisões, Barsky foi estudar para conseguir um diploma e, aos poucos, subir na ordem social até um ponto em que pudesse coletar informações úteis. Esse era o plano B. Uma missão “quase impossível”, na opinião ele.
Barsky foi o primeiro de sua turma no curso de Ciências da Computação do Baruch College, em Nova York. E foi trabalhar como programador na companhia de seguros Met Life Insurance.
Como muitos espiões antes dele, Barsky aos poucos começou a questionar seus conceitos a respeito do mundo ocidental. O mundo que ele via não era o sistema “do mal”, à beira do colapso econômico, que havia sido descrito para ele. “Não era nada do que tinham nos ensinado. Queria odiar as pessoas e o país, mas não conseguia.”
Claro que ele jamais poderia admitir sua simpatia pelo inimigo capitalista perante seus chefes na KGB. Mas havia um outro segredo, bem maior, que ele guardava: em 1985, tinha se casado com uma imigrante illegal da Guiana. Os dois tinham uma filha, Chelsea. Ou seja, o espião tinha agora duas famílias e sabia que, um dia, teria de fazer uma escolha.
Esse dia chegou em 1988, dez anos após ele ter chegado aos Estados Unidos. De repente, recebeu ordens de voltar para casa. Moscou suspeitava de que o FBI estava na pista do espião.
A Escolha
Barsky sabia o que tinha de fazer: pegar o passaporte canadense e a carteira de motorista falsos e sair do país. Não obedecer seria quase suicídio. Mas ele hesitava. Será que conseguiria deixar sua filha adorada, ainda bebê, para trás – e para sempre?
A KGB, no entanto, estava perdendo a paciência com ele. Uma manhã, em uma estação de metrô, recebeu uma mensagem de um espião residente no país: “Volte para casa ou será morto”.
O espião começou a procurar uma saída. Ele sabia que seus chefes tinham muitos preconceitos em relação ao mundo ocidental. Moscou temia, por exemplo, um alastramento pela União Soviética da Aids – algo que, na visão dos russos, os americanos, com sua cultura permissiva, “mereciam ter”. Então, ele bolou um plano.
“Escrevi uma carta, em escrita secreta, dizendo que não voltaria, porque tinha contraído Aids, e a única forma de conseguir tratamento era ficar nos Estados Unidos. Também disse aos russos que não desertaria nem revelaria qualquer segredo. Simplesmente desapareceria e tentaria recuperar minha saúde.”
Depois de viver com medo durante meses, Barsky começou a relaxar. “Achei que tinha escapado. Não havia sinal nem do FBI nem da KGB.”
Um dia, no entanto, seu passado voltou para assombrá-lo. O arquivista da KGB Vasili Nikitich Mitrokhin, que desertou em 1992 (após a queda do regime comunista), passou ao Ocidente uma vasta quantidade de informações sigilosas – entre elas, a verdadeira identidade de Jack Barsky.
Durante três anos, o FBI monitorou os movimentos do espião. Os investigadores chegaram até a comprar uma casa vizinha à dele, na tentativa de verificar se ele ainda estava na ativa.
No final, foi o próprio Barsky quem entregou o jogo durante uma discussão com sua esposa, Penelope. O FBI havia colocado grampos na casa do espião e a conversa foi gravada.
“Estávamos na cozinha de casa, e eu tentava salvar nosso casamento, explicando o tamanho do sacrifício que tinha feito para ficar com Chelsea e com ela. Então, disse: ‘aliás, quer saber o que eu fiz? Eu sou alemão. Trabalhava para a KGB. Eles me disseram para voltar para casa, mas eu fiquei aqui com vocês, e isso foi muito perigoso para mim. Esse foi o meu sacrifício’.”
O apelo não funcionou – Barsky e a esposa acabaram se separando. E a confissão do agente secreto deu ao FBI as provas de que precisavam para prendê-lo. O espião foi parado em uma noite, a caminho de casa, após passar por um pedágio na Pennsylvania.
Após sair do carro, foi abordado por um homem vestido à paisana e segurando uma carteira do FBI. “Agente especial Reilly, FBI. Queremos converser com você.” “Eu sabia que a brincadeira tinha chegado ao fim”, disse Barsky. Ainda assim, em típico estilo James Bond, perguntou : “Por que vocês demoraram tanto?”
