Exercício russo ‘Zapad 2017’ – o que Moscou quer?
Os grandes jogos de guerra “Zapad 2017” vão colocar as tropas da Rússia e da Bielorrússia contra terroristas infiltrados de três “hipotéticos” países da Europa Oriental
Moscou e Minsk estão finalizando seus preparativos para o exercício “Zapad 2017” de uma semana, que está programado para começar nesta quinta-feira. Nela, os dois países vão desdobrar suas tropas, designadas como “as do norte” para enfrentar a agressão de “ocidentais” – atacantes armados dos países inventados de Vesbaria, Lubenia e Veishnoria.
De acordo com o cenário divulgado pelos oficiais de defesa russos e bielorrussos, Vesbaria e Lubenia estão localizados na região do Báltico e controlam o corredor que liga o enclave russo de Kaliningrado com a Bielorrússia. No mundo real, o corredor corresponde aproximadamente à fronteira entre a Lituânia e a Polônia, ambos membros da OTAN.
O estado hipotético de Veishnoria, no entanto, está localizado na região de Grodno, na Bielorrússia, perto da fronteira ocidental do país.
Especialistas independentes vêem isso como um sinal de que Minsk e Moscou estão preparando cenários para ameaças originárias de países da OTAN e da Bielorrússia. A área de Grodno parece ter um significado especial como o lar de uma grande população de poloneses que vivem no antigo estado soviético. No entanto, as autoridades militares insistem que o cenário foi desenvolvido “contra um oponente hipotético, não relacionado à região concreta”.
Qual é o objetivo do exercício?
“A Bielorrússia e a região de Kaliningrado foram infiltradas por grupos extremistas com a intenção de cometer atentados terroristas. As milícias ilegais são apoiadas do exterior, fornecendo-lhes armas e capacidades navais e aéreas. A fim de neutralizar os oponentes, as forças terrestres serão desdobradas para cortar o acesso ao mar e bloquear os corredores do ar na região, com o apoio da força aérea, forças de defesa aérea e da marinha”, diz o plano oficial.
O objetivo das manobras Zapad 2017 é coordenar ações entre comandos militares regionais “no interesse de garantir a segurança militar”, disse Moscou e Minsk. “A República da Bielorrússia se esforça para evitar conflitos armados, e a Federação Russa está fornecendo apoio político, ajuda financeira, bem como apoio técnico e militar”, de acordo com o Ministério da Defesa da Bielorrússia.
O exercício está programado para prosseguir em duas etapas. Inicialmente, os militares aumentarão suas forças aéreas e suas capacidades de defesa aérea para proteger os principais objetos militares e estatais e se preparam para “isolar as regiões de atividade dos grupos armados ilegais e seus esquadrões de reconhecimento subversivo”. A segunda etapa será “trabalhar as questões de gestão das tropas ao repelir uma agressão “contra a Rússia e a Bielorrússia.
Quantos soldados participarão?
Os dois países dizem que cerca de 12.700 militares serão envolvidos nos próximas exercícios. “Zapad 2017” também envolverá 70 aviões e helicópteros, 280 tanques, 200 armas de artilharia, dez navios e vários outros equipamentos militares. Os exercícios também incluirão agentes do serviço de inteligência russo FSB, bem como pessoas que trabalham para o Ministério das Relações Exteriores da Rússia e o Ministério das Situações de Emergência.
No entanto, os aliados da OTAN contestaram repetidamente esses números, como a ministra da Defesa alemã, Ursula Von der Leyen, afirmando que o número real provavelmente será de mais de 100 mil soldados. Os acordos internacionais exigem que os países ofereçam maior transparência ao realizar exercícios com mais de 13 mil soldados.
