Rafael Tatemoto
Do Brasil de Fato

Manifestações de altos oficiais das Forças Armadas brasileiras tomaram o noticiário recentemente, gerando uma polêmica em torno das posições e do papel dos militares no atual cenário político nacional.

Sued Castro Lima é coronel-aviador reformado da Força Aérea. Com 5.500 horas de voo, deixou o serviço em 1998. Ele fez parte do grupo inicial que compôs o Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), entre 1992 e 1993, e é membro fundador do Observatório das Nacionalidades, vinculado à Universidade Estadual do Ceará (UEC).

Em entrevista ao Brasil de Fato, o coronel falou sobre diversas temáticas relacionadas às Forças Armadas e ressalta as condições históricas que levam os militares brasileiros a manifestarem agora o mesmo padrão de comportamento do passado: “Os governos chamados progressistas que dirigiram o Brasil nos últimos anos não esboçaram qualquer movimento para mudar esse quadro de predomínio total do ideário conservador, que bloqueia na oficialidade a capacidade de identificar os reais inimigos do país”.

“Não é temerário afirmar que o pensamento político do militar brasileiro, com pontuais exceções, está estacionado na década de 1960”, complementa. Confira a íntegra da conversa:

Brasil de Fato: Recentemente, foi noticiada a presença de militares dos EUA em treinamento na Amazônia. Do ponto de vista histórico, isto é usual? Esse tipo de “manobra” representa algum risco para nossa soberania em termos bélicos?

Cel. Sued Lima: Alguns treinamentos de manobras militares conjuntas já vinham ocorrendo há anos: cito a Unitas, que envolve forças navais, e outras com unidades da Força Aérea Brasileira.

Já essas operações de treinamento que se desenvolveram recentemente na Amazônia, em parceria com forças norte-americanas, guardam pelo menos dois ineditismos e uma vistosa contradição: os ineditismos decorrem da região agora escolhida: a Amazônia brasileira e da presença da força terrestre nas manobras. A contradição vem do visível choque com a posição explicitada em documento que passou a vigorar há apenas oito anos, aprovado pela Presidência da República, de nome Estratégia Nacional de Defesa, que aponta a Amazônia como região “a ser priorizada nos estudos de defesa nacional, por seu grande potencial de riquezas minerais e de biodiversidade, que atraem o foco (leia-se cobiça) da atenção internacional”. Não é por outro motivo que as três Forças Armadas vêm transferindo suas unidades operacionais de outras regiões do país para a Amazônia.

Pessoalmente, tenho imensa dificuldade em entender esse movimento ambíguo: aumentam-se as defesas e abre-se o espaço à participação da mais ameaçadora das potências.

A discussão sobre a Base de Alcântara voltou à tona em 2016/2017. Há pouca cobertura noticiosa sobre o programa espacial brasileiro. A concessão da unidade a estrangeiros não poderia ser um instrumento de dinamização do programa? 

Depende de quem venha a ser o estrangeiro. A Ucrânia, parceiro até recentemente, era detentora de importantes conhecimentos sobre tecnologia aeroespacial e, inicialmente, dispunha-se a nos transferir parcela desses conhecimentos. Há mais de vinte anos que aquele país é capacitado a lançar satélites utilizando seu próprio veículo lançador.

Já os Estados Unidos, quando se candidataram para ocupar o mesmo espaço, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, estabeleceram um rol de exigências que praticamente transformavam a base em enclave no território brasileiro, algo como Guantánamo, em Cuba. Coerentes com sua posição internacional de vetar acesso de qualquer país aos conhecimentos sobre lançamento de foguetes, não se dispunham e jamais se disporão a promover qualquer nível de transferência de tecnologia na área espacial.

Conforme revelou o site Wikileaks, em 2011, o governo estadunidense tentou impedir o desenvolvimento de um programa de produção de foguetes espaciais brasileiros e, nesse sentido, pressionou explicitamente a Ucrânia, o que foi registrado em telegrama enviado pelo Departamento de Estado a sua embaixada em Brasília, onde declarava com todas as letras não apoiar o nosso programa de lançamento veículos espaciais e considerar indesejável que a Ucrânia favorecesse a transferência de tecnologia com relação à matéria.

Lamentável é ver agora as atuais autoridades brasileiras voltarem à negociação para ceder a Base de Alcântara para tão abominável parceiro. Notícias bem recentes dão conta de que as tratativas encontram-se em fase final de ajustes. Deplorável!.

A privatização do primeiro satélite brasileiro e da rede de comunicações da Aeronáutica – assim como dos próprios aeroportos civis – está na ordem do dia. O que justificariam medidas como essa? O que o país perde com as possíveis privatizações desses serviços e equipamentos?

