Os benefícios do recrutamento são econômicos e militares
Outros países devem seguir o exemplo da Suécia, Finlândia e Israel
Elizabeth Braw
No mês que vem, a Suécia começará a testar jovens de 18 anos para a primeira classe de conscritos, uma vez que o serviço militar foi suspenso há sete anos. Os 4.000 jovens e mulheres selecionados pelas forças armadas suecas irão entrar em serviço no ano que vem.
A conscrição traz benefícios além da capacidade dos soldados de barrar um invasor que avança, diz o ministro da Defesa da Suécia, Peter Hultqvist: “Além de fornecer pessoal às forças armadas. . . o recrutamento irá. . . aumentar nossas habilidades de gerenciamento de crises e levar a um maior engajamento e participação na defesa da Suécia “.
Com a Suécia enfrentando ameaças militares crescentes — na segunda-feira, começa seu maior exercício militar em 23 anos — essa é uma vantagem importante. Mas o recrutamento pode beneficiar os soldados também. Peter Vesterbacka, um empresário finlandês que era até recentemente o “Mighty Eagle” na Rovio, o criador de Angry Birds, encontrou-se morando e trabalhando com pessoas que de outra forma nunca se conheceriam. Ele diz que foi uma coisa boa: “Você aprende a trabalhar com pessoas de todos os tipos e origens”.
Hoje, cerca de 80 por cento de todos os jovens finlandeses prestam o serviço militar — quase tantos quantos o fizeram durante o auge da guerra fria.
De acordo com um estudo sobre os efeitos sociais do recrutamento em Israel por Ori Swed, um professor de sociologia da Universidade do Texas e seu colega John Sibley Butler, o serviço nas Forças de Defesa de Israel, “cultiva novas habilidades (capital humano), novas redes sociais (capital social) e novas normas sociais e códigos de comportamento (capital cultural)”. Isso é o que os Srs. Swed e Butler chamam de “capital militar”.
Um acadêmico finlandês, Jukka Määttä, tirou conclusões semelhantes. Ele descobriu que, enquanto os conscritos com planos de carreira definidos sofreram um atraso profissional de um a dois anos, o serviço militar desenvolve habilidades gerais úteis “em qualquer setor, como adaptação, gestão e habilidades sociais”.
Na Finlândia e em Israel, que mantiveram o recrutamento por décadas, as habilidades dos ex-conscritos são altamente avaliadas na sociedade em geral. Especialmente em unidades de elite, conscritos finlandeses e israelenses formam redes que eles mais tarde usaram no mundo dos negócios. Ambos os países produziram setores de start-up que são pelo menos parcialmente o resultado de habilidades e redes militares.
O estudo de Swed e Butler mostra que 90 por cento dos trabalhadores no setor de tecnologia de Israel realizaram serviço militar, contra 60 por cento da população adulta do país. Tão valiosas são as habilidades dos ex-conscritos israelenses que as empresas do Vale do Silício competem para recrutá-los.
Outros países também devem aproveitar os talentos dos conscritos. Imagine os resultados se, digamos, as empresas gregas usarem as habilidades aprendidas por dezenas de milhares de homens jovens que cada ano realizam o serviço militar. Mais que
47 por cento dos 15 a 24 anos de idade na Grécia estão desempregados.
As mulheres norueguesas, que foram recrutadas pela primeira vez no ano passado, podem se orgulhar de habilidades impressionantes em seus currículos. Os homens lituanos também foram recrutados há dois anos, depois de um hiato de sete anos.
Mas, observa o Sr. Swed, a sociedade deve aceitar as habilidades militares como transferíveis. “Em alguns países, há um estigma ligado ao serviço militar, enquanto que em Israel é valorizado”, diz ele. Outros países também estão menos dispostos do que Israel a investir em recrutamento. É caro, por um lado. Mas com a situação da segurança europeia mudando, a Suécia e a Lituânia decidiram claramente que o custo vale a pena suportar.
Com certeza, os conscritos devem aprender técnicas militares independentemente de serem úteis fora do quartel. E não há dúvida de que alguns jovens de 19 anos vêem o serviço militar como um fardo. Mas e se isso ajudar suas carreiras? As forças armadas se beneficiarão de conscritos inspirados, e a economia também ganhará.