No sábado, o Ministério da Defesa da Rússia disse que estava “perplexo” com a afirmação de Von der Leyen e reiterou suas afirmações de que a broca permaneceria abaixo do limite de 13.000. Anteriormente, o Kremlin pediu aos oficiais de defesa estrangeiros e ao corpo militar-diplomático para visitar o estágio final do exercício conjunto em um dos locais na Rússia. A Bielorrússia também declarou que havia enviado convites à ONU, à OSCE, à OTAN, à Comunidade de Estados Independentes pós-União Soviética e a adidos militares credenciados na Bielorrússia.
Onde o exercício será encenado?
As bases envolverão sete locais na Bielorrússia, um local no enclave russo fortemente militarizado de Kaliningrado e dois no oeste da Rússia. A fim de reduzir as tensões com os países vizinhos, os autores do exercício fizeram um esforço para escolher as áreas “a uma distância significativa da fronteira”.
Os membros orientais da OTAN estão preocupados com o desdobramento de tropas russas perto de seu território, já que Moscou é conhecido por ter realizadoe grandes exercícios antes do conflito na Geórgia em 2008 e a anexação da Crimeia em 2014. Alguns até especularam que a Rússia poderia usar as tropas para ocupar a Bielorrússia, o aliado europeu mais próximo. A maioria dos observadores, no entanto, considera esse movimento extremamente improvável.
O exercício tem “caráter estritamente defensivo, sua execução não representará qualquer ameaça para a comunidade europeia como um todo, nem para os países vizinhos”, disse o Ministério da Defesa russo. O lado bielorrusso garantiu que, após o término dos treinos, “até 30 de setembro, o pessoal militar, armas, equipamentos militares e dispositivos especializados da República da Bielorrússia serão devolvidos aos seus locais de implantação permanentes e os elementos dos militares russos deixarão o território da Bielorrússia”.
FONTE: DW.com
A histeria dos poloneses não tem limites.
A Rússia tem que cuidar do leste, logo os chineses comem parte do território.
Quanto ao setor ocidental, a única agressão de fato que eu vi foi a ocupação russa na Criméia.
Acho que é histeria mesmo, China já é uma traidora por copiar o SU27 e ainda tem acesso ao SU35, e pode muito bem invadir a parte siberiana ao norte pq tem chineses e descendentes de chineses lá, mesma lorota q a Rússia usou para tomar metade da Ucrânia.
Senhores, será que estou exagerando?
Na década de noventa os EUA garantiram que as nações outrora integrantes da URSS não seriam integrados à Otan. Mentiram, integraram os países bálticos (além de quase todos os outros do Pacto de Varsóvia). Cercaram os russos, colocaram bases no Quirguistão, tentaram integrar a Georgia (e ainda pintam russos como agressores quando foi o irresponsável Saakashvilli que aproveitou a abertura das olimpíadas de 2008 para quebrar um acordo na zona de fronteira via agressão militar).
Aí os russos vão à forra – afinal já não se tratava da Rússia bebum do Yeltsin -, põem a insignificante Geórgia no lugar e, em 2014, depois que a política de ‘regime change’ dá certo na Ucrânia os russos mostram que não vão mais tolerar esse tipo de ingerência na sua fronteira e anexam a Crimeia.
E o que o Otan faz? Parte para sanções e a pintar os russos como agressores, depois de passarem quase vinte anos pressionando, apoiando neonazis simplesmente porque são antirrussos (refiro-me ao infame Batalhão Azov).
E falam em cem mil homens no exercício Zapad 2017? Mesmo depois dos convites? O que o Ocidente quer? Testar os Bulavas e Topol-M? Verificar se os Yasen têm mesmo mísseis e o estado operacional dos Akulas? Ora se são cem mil homens, tirem uma foto com satélites e acabem com a coisa toda. Mas não há cem mil homens, pois se houvesse a foto já estaria em tudo que é lugar.
A imprensa, os EUA e parte dos governos europeus estão insuflando uma histeria similar a que precedeu a Primeira Guerra, preparando a opinião pública para um conflito. É uma irresponsabilidade inaudita porque isso implica na possibilidade efetiva de uma guerra nuclear de, como diz o termo, ‘mútua destruição assegurada’. Eu não consigo perceber porque os EUA e a imprensa (na Europa, especialmente a britânica) estão advogar isso.