Em interrogatórios, Barsky acabou dando a Joe Reilly e seus colegas a maior quantidade possível de informações a respeito das operações da KGB. Mas temia ser mandado para a prisão e se preocupava com o futuro da família americana.
O espião teve sorte. Depois de ser avaliado por um detector de mentiras, foi liberado. E o que é ainda mais surpreendente, o FBI disse que ia ajudá-lo a conseguir um passaporte americano.
Joe Reilly tornou-se seu melhor amigo e até visitou os pais do verdadeiro Jack Barsky, agora bastante idosos. O casal concordou em manter sigilo sobre o fato de que a identidade do filho havia sido roubada.
Hoje, Barsky é casado pela terceira vez e tem mais uma filha, ainda pequena. Encontrou Deus, frequenta a igreja e conseguiu inclusive se reconectar com o filho Matthias, que deixou para trás, na Alemanha. Sua ex-esposa alemã, no entanto, recusa contato com ele. “Finalmente posso viver a vida que sempre quis. Tenho muita sorte.”
Talvez a grande ironia na história de Jack Barsky seja o fato de que ele só conseguiu cumprir a missão que a KGB deu a ele – obter cidadania e passaporte americanos – com a ajuda do FBI. “Até que eu gostaria de me encontrar com um dos caras com quem trabalhei e dizer, ‘Viu só? Consegui!’.”
FONTE: BBC
Igualzinho aqui no BR, onde esquerdistas despejam discurso socialista com estilo de vida capitalista.
Fernanda Lima, que apoiou Freixo, o PSOL, e apresentou programa de liberdade sexual, fez as malas e foi pra Miami com os filhos e o “maridão da po**a”.
Confrontada pela hipocrisia, declarou que foi porque nos EUA seus filhos teriam educação melhor. Quero ver se lá transexual entra na sala de aula de crianças sem autorização parental.
Incrível como qualquer nota que tenha a palavra “Rússia” suscita intervenções raivosas de cunho ideológico…
O interessante, no entanto, é que o paralelo brasileiro dá-se com infiltrações e cooptações prováveis no poder judiciário, e isto por parte de uma potência… Ao norte.
🙂
Nossa César, 3:23 da madrugada e você comentando essa baboseira.
Vai dormir que seu problema é sono!
Pois é Delfim. São os famosos comunistas de iphone!
Bebem Coke, comem MAC, mas arrotam Marx!
É muito interessante os post relacionados a área de Inteligência. Tem assuntos muito interessante para apresentar aos leitores da Trilogia.
Grato
Tem um seriado chamado “The Americans” cujo tema é justamente isso.
Dois espiões soviéticos que criam uma vida nos EUA e passam a ver que o buraco é mais embaixo.
Comentando agora, lembrei, inclusive, que acabei esquecendo de ver as outras temporadas. Vi somente a primeira e gostei.
Queria odiar o país e as pessoas…… mas não conseguia ! Querem melhor definição para a incompetência absoluta do socialismo / comunismo ?
Ele só sentiu uma coisa,liberdade! Coisa quê no nosso país confunde-se, com libertinagem.
“A KGB (sigla em russo para Comitê de Segurança de Estado) foi dissolvida em 1991, com o colapso da União Soviética. A maioria de suas funções está hoje a cargo do FSB, o Serviço Federal de Segurança.”
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A KGB NUNCA foi dissolvida. Foi mais uma cortina de fumaça. Se você acha que seu adversário está fraco, ou não existe, tende a baixar a guarda.
Em breve será lançado o livro sobre a atuação da inteligência soviética no Brasil.
O prefácio será do Prof. Olavo de Carvalho. Veja um trecho abaixo e o link, para quem interessar.