A autora é escritora sênior não residente no Atlantic Council
FONTE: Financial Times
Muito bonito, mas para a realidade sócio-econômica dos países citados que é bem diferente da nossa. População homogênea, renda per capita e escolarização mais altas, e, por fim, FFAA que não passam por contingenciamentos de verbas a ponto de dispensar pessoal do serviço por não dinheiro para o rancho. No nosso caso, o serviço militar obrigatório já deveria ter sido extinto, principalmente os Tiro de Guerra (eu servi em 1980 no TG 02-045 em Americana/SP). Seis meses de treinamento, média de 3 horas por dia, atirador fazendo ordem unida com fuzil 32 e se disparar 6 tiros de mosquefal é muito. Isso não é treinamento militar. Atrapalha as oportunidades de emprego ou de estudo do jovem. Requer tenentes e sargentos em vários TGs espalhados pelo país, com custo de manutenção das instalações e salários dos funcionários civis pelas prefeituras e muitas vezes (ao no meu tempo e na minha cidade era assim) o pagamento de aluguel das residências daqueles militares, que poderiam ser mais úteis à frente de pelotões especiais de fronteira. A receita própria da maioria das prefeituras do país hoje sequer cobre seu custeio, que tem que ser complementado pelo fundo de participação dos estados e municípios. Por isso creio que o alistamento militar deveria continuar compulsório na forma que é hoje, e os vocacionados que quiserem servir às FFAA encaminhados à unidades militares mais próximas para seleção e recrutamento, e incorporados quando necessário complemento de seus quadros. Após um ano de treinamento, os melhores passariam a efetivos e remunerados por isso, seguindo a carreira militar de acordo com o atual estatuto dos militares. Também os CPOR e NPOR devem ser mantidos como estão. Os reservistas das FFAA ficariam definidos pelo SINAMOB e, além das PMs estaduais, pilotos civis, profissionais da marinha mercante e outros seriam os primeiros convocados em caso de guerra ou de catástrofes que justifiquem essa mobilização.
Sou totalmente contra o fechamento dos TGS, vejo muita gente reclamando que serviu em mil novecentos e bolinha dizendo que não pulou de paraquedas, não deu tiro de obuseiro etc…Tiro de guerra não é pra isso.
Eu servi em tiro de guerra em 2015, dia 24 irei junto com vários ex atiradores prestar prova para eSa, espcex, afa dentro outras provas, fora vários colegas meus que já estão na aman, outros já se formaram sargentos, vários policiais e bombeiros, dos 100 atiradores, +/- 40 estão buscando a carreira militar.
O custos de um TG são o fardamento e balas, salário dos sargento e do sub tenente apenas, todo aluguel e custos de instalações são por conta da prefeitura.
Uma curiosidade é que aproximadamente 80 % dos atiradores cursavam faculdade ou curso técnico ( tínhamos mecânicos, enfermeiros, tradutores, torneiros etc.), ou seja se comparado com soldados “regulares” de muitos quarteis pelo Brasil afora, nossos atiradores tinham um nível de instrução muito maior, o que nos possibilitou participar de inúmeras ações sociais que se dependessem da prefeitura iriam demorar anos para serem feitas.
Sobre o treinamento todos entediamos a situação do exército, muitas vezes nos pagamos do nosso próprio bolso (por iniciativa própria) viagens para outros quarteis com maior estrutura como o 37 bil em lins, AFA, e convênios com a pm-sp. A pm nos apresentou o IA-2 e aprendemos a manusea-lo antes mesmo do que outros quarteis.
Tive sorte que meu tg tinha um estante de tiro com convênio com vários praticantes do esporte então graças a esses atiradores aprendi a atirar de revolver, carabina, e outros fuzis além do mosquefal.
Abraços.
Além das ameaças representadas pela Rússia e pelo fundamentalismo islâmico, a Suécia tem ainda uma grave questão demográfica. A população do país envelheceu e a taxa de fecundidade está muito abaixo da taxa de reposição, que é de 2,1 filhos por mulher.