Desconheço a existência alguma potência que adote o modelo de rede de comunicações militares operada por empresas privadas. Além do nível de segurança exigido para o trânsito de mensagens de segurança de Estado, o porte de investimentos envolvidos em produção de satélites, veículos lançadores e infraestrutura de apoio é muito elevado. Não identifico empresa nacional capaz de assumir tal tarefa e a entrega às estrangeiras significaria o fim da soberania nacional. Fosse uma atividade simples, não se configuraria como tecnologia restrita a poucos países. As grandes potências estrangeiras detentoras dessa capacidade jamais depositaram tal tarefa nas mãos de empresas privadas.

No caso das privatizações brasileiras, no sentido mais amplo, vivemos um descalabro. O Estado investe conhecimentos e capitais na montagem de estruturas de grande porte em empresas de diversas áreas, enfrenta os prejuízos operacionais do início da atividade e depois, com as empresas já lucrativas, repassa-as por valores irrisórios à iniciativa privada, como vem ocorrendo com a infraestrutura aeroportuária. Usando o caso da Eletrobras como referência, há informações indicando que o atual governo tenciona vender a empresa por valor 13 vezes inferior ao capital real nela investido.

Segundo o prof. Ildo Sauer, da USP, ex-diretor da Eletrobras, até mesmo os governos petistas se empenharam em enterrar uma das maiores empresas de eletricidade do planeta.

A alegada eficiência das empresas privadas pode ser medida no exemplo da privatização da Companhia Vale do Rio Doce e sua venda à Samarco Mineração SA, responsável por um dos maiores desastres ambientais vividos pela humanidade. A volta ao comando do país de um governo verdadeiramente democrático necessariamente representará a denúncia dos processos espúrios de privatização ora em curso e o retorno do patrimônio espoliado ao controle do Estado brasileiro.

O programa do submarino nuclear brasileiro enfrenta uma série dificuldades no presente momento. Qual era sua importância para as Forças Armadas e para o país? É necessário retomá-lo com vigor? 

A construção de um submarino com propulsão nuclear foi classificada como prioritária pela Estratégia Nacional de Defesa, de 2008. A Marinha considerava o equipamento ferramenta fundamental para emprego na defesa da costa brasileira, a chamada Amazônia Azul, com ênfase nas reservas do pré-sal.

Trata-se de um projeto arrojado, com elevado nível de complexidade tecnológica e de custos em desenvolvimento e fabricação estimados em R$ 32 bilhões, dos quais pouco menos da metade já consumidos. Mas os benefícios operacionais como arma de dissuasão são incomparáveis.

A estimativa é de conclusão em 2027, o que já representa um atraso de seis anos em relação à projeção inicial. Todavia, a crise que desabou sobre o país afetou a construção do submarino de duas formas: pelo contingenciamento de recursos e pelo afastamento do principal cientista envolvido em sua execução, o Almirante Othon Silva, condenado a surpreendentes 43 anos de prisão.

Não é ocioso considerar que há algo de escabroso por trás dessa pena absurda. Não se descarte a possibilidade de que tais ações façam parte da estratégia da grande potência mundial no sentido de eliminar o surgimento de dificuldades que se contraponham a alguma futura intervenção imperialista em nosso país.

Entendo que é necessário dar andamento ao que foi planejado, com a retomada do projeto inicial, por tudo que esse empreendimento representa em termos de segurança estratégica, por sua capacidade de dissuadir eventuais aventuras usurpadoras.

Até mesmo a compra de novos caças para a FAB tendo sido alvo de investigações e contestações. Qual a necessidade de reforçar a aviação militar nacional?

Pelas mesmas razões que justificam a construção do submarino nuclear. Não se imagina combater e vencer uma grande potência. O que se pretende é dispor de algum poder dissuasório, definido como a capacidade de um país em promover danos importantes às forças que o ataquem militarmente, levando o atacante a sopesar cuidadosamente sua disposição de solucionar “manu militari” seus litígios internacionais.

A Argentina foi derrotada pelo Inglaterra na Guerra das Malvinas, em 1982, mas sua Força Aérea impôs danos de monta às forças britânicas, resultantes de 6 modernos navios de guerra afundados, 9 navios de apoio danificados, 35 aeronaves destruídas e cerca de 260 combatentes mortos. Mesmo assim, seu poder de dissuasão não foi suficiente para conter o impulso colonialista do decadente império.

O Brasil, por sua posição geopolítica, deveria dispor de uma melhor capacidade dissuasória, que é efetivamente irrelevante. A Coreia do Norte e o Irã optaram por amamento nuclear como recurso de defesa. Não por casualidade, os EUA ainda não julgaram saudável invadir ambos os países, como fizeram no Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria, dentre outros.

