‘Nazismo de Esquerda’: a falácia que afronta, além da História, a Filosofia

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O fascismo é um projeto reacionário a serviço do capitalismo monopolista, do status quo e das hierarquias, o que o torna totalmente oposto a qualquer vertente socialista

Por Roni Pereira

“Se a interpretação pragmática da ‘XI tese’ [‘Os filósofos até hoje interpretaram o mundo; trata-se de transformá-lo’] fosse legítima, Marx seria o teórico do fascismo e não do comunismo. Para as concepções fascistas os problemas se põem na ação e se resolvem pela ação. Trata-se de um pressuposto irracionalista que está plenamente de acordo com as propostas políticas do fascismo, que se baseiam na manipulação das massas pelos ‘grandes chefes”. – Adelmo Genro Filho, jornalista. [1]

Introdução

Nas redes sociais é cada vez mais comum nos deparamos com um “argumento” inusitado: “O nazismo é de esquerda“. O finado filósofo Umberto Eco citou, certa vez, em entrevista, um dos lados ruins da internet“O drama da Internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”, afirmou o intelectual.

Como muita gente segue a famosa máxima “se está na internet, é porque é verdade”, uma mentira qualquer pode ser rapidamente disseminada nas redes sociais como se fosse “verdade”.

Facções políticas (à esquerda e à direita), através de blogs e sites obscuros, têm se aproveitado disso para disseminar factoides e fraudes históricas com o intuito de demonizar o outro lado.

Listar todas as mentiras desses grupos daria um livro (e eu ainda correria o risco de ser acusado de omissão), por isso vou me ater a somente uma fraude histórica que é muito disseminada pela direita e extrema-direita para demonizar o outro lado do espectro político: “nazi-fascismo é de esquerda”.

Não vou aqui rebater essa fraude com argumentos políticos e econômicos. Esses tipos de refutação são fartamente encontrados na internet. A perspectiva adotada aqui será filosófica.

O fascismo antes do poder

Marcha dos camisas negras sobre Roma

Marcha dos camisas negras sobre Roma.

O regime fascista é fácil de ser identificado quando se está em forma de Estado. No entanto, a coisa complica quando busca identificar sua gênese filosófica e política antes de alcançar o poder. O discurso político do fascismo nunca revela inteiramente sua natureza.

Por exemplo: o integralismo, versão tupiniquim do fascismo, surgiu com propostas claramente conservadoras e reacionárias. Por outro lado, na Europa o fascismo emerge com propostas “de esquerda”.

O programa fascista italiano, por exemplo, defendia propostas reformistas do capitalismo e o programa nacional-socialista chegou a propor “participação dos trabalhadores nos lucros das grandes empresas”.
Para compreender essa “confusão”, e para desmascarar esse suposto esquerdismo, vou adotar a advertência de Palmiro Toggliati: nunca se deve considerar o fascismo como “algo fixo, esquema ou modelo”. [2]

Anticapitalismo de direita?

A Europa pós-Primeira Guerra ficou marcada, também, pela ascensão de movimentos anticapitalistas (ou que se diziam anticapitalistas), tanto à esquerda quanto à direita. O nome “socialismo”, que nunca foi de pertencimento exclusivo do marxismo, entrou na moda e foi adotado também por movimentos e intelectuais de direita, mas com uma concepção totalmente diferente.

O direitista Werner Sombart, economista e sociólogo alemão, elaborou um conceito de “socialismo nacional” ou “socialismo alemão”. Ele entendia esse socialismo como pragmático e contrário ao materialismo proletário do marxismo.

Outro exemplo clássico de “socialismo direitista” foi elaborado por Oswald Spengler através do conceito de “socialismo prussiano”, em que ele busca formular um socialismo “livre do marxismo”.

Ambos os movimentos nunca defenderam abolição de propriedade privada. Spengler chegou a dizer que “o marxismo é o capitalismo da classe trabalhadora e não o verdadeiro socialismo”.

Em um momento em que o anticapitalismo estava em alta, parte da direita europeia fora influenciada por esses intelectuais e passou a se distanciar do conservadorismo tradicional.

O insuspeito economista Friedrich Hayek revela a existência de “anticapitalistas de direita” na obra O Caminho da Servidão (o livro mais citado e o menos lido entre supostos liberais na internet):

“Foi a união das forças anticapitalistas da esquerda e da direita, a fusão do socialismo radical e do socialismo conservador, que destruiu na Alemanha tudo quanto ali havia de liberal”, escreveu o guru Hayek, na página 164. [3]

Ainda mais surpreendente é o guru da nossa “nova direita”, o economista austríaco Ludwig von Mises, admitir que sim, o fascismo é de direita, no caso uma “direita hegeliana”:

“Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o famoso filósofo alemão, deu origem a duas escolas — os hegelianos de “esquerda” e os hegelianos de “direita”. Karl Marx era o mais importante dos hegelianos de “esquerda”. Os nazistas vieram da “direita” hegeliana”. Mises, O Livre Mercado e Seus Inimigos, página 20 [4]

Fica aqui registrado que a dicotomia “esquerda = anticapitalista x direita = capitalismo” não existia (pelo menos enquanto discurso político) na Europa pós-Primeira Guerra, durante a ascensão do nazi-fascismo.

Então voltemos ao “socialismo de direita”.

O “socialismo prussiano” de Spengler influenciou o nazismo. O fundamental princípio deste “socialismo” pode ser sintetizado em uma frase dele: “O significado do socialismo é que a vida não é controlada pela oposição entre ricos e pobres, mas pelo grau que a conquista e o talento conferem, que é a nossa liberdade, a liberdade do despotismo econômico do indivíduo”. [5] Quanta ‘pelegagem’, não?

Também é bom citar o “Movimento Conservador Revolucionário” (paradoxal, eu sei), um movimento político direitista e alemão do início do século XX, que foi claramente influenciado por ideais anticapitalistas, especificamente pelo socialismo prussiano. [6]

A adoção de um discurso anticapitalista, portanto, não torna o fascismo de esquerda.

Plágio e anti-emancipação liberal

Os fascistas adaptaram o nome e os símbolos dos revolucionários de esquerda. O nome “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores”, de Adolf Hitler e a instituição do “Primeiro de Maio” como feriado nacional em 1933 são os exemplos mais emblemáticos.

Mas o nazi-fascismo tem aspectos opostos à extrema-esquerda, o que o torna contrarrevolucionário. O historiador Eric Hobsbawm explica que os fascistas invocavam valores tradicionais, apesar de não serem tradicionalistas. A retórica ultradireitista era de retorno a um passado tradicional, que supostamente seria melhor que aquele presente.

No discurso político do fascismo também encontra-se oposição à emancipação liberal (como direitos das mulheres), uma forma escancarada de conservadorismo.

A esquerda revolucionária, por outro lado, apesar de rejeitar o regime político liberal (como a democracia), não rejeitava essa emancipação: a União Soviética, por exemplo, foi pioneiro em relação aos direitos das mulheres.

O fascismo no poder

No poder, o fascismo revelou sua verdadeira face: uma tendência ao capitalismo monopolista, que se desenvolve na fase imperialista. Isso fica evidenciado com as alianças que os fascistas fazem quando chegam ao poder: setores reacionários da sociedade alemã e italiana, grandes empresários da indústria monopolista e os bancos.