A reportagem fala de mais de 12 mil militares no exercício. O exercício sueco terá mais de 20 mil. Há tensões em elevação, e exércitos em adestramento e mandando recados diplomáticos. Normal, até agora.
Depois do que os poloneses passaram na mão dos russos… mesmo sendo improvável uma invasão, qq um ficaria de “olho aberto maior do q a cara sempre”!
Faço minhas as palavras do Agnelo. Não culpo os poloneses por ficarem histéricos. De resto, tudo normal, para variar. Fabrício, não vejo a grande imprensa, de lugar algum, dando muita importância para isso. Aliás, nem os EUA parecem preocupadassos. Só os países imediatamente da região é que parecem mais nervosos. E como disse antes, com justiça.
donitz123,
Que histeria…?
A Polônia passou mais de 100 anos rachada entre prussianos, austriacos e… russos…
Logo após a Primeira Guerra, com apenas dois anos de independência, foram invadidos e quase conquistados por… russos…
E na Segunda Guerra, foram mais uma vez invadidos, conquistados e rachados entre alemães e… soviéticos… E depois viram todo o sofrimento e devastação da SGM para terminarem sob firme tacão da… URSS…
Acha que dariam brecha para o azar de novo…? Evidente que não. E o que puderem fazer, farão. E veem nos EUA a ponte para manter sua soberania…
Fabrício…
Não me consta que os americanos tenham sido recebidos a pedradas no leste europeu. Muito pelo contrário… 50 anos sob o abraço do Urso e deu pra eles… Não hesitaram um instante em correr para baixo da asa da Águia…
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A ofensiva georgeana foi precedida por ataques de ossetianos pouco antes, em particular um bombardeio contra vilas georgeanas ocorrido em 1 de Agosto de 2008. Há provas documentais disso…
Se não me engano, até hoje existem áreas pertencentes a Georgia ocupadas pelo exército russo…
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Em 2014, a insatisfação popular era vigente na Ucrânia… Nem mais e nem menos… Independente do gatilho, não haveria manifestação se ela não existisse… Há também provas documentais, com imagens muito bem registradas de como o povo foi duramente reprimido; de como as forças pró governo agiam na repressão dos insatisfeitos. E mais a frente, surgiram os indícios de corrupção, na forma do luxo no qual vivia o presidente deposto, muito acima dos padrões esperados, conforme também constatado posteriormente por registros em imagens…
Se teve empurrão do Ocidente nessa história, eu não duvidaria. Mas o fato em si, da falta de consenso popular sobre os rumos do país e o desejo de depor um lider corrupto, não pode ser negado…
A situação da Ucrânia, aliás, é singular. A metade a oeste, pró-Ocidente e que incluia região entorno de Kiev, não aprovava o ‘status quo’ com os russos. Já as regiões leste e sul, com grande concentração de russos étnicos, manifestavam-se claramente pró-Russia.
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O que quer o Ocidente…? Ora pois. Defender o seu, assim como os russos também acreditam que estão fazendo… E essa disputa por zonas de influência faz parte.
Mas é inegável que as ações russas foram mais “abrasívas”, digamos assim…
“O que Moscou quer’??? Mostrar que ainda tem combustivel para seus tanques…inclusive para o “armata”…
Fabrício,
Continuando,
Citando Raymond Aron: “Guerra improvável, paz impossível…”
Ninguém vai querer dar o primeiro tiro, pois o único resultado é uma “derrota mútua”…
O que veremos será isso, quer dizer, ambos os lados pondo os peões a frente e flertando com corações e mentes…
Fabrício Barros sua colocação é perfeita.