Caro Cbamaral, depois dessa sua maravilhosa experiência militar, você se considera preparado para a guerra? O que você faz filho? Será que você e sua geração se julgam melhores ou mais patriotas do que a minha? Eu não servi em mil e novecentos e bolinha, servi em 1980, como escrevi no meu post acima, e, ao contrário do que você imagina, nós sabíamos o papel dos TG e assim mesmo não inventamos pés-chatos e outras viadagens que a “moçada” se vale para escapar do serviço. Ainda era época do regime militar menino, você não sabe como era o Exército e os militares àquela época. Não havia essa excrecência de politicamente correto. Mas vivia-se muito melhor. Reafirmo que os TGs como treinamento militar não preparam ninguém para a guerra, respaldado pela idade mais avançada e sabedoria acumulada, além de um colegial técnico em Eletrotécnica na Unicamp que eu terminei no ano anterior ao serviço militar, um estágio de 8 horas por dia durante o serviço (tínhamos instrução à noita e aos domingos) e uma faculdade de Engenharia Elétrica na qual ingressei logo após o serviço, por 30 anos atuando como gestor de equipes de projetos e obras em grandes corporações, inclusive até recentemente no maior hospital privado do Brasil. Tenho um brevê de piloto privado, cursei o XII Ciclo de Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra, já visitei instalações militares nos EUA, Itália e Alemanha…isso também me faz preparado para a guerra? Vá querer enrolar outro, moleque, e leia o meu texto com mais atenção, principalmente em relação ao custeio dos TGs.
Adriano Luchiari 11 de setembro de 2017 at 17:26 parabéns por você ter tido sucesso em sua carreira profissional, realmente fico muito feliz, e fico feliz que você tenha tido a oportunidade de visitar bases no exterior do país, mas eu não fiquei batendo perna e tirando fotos, eu tive instrução, e sim não tem como comparar um atirador de tiro de guerra com um soldado bem treinado e equipado simplesmente seria um absurdo, atirador não faz marcha além de 18km, atirador de tg não faz embarque em desembarque etc. porém com toda certeza eu tenho muito mais chance de sobrevivência que um civil. Mas você simplesmente ignorou tudo que eu falei a respeito do restante.
Que instituição hoje no Brasil ensina cidadania igual ao exército ? em lugares isolados o único contato com o exército é através dos TG que por mais defeitos que tenha incentivam os jovens a seguir carreira, só em 2015 foram 5 atiradores pra eSa e 1 para especx e fora os que passaram na pm e corpo de bombeiros. Todos os anos os atiradores voltam e ajudam o tiro com o que podem e mesmo na reserva participam de ações e campanhas, sua geração fez isso ? a respeito o único gasto do exercito com tg é o salário do sargento e do subtenente, além da munição, todo restante é da PREFEITURA, sei muito bem disso porque varias e varias vezes ajudei meu sargento com planilhas no computador etc…
Talvez se você não tivesse servido a 37 anos atrás saberia que os tiros de guerra mudaram e não são só para formação de combatentes mas sim para formação de cidadãos honestos e descentes.
Tu queres saber o que eu faço ? pois bem tenho 20, com certeza bem menos do que o senhor tem, mas já tenho Honra ao mérito militar, Carta de boa recomendação por parte de uma multi-nacional na qual trabalhei, além de curso técnico de design de web, mais de 1.500 horas de curso técnico em administração comercial e também sou técnico em transações imobiliárias; tudo devidamente documentado, deixei de trabalhar para me dedicar inteiramente aos estudos focados na carreira militar, muitos jovens da minha geração podem ser muleques, mas eu com certeza não faço parte dessa turma.
Abraços
O menino realmente não leu o meu texto com a devida atenção…
Esta no texto:
“O estudo de Swed e Butler mostra que 90 por cento dos trabalhadores no setor de tecnologia de Israel realizaram serviço militar, contra 60 por cento da população adulta do país. Tão valiosas são as habilidades dos ex-conscritos israelenses que as empresas do Vale do Silício competem para recrutá-los.”
Que maluquice, no que o serviço militar melhoraria um trabalhador do setor de tecnologia???
Alguém chuta o custo anual aproximado dos TG aos cofres públicos?
CBamaral
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Por melhor cidadão que você seja, o que o Adriano quis dizer, resumidamente, é que os Tiros de Guerra formam, nada mais que buchas.
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Um conflito moderno não teria lugar para vocês.
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Nem em operações COIN. Veja qualquer video do Hezbolah e você vai entender o que eu estou dizendo. Os Hezzies e até mesmo as FARC comeriam vivos uma tropa proveniente de nossos TGS.