Surge um pacto em que o Estado fascista passa a ser financiado pelos grandes capitalistas para manutenção da “ordem social” e conter o “perigo vermelho” comunista.

A “ordem social” pode ser entendida aqui como a vida “racionalmente” organizada pelo capitalismo monopolista. Nesta organização há a tentativa de cooptar os trabalhadores para o “projeto da burguesia” e abafar a luta de classes com a ilusão de que os operários e o empresariado têm identidade de interesses.
Porém, os trabalhadores dotados de consciência crítica e com interesses e ideias comuns tendem a constituir uma “classe trabalhadora” que se articula contra a organização e “racionalidade” do capitalismo monopolista.

O objetivo da esquerda, especialmente o marxismo, era (e é) de despertar essa consciência nos trabalhadores para que pudessem se opor à exploração econômica.

Por outro lado, o fascismo busca despertar, politicamente, a “energia negativa” dos trabalhadores para que lutem contra seus próprios interesses, ou seja, em prol da “ordem social” e da hierarquia. Não é por acaso que fazem apologia ao nacionalismo e outras “particularidades estereotipadas” e idealistas.

O fascismo objetiva manter a ordem social através do terror e dos mitos. Pode se dizer que essa forma de ultradireita é uma reação violenta a qualquer ameaça ao capitalismo. Por isso o anticomunismo radical. Para os fascistas, as massas devem ser manobradas a colocarem suas energias destrutivas em defesa da ordem social do capitalismo monopolista.

O nazifascismo tem horror ao intelectualismo e ao racionalismo. Por isso despreza fortemente a consciência crítica das massas. O objetivo é despertar o irracionalismo e o fanatismo das classes médias e dos setores populares e assim acabar com as fronteiras de classes, seja em prol da nação, do Estado, da raça ou de outras particularidades estereotipadas.

Não é por acaso que o fascismo detesta a teoria e se desenvolve pelo primado da ação.

Fascismo e União Soviética

Muito da argumentação falaciosa utilizada pela direita nas redes sociais para equiparar fascismo e comunismo, ou para jogar o fascismo do lado da esquerda, vem de comparações entre Alemanha Nazista e a União Soviética. Da fato, há algumas similaridades entre ambos os regimes. Mas há também diferenças que os tornam inconciliáveis.

Por exemplo, tecla-se frequentemente que os regimes nazi-fascista e comunista são idênticos porque pretenderam construir o “homem novo”, mas não se discute quais as propostas de ambos para se alcançar esse objetivo.

Ontologicamente o fascismo pretende ser naturalista. Sua proposta para a construção do “homem novo”, além de ser idealista, é de uma perspectiva biológica: não apenas pela educação e cultura, mas também por “fundamentos naturais”, ou seja, a biologia. Não foi por acaso as experiências pseudocientíficas e cruéis praticadas contra judeus.

O alcance deste objetivo não será pela história, o que torna a proposta a-histórica. Na verdade, para os fascistas, o natural predomina sobre o histórico.

Isso contrapõe a perspectiva marxista. Deixemos o próprio Adolf Hitler falar:

”A doutrina judaica do marxismo repele o princípio aristocrático na natureza. Contra o privilégio eterno do poder e da força do indivíduo levanta o poder das massas e o peso-morto do número. Nega o valor do indivíduo, combate a importância das nacionalidades e das raças, anulando assim na humanidade a razão de sua existência e de sua cultura. Por essa maneira de encarar o universo, conduziria a humanidade a abandonar qualquer noção de ordem. E como nesse grande organismo, só o caos poderia resultar da aplicação desses princípios, a ruína seria o desfecho final para todos os habitantes da terra.” [7]

O caráter profundamente reacionário, nacionalista, naturalista ontológico e de negação abstrata das classes sociais em prol da manutenção do capitalismo monopolista coloca o fascismo como antagonista a qualquer forma de marxismo.

Porém, em um ponto pode se encontrar identidade filosófica entre o stalinismo e o fascismo. Ambas correntes políticas possuem um traço naturalista que pressupõe que o destino da humanidade é traçado, de forma objetiva, pelas “leis do desenvolvimento sociais”. Esse naturalismo rejeita o pressuposto marxista da necessidade do “sujeito histórico” e da práxis revolucionária, pois os fins estão fixados por “leis objetivistas”.

A diferença é que, enquanto o stalinismo encara o socialismo como dado apriorístico – ou seja, uma tendência naturalista otimista- o naturalismo fascista é pessimista.

O nazi-fascista acredita que o destino da humanidade é a desagregação. Somente as elites que conduzem as massas podem evitar esse destino e de forma heroica. Mitos como “nação”, “estado”, “raça” e as próprias “elites” servem como mitos congregadores e têm função educativa.

A teoria stalinista também pressupõe a existência de uma “elite socialista” que possa projetar a futura sociedade socialista de acordo com as supostas leis sociais, através de imposições econômicas que agilizem o processo. Esse traço em comum reproduziu semelhantes práticas e discursos políticos em ambos os regimes.

“Nacional-socialismo”

Outro dos argumentos mais simplistas utilizados por direitistas apela para o nome do partido nazista (“nacional-socialismo”). Conclui-se que o partido era socialista por causa do nome “socialismo” presente. Eles focam no nome “socialismo” e esquecem o nome “nacional”.

O “nacional” presente no nome do partido é referente ao nacionalismo nazifascista, aspecto incompatível com o socialismo marxista. O nacionalismo do nazi-fascismo é idealista, portanto rejeita o materialismo histórico do marxismo. A luta de classes também é negada e substituída pela “solidariedade nacional”. As classes sociais devem se unir em prol da nação.

Outro aspecto repudiado pelo marxismo, mas que está presente na concepção nacionalista do fascismo, é o imperialismo justificado a partir de um conceito “biológico” do Estado.

Para Benito Mussolini, a nação “é um organismo dotado de existência, de um fim, de meios de ação superiores em poderio e em duração aos indivíduos isolados e agrupados que a compõem… Unidade ética, política e econômica, realizam-se integralmente no Estado fascista”.

Na Alemanha, surgiu a pregação de que o “organismo” Estado precisava de “espaço vital” que só poderia ser encontrada fora de seu território: ÁustriaDantzigPolônia e Ucrânia foram os alvos do Estado nazista. É uma teoria que justifica o imperialismo.

Conclusões

Apesar de apresentar um discurso “revolucionário”, o fascismo é um projeto reacionário a serviço do capitalismo monopolista, do status quo e das hierarquias. Projeto político antagonista a qualquer vertente de esquerda.

Os argumentos de direitistas para tentar enquadrar o fascismo como “projeto de esquerda” não resistem a uma profunda pesquisa. Qualquer historiador minimamente informado sabe disto, o problema é que a desinformação tem se espalhado como água de esgoto pelo mar e enganado muitos leigos. É necessário combater isso.

O estudo aprofundado da política nazi-fascista também deixa evidente a necessidade de defender as instituições democráticas para que não passem por uma transformação reacionária rumo ao fascismo.