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Essa histeria (russofobia), guerra-fria 2.0, serve:
– para incentivar a venda de armamento americano. Isto fica muito claro, no discurso que acompanha essa pressão sobre os países da OTAN, para investirem o mínimo de 2% do PIB em Defesa;
– para aumentar a influência geopolítica sobre a região, que por sua vez permite a implantação de tropas próximo ao território russo e a criação de um escudo de proteção balística em território alheio;
– para manter viva a chama de um inimigo externo poderoso, que é sempre útil quando se tem problemas internos. Os últimos acontecimentos eleitorais e pós-eleitorais provam isso.
_RR_
Derrota mutua se o armamento oriental nao “soltar pecinha”, afinal o sistema economico produtivo deles ainda nao passou pelo crivo obvio da eficiencia…chamado MERCADO.
E por falar em soltar pecinha, por que sera que ninguem mais fala no CBERS??? Aquela maravilha tecnologica…sera que o parceiro soltou pecinhas, de novo???
@_RR_ concordo parcialmente com você, mas como minha posição pende para a rússia não concordo com ‘ações mais abrasivas dos russos’ por conta do precedente da ampliação da Otan até a fronteira da Rússia, tampouco pela política do ‘regime change’. Nesse ponto fico Havia sim insatisfação na Ucrânia, como havia ONG’s financiadas pelo Endowment for Democracy operando na na Ucrânia. Mesmo o Saakashvilli foi influenciado pesado pelos EUA dado que sua formação político se deu por lá.
Enfim, fico com uma posição mais ou menos como a do Prof. Moniz Bandeira esboçada no seu livro “A Segunda Guerra Fria – Geopolítica e Dimensão Estratégica Dos Estados Unidos”, aqui: https://www.saraiva.com.br/a-segunda-guerra-fria-geopolitica-e-dimensao-estrategica-dos-estados-unidos-5795221.html
Julgo-o no mesmo nível intelectual de Aron.
Para quem se interessar há uma entrevista dele aqui a falar desse trabalho: https://www.cartacapital.com.br/internacional/a-segunda-guerra-fria-4728.html
Ah, obrigado pela interlocução.
@Alfredo C. S.,
interessante você a falar sobre ‘soltar pecinha’. Tomo a alegada inferioridade do equipamento russo como mero discurso ideológico.
Recorde que a Índia usa material russo, francês e norte-americano, entre outros. Mas a espinha dorsal de sua defesa é de cepa russa, em terra, ar e mar.
China, maior rival geopolítico da Índia, também tem um forte apreço pelo material de origem russa (e, o que acho bizarro, desenvolvem aviões baseados no MiG-21 até hoje e com sucesso).
E, curiosamente, alguns membros da Otan também. Grécia e Turquia que o digam.
E até os EUA já ‘se renderam’ à primazia técnica russa. Vide os meios de subida à EEI e a dependência dos Estados Unidos, não obstante as sanções, dos motores de foguete RD-180, meios propulsores do foguetes estadunidenses Atlas V.
Fabrício Barros 14 de setembro de 2017 at 17:20
Os países membros da antiga URSS fazem o que quiserem, são autônomos, independentes para isso e devem ser respeitados como países e nações!
A Rússia tem todo o direito de fazer tais manobras militares e certas declarações, pois é um país independente. A Rússia pode até não gostar de tais decisões.
O que não é aceitável é a ideia de que a Rússia pode ditar o que Ucrânia, Estonia, Letonia, Finlândia, Polonia, Romenia, Estonia, Georgia etc…podem ou não fazer! Até porque na história recente quem invadiu e comandou durante décadas os países citados foi a Rússia e não o oposto.
Importante:
Novamente a Coreia do Norte dispara um missel balístico sobre o território do Japão :
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,coreia-do-norte-dispara-novo-missil-rumo-ao-leste,70001997493
Eu sei que não é sobre o assunto mas …….