A última desse bloco, um pouco distante das outras: no contexto de crise da segurança pública, as Forças Armadas vem sendo demandadas para atuação na área em algumas cidades. Como o senhor vê isso? 

Vejo como medida inócua e desmoralizante. A crise de segurança no Brasil exige dois tipos de ação: social e policial. Uma não funciona sem a outra e para nenhuma delas as Forças Armadas estão preparadas.

Como a confirmar o que acima está dito, a coluna do jornalista Jânio de Freitas, do dia primeiro de outubro de 2017, lembra que em 1992, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a Rio 92, em que foram empregadas tropas do Exército no policiamento da cidade, carros de combate foram dispostos em via pública apontando seus canhões para a Rocinha, como se houvesse disposição dos militares para disparar obuses contra a população favelada. A situação teria sido qualificada pelo então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, presente ao evento, como ridícula.

As últimas operações indicam que, ao longo dos anos, pouco mudou na qualidade e efetividade de tais intervenções. Vão os militares, passam alguns dias em ação midiática, o ministro da Defesa apregoa vitória, retiram-se os soldados e tudo volta a ‘ser como dantes no quartel de Abrantes’.

O governo e o Parlamento debatem a questão de uma maior abertura a estrangeiros na aquisição de terras. Do ponto de vista da integridade do território nacional, isso apresenta algum risco?

Não me julgo suficientemente informado para tratar desse assunto. Sei apenas que há interesse do governo Temer em aprovar uma legislação que facilite a venda de terras a estrangeiros. Por trás das tratativas estão o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, e o deputado federal Newton Cardoso Júnior, do PMDB- MG, o que torna a ideia inteiramente suspeita de ser contrária aos interesses nacionais.

Existe uma reorientação da política externa brasileira no último período. Ela impacta na atuação da Defesa? De que forma?

Mais do que de equipamentos bélicos, a defesa de um país tem relação direta com seu posicionamento em termos de política externa. Sob a gestão do ministro Celso Amorim, o Brasil atuou com inegável brilhantismo na aproximação de novas parcerias estratégicas.

Já em 2006, o Brasil passara a formar o bloco econômico de nome BRIC (depois BRICS), constituído pela Rússia, Índia, China e África do Sul.

Em 2010, passou a priorizar relações com países do continente, liderando a criação da União de Nações Sul-Americanas, que congregou 12 países da região. Para desenvolver os laços na área de segurança, foi criado o Conselho de Defesa Sul-Americano, que prevê a realização de exercícios militares conjuntos, a participação em operações de paz das Nações Unidas, troca de análises sobre os cenários mundiais de defesa e integração de bases industriais de material bélico, que compõem medidas de fomento de confiança recíproca.

Assim, a política externa brasileira deixou de orbitar em torno dos interesses estratégicos dos Estados Unidos, gerando evidente desconforto e antagonismo da potência ianque, que vê nesses movimentos sintomas de rebeldia em região onde consideram consolidado seu domínio.

Com o golpe de 2016, essas medidas vêm sendo esvaziadas, num movimento profundamente antipatriótico.

Há muita especulação sobre o sentimento das Forças Armadas na atual conjuntura e teorias sobre a possibilidade de uma nova atuação direta dos militares, com muitos exageros, volta à tona. Qual o real sentimento do Exército em relação ao momento em que o país vive e qual sua posição sobre isso?

Eu fiz carreira na Força Aérea, como oficial aviador, e estou fora do serviço ativo desde 1998. Mas passei 35 anos na caserna e tiro minhas avaliações sobre o assunto proposto nesta questão da experiência que vivi e de reflexões com colegas que deixaram a ativa mais recentemente ou que continuam atuando de alguma forma no âmbito do Ministério da Defesa. Também coleto subsídios através da participação em debates acadêmicos e da leitura de textos relativos ao tema.

Primeiramente, importa lembrar alguns fatos históricos ocorridos nas décadas de 40, 50 e 60 do século passado, quando eram intensos os embates políticos que se produziam entre as correntes políticas dominantes do ambiente castrense de então.

Um desses grupos era composto por militares que defendiam, entre outras questões, o alinhamento incondicional com os Estados Unidos, incluindo a participação do Brasil na guerra da Coreia, promovida pelos norte-americanos. Entre outras posições antinacionais, atacavam a criação da Petrobras e defendiam a cessão da infraestrutura do país a corporações estrangeiras. Na Força Aérea, oficiais que seguiam essa linha de pensamento pugnavam até pela entrega da manutenção de aeronaves militares a empresas não nacionais. Eram os chamados entreguistas.