Notas

[1] GENRO FILHO, Adelmo. Teoria e revolução (proposições políticas e algumas reflexões filosóficas). In: Teoria & Política. São Paulo, Brasil Debates, 1987 n.8. pp.32-53.
[2] TOGLIATTI, Palmiro. Lições sobre o fascismo. São Paulo, 1º vol., Coleção História e Política, Liv, Editorial Ciências Humanas, 1978, p.4.
[3] Disponível em PDF aqui.
[4] Disponível em PDF aqui.
[5] Heinrich August Winkler, Alexander Sager. Germany: The Long Road West. English edition. Oxford, England, UK: Oxford University Press, 2006
[6] Heinrich August Winkler, Alexander Sager op.cit.
[7]Essa citação na edição do Mein Kampf, publicado pela Editora Centauro, 2001, p.53

Referências

  • Blamires, Cipriano; Jackson, Paul. Fascismo mundial: uma enciclopédia histórica, Volume 1. Santa Barbara, Califórnia, EUA: ABC-CLIO, Inc, 2006.
  • GENRO FILHO, Adelmo. Teoria e revolução (proposições políticas e algumas reflexões filosóficas). In: Teoria & Política. São Paulo, Brasil Debates, 1987 n.8. pp.32-53.
  • GENRO FILHO, Adelmo; ROLIM, Marcos et WEIGERT, Sérgio.Hora do povo – uma vertente para o fascismo. São Paulo, Brasil Debates, 1980. 55 pp
  • H. Stuart Hughes. Oswald Spengler. New Brunswick, New Jersey, US: Transaction Publishers, 1992Harris, Abram Lincoln. Race, radicalism, and reform: selected papers. New Brunswick, New Jersey, US: Transaction Publishers, 1989.
  • HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o Breve Século XX. (1914-1991). São Paulo, Companhia das Letras, 2003.
  • TOGLIATTI, Palmiro. Lições sobre o fascismo. São Paulo, 1º vol., Coleção História e Política, Liv, Editorial Ciências Humanas, 1978.

FONTEvoyager1.net

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carcara_br
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7 anos atrás

Parabéns pela matéria que outros espaços sirvam ao propósito da desinformação!