“Mauro Abranches é um tradutor brasileiro residente na Polônia, dominador tanto da língua polonesa quanto da checa, e não faz aqui obra de polêmica, muito menos de acusação: lê e resume documentos de fonte primárias – sobretudo do serviço checo de inteligência, a STB — com extrema idoneidade científica e tem o cuidado de não sair carimbando ninguém de “agente da KGB”, nem mesmo quando há razões de sobra para fazê-lo, enfatizando, antes, que muitas pessoas mencionadas nesses documentos não passam de inocentes úteis, levados a colaborar com a subversão comunista sem seu pleno consentimento e às vezes sem clara consciência do que se passava. Ainda assim, o panorama que ele traça da presença soviética no governo João Goulart ultrapassa as dimensões da mera “infiltração” e justifica falar, mesmo, de “ocupação”.”
http://midiasemmascara.org/artigos/destaques/prefacio-de-olavo-de-carvalho-ao-livro-de-mauro-abranches-sobre-a-atuacao-da-kgb-no-brasil/
Ficam falando em desertores Comunistas no tempo da guerra Fria,mas façam o contrário para não deixar nossos amigos camaradas tristes,eu peço para que vcs me mostrem na literatura,pessoas e espiões que fugiram do sistema opressor capitalista e foram viver em alguns destes paises comunistas não opressores,aproveitarem
a felicidade e liberdade plena ,da outrora China,Russia ,Coréia do Norte ,Albania,Cuba e etc.
Cara fiquei com a terrível impressão que a primeira esposa “americana” trabalhava para a CIA.
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O cara lavou a alma no final! kkkk.
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Não deve ser nada fácil para a família que ficou na Alemanha, não consigo ver qualquer tipo de bom exemplo nestes caso, realmente para os que ficaram foi uma experiência muito amarga. O cara pra ser espião precisa ter um perfil meio “esquisito”.
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Pessoal olhem em baixo de suas camas, melhor olhem seu sofá, se estiverem no trabalho, embaixo das suas mesas certamente haverá um comunista querendo te pegar, cuidado!
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Vamos discutir um problema mais reais, porque a maravilhosa liberdade que dispomos ainda é capaz de deixar as pessoas infelizes a ponto de entrarem numa sala de aula com metralhadora, num show, ou no shopping?
Felipe Morais 26 de outubro de 2017 at 7:34:
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Lembrei da mesma série, amigo. Interessante, que na trama, Philip Jennings (Matthew Rhys) aparenta um certo fascínio pela liberdade de consumo, de ir vir, etc. Parei no final da terceira, Netflix não disponibiliza mais.
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Caso seja uma temática de seu interesse, recomendo Deutschland 83. Alemã, anos 80, curti bastante a primeira temporada.
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Vilson J Fadel 26 de outubro de 2017 at 9:50
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O suposto assassino de Kennedy, Lee Harvey Oswald, era operador de radar no Corpo de Fuzileiros dos EUA. Militante socialista desde a adolescência pediu asilo na URSS, entregando informação. Porém, aparentemente, não se adaptou à utopia comunista e pediu arrego à pátria mãe.
Será que a ABIN tem condições de recrutar agentes desses aí??? Mas contra quem seria???
Política e ideologias a parte, a história desses espiões ilegais soviéticos/russos mundo a fora é incrível, e possuem histórias de feitos, conquistas, ousadias, aventuras e tbm derrotas espetaculares. Não podemos nos deixar iludir por uma profissão que pratica o assassinato, a mentira, a chantagem, raptos e por vezes a tortura seja qual for a agência. Mas o nível de sofisticação, engenhosidade e a capacidade de agentes fiéis a ideologia(URSS) e ao país(Rússia) e tbm a própria característica do povo daquela região (russos, ucranianos, bielorrussos), geraram operações e ações impressionantes muito além de qualquer outra agência, fruto de uma longa tradição que remonta o império russo. Muito dos melhores espiões ou eram russo ou trabalharam para os russos conforme ordens.
WellingtonRK 26 de outubro de 2017 at 9:43
WellingtonRK, livro incontornável para quem quer sair da matrix comuna. Simplesmente imperdível.
O imperialismo russo e o imperialismo chinês são os verdadeiros e grandes INIMIGOS do Brasil.
Imagino o terror de sair do Ocidente, até mesmo de um Brasil da vida e ir para um fim de mundo socialista.
Nem eles querem voltar, mas aqui no Brasil está cheio de imbecis que acham estes lugares a última bolacha do pacote.
Comunistas “Sakamoto style”, que tecem os seus comentários esquerdistas do Starbucks do Eldorado, digitando no seus iMac Book Pros de R$15k…
Deus tá vendo..
Vilson J Fadel 26 de outubro de 2017 at 9:50
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De cabeça, com pressa, posso dar dois nomes: John Reed e Edward Snowden. Deve haver muitos mais.