Com o golpe militar de 1964, esse grupo ascendeu ao poder e determinou um vigoroso expurgo nas Forças Armadas que, segundo alguns estudos, atingiu mais de sete mil militares do grupo oponente, que se qualificava como legalista e nacionalista.

A par desse processo, cuidou-se de higienizar as escolas militares para que nelas não fossem mais gerados “desvios políticos”. Diferentemente do que ocorreu na Espanha, Argentina, Uruguai, Venezuela e Equador, os governos chamados progressistas que dirigiram o Brasil nos últimos anos não esboçaram qualquer movimento para mudar esse quadro de predomínio total do ideário conservador, que bloqueia na oficialidade a capacidade de identificar os reais inimigos do país. Não é temerário afirmar que o pensamento político do militar brasileiro, com pontuais exceções, está estacionado na década de 1960.

Todavia, entendo que os acontecimentos políticos que ora se sucedem têm potencial de gerar conflitos no interior da cúpula militar. Não é surpreendente que o general Sérgio Etchegoyen se coloque favorável à venda de empresas estatais a estrangeiros, pois tal postura é coerente com sua linhagem familiar, que vem assim desde a década de 1940. Com ele, alinha-se o general Hamilton Mourão, conforme deixou claro na palestra proferida na casa maçônica de Brasília.

Por seu lado, surge em recente palestra o general Edson Leal Pujol, Comandante Militar do Sul, que também parece buscar lugar no time de oficiais da ativa adeptos da autonomia para expressar opiniões políticas, embora isso lhes seja vedado por regulamentos pelos quais lhes cabe zelar. Informa-nos ele que, após a queda da Presidente Dilma, o Partido dos Trabalhadores teria feito uma autocrítica no Congresso realizado em 2016, admitindo como pecados de sua experiência no poder o fato de não ter dominado totalmente a imprensa, não ter alterado os currículos das escolas militares e não ter promovido oficiais simpatizantes com as posições do partido.

É de se duvidar da capacidade cognitiva de Pujol, pois o documento citado por ele fala de deliberações bem diferentes: democratização dos meios de comunicação, de que somos claramente carentes, e cumprimento das recomendações da Comissão Nacional da Verdade acerca de direitos humanos e de currículos das escolas de oficiais, dos quais se fazia necessário expurgar valores antinacionais e antidemocráticos, como o elogio ao golpe de 1964 e ao regime militar que então se estabeleceu.

De qualquer modo, os quadros da ativa do Exército contam com 15 generais de quatro estrelas. Temos ouvido pronunciamentos de parcela correspondente a um quinto do total. Se não houver dissidência no alto comando em relação a esse conservadorismo tão retrógrado, é de se lamentar pelas nossas Forças Armadas.

FONTE: Brasil de Fato

OBS.: O conteúdo deste artigo/entrevista é de total responsabilidade do autor/entrevistado/fonte original e não representa, necessariamente, a opinião do ForTe.

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TukhAV
TukhAV
7 anos atrás

Assim como em 64 SE os militares retornarem ao poder a primeira medida deverá ser a depuração de seu próprio oficialato, corrompido em boa medida novamente pelo câncer vermelho.

DaGuerra
DaGuerra
7 anos atrás

Espanta mesmo o viés político invadindo o Blog. De cara, a palavra “conservador”, como nas outras mídias, vem sendo desvirtuada e usada em contextos mais que questionáveis. Manobra dos “progressistas”?? Quem identifica inimigos não é o escalão FFAA e sim o escalão governo federal.

SmokingSnake
SmokingSnake
7 anos atrás

Por essa matéria e aquela do nazismo, que adequadamente bloquearam os comentários no número 171, dá para ver quem são os reais inimigos. O risco da venezualização ainda está vivo.

Rafael_PP
Rafael_PP
7 anos atrás

A visão anticapitalista, estatista, isolacionista e centralizadora das Forças Armadas brasileiras me assombra e me induz a colocá-las no mesmo balaio dos partidos ‘progressistas’ deste país.

pangloss
pangloss
7 anos atrás

Essa matéria comprova o aparelhamento do meio acadêmico brasileiro. Quando vi que o entrevistado fundou o Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), percebi que vinha bobagem em estado bruto no texto.
Se um militar de esquerda é do Exército, ele é chamado de “melancia”. E na FAB, qual o apelido dado?