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

O fascismo nasceu em resposta as ideias revolucionárias socialistas, Churchill uma vez elogiou o fascismo dizendo que ele seria um contrapondo do socialismo soviético, só que ainda não podemos dizer que os fascistas estão alinhados ao pensamento ideológica da direita por apenas dizer que a propriedade privada não foi abolida assim como acontece com o nazismo. O nazismo é o resultado
prático da ideologia nacionalista que é consequência da mentalidade coletivista encontrado também nas ideologias socialistas. O ódio de Hitler para com os soviéticos era por motivos raciais e geopolíticos e não por uma concepção diferente de estado, que era exatamente a mesma nos dois regimes. Não há menor possibilidade de categorizar o nazismo como direita, porque restringiu a liberdade de mercado e as escolhas individuais, enquanto o Estado passou a determinar todas as coisas que aconteciam na sociedade da Alemanha nazista.
Os nazistas não morriam de amores pelo pessoal da foice e do martelo, mas também acabaram com os conservadores e domesticaram católicos e monarquistas, a turma que formava a direita tradicional da Alemanha da época. Os principais líderes conservadores, com quem os nazistas formavam o governo de coalizão, saíram de cena em 1934, durante a charmosamente batizada “Noite das Facas Longas”. Muitos deles foram executados pela polícia ou pelos bandos nazistas, como o general Kurt von Schleicher, que havia sido chanceler em 1932. Hitler estava ainda mais longe dos liberais, os defensores do livre comércio e do estado mínimo, o que muita gente conhece como a direita nos dias de hoje.
“O que os nazistas buscavam era uma forma de comunitarismo anticapitalista, antiliberal e anticonservador”, afirma o ensaísta americano Jonah Goldberg.
Alguns líderes católicos e nobres que se opuseram ao nazismo, entre eles membros da família real da Bavaria, foram parar em campos de concentração ao lado de judeus, comunistas e ciganos. Na eleição federal de março de 1933, que consagrou a vitória dos nazistas, os partidos liberais tiveram menos de 4% dos votos.
Aliás, alguma políticas da NSDAP eram essencialmente socialistas, é incrível a semelhança com o que a esquerda defende, embora a Academia nunca tenha aceitado esses argumentos.
Adolf Eichmann, operador da Solução Final e gerente da logística dos campos de extermínio, conta que comemorou quando Hitler e Stalin assinaram um pacto de não agressão, em 1939. “Eu e meus camaradas comemoramos o pacto com a Rússia com cerveja e vinho, como era o costume.” Eichmann conta ainda que havia na SS duas tendências políticas ocultas e divergentes: uma de extrema direita e outra de esquerda. Nesta última, na qual ele se encontrava, o socialismo e o nacional-socialismo eram considerados “uma espécie de irmãos”. “Meus sentimentos políticos se inclinavam para a esquerda, e eu me interessava pelo socialismo tanto quanto pelo nacionalismo”.
http://www.schoah.org/shoah/eichmann/goetzen-0.htm
Nazismo e comunismo se tornaram, assim, lados opostos da mesma moeda revolucionária – ou “gêmeos heterozigotos”, como descreve o historiador francês Pierre Chaunu. Um lado pretendia exterminar o outro, mas ambos queriam varrer a ordem capitalista para criar um mundo perfeito, sem conflitos de classe – e nenhum deles via problema em matar alguns milhões e alcançar sua versão do paraíso terrestre.
Havia tantas semelhanças entre o novo partido e os revolucionários comunistas que muita gente se confundia. Hitler achava graça dessa confusão. “Os espíritos nacionalistas da Alemanha cochichavam a suspeita de que, no fundo, não éramos senão uma espécie de marxistas, talvez simplesmente marxistas, ou melhor, socialistas”, escreveu ele em sua biografia. Não era coincidência. Na autobiografia, Hitler conta que se inspirou nos movimentos comunistas para escolher o vermelho das bandeiras, os locais dos discursos, os símbolos do partido e até a ideia de panfletar pela cidade em caminhões “cobertos com o maior número possível de panos vermelhos, arvorando algumas bandeiras nossas”. A tática de criar confusão nos comícios também veio dos opositores. “Hitler aprendeu, com os organizadores dos comícios da esquerda, como eles deviam ser orquestrados, o valor da intimidação dos oponentes, as técnicas de disrupção e como lidar com os distúrbios”, conta o historiador inglês Ian Kershaw. A cópia tinha um objetivo: atrair operários que até então simpatizavam com o comunismo. “De repente, nossas reuniões começaram a ficar repletas de operários. Eles entravam como inimigos e, ao saírem, se já não eram adeptos nossos, pelo menos submetiam sua própria doutrina a um exame refletido e crítico”, escreveu Hitler. “Pouco a pouco, depois de um discurso meu, que durava 3 horas, adeptos e adversários chegaram a fundir-se em uma só massa cheia de entusiasmo.”
O responsável por esse crescimento, além de Hitler, foi Gregor Strasser, “sem dúvida a figura mais poderosa da nova era do partido” Strasser era o homem que comandava o dia a dia partidário.
“Nós somos socialistas”, dizia Strasser. “Somos inimigos, inimigos mortais do sistema econômico capitalista de hoje, com sua exploração dos economicamente fracos, seu sistema salarial injusto, sua maneira imoral de julgar o valor de seres humanos em termos de riqueza e dinheiro, em vez de por sua responsabilidade e seu desempenho, e estamos determinados a destruir esse sistema aconteça o que acontecer”, afirma Jonah Goldberg.
Em 1934, o sociólogo americano Theodore Abel colheu depoimentos da velha guarda do Partido Nazista. Perguntou aos participantes como eles haviam aderido. Os testemunhos, que resultaram no livro Why Hitler Came into Power, mostram que o nazismo, para os alemães, era uma opção a mais entre os movimentos revolucionários socialistas. Um mineiro contou a Theodore Abel que se tornara nazista porque se interessava pela melhoria das condições dos trabalhadores, mas ficava perturbado com a negação marxista do valor da nação. “Eu me perguntava por que o socialismo precisava estar amarrado ao internacionalismo – por que ele não poderia funcionar tão bem, ou até melhor, combinado com o nacionalismo.”
Apesar do ódio de boa parte dos nazistas aos homens de negócio, não se pode dizer que Hitler surfava na mesma onda. “Seu anticapitalismo era puramente antissemita e permitido apenas para o ataque a capitalistas judeus, que, em sua opinião, controlavam tudo”, afirmou o historiador alemão Karl Dietrich Bracher
Hitler incomodava pouco os empresários “arianos” e, conforme o Partido Nazista ganhava importância na política alemã, tratou de tranquilizá-los de que não faria travessuras econômicas. Até então, a gritaria anticapitalista da turma da suástica deixava industriais e comerciantes assustados. “Os grandes empresários não eram amigos da democracia. Mas em sua maioria, tampouco queriam ver os nazistas dirigindo o país”, afirma o historiador Ian Kershaw.
Hitler apaziguou o discurso anticapitalista e começou a organizar reuniões e jantares com endinheirados alemães. Passou o fim de 1931 rodando o país em reuniões com empresários, industriais e aristocratas. O interessante é que fazia isso em segredo, sem motivar notícias nos jornais, para evitar a imagem de que era amigo dos ricos. “O partido tinha de manobrar entre os dois lados”, conta o jornalista William Shirer no clássico Ascensão e Queda do Terceiro Reich .
“Devia permitir a Strasser, a Goebbels e ao maníaco Feder seduzirem as massas com o grito de que os nacional-socialistas eram verdadeiramente socialistas e contra os magnatas do dinheiro. Por outro lado, o dinheiro para manter o partido devia ser obtido jeitosamente daqueles que o possuíam em abundância.” William Shirer, Ascensão e Queda do Terceiro Reich
“Ele [Hitler] ignorava totalmente os princípios da economia”, conta o biógrafo Ian Kershaw. “Apesar de defender a propriedade privada, a empresa individual e a competição econômica, e desaprovar a interferência de sindicatos na liberdade de donos e gerentes de dirigir seus negócios, seria o estado, e não o mercado, que determinaria a forma de desenvolvimento econômico. Desse modo o capitalismo continuaria vigente – mas, em seu funcionamento, ele foi transformado em um adjunto do Estado.”
O antissemitismo na Alemanha não era uma exclusividade dos nazistas. Membros de outros partidos socialistas também desprezavam judeus – e até mesmo o judeu Karl Marx, o pai do comunismo, expressou opiniões que parecem ter inspirado Hitler. No ensaio Sobre a Questão Judaica, escrito em 1843, Marx diz: “Qual a base profana do judaísmo? A necessidade prática, o
interesse pessoal. Qual o culto mundano do judeu? A usura. Qual o seu deus mundano? O dinheiro. Muito bem! Ao emancipar-se do tráfico e do dinheiro e, portanto, do judaísmo real e prático, a nossa época conquistará a emancipação do judaísmo”.
Durante o Plano dos Quatro Anos, liderado pelo ministro Hermann Göring, o governo passou a direcionar toda a economia para a guerra. Expropriou minas e indústrias, criou uma penca de estatais, dificultou a exportação de produtos necessários ao rearmamento alemão, aumentou impostos dos mais ricos e interveio nas indústrias privadas determinando o que elas deveriam produzir e a que preço. Uma simples venda ao exterior exigia a apresentação de mais de 40 documentos. Ainda era preciso se submeter à extorsão de membros do partido, que exigiam contribuições para as campanhas, afirma o historiador inglês Richard Evans. – O Terceiro Reich no Poder
A partir de minas e fábricas nacionalizadas, o ministro criou uma estatal com seu próprio nome, a Siderúrgica Hermann Göring.
Hitler aumentou os impostos dos alemães mais ricos para 50% da renda pessoal.
Um bom livro a comparar nazismo e comunismo é A Infelicidade do Século, do historiador francês Alain Besançon. Apesar de ser recomendado e traduzido no Brasil por Emir Sader, eterno defensor de qualquer desvario socialista, o livro tem uma mensagem clara: nazismo e comunismo são irmãos gêmeos que brigam. Besançon compara as duas ideologias a partir de três tipos de destruição: física, política e moral. Na destruição física, é difícil dizer quem foi pior. Os comunistas mataram mais (por volta de 80 milhões de pessoas, Benjamin Andrey Valentino, Final Solutions: Mass Killing and Genocide in the 20th Century, Cornell University Press, contra 10 milhões dos nazistas), mas num período mais longo e em mais países. Deportações em massa, chacinas a
céu aberto ou com gases asfixiantes ocorreram na União Soviética desde a década de 1920. A NKVD, a polícia secreta soviética, criou em 1936 uma câmara móvel de gás, instalada num caminhão que levava as vítimas para a vala comum enquanto elas morriam. Hitler copiou e aperfeiçoou esses métodos. Os comunistas saem na frente na categoria repressão à população. Isso porque o inimigo principal dos nazistas pertencia a uma categoria delimitada – os judeus. Já no comunismo, qualquer pessoa é suspeita. “Daí o medo torturante que pesava sobre toda a população”, diz Besançon. Todo um corpo de espiões e interrogadores era necessário para revelar os inimigos do sistema. Por esse motivo, a Stasi, polícia secreta da Alemanha Oriental, tinha um agente para cada 166 alemães (sem contar os milhões de informantes), enquanto na Gestapo, a polícia nazista, a razão era de um agente para cada 2 mil alemães.
Na destruição política, dá empate. No poder, comunistas e nazistas trataram não só de eliminar qualquer oposição como de remodelar as formas de vida social: a família, a religião, os clubes, os sindicatos, os demais partidos políticos.
“As pessoas foram privadas de todo o direito de associação, de agregação espontânea, de representação”, diz Besançon.
– Alain Besançon, A Infelicidade do Século,
A grande diferença está na destruição moral, a capacidade das duas ideologias de tornar o errado certo, de transformar crimes em práticas não só aceitáveis como necessárias. A princípio, nazismo e comunismo se parecem. Ambos justificaram milhões de mortes em nome de um pretenso ideal superior. Mao Tsé-tung defendia que “talvez metade da China tenha que morrer”; para Himmler, o comandante da SS, “tudo o que fazemos deve ser justificado em relação a nossos ancestrais”. A diferença é que os vermelhos foram muito mais longe nessa perversão moral. “O regime comunista não esconde seus crimes, como fez o nazismo; ele os proclama, convida a população a se associar
a eles”, diz o historiador. Alain Besançon
Uma amostra dessa perversão é o fato de hoje, enquanto o nazismo está devidamente enterrado com seus horrores, ainda há gente, como fazia o historiador Eric Hobsbawm, a justificar as dezenas de milhões de mortes em nome da ideologia. Essas pessoas, justamente elas, são a prova da destruição moral que só o comunismo conseguiu realizar.