Alguém sabe sobre o envio de tropas brasileiras para a Africa Central???
https://www.youtube.com/watch?v=MLEzPv-Y6Ts
https://www.youtube.com/watch?v=ASMfxPyMbgM&t=105
Precisa ser atualizado:
https://www.youtube.com/watch?v=neDNY_ssHRk
(provocative mode on)So mandar um b-2 armado com centenas de sdb-ii pra acabar com fiesta .( Provocative mode off)
donitz123 14 de setembro de 2017 at 15:56
Histeria ? Não foi você que foi massacrado anos pelos russos…
Brasileiro é folgado mesmo, reclama de ter que andar de farol aceso e acha bonito ditadura para os outros.
A única coisa que Moscou tem necessidade hoje em dia é aparentar uma grandeza que não tem.
Srs
Se seguir o padrão, é o estudo do terreno para ações futuras visando o controle dos países balticos e impedir qualquer apoio dos outros países europeus.
O estranho, nas ações da Rússia, é que o Putin, dito como um bom estrategista, continua apegado a velhos conceitos, dos quais, o mais persistente é o desejo de controlar os países do Báltico e da Europa Central num retorno a velha disputa com o império austríaco.
A encrenca é que os tempos mudaram e a Rússia tem dois flancos vulneráveis e que sofrerão ataque mais cedo ou mais tarde: a região da Ásia Central onde os muçulmanos gradativamente irão incomodar, particularmente se for formada uma união entre os países islâmicos e na Sibéria com a expansão chinesa.
Para piorar, a Rússia sofre do mesmo problema da Europa Ocidental, envelhecimento da população e baixa taxa de natalidade.
O mais sensato para a Rússia e para a Europa seria esquecer as velhas disputas e se preparar para enfrentar a expansão islâmica e o ressurgimento do império chinês.
Sds
Fabrício Barros ( 14 de setembro de 2017 at 19:31 );
O interesse americano na cooperação com o projeto espacial russo, além de uma política de boa vizinhança, deve-se principalmente a custos mais atrativos. Afinal de contas, é mais barato mandar toda a galera de ‘Soyuz’…
Mas essa cooperação só falta marcar a data pra acabar… O sucessor do ‘Atlas V’ já está em desenvolvimento, assim como um motor apropriado ‘made in USA’, além dos trabalhos na nova ‘Orion’, que vão levar os americanos de volta ao espaço por conta própria…
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A ação russa na Crimeia e a ingerência na região do Don teve efeito muito maior que qualquer intervenção indireta da OTAN onde quer que fosse naquela região… Aliás, apenas nessas regiões houve uma reação verdadeiramente negativa a aproximação do Ocidente.
Não é de hoje que os principais países na região projetam nos russos os maiores adversários em potencial. E há referências históricas que corroboram a visão desses países, de modo que, com ou sem OTAN, o clima muito provavelmente seria o mesmo…
_RR_ 14 de setembro de 2017 at 18:01
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Certamente você nunca ouviu falar das aventuras polacas na Rússia quando tentou conquista-la e forçar a conversão do povo russo ao catolicismo na base da espada. Nem os mongóis fizeram isso.
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O poloneses se passam de vítimas mas já foram os algozes dos russos.
Que eu saiba a Polônia dominou a Ucrânia não a Rússia e se não fosse assim o império otomano a teria dominada. Quando a Polônia e a Lituânia tinham um reinado juntos lá pelo começa da modernidade, a Rússia assim como a Prússia é que se aproveitaram da morte do rei polonês para dominar a Polônia e reparti-la
Polônia ?
Faz favor, os chucrutes é que devem ficar atentos.
Meus caros, aos fatos,
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ao que tudo indica Moscou move suas peças, e, está começando a usar a Bielorrússia para ameaças híbridas contra a Polônia e os estados do Báltico. Desta forma um exercício “Zapad 2017 de grande envergadura” seria a parte concreta das ameaças militares desta componente híbrida.
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Gostaria de fazer um adendo importante que os amigos não podem deixar de observar, o seguinte, a histeria alimentada por certos “especialistas e governos” sobre a supostamente possível ocupação da “Bielorrússia” pelas tropas russas, óbviamente deve ser vista como a tentativa de algumas estruturas marginais e de governos para obter dividendos políticos ou aumentar sua classificação devido à exploração do tema das relações bielorrusso-russo, e destes governos em seus interesses no Blatico. Isso é fato. Não sejamos cegos, ponto.