Talisson 11 de setembro de 2017 at 18:26
Para calcular tem que colocar na conta de padaria algo mais ou menos assim:
Com base nos tgs de Pão Paulo onde o número máximo de atiradores é 100 e são dois instrutores sendo 1 sub tenente e um sargento.
Salário anual dos instrutores e custo de mudança de moradia deles.
Custo das aproximadamente 2.000 munições
Fardamento ( maioria reaproveitado)
Transporte dos fuzis ( feito por veículos)
Transporte dos oficiais quando vão inspecionar o local.
Assistência médica para atiradores que se machucam.
Isso para o EB.
Para a prefeitura, é água luz telefone, combustível das viaturas, aluguel da vila militar, fretamento de transportes para campanhas, porém, cidades que possuem TG acabam ganhando uma pequena ( bem pequena) verba federal para ajudar a cidade.
sub-urbano 11 de setembro de 2017 at 18:31
Com certeza amigo, uma tropa de tg é sim bucha, talvez dos 100 atiradores os 100 morreriam em alguns minutos, porém como eu disse acho que o custo x beneficio para a sociedade e compensa.
Alistamento obrigatório no Brasil é totalmente errado, durante toda a minha curta vida eu só vi servir quem não queria e só vi dispensado quem queria servir, depois que eu li um artigo há um tempo, escrito por um general explicando como a Brigada Paraquedista hoje só serve para formar os ‘soldados do morro’, reforcei mais ainda a minha opinião sobre esse serviço obrigatório que não tem lá grande utilidade, e aproveitando o exemplo da Bda Pqd, não faltam casos de unidades militares dos grandes centros urbanos que formaram e ainda formam um monte de moleque que fica lá por um ano e depois sai pra ser soldado do tráfico! Nas últimas duas semanas acho que vi umas duas ou três notícias de militares do EB presos por praticarem crimes típicos de ladrõezinhos, isso talvez não ocorresse se não fosse obrigatório ser algo que você não quer ser.
No pouco tempo em que pensei sobre a questão do serviço obrigatório eu cheguei as seguintes conclusões, acaba com o serviço obrigatório, reduz a tropa e aumenta o salário dos cabos e soldados, melhora o treinamento em qualidade e quantidade, aplica uma prova básica de conhecimento para aqueles que se apresentarem com vontade de servir, porque? Simplesmente porque hoje infelizmente a garotada está saindo da adolescência completamente semi-analfabetos sem a capacidade de interpretar um texto, hoje nós temos um exército de conscritos burros que não servem pra combate, já passou da hora de termos um exército menor porém mais profissional, penso eu, que pelo menos as principais unidades do nosso exército deveriam ser como eu descrevi, feitas de voluntários e não de conscritos, menos homens porém mais inteligentes e muito melhor selecionados e treinados, e com treinamento constante, seja na prática, seja na teoria.
Bom, essa é mais ou menos a minha ideia de como melhorar as coisas.
Bruno, concordo com você. Meu amigo Cbamaral, você parece ser um cara determinado e com uma maturidade e vivência acima da sua faixa etária. Quando você estiver mais experiente, perceberá que todo esse entusiasmo do recém-vivido serviço militar arrefecerá. O mais legal quando eu servi no TG eram as Maria-coturno que pintavam nas noites de guarda…Como eu relatei, naquela época vivíamos em um regime militar, por isso o foco do treinamento nos TG era justamente COIN, formações com escudos e fuzil 32 descarregados e em sabre de baioneta, para enfrentar eventuais protestos urbanos contra o regime. Me lembrando disso hoje, acho um absurdo, treinar irmãos para atacar irmãos por conta de ideologia, bem diferente das atuais missões GLO contra o crime organizado, das quais aliás os TG não podem participar. Após a redemocratização do Brasil nos anos 80, todos os governos eleitos até hoje foram de centro-esquerda e, como primeiras medidas, eliminaram tudo o que remetia aos governos chefiados por militares, como atividades cívicas nas escola, aonde o Hino Nacional executado todas as sextas-feiras e na semana do Sete de Setembro os alunos se revezavam guardando a pira da Pátria, o ensino da matéria Educação Moral e Cívica no que é hoje o Fundamental II, Organização Política e Social no ensino médio, Estudos de Problemas Brasileiros no ensino superior. Na nossa época, civismo era praticado dentro e fora dos quartéis, cidadãos honestos eram a norma, e o eram independentemente de servirem às FFAA ou não. Participávamos pelo TG em campanhas de doação de sangue, coleta de agasalhos, e outras, que, apesar do cunho social, não são missão de TG ou FFAA, se bobearmos as prefeituras solicitarão atiradores para operação tapa-buraco nas vias públicas ou para coleta de lixo, por falta de recursos que são em parte destinados ao custeio dos próprios TG. Já o seu treinamento, que não diferiu muito do meu, e eu não fiz só “bater pernas” como você escreveu, proporcionou a nós mais vantagens do que a um civil. Isso é muito pouco, pois quem vai à guerra é para matar ou morrer. Sobreviver à guerra, como você escreveu é para heróis ou covardes desertores. Por isso eu defendo a extinção dos TG e serviço militar obrigatório e um modelo parecido ao que escreveu nosso amigo Bruno acima, e pelos motivos que ele elencou. Abraço e um grande futuro para você garoto. Seja nas FFAA ou na vida civil, conserve o patriotismo e faça mais pelo nosso país sem esperar que ele faça algo por você.