Juliano M
Juliano M
7 anos atrás

Não é nota de roda pé que expoe ou isenta viés editorial. “O conteúdo deste artigo/entrevista é de total responsabilidade do autor/entrevistado/fonte original e não representa, necessariamente, a opinião do ForTe.” Pois bem, é da mesma forma que a Rede Goebbels, Foice de SP, e demais órgãos de imprensa agem: selecionam “especialistas” que dizem oq a pauta da redação quer. Parece que o trator do Fantástico no último fds foi um exemplo explícito. Há quem caia no conto do “promover o debate”, só que a promoção do debate dificilmente se dá por exposição de alinhamentos ideológicos contrários à esquerda, a… Read more »

Eduardo
Eduardo
7 anos atrás

pangloss 10 de outubro de 2017 at 11:50 “Se um militar de esquerda é do Exército, ele é chamado de “melancia”. E na FAB, qual o apelido dado?”

Ri muito… verde por fora vermelho por dentro, perfeito. Na aeronautica será que é chamado de guará? https://pt.wikipedia.org/wiki/Guar%C3%A1

Sidney Otaviano de Sousa
Sidney Otaviano de Sousa
7 anos atrás

Eu vejo com bons olhos, a questão da candidatura de ex-militares e até da ativa para cargos de todos os níveis. Só penso que precisam de uma boa estratégia, mas não vejo isso acontecendo. Penso que para a restauração da confiança por parte do cidadão em votar em um candidato com pensamento de militar, “pois a credibilidade das forças armada são das forças aramadas, é não transferível a candidatos egressos das forças armadas”, diante disso é preciso montar uma estratégia, algo diferente de qualquer política atual, pois mesmos os partidos que não estão envolvidos nas grandes falcatruas atuais, ou pelo… Read more »

Augusto
Augusto
7 anos atrás

Quanta bobagem. O coronel-aviador se referiu aos EUA como “mais ameaçadora das potências” e “tão abominável parceiro”, dentre outros, por aquele país não aceitar que adquiríssemos de mão beijada tecnologias sensíveis para nosso programa espacial. É a mais alta expressão da síndrome do vira-latismo que grassa por terras tupiniquins e insiste em se manter como uma nuvem ideológica sobre nosso território, turvando a visão dos homens deste país. Brio, orgulho próprio e soberania não combinam com o discurso que acabei de ler. É mais fácil colocar a culpa no outro do que assumir a responsabilidade sobre o próprio destino e… Read more »

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

kkkkkkk As Forças Armadas do Brasil são vítimas de suas próprias ideologias. Coitado, está procurando um espantalho chamado “conservadorismo” para colocar a culpa. É a velha tática, fazem a cagada e depois jogam a culpa em outros. É Moro, CIA, EUA, e toda palhaçada que conhecemos. O mais impressionante é a argumentação das novas parcerias estratégicas, o tal chamado BRICS, um grupo econômico que já começa a demonstrar fraquezas com exceção da Índia que vêm tendo o desempenho melhor até mesmo do que a China, enquanto a mesma desacelera a cada ano, e a Africa do Sul e Rússia não… Read more »

jorge Alberto
jorge Alberto
7 anos atrás

DaGuerra – Se visitar uma Federal entao, c vai ter um infarto!!! Nao eh “vies” politico (sic!), e sim politizacao (de esquerda), mesmo! Descarada!
.
Tu eh de esquerda ne?
.
Rafael_PP – Estadista… pode ate ser, no sentido de “Brasil, acima de tudo” ou “tudo pela Patria”. Agora o conjunto de afirmacoes que tu fizestes, esta mais para o discurso dos Esquerdistas, nao?
.
Bem… “invertido” esse seu comentario, nao?

Augusto
Augusto
7 anos atrás

Somos o 5o maior país do mundo, tanto em território quanto em população. Se tivéssemos brio, hombridade, orgulho próprio, não nos sujeitaríamos a depender de Ucrânia, Estados Unidos, Rússia ou de quem quer que fosse para desenvolver um programa espacial. Faríamos sozinhos!

Mas falta-nos a famosa vergonha na cara.

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
7 anos atrás

Cara não entendi! Ou sou maluco, ou esse Coronel é um paradoxo ao que ele mesmo escreve. Conservador pra dedéu!!!

Quem disse que o satélite militar será privatizado? É a banda Ka que será concedida, não a banda X. E esse cara é da FAB mesmo, porque parece que eu entendo mais do que ele.

Samarco comprou a Vale? Viajou na maionese!!!

Essa visão de que os EUA ainda querem invadir o Brasil é pior do que a idéia de transformar o Brasil em Cuba.

Não vi nenhuma coerência entre a entrevista e o título!!!!