Vilson J Fadel
Até israelense, pasme, ja virou a casaca na guerra de informações, então imagine entre outros países que se confrontaram por primazia nessa área. Deserções, traições, vazamentos de informações e por ai a fora era uma constante, e pelo mais diversos motivos: ideológicos, financeiros, falta de reconhecimento de superiores e até aqueles sem motivos nenhum. Foi e é um jogo de gato e rato onde a deserção pode render informações valiosíssimas. Nos tempos da guerra fria por causa de deserções, a URSS lançava mão de agentes de desinformação, cuja finalidade era a de se passar por desertor e passar varias informações falsas pra confundir os agentes, fazendo-os disperdiçar tempo e dinheiro em operações de contra inteligência.
Boa tarde
Se puderem, leiam Inteligência Militar Soviética. Excelente livro sobre o GRU.
Perceberão q todos os movimentos e partidos de esquerda eram direcionados pelo GRU, quando não estavam sob orientação chinesa.
Sds
Michel Lineker 26 de outubro de 2017 at 11:16
Será que a ABIN tem condições de recrutar agentes desses aí??? Mas contra quem seria???
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Quatro agentes da ABIN foram descobertos no porto de Suape investigando aquele que seria candidato a presidência da República, Eduardo Campos.
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https://oglobo.globo.com/brasil/em-pe-policia-prendeu-4-agentes-da-abin-que-espionavam-campos-diz-revista-8705861
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http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/coisa-de-estado-policial-pm-de-pernambuco-prende-4-agentes-da-abin-que-espionavam-o-governador-eduardo-campos/#
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http://www.folhapolitica.org/2014/08/quatro-agentes-da-abin-foram-presos-por.html
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Nossos espiões parecem ser um pouco amadores e serviçais da governança. Mas sabe como é, manda quem pode, obedece quem recebe remuneração.
Abraço.
Vou repetir aqui o mesmo comentário que fiz no Poder Naval: não posso deixar de registrar que há incomodados com a Lavajato, talvez pelo fato da referida operação estar revelando os subterrâneos do conluio entre um cartel de empreiteiras e uma Organização criminosa travestida de partido político cujo objetivo era assaltar o país. E uma vez que a ausência de argumentos impede comentários com um mínimo de lastro, apenas resta aos incomodados inventar historinhas delirantes acerca de tentativas de cooptação de integrantes do judiciário pelos EUA.
Houve o caso de Kim Philby, do MI-6 britânico. Mais um para os russófilos.
Caro Delfim Sobreira, a Rainha não teve que aturar sóo Kim Philby, não. No mínimo foram cinco integrantes de alto escalão: os Cambridge Five, que tripudiaram por anos a comunidade de inteligência britânica.
O Snowden foi parar lá para não ir preso é diferente…
Rafael PP e Delfim o MI6 e o MI5 sempre souberam que estavam infiltrados até o topo só não sabiam quem eram os agentes duplos. Desde a 2GM os britânicos criarão uma forma de contrapor a isso enganando todo a cadeia de comando do topo até o início inclusive despistando a classe política e muitas vezes a usando para discutir assuntos que serviriam de Bandera falsa, se vocês entrarem no site da CIA a muita informação de como o serviços britânicos operavam. Só lembrando que o RU conseguiu enganar tanto os EUA tanto a URSS até o último minuto sobre a intervenção franco-britanica no Suez em 57.
Minha turma na AFA tinha dois cadetes de Bangladesh que ao final do curso preferiram viver como clandestinos no Brasil e não voltaram ao seu país, encontrei um depois em Curitiba que me pediu para não revelar na época onde estava, pois estava morando com uma amiga que eu conhecia, optei por não contar e deixar que seguisse sua vida no Brasil, isso foi a 30 anos, não sei por onde anda.
Interessante é que lá viveriam como Oficiais Aviadores, mas preferiram ficar aqui com empregos menores como clandestinos, estranha opção.
Emmanuel 26 de outubro de 2017 at 13:58
A ABIN é obrigada por lei a divulgar o nome de todos os seus servidores no portal da transparência. Pra começar, o ingresso é por concurso público, então, um breve acompanhamento de editais e D.O. já revela muita coisa. Não é mole não, rsrsrs.
No concurso da ABIN os nomes no DO não são colocados, são somente os nros de inscrição.