Prezados
Está havendo um pouco de equívoco.
Os TG formam atiradores q serão empregados na segurança de aquartelamentos e estruturas estratégicas fora da Zona de Combate, além de mão de obra mobilizável em casos de catástrofes, e de detentores de conhecimentos técnicos específicos, como motoristas e operadores de máquinas especiais, por exemplo.
Para combater, teriam q concluir o Período Básico, a Qualificação comum e específica e o Adestramento.
Quanto ao Serviço Militar Obrigatório, é muito complexo. Pra cada exemplo bom de uma situação, há exemplos ruins e vice-versa.
Cada pais deve adaptar isso de acordo com suas necessidades, disponibilidades, capacidade de reinserção de militares ao meio civil etc
Sds
Acabar com o serviço obrigatório e introduzir prova para soldado especialista. Para chegar até sargento. ESA seria apenas para militares oriundos das três forças, auxiliares ou complementação dos soldados concursados. Exército deve ser profissional de preferência via contrato, exames até efetivação total. aumentar o tempo de serviço. Brasil é um país que não investe em Educação de qualidade(não é apenas dinheiro). O ensino é péssimo tanto nas exatas bem como nas humanas, visto a não preocupação para com aprendizagem e sim apenas cidadania. Pergunto:analfabeto pode ser considerado cidadão(não me refiro aos oportunistas fanfarrões)? Ler, escrever, interpretar e saber fazer contas é de suma importância em qualquer área de trabalho, principalmente quando se maneja material bélico.
Exemplos apenas que podem ser adotados: vale lembrar a recente guerra das Malvinas. Tropas de conscritos argentinos mal treinados contra soldados profissionais ingleses. Mesmo com toda garra os argentinos perderam e saíram envergonhados. Os ingleses sofreram reveses de poucos profissionais do Exército argentino e da Aviação, fora isso, bem a história mostrou.
Agnelo 11 de setembro de 2017 at 20:06
Olá, Agnelo.
Vendo vc escrever sobre a função dos Tiros de Guerra. Aqui no Estado de São Paulo, são 80 Tiros de Guerra.
E tem 2 batalhões de Polícia do Exército (1 aqui na capital e outro aqui em Osasco). É desnecessário pelo menos 1 Batl de PE, não?
Manuel, boa noite
Um Btl PE é Divisionário. O outro é do Comando Militar de Área.
Sds
sergio ribamar ferreira
Os recrutas das malvinas não eram os q estavam saindo do Serviço Militar, mas os q estavam entrando… Além disso, eles erraram em diversas coisas…
Não vejo o SMO como ruim, mas creio q deve ser menor. Somente para preparar os q vão substituir os temporários q vão dar baixa com 7 ou 8 anos. Ter todo mundo concursado é caro demais.
O número de Tenentes e Sgt tem q ser completo por temporários, pois o funil da carreira é muito acentuado.
A fórmula do EB considero boa, mas creio q o GF deveria autorizar mais efetivo profissional. Assim, teríamos Sd, Cb, 3o Sgt e Ten temporários bons e poucos recrutas.
Os Sgt de carreira seriam poucos e com os cursos militares valendo ponto pra privilegiar os temporários no concurso de carreira, como acontece hj.