Os únicos empresários que ficaram a vontade foram os que financiaram a máquina de guerra nazista, o pai de Mengele que era um fabricante de tratores enriqueceu com seus contatos com a SS passando a fabricar concreto para o 3º reich. Na URSS existia indústria privada de armas, por acaso a URSS agora não é socialista? Óbvio que não. Apenas de cabeça: lluyshin, Sukhoi, Mil, Tupolev, Kamov, MiG, YAK, Kalashnikov. O socialismo pleno nunca será atingido, porque já foi provado pelo economista austríaca Mises. Antes da invasão da URSS pela Alemanha nazista, os dois regimes eram tão próximos, que a NKVD chegou a treinar a Gestapo e foi quem forneceu à SS o know-how necessário para a criação dos campos de concentração nazistas, e jornais soviéticos faziam propaganda nazista. Aqui mesmo no Brasil, quando foi concretizado o Pacto Ribbentrop-Molotow , os comunistas faziam a saudação nazista, um bom documentário é “The soviet history” de Edvins Snore, o filme mostra a relação íntima dos nazistas e soviéticos.
Facismo e nazismo são a versão mais agressiva do “socialismo fabiano”, o socialismo fabiano destaca-se das outras vertentes por ser menos utópico na busca da sociedade perfeita. A versão agressiva do memso o pôs em nível de equivalência aos socialistas marxista/stalinistas e qualquer outro.
O liberalismo já não se incomodava de personificar a direita aos olhos das duas correntes revolucionárias, rebatizadas de comunismo soviético e nazifascismo. Assim começou a luta de morte entre a revolução socialista e a revolução nacionalista, cada uma acusando a outra de cumplicidade com a “reação” liberal. Ou seja, gêmeos siameses em briga fraticida justamente para ver quem é o mais puro, quem está mais distante do liberalismo. Quanto mais semelhantes são dois movimentos, maior o ódio entre eles, pois cada um quer ter a primazia e o monopólio das virtudes.
E por fim, conforme já dizia Goebbles: “uma mentira repetida mil vez torna-se uma verdade.” E hoje, não importa quantas vezes se leia os livros nazistas, seus documentos e cartas pessoais. Eles são extrema-direita porque só se ouve isso na escola e na faculdade, além da mídia. Claro. Se você entra num curso de jornalismo você só lerá livros socialistas, esquerdistas em geral.
O mais engraçado é que boa parte dos que argumentam que o nazismo e o fascismo são de direita por conta da propriedade privada, colocam na mesma linha de pensamento ideológico, o regime militar que foi economicamente mais socialista do que Lula e Dilma e até mesmo Chávez, é de se impressionar o relativismo da Academia e dos pseudo-intelectuais.

Só uma coisa para definir a base do fascismo “Tudo para o Estado, nada fora do Estado e nada contra o Estado” – Benito Mussolini que foi filiado ao Partito Socialista Italiano (PSI) e movimentou causas “trabalhistas” e sociais na Itália. Engraçado que o PSI mudou sua ideologia para social-democracia e hoje a Itália continua tendo um governo composto por uma maioria socialista fabiana. Outra coisa que não poderia deixar de notar é o vínculo de Mussolini com Hitler e também o Deutsch-Sowjetische Nichtangriffspakt ou pacto de Ribbentrop-Molotow onde os nazistas se aliaram com a União Soviética.

James Boanerges
James Boanerges
7 anos atrás

Que tipo de analfabetismo funcional é esse?! Nunca li tanta groselha. Ele diz no texto dele: “… o fascismo é um projeto reacionário a serviço do CAPITALISMO monopolista…”. Esse cara nunca leu Emilio Gentile, um historiador italiano, um dos maiores especialistas e uma das maiores autoridades sobre o estudo da ideologia e da cultura do fascismo. Emilio Gentile descreve no seu livro (Fascismo. Storia e interpretazione) o fascismo como sendo constituído por 10 elementos principais, e entre eles está o fato de o fascismo ser ANTICAPITALISTA.

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

Um ponto que eu gostaria de destacar no texto: ‘No poder, o fascismo revelou sua verdadeira face: uma tendência ao capitalismo monopolista, que se desenvolve na fase imperialista. Isso fica evidenciado com as alianças que os fascistas fazem quando chegam ao poder: setores reacionários da sociedade alemã e italiana, grandes empresários da indústria monopolista e os bancos.

Surge um pacto em que o Estado fascista passa a ser financiado pelos grandes capitalistas para manutenção da “ordem social” e conter o “perigo vermelho” comunista.”

Isso apenas confirma a tese que de o estado é usado para monopolizar o mercado para os grandes empresários com conexões políticas.

Gabriel Oliveira
Gabriel Oliveira
7 anos atrás

Sério essa discussão de novo eu li a matéria e está um pouquinho tendenciosa mas não vou entrar no mérito,é uma discussão vazia querer enquadrar um regime autoritário e totalitário como nazismo/fascismo dentro de qualquer centro de idéia a idéia de direita e esquerda como bem lembrado pelo texto é um contexto Hegeliano lá de 1700 e alguma coisa da qual tinha pressupostos básicos para referenciar Girondinos e Jacobíanos dentro do idéiario de esquerda ou direita só acho que o texto puxou a sardinha um pouco o comunismo/socialismo seus danos e sua nocividade ao mundo é bastante ignorada.Mas enfim é um assunto que já deu o que tinha que dar.

Delfim Sobreira
Delfim Sobreira
7 anos atrás

Ninguém cita que Mussolini foi um importante socialista italiano.
“Mussolini tornou-se ativo no movimento socialista italiano na Suíça, trabalhando para o jornal L’Avvenire del Lavoratore, organizando encontros, discursando para trabalhadores e servindo como secretário da união dos trabalhadores italianos em Lausanne.”
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Benito_Mussolini

Augusto
Augusto
7 anos atrás

A falácia é dizer que toda esquerda é socialista, como se os ideais e motivações socialistas de todo espectro monopolizem a esquerda, dito isso, sim o nazi-facismo é de esquerda, se não é conservador, nem liberal, nem centrista é de esquerda. Quanto as hierarquias, todo regime repressivo a usou a seu favor, isso não quer dizer que Hitler pleiteava o status quo só jogava com ele a seu favor, assim como, Mussolini. O facismo não estava a favor do capitalismo monopolista, o facismo estava há seu próprio favor, inclusive no início os grandes capitalistas temiam Mussolini e Hitler e nunca tiveram relações boas, inclusive só aceitaram eles, porque ou era eles ou era ver o país virar socialista. Repetindo o Facismo tinha seus próprios interesses e não estava a favor de ninguém há não ser dele mesmo.