Renan
Renan
7 anos atrás

“Eu robo mais eu faço”. Acho impressionante como apesar das muitas criticas ao governo do PT. Foi de longe o que mais investiu nas forças armadas e o que menos interferiu na policia federal. Lembo até hoje como misteriozamente a CPI dos bingos acabou engavetada. Pode até ter roubado bilhões mas que investiu em material bélico de qualidade e se aproximou de paises que nunca tivemos grandes parcerias isto fez. Os erros não justifica os acertos. Certamente teram suas penalidades. A unica coisa que vejo de bom na época do FHC é o plano real. E a abertura das telecomunicações.… Read more »

Walfrido Strobel
Walfrido Strobel
7 anos atrás

Lembro do Cel. Sued no PAMA-RF.
Sued é Deus ao contrário, um nome estranho.
Na época tambem tinha um Ten. Lisarb, Brasil ao contrário.

Hawk
Hawk
7 anos atrás

Achei que estava lendo uma entrevista de um militante, artista ou sociólogo da esquerda!
Olhem onde o coronel está agora: na UFF.
Eu achei que ele iria dizer que o “conservadorismo de estado” que é o inimigo, pois esse sim impede o Brasil de ir pra frente em qualquer área.

Carvalho
Carvalho
7 anos atrás

Só faltou ele dizer que acha a Dilma gostosa !!!

Hélio
Hélio
7 anos atrás

Parece que temos um almirante Aragão aí

Wellington Rossi Kramer
Wellington Rossi Kramer
7 anos atrás

Essa criatura pra comunista só falta as penas! O principal inimigo brasileiro é os E.U.A.!

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

Alexandre Galante 10 de outubro de 2017 at 12:29 O Reino Unido está saindo da UE depois de 23 anos de relação econômica com o bloco, o desenrolar com o Canadá se dá por conta de Trump, o Canadá não faz parte da UE, embora tenha acordos comerciais com o mesmo. Em termos de fidelidade, a UE é bem mais unida do que os BRICS, a Índia nunca irá deixar a China prosseguir com a Rota de Seda, restringir a influência econômica da China é uma das políticas da Índia, e isso é bem visível no plano Rota de Seda,… Read more »

Carvalho
Carvalho
7 anos atrás

Depois de lerem o texto, por favor puxem a descarga!

Rodrigo Martins Ferreira
Rodrigo Martins Ferreira
7 anos atrás

Carvalho 10 de outubro de 2017 at 13:10 ahahahahaahahahah ————————- O Brasil é um país livre, cada um expõe a sua opinião da maneira que melhor lhe cabe. E cabe a outros aceitar ou rejeitar estas idéias. A visão deste Cel, que se vocês colocarem o nome dele no Google vão achar em muitos blogs esquerdistas, não é nada diferente que os CAC já conheçam bem sobre a visão do Exército brasileiro de mundo e de tutela da sociedade. Diga-se de passagem muito do que ele diz é o mesmo que está na cabeça do “Mito”, que a imprensa diz… Read more »

Gonçalo Jr.
Gonçalo Jr.
7 anos atrás

Na boa. Há pontos importantes destacados pelo Coronel. Mas quando se comessa com palavras como “imperalissmo, ameaças da grande potência, império decadente” e outros muda-se o viés de entendimento. A começar que o tal governo “progressista” a que ele se referiu citando “não esboçaram qualquer movimento para mudar esse quadro de predomínio total do ideário conservador, que bloqueia na oficialidade a capacidade de identificar os reais inimigos do país”, mostra realmente o viés político idelógico dele e, neste caso e outros seus argumetnos se tornam pífios. . Há por exemplo um documento oficial do PT após o impeachment de Dilma,… Read more »

Juliano Bitencourt
Juliano Bitencourt
7 anos atrás

Fanatismo esquerdista, delírios , invenções, mentiras, falseios. Mais do mesmo.

Gonçalo Jr.
Gonçalo Jr.
7 anos atrás

Esqueci do ex-Almirante Othon. Essa história de conspiração contra o programa nuclear brasileiro já deu no saco né? O ex-Almirante foi pego junto com sua filha em tramóias, corrupção e roubalheira. Isso é fato e tudo está provado. Ou por acaso o Juiz Bretas, o mesmo que mandou para prisão o ex-governador do Rio de Janeiro e cia só está correto neste caso e no caso de Othon não? É a mesma conclusão de esquerditas que acham que Moro está correto em mandar prender Cunha mas no caso de Lula é perseguição política. E ainda há aqueles que acreditam nessas… Read more »

PRAEFECTUS
PRAEFECTUS
7 anos atrás

Meu caros, algo que muitos não entendem e, neste caso é extremamente importante para conseguir enxergar o croqui que deu forma a pintura do quadro, é como se dá de fato a relação geopolítica, estratégica entre Brasil e Estados unidos. Há que se fazer um exercício meticuloso para compreender o quadro como um todo, com perigo de se assim não for, cair em clichês ufanistas e xenófobos. Faço um alerta, existe pessoas bem intencionadas, mas que por vezes pecam no entendimento dos fatos, enxergam apenas em 180° graus. Agora, há equívocos em muitos setores(provincianos), sim, há. Isso ocorre em todos… Read more »