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A que se ter em conta o seguinte fato, a Bielorrússia é considerada um aliado militar russo e, portanto, uma fonte de perigo, é verdade! Afinal, seu território pode ser usado para várias experiências e doutrinas agressivas dirigidas contra o Ocidente e seus interesses…
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O objetivo dos exercícios Zapad 2017, por razões do conflito ucraniano e do Báltico, não deve ser visto como uma agressão contra a Bielorrússia, mas é principalmente com toda a certeza uma preparação para se for o caso, com o consentimento oficial de Minsk , forças russas se moverem nas direções do sul e oeste…
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Neste contexto provavelmente parte das tropas russas envolvidas no exercício não irá deixar a Bielorrússia após os exercícios, mas permaneçam permanentemente estacionadas neste país.
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Algo aqui tem de ficar bem claro, previsivelmente muitos ignoram que a intensificação das atividades militares de Moscou nas fronteiras ocidentais está inseparavelmente ligada ao fortalecimento gradual, mas constante, da presença das forças da OTAN e dos EUA em territórios adjacentes(o caso recente da Ucrânia se insere neste contexto, já que o mesmo na visão russa, serve como estado tampão…). O fato de estarem pipocando exercícios militares por toda a parte na região neste momento mostra que a dinâmica de conflitos na região é óbvia.
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Grato
August 15 de setembro de 2017 at 10:23
Que eu saiba a Polônia dominou a Ucrânia não a Rússia e se não fosse assim o
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You do not know anything!
The Russo-Polish War was an armed conflict between Russia and the Polish-Lithuanian Commonwealth, during which the Polish-Lithuanian troops occupied the Moscow Kremlin for two years (from 1610 to 1612). In the Russian-language literature is often referred to as Polish-Lithuanian intervention or Polish-Swedish intervention. One of the main events of the Time of Troubles.
Polish tycoons invaded Russia initially under the pretext of rendering assistance to False Dmitry and False Dmitriy II (in 1605 and 1607-1609), and then with a direct goal to conquer the Russian kingdom. Officially Rzeczpospolita in the person of King Sigismund III entered the war after the czar Vasilii Shuisky concluded an alliance with the hostile Poles of the Kingdom of Sweden (see Vyborg tract of 1609). The tsarist army was defeated in the Klusha battle, the Polish-Lithuanian army captured Moscow, captivated Shuisky and tried to put in his place the prince Vladislav.
In 1612, the Second Russian People’s Militia liberated Moscow from the interventionists, but the war blazed until 1618, when Polish and Cossack formations ravaged the southern regions of the Russian state and without success besieged Moscow. The war ended with the signing of the Deulina truce
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Você não sabe nada!
A guerra Russo-Polonesa foi um conflito armado entre a Rússia e a Commonwealth polonesa-lituana, durante a qual as tropas polonesas e lituanas ocuparam o Kremlin de Moscou por dois anos (de 1610 a 1612). Na literatura de língua russa é muitas vezes referida como intervenção polonês-lituana ou intervenção polonês-sueca. Um dos principais eventos do Time of Troubles.
Os magnatas poloneses invadiram a Rússia inicialmente sob o pretexto de prestar assistência aos False Dmitry e False Dmitriy II (em 1605 e 1607-1609), e depois com o objetivo direto de conquistar o reino russo. Oficialmente, Rzeczpospolita na pessoa do rei Sigismundo III entrou na guerra depois que o zagueiro Vasilii Shuisky concluiu uma aliança com os polones hostis do Reino da Suécia (ver tratado Vyborg de 1609). O exército tsarista foi derrotado na batalha de Klusha, o exército polaco e lituano capturou Moscou, cativou Shuisky e tentou colocar no lugar o príncipe Vladislav.