Delfim Sobreira
Delfim Sobreira
7 anos atrás

E o nazismo é descendente do antissemitismo.
O ódio de Hitler pelo socialismo é oriundo das “costelas judias” do mesmo (Marx, Trotsky, entre outros).

Augusto
Augusto
7 anos atrás

Regimes de direita autoritários seriam o exemplo a ditadura no Brasil, o mais certo seria conservadores-autoritarios ou liberais-autoritarios, que tem alguns aspectos do Facismo como manter a ordem mas não são Facista. Quanto a repressão e estado policial não é uma característica exclusiva do Facismo como de nenhuma ideologia, ou seja, não posso falar que a repressão na ditadura era uma característica Facista. Na Europa de 30 temos vários exemplos de estados conservadores e que eram autoritários e não era ligados ao Facismo. Ex: Áustria,Polônia,Tchecoslováquia .

Wiliam César Violato
Wiliam César Violato
7 anos atrás

Olha… eu acompanho o Blog a tempos, e hoje resolvi comentar ao ler esse texto …….Deixa então ver se eu entendi: um partido que nasce com o nome de Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores então não é de esquerda? ! kkk sei…….. …… E só pelo fato de ter lutado contra o Comunismo *(por conveniência do momento) o faz ser de direita? será mesmo? então vejamos: Países do Eixo na IIWW – Itália *(Fascismo) – Alemanha *( Nazi-Fascismo) – Japão *( Império Monarquista Ditatorial)… todos governos com idealismo totalitário, talvez não tão tudo para o estado como o comunismo…mas com certeza todos alinhados mais a esquerda… simples…. vejam os exemplos de hoje…. Venezuela, Coreia do Norte, etc etc — mas é aquela história… vai contando a mentira para o filho, o filho pro neto, o neto pro bisneto…aí vira “verdade”.. kkk

Já dizia Lênin no seu Decálogo

1.Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual

2.Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;

3.Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais

4.Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;

5.Colabore para o esbanjamento do dinheiro público;

6.Coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;

7.Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;

8.Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;

9.Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;

10.Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa…

Acho que ele estava bem certo e está conseguindo…mesmo depois de morto

Guilherme Poggio
Editor
7 anos atrás

…….Deixa então ver se eu entendi: um partido que nasce com o nome de Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores então não é de esquerda? ! kkk
.
O nome oficial da Coreia do Norte é “República Popular Democrática da Coreia” e o da Alemanha Oriental era “República Democrática Alemã”. Onde está/estava a “democracia” nesses países? Cuidado com as pegadinhas.

pangloss
pangloss
7 anos atrás

Gostaria de ter maiores detalhes sobre o autor. O texto dele é absolutamente tendencioso.

Samuel Toledo
Samuel Toledo
7 anos atrás

Presados editores do ForTe, peço que com todo respeito, atenham-se às matérias relacionadas com a militaria, informações, novidades, etc. Vamos deixar a política fora dessa discussão, por favor.
Obrigado

hannes
hannes
7 anos atrás

Texto interessante.

De minha parte, sempre considerei o fascismo e suas variações como uma ideologia de terceira via.

Wiliam César Violato
Wiliam César Violato
7 anos atrás

Guilherme Poggio …. perfeito seu comentário… concordo… e utilizando-me dele que vem a questão: a República democrática da Coréia e a República democrática da Alemanha são governadas por governos de esquerda ou direita? Esquerda certo? daí a concordância com seu comentário… hoje com meus 45 anos de vida cheguei a seguinte conclusão e não tenho aqui a pretensão de “converter” ninguém, é apenas a minha visão de mundo: não existe no mundo nenhum regime tão meticuloso, sorrateiro quanto os regimes de esquerda; acusam você daquilo que eles praticam, corrompem a democracia assim que possível, e todos são travestidos de “Democracia”…abs

Augusto
Augusto
7 anos atrás

Afinal, espectro ideológico não tem nada há ver com fato histórico ou filosofia, tem a ver com a psicólogia e como as pessoas atribuem valores aos fatos, problema é que ultimamente tem um certo grupo de pessoas que dizem o supra-sumo da intelectualidade que querem fazer que só haja um ponto de vista certo, a monopolização da vdd, não me espanta a imensa maioria desses intelectuais serem de esquerda, afinal é pra isso que a esquerda serve, pra destruir o senso comum da sociedade. Essa matéria me deu nojo só de ler a intro.

Bardini
Bardini
7 anos atrás

Ah… A velha bipolarização…
.
Se resumir em “Esquerda” e “Direita” todas as vertentes de pensamento que a humanidade já produziu fosse fácil assim, o mundo seria mais simples.
.
Mas seria no mínimo “engraçado” ver um Nazista de “direita” sentar ao lado de um Liberal Judeu, também de “direita”, pra bater um “papo descontraído” a respeito das suas correntes de pensamento.

Wiliam César Violato
Wiliam César Violato
7 anos atrás

Mas seria no mínimo “engraçado” ver um Nazista de “direita” sentar ao lado de um Liberal Judeu, também de “direita”, pra bater um “papo descontraído” a respeito das suas correntes de pensamento.

rsrsrs seria muito interessante mesmo

como dizia meu pai ” Se Mao Tsé Tung, bom tem que ser TANG” kkkkkk

João Augusto
João Augusto
7 anos atrás

Deus do céu…
Um texto cheio de justificativas e fundamentação, referenciado e com fontes para aprofundar a pesquisa e o que se vê nos comentários é relativização ou ódio… Uns até querendo saber do autor ao invés das razões e porquês de seu texto.
Não esperava nada diferente aqui, infelizmente, mas ainda assim é surpreendente.

João Augusto
João Augusto
7 anos atrás

Em tempo: parabéns para o blog pela disponibilização do espaço para esse texto.

Jacinto
Jacinto
7 anos atrás

hannes 5 de outubro de 2017 at 16:40

É o mais correto. O nazismo e o fascismo têm características, tanto da “esquerda” quanto da “direita”. Quem afirma que o nazismo é um movimento “de direita” oculta, por exemplo, que a economia da Alemanha Nazista caracterizava-se pelo intervencionismo estatal – uma clássica característica dos governos de esquerda. Assim, por exemplo, enquanto a URSS(e a China) tinham o “plano de 5 anos” para sua economia os nazistas tinham um plano quase idêntico – “plano de 4 anos”, que era administrado pelo Goering. Por outro lado, quem afirma que o nazismo é de “esquerda” costuma omitir a associação entre o Nazismo e parte importante dos empresários alemães.

O grande problema aqui é que a discussão, na maioria das vezes, não é seria nem honesta. Quem se identifica com a esquerda gosta de afirmar que o nazismo é “de direita”; quem se identifica com a direita gosta de afirmar que o nazismo é “de esquerda”. Vira uma guerra de narrativas e quando a guerra de narrativas começa a verdade sai pela janela.

Ed Aurélio
Ed Aurélio
7 anos atrás

Texto tendencioso, e me espanta ser publicado aqui no Forte direcionado para assuntos “militares” relativo as nossas Forças Armadas.