Sr. Agnelo. concordo. o que não mencionei foi realmente manter um corpo temporário. O que existe senão me engano é o chamado R2. porém há necessidade de ter um corpo efetivamente profissional como fosse uma segunda linha, ou seja os veteranos. manter um temporário 6 anos, cabos e soldados e 9 anos para sargentos e oficiais é válido, porém seria producente ao término termos pelo menos prova de seleção para saber quem realmente gostaria de continuar ou não. fiquei seis anos de 80 a 86 e dei sorte para me formar. O mesmo não aconteceu com colegas praças e oficiais. hoje , então ficaria mais difícil visto os baixos salários. não sei realmente se custaria muito manter uma tropa profissional. Quanto às Malvinas, realmente colocaram os conscritos como buchas, visto estarem entrando e não saindo. mesmo assim um soldado inglês com 15 anos frente ao jovem de 18 anos despreparado acho covardia. Antes de 64 existia o sargento de tropa( era preparado na própria unidade mas deveria o soldado passar no curso de cabos para ter oportunidade de ir a sargento. Isto foi perdido, Adotaram o sistema americano pós 1945 , pois até então o EB seguia o modelo francês de recrutamento e instrução. bem, de qualquer forma sigo a ideia de um corpo permanente desde soldado concursado e o corpo temporário. No período que servi havia o aproveitamento do soldado(praça temporário) ir para o corpo de bombeiros ou polícias militares e se tivesse o segundo grau, talvez até para civil ou federal. SR. Agnelo aprendo muito quando o Sr. faz seus comentários. É um prazer ler suas exposições , da mesma forma que gostei e muito do Sr. Adriano Luchiari e outros como cbamaral ou seja é uma honra tê-los no site são muitos os comentaristas que desejaria elogiar mas fica aqui meu grande abraço. Finalmente: já pensou transformar comandos , principalmente nas fronteiras em legiões(cada uma possui cinco mil combatentes). Caso a pensar, isto fica para o futuro. Esqueci de elogiar os donos do site. Srs Galante, DI Martini e Poggio. muitas histórias fantásticas de nossas forças revivendo momentos maravilhosos sobre os Bandeirulhas, Minas Gerais, Malvinas,…são tantas histórias. Morei em Niterói, minha infância, adolescência e uma parte da minha vida adulta entra a vila pereira carneiro(Ponto da Armação, antiga fábrica de torpedos e Ponta Da Areia, estaleiro Mauá. Muita saudade, pesquei muito por ali. Parte da minha família serviu no EB ou Na MB só um tio serviu no Galeão em1946, muitas histórias. Como sou feliz de estar fazendo parte desta Trilogia. Vi os sub Oberon,, a demora da construção do Barroso, ultima. Muita saudade e felicidade, época maravilhosa. E ainda diziam que existia ditadura. DItadura era para vagabundo.Abraços a todos.
Esqueci: servir na gloriosa Fortaleza de Santa Cruz em Niterói e nunca esqueci minha segunda casa. Pex e depois 8º grupo de Artilharia de Costa. Muita saudade. Abraços a todos. “Pela costa dos mares profundos…” outra: Aqui não tem moleza nem tão pouco embromação, nós somos do presídio melhor da guarnição, Brasil. Infantaria e artilharia. Tive a honra de servi nas duas QM.
Walfrido Strobel
Disciplina-Organização-Foco
Isso ai, sergio ribamar ferreira, é um prazer!
Sds
PS: Meu serviu no Forte do Pico em 1947. Não sei se na época era 8o GACosM também.
De lá, foi pra Faculdade Fluminense de Medicina, hj, UFF.
Adriano Luchiari 11 de setembro de 2017 at 19:25
Cbamaral 11 de setembro de 2017 at 16:53
Sabe Adriano Luchiari, somos quase da mesma década (uns anos antes de você, sofri a vergonha de ser recusado) e concordo plenamente com seus comentários e quero acrescentar que via no serviço militar obrigatório, os populares Tiros de Guerra, uma função social não só quanto aos ensinamentos de civismo, mas também “sanitarista”, pois ensinava hábitos saudáveis e de higiene à população menos favorecida, que era recrutada. Atualmente, acompanho sua ideia, perdeu a função, pois o civismo foi para as calendas, aliás, calendas gregas e os hábitos saudáveis são reforçados de várias outras formas.