Em 1612, a Segunda Milícia do povo russo liberou Moscou dos intervencionistas, mas a guerra ardia até 1618, quando as formações polonesas e cossacos assolaram as regiões do sul do estado russo e, sem sucesso, sitiaram Moscou. A guerra terminou com a assinatura da trégua Deulina
Nunca soube sobre esses the troubles nem na Wiki sobre a história da Polônia tem sobre isso, aliás o que tem é sobre a ‘livonian war’ de 1558-1583 onde a Rússia tsarista invadiu o reinado da polonia-lituania,Dinamarca e Suécia e foi derrotada. E consta que a Polônia foi dívida entra a Russia,Prússia é Império austríaco em uma intervenção de sucessão é quando a mesma se encontrava fraca após a morte de um rei
PRAEFECTUS esse “especialistas” como vc disse falam sobre a ocupação da Bielorrússia porque a mesma é uma ditadura e a sinais de que a população está passando por uma mudança de valores que pode colocar em risco o regime e aproxima-se do ocidente daí que viria a possível invasão russa para assegurar o Regime nessa possível revolução
Pode até parecer, mas não é off topic.
Este é o vídeo mais importante e revelador feito pela maior liderança intelectual russa neste século, Alexander Dugin, o Guru de Putin.
Ps.: A minhoca foi “plantada” e virou um minhocário.
https://www.youtube.com/watch?v=g83ZZz7qnCw&feature=youtu.be
Kkkkk Alexandre dugin, vou nem me fazer o favor de ver ! Ainda não sei como tem gente que acredita nessa m…., ainda mais gente com grande bagagem cultural
August,
Você pode rir, mas Dugin é arquiteto intelectual da Rússia pós Yeltsin, você querendo ou não. Se o que ele está falando tiver 10% de veracidade, você irá ver Putin indo jantar na cobertura de Trump e vise versa, verá os dois mandando cartões de natal e convidando para o amigo secreto de fim de ano. É um discurso de alinhamento ou propondo isso.
Ps. Dugin está falando para o imaginário ocidental e russo, desencavou até mesmo Pitirim Sorokin e sua “Teoria Cíclica do Processo Social”.
Imaginário/social/política/militar é assim que o mundo anda. Os notícias militares sempre estarão atrasadas. 🙂
Oganza disso eu sei, mas já houve outros russos falando esse mesmo tipo de discurso e todos nós sabemos o que eles realmente queriam(vou dar uns nomes aqui Lênin,trosky, Stalin ). Ocidente não está nos seus melhores momentos hoje com esse intelectuais “coloridos” dominando o cenário cultural-ideologico e se colocando como liberais(que na vdd não tem nada, digo até que eles não gostam do liberalismo querem é mudar a conjuntura política/ideologica/social) e chamando todos que se opõem de fascistas mas de qualquer jeito o ocidente e seus valores judaicos-cristao e sim sua sociedade “open-mind” ou open-society como o Dugin fala é muito melhor do que qualquer outra aí mundo afora. Entenda os russos não querem uma amizade colorida com os EUA os russos querem é mudar a ordem global liberal )o que na guerra fria chamávamos de mundo livre ) e implantar seu projeto eslavo de sociedade o próprio Trump disse isso em seu livro, o Putin não quer amizades na casa branca ele quer é amarra-la politicamente para os EUA não se contrapor em a ele
AiátOlavo de Carvalho ataca novamente.
donitz123,
Não creio ser possível comparar a intervenção do início do século XVII ( que na verdade foi um apoio a um dos vários lados em uma disputa interna por poder na própria Rússia, e que menos tinha a ver com religião que com política ) com o que foi feito aos poloneses depois…
Seja como for, dado os antecedentes históricos, os poloneses tem sim o que temer…
Russofobia? kkkkkkkk
É por isso que eu não levo a sério os pró-russos. Aliás, as vezes eu tenho a concordar com o Bosco em chamarem vocês de russófilos. A primeira vez que eu vi a palavra “russofobia” foi no sputnik international no início desse ano em um comentário de um leitor, essa é a segunda vez que eu vejo e eu não esperava que viesse deste blog.