Augusto
Augusto
7 anos atrás

João Augusto 5 de outubro de 2017 at 17:02
Deus do céu…
Um texto cheio de justificativas e fundamentação, referenciado e com fontes para aprofundar a pesquisa e o que se vê nos comentários é relativização ou ódio… Uns até querendo saber do autor ao invés das razões e porquês de seu texto.
Não esperava nada diferente aqui, infelizmente, mas ainda assim é surpreendente.
Fundamentado pra quem ? Pra mim não é . Particularmente não acredito em nenhuma filosofia que se oponha ao liberalismo seja ela qual for, pra mim não importa quem é o autor ou sua obra é como se fosse uma missa pra um ateu pra mim esse lixo ideológico

Augusto
Augusto
7 anos atrás

E ninguém pode dizer que eu estou errado até pq fato histórico não tem atribuição de valor definitiva cada um pode falar como é.

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

Eu até achei divertido esta matéria, eu acompanho este site – voyager1- pelas matérias econômicas e eu digo com convicção que essa matéria foi uma das melhores do site. Pior mesmo é ter que ler matérias sobre a Venezuela, isso sim é um analfabetismo funcional.

Fred
Fred
7 anos atrás

Parabéns à trilogia.

Em tempos que o ódio ideológico quase se traveste de religião, a trilogia optou pelo caminho da seriedade, e respeito à ciência. Ganhou em coerência, elevou-se a um espaço muito mais sério do que 99% dos veículos de imprensa brasileiros.

Congratulações extremadas. Vos aplaudo de pé.

Augusto
Augusto
7 anos atrás

Fred que ciência ? Cada um tem sem opinião fatos são vistos de várias formas não só de uma, o problema são pessoas como essa que escreveu o texto e você que querem uma visão so. Sem contar que ngm é obrigado a aceitar essa visão marxista do autor, como se o marxismo fosse o supra-sumo da explicação da sociedade, verdadeiramente um lixo. Quando ao Ódio ele é justificado quando a pessoas tentando dominar outras ideologicamente

Agnelo
Agnelo
7 anos atrás

Galante
Achei uma boa matéria.
Eu, particularmente, acho q o nazi-fascismo é algo “híbrido”.
Nem esquerda, por diversos motivos q a descaracterizam, e pelo mesmo motivo, nem capitalismo.
Muitos tentam encaixar o estudo político, histórico, geopolítico, militar em preto ou branco, mas não entendo dessa forma.
Sds

Ramos
Ramos
7 anos atrás

esse ja foi o melhor blog de militarismo no Brasil, perdeu o caminho!

Bosco
Bosco
7 anos atrás

Opinião por opinião tem essa aqui dessa simpática mocinha: https://www.youtube.com/watch?v=bM85MU-5hDY

Renato Clementi
Renato Clementi
7 anos atrás

Serio. Eu quase vomitei !!

ERABREU
ERABREU
7 anos atrás

Deus do céu.
Quanta desiformação num texto só.
Bem marxista mesmo…

ERABREU
ERABREU
7 anos atrás

Sugiro uma abordagem mais embasada do que o textinho citando Eric Hobsbown,,,

http://sensoincomum.org/2017/05/31/guten-morgen-38-nazismo-direita/

H.Saito
H.Saito
7 anos atrás

Esse site foi hackeado é? por favor poupe-nos disso!

Socialista é sempre vigarista tentando jogar seu próprio lixo por cima do muro na casa dos outros, vão bostejar sempre para tentar convencer de que o que dizem é verdade.

hannes
hannes
7 anos atrás

Bosco, fica difícil terminar de assistir o vídeo quando a própria premissa inicial utilizada para definir o que é direita ou esquerda — isto é, tamanho do Estado — está completamente incorreta. Eu tenho certeza que, bem lá no fundo, você também sabe que essa lógica não tem lógica nenhuma.

Agora, opinião por opinião, eu prefiro o palpiteiro que fala com um certo embasamento científico sobre o assunto do que uma simpática mocinha qualquer que vende chavões ideológicos como verdade universal.

Abraço.

Bosco
Bosco
7 anos atrás

Hannes,
Pensei a mesma coisa mas foi quando li a introdução desse texto onde o autor já deixa claro ser de esquerda e aí ele se auto desqualifica para fazer uma análise minimamente aceitável.

Bosco
Bosco
7 anos atrás

Outro fator que meu deu certa “preguiça” se deve a um péssimo hábito meu de ler o título, ir para a introdução e depois pular para a conclusão. O título e a introdução versa sobre a mesma coisa mas a conclusão já mistura alguns conceitos que deveriam ter ficado claros e dissociados no desenvolvimento do texto sob pena de complicar a cabeça do leitor.

Ramos
Ramos
7 anos atrás

3.bp.blogspot.com/-fre7Lvo9fYE/UwXyW1gsWOI/AAAAAAAAGkI/516nZt3u7mE/s1600/Moeda+Nazicomunista.jpg

Matheus G.
Matheus G.
7 anos atrás

Meu Deus que decadência
Isso aqui é um blog sobre militarismo ou político?
Quando abri a página do site e encontrei essa matéria de cara, achei que era sobre política.

Matheus G.
Matheus G.
7 anos atrás

Tá difícil encontrar um blog de defesa sem posicionamento político, acho que vou ficar pelo youtube mesmo com o Marcelo.

Ramos
Ramos
7 anos atrás

podecrer!

Alexandre
Alexandre
7 anos atrás

O nazismo é nazismo o fascismo é fascismo! Mas hoje em dia tem gente que chama o Papa de comunista! Te gente que vê comunista, esquerdistas, socialista até debaixo da própria cama! A história não é apenas um ponto de vista! A história não pode nem deve ser relegada a achismos medíocres e a subjetividade patéticas! Se existe alguma dúvida sobre fatos históricos que sejam feitas as devidas análises pautadas em pesquisas! Se um historiador , um intelectual, um pesquisador opta pela teoria marxista como base metodológica para sua análise , que se faça a oposição mediante a metodologia distinta! Mas não cabe apenas adjetivar de forma pejorativa para desqualificar a tese apresentada! Se não basta cavar trincheiras e ficar nos argumentos infantis que atendam as subjetividades na base de que ” na MINHA OPINIÃO ” a esquerda/a direita é FEIA, BOBA e tem CARA DE MAMÃO!

Adriano Luchiari
Adriano Luchiari
7 anos atrás

Por que será que em países como Hungria e Polônia, após a invasão alemã na WW2, grande parte da população ativa se alistou no Exército alemão ao invés de agir como partizans, que sabotavam seus invasores, como fizeram franceses, belgas e outros? Porque tinham mais medo do comunismo, que também os ameaçava, e Hitler também combatia. Ironicamente, ao fim da guerra acabaram anexados à então URSS. Três protagonistas da WW2, de origens tão distintas quanto suas ideologias (Roosevelt, Churchill e Stalin) se aliaram contra os nazistas. Esse singelo resumo demonstra que o nazi-fascismo não era capitalista, socialista ou comunista, mas a a favor do capitalismo de estado, mais ou menos o mesmo modelo de recentes governos que tivemos aqui.

Moacir
Moacir
7 anos atrás

O que diferencia a esquerda da direita é, na base, o coletivismo contra o individualismo. Facismo vem de uma palavra italiana que significa feixe, como um feixe unido de varetas. Ou seja, um coletivismo. E o nazismo também é contra a liberdade individual, por ter uma ideologia totalitária que não aceita divergências. Portanto Facismo e Nazismo em sua base são de esquerda, ou seja, coletivistas.