Acredito muito mais na formação de FFAA realmente profissionais, mas com metas e objetivos definidos e claros, com reavaliações periódicas e baixas forçadas nos casos em que não sejam atingidas as de metas.
Mas, parodiando o Nunão:
https://www.youtube.com/watch?v=F_dI_sxTS1w
Forte abraço
Obrigado EParro, abraço a você também (e aos demais comentaristas)!
Adriano Luchiari 11 de setembro de 2017 at 19:25
Sim nisso concordo, se for pra fazer uma reforma teria que ser igual o Bruno disse, melhor 50 mil soldados profissionais e bem equipados e pagos do que 200 mil capengas, ai sim se fecham os tgs e unidades desnecessárias e mantém um padrão mais elevado, os TG militarmente falando tem muitas deficiências, vou citar algumas.
Poucos disparos atuais, 15 tiros não adestram ninguém para a guerra, e tem tiro de guerra que nem tiro não deu. Eu tive sorte do estante de tiro da cidade ser dentro do quartel e esportistas e policiais treinarem lá.
TFM ridiculamente ridículo, se corre 1x a cada duas semanas uma distância de menos 2km e ainda sim tem atirador que não aguenta, enquanto qualquer outra unidade regular o tfm é diário.
Marchas de adestramento que não adestram, fiz marcha de 8km; 12km, e 14km; em +/- 4 horas, sejamos sinceros tem gente na avenida paulista que anda bem mais que isso em bem menos tempo, ainda mais se levarmos em consideração que a tropa faz isso desequipada, e ainda sim tem gente que NÃO CHEGA, uma tropa que não aguenta se mover não está apta para absolutamente nada. Eu já fiz trilhas de 20km por diversão, em menos de 4h e equipado.
Acampamentos e treinamentos de patrulha sendo o básico do básico, na maioria das vezes apenas quem tem o curso de cabo r/2 tem instrução de patrulha adequada e ainda sim sem progressão noturna.
Treinamento quase diário de CDC mas para que ? não tínhamos balas de borracha, nossas granadas de lacrimogênio estavam vencidas a mais de dez anos, sem spray de pimenta etc.. e em que condições uma tropa de TG faria cdc em uma cidade ? Nenhuma jamais permitiriam (e com razão) .
Granadas ? metralhadora ? veiculo blindado ? avião da força aérea ? Meu ano teve o privilegio de ver e ter algumas instruções porque arcou do bolso, tem atirador em outros lugares que nem sabe o que é um urutu, cascavel.
Socialmente falando os tgs são excepcionais, militarmente falando são fraquíssimos, mas como o custo é relativamente baixo e a quantidade é grande acredito que nessa conjectura atual vale a pena sim manter o serviço militar por enquanto. Todo ano no estado de SP se formam 75 mil atiradores que ficam por 5 anos na reserva ativa, em 5 anos são 375 mil militares r2 que em caso de guerra pode ser treinados e readestrados em menos de 1 mês já que sabem o básico ao contrario de um civil que levaria bem mais tempo para aprender do zero, então é uma força considerável.
O pessoal aqui falando de serviço militar obrigatório só esqueceu de dizer umas coisas: A vontade do individuo. Quem não quer servir, deve ser dispensado, é um absurdo quem um país pacifico como o BR obrigue milhares de jovens a ter 1 ano perdido pq uns milicos se acham no direito de obrigar jovens a contra sua vontade servir.
eu fui um desses, só fui dispensado pq um médico da FAB perguntou se eu queria ou não servir, pq se dependesse do EB eu com certeza serviria.
Perdi oportunidade de emprego devido a burocracia deles para entregarem a reservista.
.
O EB só queima a propria imagem a obrigar jovens a servir.
.
tem que ser abolido o mais rapido possivel!!
Bom dia Krest, bom comentário. Quanto à vontade do indivíduo, leia no primeiro comentário “creio que o alistamento militar deveria continuar compulsório na forma que é hoje, e os vocacionados que quiserem servir às FFAA encaminhados à unidades militares mais próximas para seleção e recrutamento, e incorporados quando necessário complemento de seus quadros (sic)”. Abraço!
Sr. Luchiari…. Dono da verdade (absoluta!)… Clap, clap, clap!
.
( imagino como chefe de equipe… )
Aqui no RJ conscrição serve para aperfeiçoamento de traficantes e criminosos em geral.