Gonçalo Jr.
Gonçalo Jr.
7 anos atrás

Engraçado que não há crítica nenhuma sobre os “progressistas” e suas privatizações mesmo quando citados pelo reporter. Não há também crítica nenhuma sobre o NOSSO dinheiro sendo emprestados via BNDES para os amigos bolivarianos e quetais a juros de “hermanos”. Quer dizer, os tais progressistas podem tudo e não são os reais inimigos do país. Esbanjaram dinheiro dos nossos suados 5 meses de trabalho para um projeto de poder que mais cheira a escremento do que qualquer outra coisa e tudo bem. E tem gente que leva a sério isso…

Fred
Fred
7 anos atrás

Oficial muito lúcido. Concordo em gênero, número e grau.

Alex
Alex
7 anos atrás

O coronel-aviador Sued Castro Lima me representa! Nacionalista e democrata! Há muitos como ele não se enganem.

Sete mil oficiais contrários ao Golpe de 64 expurgados por não concordarem com ele?? Mas não era contra os “comunistas”?

Alex
Alex
7 anos atrás

O militar de esquerda e nacionalista é chamado de melancia, como é chamado o de direita e entreguista, tem jargão?

Alex
Alex
7 anos atrás

Eu acho que muito das criticas e do espanto de vários comentaristas com a entrevista do coronel, vem de uma concepção muito particular de que militar tem que ser de direita senão é um espécie “traidor”. Baseado na convicção desse segmento de que as FFAA no Brasil existem para proteger os interesses internos desse segmento da população e não o país e todo seu povo, independente de pensamento politico dela, de inimigos externos.

carcara_br
carcara_br
7 anos atrás

“Pessoalmente, tenho imensa dificuldade em entender esse movimento ambíguo: aumentam-se as defesas e abre-se o espaço à participação da mais ameaçadora das potências.” Quem disse que teoria da conspiração é monopólio de algum grupo político. Não sei como pretendem proteger a Amazônia da invasão estrangeira se não conseguem dar conta do garimpo e extração vegetal ilegal. Roubo de biodiversidade é um crime impossível de se combater, o que deveríamos fazer é investir nas pesquisas primeiro. “Conforme revelou o site Wikileaks, em 2011, o governo estadunidense tentou impedir o desenvolvimento de um programa de produção de foguetes espaciais brasileiros e” Estamos… Read more »

Alex
Alex
7 anos atrás

Sidney Otaviano de Sousa 10 de outubro de 2017 at 12:06
“Gostaria de entrar na política, mas na boa política, se tiver uma vaga em um bom partido que seja honesto.”

Acho que vai continuar sem entrar na politica.

Ramos
Ramos
7 anos atrás

Mds kkkkkkk

foi um prazer ver os comentarios do Bosco, scudb e outros nesse site!

n vale mais a pena entra, perdeu o sentido!

Rafael_PP
Rafael_PP
7 anos atrás

jorge Alberto 10 de outubro de 2017 at 12:25 : “Rafael_PP – Estadista… pode ate ser, no sentido de “Brasil, acima de tudo” ou “tudo pela Patria”. Agora o conjunto de afirmacoes que tu fizestes, esta mais para o discurso dos Esquerdistas, nao? . Bem… “invertido” esse seu comentario, nao?” . Mantenho tudo que escrevi. Se você enxerga em meu comentário defesa de qualquer ideologia coletivista, a favor a socialização dos meios de produção, planificação econômica, antirreligiosa, etc., não posso fazer nada. É o caso típico do debatedor que procura taxar o outro daquilo que abomina, quando este não concorde… Read more »

SmokingSnake
SmokingSnake
7 anos atrás

Fizeram aquela matéria empurrando o nazismo como direita e capitalista para despejarem todo esse lixo nacional socialista que não passa de invenções para arrumar um inimigo externo e consolidar uma ditadura, o cara chega até a defender a coréia do norte e ignora que o único motivo desse regime ainda existir é que ela faz fronteira com a China e Rússia e não por causa de programa nuclear que poderiam ter dado um fim logo no início.