Juliano M
Juliano M
7 anos atrás

O viés vermelho da trilogia sempre se fez presente na moderação e comentários dos editores, este texto não é mera proposta de discussão mas representa o alinhamento da trilogia.
Este site é deles q publiquem oq quiserem, nada contra, só não caio no conto de isenção.

Alexandre
Alexandre
7 anos atrás

Em tese todas as democracias ocidentais tem por premissa um governo,um Estado que tem por finalidade o Bem Comum! Por certo tal premissa é a expressão de uma finalidade coletiva! Logo todas democracias ocidentais ou são de esquerda ou são nazi fascistas!?????

Moacir
Moacir
7 anos atrás

Nazismo e Facismo são regimes totalitários de esquerda, como foi o Stalinismo e o que ainda hoje ocorre na Coréia do Norte. São regimes em que um ditador comanda uma nação com base numa ideologia de coletivo, com particularidades seja com o argumento de classe social, nacionalidade ou etnia, onde as liberdades individuais como a liberdade de opinião e expressão são suprimidas, inclusive com risco de vida em caso de insubmissão.

Ramos
Ramos
7 anos atrás

A questão n é nem a respeito do viés politico do site, e sim a respeito dos próprios editores de quebrarem a regra que eles criaram!

esta aqui no lado, “tem como objetivo tornar os assuntos de defesa parte da agenda nacional” e leia o resto!

Em todo o caso, n é de hoje que perderam o pé!

Ivan BC
Ivan BC
7 anos atrás

Eu discordo inteiramente da matéria…na minha opinião a matéria não prova que o Nazismo e Fascismo eram de direita, mostra apenas aquilo que eu sempre comento, há um absurdo de desconhecimento acerca do termo “direita”, assim como do termo: Esquerda. A polarização no Brasil transformou os termos Direita e Esquerda em sacos de pancada. Direita virou coxinha e Esquerda virou mortadela, sendo que nem os coxinhas são de Direita e nem os mortadelas são de Esquerda. Infelizmente grupos gigantescos de mídia como os conglomerados da Globo, SBT, Band, Abril, sem falar os blogs sujos, entre outras atacam dia e noite a corrente de direita, justamente porque para grandes empresários é fundamental deixar o Brasil do jeito que está: extrema-esquerda. Por que a família Marinho que detém o monopólio da comunicação no país defenderia liberalismo econômico???? Por que Itaú e Bradesco defenderiam o liberalismo econômico???? Jamais, esses caras querem o estado controlador, mantendo o status quo do monopólio econômico e de informação! Os caras querem poder, querem concentração, jamais vão criar um ambiente de concorrência e livre mercado!
Cara, com todo o respeito, não tem como associar Nazismo e Fascismo com direita…simplesmente não tem como! Basta digitar no Google o seguinte: Discursos de Hitler e Mussolini. Se o cara ouvir o discurso de Hitler e achar que aquilo é direita, então o cara não sabe o que significa direita.
As falas tanto de Hitler quanto Mussolini eram extremamente semelhantes a falas de figuras clássicas do socialismo e da esquerda. E quando eu falo isso não digo que as falas de pessoas de esquerda ou socialismo são erradas…não estou dando sentido pejorativo a palavra: Esquerda.
Um sujeito de direita defende: pouca presença do Estado nas organizações (Hitler e Mussolini praticamente estatizaram tudo), pouca regulação do Estado na vida das pessoas (Hitler e Mussolini controlavam tudo através do Estado), Não intervenção na economia (Hitler e Mussolini controlavam toda a economia), não intromissão do Estado na vida íntima das pessoas (Hitler e Mussolini controlaram cada centímetro da vida das pessoas), não intromissão do Estado na religião, cultura, costumes e educação (Hitler e Mussolini controlaram todas essas 4 áreas), pessoa de direita defende liberdades individuais (Hitler e Mussolini não defendiam isso), pessoa de direita defende o sujeito acima do Estado e não o Estado acima das pessoas (Hitler e Mussolini colocaram o Estado acima de todos), pessoa de direita defende meritocracia como guia da ação humana (Hitler e Mussolini não eram meritocráticos nas sua ações e não defendiam a meritocracia como norte das decisões), Hitler e Mussolini não defendiam uma sociedade de mobilidade social, pelo contrário, defendiam o FIM da sociedade de classes e defendiam a planificação das relações humanas (advinha quem defendia a mesma coisa???? A URSS de Stalin). Por fim, Hitler e Mussolini faziam aquilo que os economias chamam de capitalismo DE ESTADO, onde o estado define como as trocas irão ocorrer em todos os níveis, quanto um produto vai custar, quem vai comprar, quem poderá comprar etc…que é algo muito diferente do capitalismo de mercado, aquele defendido por liberais e pessoas de direita onde ocorre trocas livres entre os indivíduos, onde o Estado apenas garante a legalidade das ações.
Observem a conclusão do texto: “”””Apesar de apresentar um discurso “revolucionário”, o fascismo é um projeto reacionário a serviço do capitalismo monopolista, do status quo e das hierarquias. Projeto político antagonista a qualquer vertente de esquerda.””””
É sério esse trecho??? Isso é uma piada??? Pelo amor de deus! O Nazismo e Fascismo mantinham o status quo??? A Alemanha com a posse de Hitler manteve o status quo????? O que acorreu após a posse dos líderes dos 2 movimentos (Nazismo e Fascismo)???
Hitler capitalista???? Hitler manteve status quo???? Hitler defendia hierarquia social???? Hitler ataca o capitalismo de mercado o tempo inteiro em seus discursos, Hitler alterou inteiramente o status quo alemão, Hitler defendia abertamente o FIM da sociedade de classes!!!
Não apenas mudou a trajetória da vida de milhões de pessoas como alterou diversos aspectos de 1945 até os dias atuais.
Em vez de dizer que Hitler era de direita (com base em uma ideia errada acerca do termo: direita), mostre-me 1 característica de Hitler e Mussolini que sejam de direita!
Como eu mostrei logo acima, Hitler e Mussolini tem muitas semelhanças com a esquerda e com o socialismo e sinceramente até hoje não consegui identificar 1 característica de Hitler e Mussolini que sejam de direita…sabe por que? Porque Hitler e Mussolini faziam parte do movimento comunista europeu, justamente por isso as bandeiras vermelhas e discursos semelhantes a do socialismo, justamente por isso controlaram o ESTADO e a MENTE de uma geração, não bastou tomar o estado para si, tomaram a mente de uma geração de alemães.
Abraço!

Doug385
7 anos atrás

Nazismo era tanto de direita que o Partido dos Trabalhadores alemães nasceu fundamentado no marxismo e pregava o fim da burguesia. Durante anos o Hitler foi abastecido por Stalin, inclusive dividindo a Polônia entre a Alemanha e a URSS. Tropas da Wermacht eram recebidos calorosamente por socialistas franceses quando da invasão da França.
Podem falar e escrever o que quiserem, mas os fatos são: Hitler teve amplo apoio de Stalin, e o nacional-socialismo não passa de um retrato fiel do marxismo.