A histeria dos poloneses é claramente justificada, depois de passarem o horror em que viveram, é mais do que justo olhar o Zapad 2017 com certo receio. Só que não dá para negar que a OTAN faz uma histeria em relação a esses exercícios, e aumentam drasticamente as tensões naquele território.
O mais engraçado é a simbólica hipótese da Suécia aderir a OTAN, os russos e pró-russos já deram seus xiliques.
Para completar: Quando a OTAN fizer exercícios na fronteira com a Rússia, eu quero ver o tipo de atitude que os pró-russos vão tomar, vamos ver se vai ter esse mesmo tipo de histeria.
IVAN BC , pra ti anexar o que sempre foi teu é Agressão ,muito bom , muito bem ,passei aprender contigo ,Maravilha !!!
August,
sim e não. Esse discurso ai está muito mais alinhado com a escatologia russa, com a Revelação e com a impotência do lado russo, no próprio projeto eurasiano onde a hegemonia é chinesa e não russa. Isso ai é um mea-culpa de Dugin mas sem largar o osso.
Evitar o apoio externo aéreo e naval às forças terroristas instaladas nos países Balticos e restabelecer o corredor polones, digo, corredor com Kaliningrado através da Bielorussia.
_RR_ 16 de setembro de 2017 at 9:40
donitz123,
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You do not think, but we remember! If we did not then expel the Poles from Moscow, now our country probably would not have been!
you understand, and stop telling me about the fairy tales of Poland
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Você não pensa, mas nós lembramos! Se não tivéssemos, então, expulsar os poloneses de Moscou, agora nosso país provavelmente não teria sido!
você entende, e pare de me contar sobre os contos de fadas da Polônia
Impressionante… se depois do que a Rússia fez com a Polônia na IIGM, ainda há rusga de 1600 e uns quebrados, imagina o q ainda há em relação a Alemanha?
É melhor a OTAN afiar suas garras mesmo!!
Eu estive na Polônia, na região de Dresden na Alemanha e na República Tcheca em 2010 e vou dizer para vocês que eles odeiam os Russos. Vi relatos de experiência emas orientais das atrocidades cometidas pelos russos no pós guerra. Toda a indústria de base destes países foi roubada e levada para a Rússia depois de 1945.
Os Poloneses se tiverem q lutar com garrucha e cabo de vassoura contra os Russos não se importarão.
G abraco
Juarez 17 de setembro de 2017 at 10:59
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You’re lying clown – you were not in Poland!
I was in Poland and there the attitude towards Russia is good as we have to them!
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Você está mentindo palhaço – você não estava na Polônia!
Eu estava na Polônia e lá a atitude em relação à Rússia é boa como nós temos para eles!
Estranho falar de contos de fadas da Polonia, até porque se os russos imbirram com uma invasão que ocorreu lá pelos 1600s e foi só uma vez, quem dirá os poloneses que foram invadidos por 3 vês pelos russos em 3 séculos diferentes, aliás a primeira invasão russa a Polônia foi na guerra da livonia entre 1558-1583 ou seja bem antes da invasão polonesa de Moscou e aliás que já é justificada pela invasão russa da Polônia anos antes nessa guerra da livonia, ou seja, se antes os russos invadiram a Polônia agr quando houvesse chance a Polônia iria invadir a Rússia. E ainda tem as invasões Russa no séc 18 junto com a Prússia é o Império Austríaco que desmembraram a Polônia e também a invasão soviética de 39 junto com seu amiguinho traidor Hitler
A e esqueci teve uma 4 vez tbm na guerra soviética-polonesa (1919-1921) onde Lênin invadiu a Polônia para poder chegar até a Alemanha e ajudar na revolta proletariado que estava havendo lá mas foi derrotada no meio do caminho pela Polônia