Marcel Danton Silva
Marcel Danton Silva
7 anos atrás

Hip Hop Hip Hop Hip Hop…esquerda.. direita.. esquerda… direita…vixi mãe! Assim caminhamos bovinos para o abate. esquerda direita esquerda direita… Tudo bonequinhos de marionete, sem conteúdo e pseudo intelectuais que se perdem no primeiro “dobrar de esquina”.
Como identificar um esquerdalha petralha em qualquer argumentação: Não pode generalizar; Você é preconceituoso/nazista/racista/fascista; Os rótulos são perigosos; Vai estudar!; machista;
Aprendam de uma vez por todas…não existe democracia SEM liberalismo econômico ou vocês acham MESMO que o Brasil é uma democracia PLENA??!

Ivan BC
Ivan BC
7 anos atrás

Sinceramente, eunão entendi a matéria! Aliás, acho que entendi, mas discordo de tudo! kkkk O que conservadorismo tem a ver com a temática??? O que é o oposto de conservadorismo? Aquilo que vendem como “produto substituto” do conservadorismo, na minha opinião, é um grande lixo em todos os aspectos! Acho engraçado, muitos criticam as escolas e colégios militares, no entanto, nunca vi um militar deixar seu filho estudar em escolas e colégios com regimento civil. Todos os militares sonham em ver seus filhos em boas instituições, em escolas e colégios militares, após formados, ingressando na ESA, AMAN, IME E ITA.… Read more »

Adriano Luchiari
Adriano Luchiari
7 anos atrás

Lixo!

hannes
hannes
7 anos atrás

Tirando o tom ufanista desnecessário, o texto até que falou algumas verdades.

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

Alex 10 de outubro de 2017 at 13:53 Já ouvi dizer que o general Mourão é a favor da privatização da Amazônia, como eu sempre acompanho os blogs progressistas, teve uma matéria na qual falava sobre isso, mas eu não averiguei. Mas será que a maioria dos militares são a favor da privatização? Se essa notícia for verdadeira sobre Mourão, ele é o único militar que eu já ouvi falar que é a favor das privatizações, embora eu não concorde com a privatização da Amazônia por se tratar de um território valioso demais – não no sentido de recursos naturais,… Read more »

P
P
7 anos atrás

Mais um indigno que infelizmente representa uma parcela de nossas forças armadas cujo discurso tem por função o favoritismo político

oganza
7 anos atrás

Gostei de ver, tem uma galera afiada que não caiu na esparrela desse post. PARABÉNS. . Mas vejam que lindo, um coronel comuna dos infernos sendo entrevistado por Rafael Tatemoto, outro comuna colaborador do Catraca Livre, Quebrando Tabu e o Brasil 247, que fez artigo repudiando com veemência a prisão de seu colega Guilherme Boulos, um dos líderes do MTST, em janeiro do ano da graça de 2017. . Um fato aos colegas interessados, e vejo que tem muitos: Esse coronelzinho, isso mesmo zinho, deve ser da caterva discípula de Nelson Werneck Sodré, o maior comunista da história das fileiras… Read more »

Ivan BC
Ivan BC
7 anos atrás

Oganza, a gente finge que não percebe para não perder a amizade kkkk
Igual aquela matéria acerca do “Nazismo de direita” que foi publicada no Forte semana passada, até onde pesquisei o autor é o Roni Pereira, segundo minhas pesquisas na internet, há diversos textos de autoria do mesmo em sites de extrema-esquerda, um dos quais no site: bolsocancer2018.blogspot.com
Um site que ataca conservadores, religiosos e qualquer pessoa que pense fora daquilo que eles definem como certo.
Nada contra o autor, aliás, nem o conheço, mas é muito estranho esse extremismo.

Bravox
Bravox
7 anos atrás

Quem acha que devereia ser crime no brasil socialismo e comunismo ? (50 anos de cadeia pra quem apoiar no geral)

oganza
7 anos atrás

Das duas uma: – A Trilogia e seus editores assumam logo uma posição no espectro político-ideológico ao invés de sustentar uma carapuça seja ela de que lado for… mas assumam. ou – Abdiquem de qualquer posição no espectro político-ideológico e não publiquem nada a respeito e deixem as conjecturas para nós, os meros mortais e não iluminados, nos comentários. . O que fica feio e de pura desonestidade intelectual rasteira é o ForTe pagar de isentão em nota de rodapé, mas o Editor Chefe da Trilogia Alexandre Galante vir defender veladamente pontos do Artigo. Hora não existe isso de “Pontos… Read more »

João Augusto
João Augusto
7 anos atrás

Parabéns ao Blog pelas iniciativas.

Juliano Bitencourt
Juliano Bitencourt
7 anos atrás

Ivan BC 10 de outubro de 2017 at 14:42
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Apoiado. Mas para quem sofreu lavagem cerebral ideológica, marxista, leninista, gramcista, maoista, castrista, e da escola de Frankfurt, o que disseste é lingua de ET.