Rodrigo Martins Ferreira 26 de outubro de 2017 at 21:09
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No primeiro concurso para a ABIN,publicaram os nomes dos candidatos classificados para a segunda etapa (eram duas fases de provas). Não sei se conseguiram apagar isso.
GIOVANI BENTO 26 de outubro de 2017 at 20:06
Opa grande…isso deu uma mudadinha. Agora acontece como Rodrigo escreveu.
A Inteligência do Exército está anos luz a frente da Abin.
Paciência.
Abraço
Aos colegas que citaram espiões dentro da Inglaterra durante a 2ªGM, assisti ontem um documentário muito interessante sobre uma parte que quase ninguém fala: espionagem japonesa feita por traidores ingleses ( até Lord no gabinete de Churchill !!! ), até mesmo espionando Pearl Harbor, vcs sabiam disso? Muito material do MI-5 só foi liberado recentemente ( após 70 anos ). E mais uma vez vemos como uma série de erros deliberados ( nobres ajudam nobres ) ou não acabaram por mudar a História causando milhões de mortes. Está em espanhol, mas dá p/ entender bem:
https://www.documaniatv.com/historia/los-traidores-de-churchill-video_05111c4f7.html
Pangloss 26 de outubro de 2017 at 21:26
Eu fiz um deles na época tudo já era referido apenas com o nro da inscrição.
Mas se deram este boi é o fim da linha mesmo, coisa de Brasil.
Pessoal, um off-topic bem pertinente:
https://www.archives.gov/research/jfk/2017-release
Trump liberou docs sigilosos do assassinato de JFK. Dá pra ler diálogos entre Kissinger e Johnson, sobre o tratado de misseis, preocupação com alcance dos misseis russos, backfires, etc
Meus amigos,
em se tratando de espionar, os russos tem expertise. Lembro-me que em 2015 os russos surpreenderam os americanos com fotos tiradas de um de seus satélites de espionagem. Mesmo que as fotos não fossem espetaculares, o governo dos Estados Unidos ficou intrigado com o que a Rússia queria dizer ao publicar as fotos em um periódico. Talvez a ação quisesse transmitir a mensagem “sempre sabemos o que você está planejando”.
Os russos tem na Sibéria, um centro de reconhecimento aeroespacial e foi a partir deste centro que compilou imagens do satélite espião dos EUA. O satélite em questão era o US Lacrosse da primeira geração, um enorme satélite espião cuja existência desclassificou-se apenas em 2008, mas as fotos que os russos haviam tirado provavelmente haviam sido coletadas já em 2005….copiou?
Grato
Eu leio os comentários de alguns para alegrar a minha alma…
Fico a saber até onde é possível que a raiva e o ódio insano consiga abrigar-se entre os homens.
Não é a primeira vez. Basta citar algumas palavras como: “russo”, “soviético”, “KGB”… Que os leões são soltos em busca de vítimas. Caso você não vitupere contra o “PeTê” e não cite o santo “Olavo de Carvalho”, prepare-se seu “COMUNISTA DE MERDA”…
Tenho que rir…
Enquanto isso, o VA Othon é condenado por um juiz covarde, vide o recente acontecimento com o ex-governador ora preso, sem prova alguma que apresentasse consistência para tanto, a uma pena de 40 anos, cuja peça acusatória foi preparada por um advogado da… Hogan&Lovells.
Continuo rindo, muito.
Estranho é quem idolatra um regime de assassinos em massa.
Caio Júlio César praticou genocídio na Gália: idolatrados por muitos.
Vermes e formigas não podem questionar elefantes, caríssimo Rodrigo.
A diferença é que eu o considero tão genocida quanto, não relativizo os erros de outros para me permitir gostar de outros genocidas.
Este é o mau de vocês comunistas.
Pinçam problemas nos outros para justificar a sua total falta de empatia com o sofrimento alheio.
“Este é o mau de vocês comunistas”…
Você não percebe o quanto é traído pelas suas próprias palavras…
Não só relativiza, como é refratário ao outro e ao seu pensamento. É a matriz dos genocidas…
Estes comentários revelam o perfil atual dos militares e do blog?
Não Gilberto, os comentários não refletem necessariamente a opinião do blog.
Cara, história perfeita para virar filme, e que “filmão” não seria hein.