Operação e manutenção da torre automática UT-30BR do Guarani
Cascavel (PR) – De 14 a 18 de agosto, o 15º Batalhão Logístico (15º B Log) ministrou um Estágio de Operação e Manutenção em 1º Escalão da Torre Automática UT-30BR, que equipa a Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média de Rodas (VBTP-MR) Guarani. A capacitação foi direcionada a graduados integrantes das organizações militares da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada (15ª Bda Inf Mec) e do 14º Regimento de Cavalaria Mecanizado (14º RC Mec).
Prover as condições e capacidades para que esses militares operem e realizem a manutenção do equipamento foi o objetivo do Estágio, que tinha por foco, ainda, a multiplicação dos conhecimentos adquiridos no Centro de Avaliação do Exército no ano de 2016.
A Torre UT-30, que equipa as viaturas Guarani, possui modernos equipamentos de visão noturna, sensores de fluxo calor e um canhão 30 mm como arma principal. O armamento é totalmente controlado de modo remoto do interior da viatura, por meio de um sistema de câmeras externas, que envia imagens a um monitor de LCD, proporcionando ao atirador e ao chefe da viatura o controle do acionamento das armas, por comandos do tipo joystick.
No dia 14 de julho, a Brigada recebeu as seis primeiras VBTP-MR Guarani equipadas com os sistemas de armas automatizados UT-30BR. A previsão é receberem, no total, 12 viaturas com tais configurações, que fazem parte do lote de experimentação doutrinária da Nova Família de Blindados, desenvolvido pela Diretoria de Fabricação.
Com a ideia de aumentar o poder de fogo e a proteção blindada da 15ª Bda Inf Mec, as VBTP-MR Guarani atuarão em operações de defesa externa, de combate a ilícitos transfronteiriços e de proteção de infraestruturas críticas existentes na região oeste do estado do Paraná.
Conheça mais sobre a Torre UT-30BR
A VBTP-MR Guarani com UT-30BR tem capacidade para receber três tipos de armamentos: o canhão automático 30 mm ATK BushMaster MK44; a metralhadora coaxial 7,62 mm; e o lançador de granadas fumígenas 76 mm. O canhão possui funcionamento elétrico, tipo Chain Gun, no qual o conjunto ferrolho movimenta-se ciclicamente, sem a necessidade da utilização dos gases oriundos dos disparos, o que proporciona um índice muito baixo de incidentes de tiro, além de fácil manutenção.
Com dois cofres de munição 30 mm, um com capacidade para 50 cartuchos e outro para 150, é possível alimentar o canhão com até dois tipos de munição simultaneamente. A vantagem é ter a munição toda estocada na parte externa da viatura, o que aumenta as chances de sobrevivência da tropa, caso sofra ataques anticarro ou com mina terrestre. Sua cadência inicial é de 200 tiros por minuto, com alcance efetivo de 3.000 metros (com munição perfurante) e 2.000 metros (com munição explosiva).
A metralhadora automática coaxial 7,62 mm proporciona alta expectativa de impacto a 500 metros e possui uma cadência de aproximadamente 700 tiros por minuto, podendo ser alterada de acordo com o ajuste do regulador de gases. Diferente do canhão, os gases dos disparos são aproveitados para o funcionamento da metralhadora.
Por fim, o lançador de granadas fumígenas pode lançar oito artefatos a aproximadamente 30 metros de distância, formando uma cortina de fumaça de cerca de 100 metros de frente, que oculta a viatura diante do adversário e a protege contra a telemetria laser dos armamentos inimigos. O operador pode disparar quatro ou oito granadas simultaneamente.
A torre UT-30BR possui um dispositivo de segurança para a detecção de ameaça a laser chamado Elbit’s Laser Warning System (ELAWS), que alerta quanto a ameaças laser inimiga, informando a direção de origem. Em uma situação de combate, quando detectada a ameaça, o operador pode configurar a torre para apontar automaticamente para a direção ou manualmente, bastando pressionar um botão.
O Acompanhamento Automático de Alvos (auto tracking ou Automatic Target Tracking) é um recurso muito útil desse modelo de torre, que permite o acompanhamento, sem a necessidade de interferência humana. Existe, ainda, uma outra ferramenta, chamada de “Caçador-Matador” (Hunter-Killer), que permite ao comandante trazer o armamento para a direção em que estiver observando, trazendo o canhão para seu comando e executando o disparo, sem a interferência do atirador.
Além do Brasil, vários países já adquiriram esse equipamento, tais como Eslováquia, Bélgica e Portugal. A torre também pode ser integrada a outros tipos de viaturas blindadas.
Sobre a viatura GUARANI
O programa estratégico GUARANI tem por objetivo transformar as Organizações Militares de Infantaria Motorizadas em Mecanizadas e modernizar as Organizações Militares de Cavalaria Mecanizadas. Conheça mais sobre a VBTP-MR 6×6 GUARANI em http://www.epex.eb.mil.br/index.php/guarani
FONTE: Exército Brasileiro
Uma ponta de esperança para nossas combatidas FFAAs
*combalidas
Tive o prazer, ou desprazer (devido a situação), de dirigir meu carro, a uns 90 a 100km/h na BR-040 (RJ), ao lado de um Guarani. O bicho é MUITO alto !!
Me veio a cabeça a alta vulnerabilidade desses blindados sobre rodas em um conflito qualquer… de baixa ou de alta intensidades.
Fecha os olhos, atira o RPG que acerta !! rs
Vejo muita gente falando da altura,e por causa desse fato ser vulnerável.Mais e os de outros fabricantes?
Bem, é vulnerável devido a altura excepcionalmente alta sim, mas também aumenta o alcance do canhão Bushmaster, pois do alto é mais fácil de acertar quem está embaixo, eu não queria estar sob a torrente de fogo deste canhão…
Olá Alfredo,
Em posts anteriores, discutimos a altura do Guarani e todos os dados levantados por vários colegas mostram que o Guarani tem a mesma altura de outros carros de combate similares. A impressão de que é mais alto resultado fato dele ser um 6×6 mais curto. Quando comparado a um 8X8, o Guarani parece mais alto. Há todo momento alguém comenta (equivocadamente) que o Guarani é alto, etc. Acho que se você procurar posts anteriores sobre o Guarani encontrará esta discussão sobre a altura da viatura. A conclusão foi que ele tem altura similar.
Tem nada de alto… pessoal tá falando abobrinha. Isso já foi amplamente rebatido aqui.
Guarani = 2,34
Super AV = 2,30
LAV III = 2,80
BTR-90 = 2,98
Stryker = 2,64
Boxer = 2,37
Mais provável que seja pelo fato dele ser mais curto…
Mas atende aos requisitos de quem REALMENTE sabe do assunto então deve funcionar muito bem…
Senhores…
Não quis restringir ao Guarani a minha “crítica”, se assim posso chamar, em relação a altura. Quando escrevo sobre a “vulnerabilidade desses blindados sobre rodas”, estou falando de TODOS !
Como sabemos, é uma característica de todo blindado com pretensões de ter alguma resistência a explosões de IEDs e/ou minas anti-carro.
Mas uma coisa é ver em fotos… outra coisa é vc está dirigindo, e ao olhar para a direita, vc só enxerga rodas !! rsrs
Guarani = 2,34
Super AV = 2,30
LAV III = 2,80
BTR-90 = 2,98
Stryker = 2,64
Boxer = 2,37
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Alfredo Araujo 25 de agosto de 2017 at 1:18
Estão todos errados ?
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“…. e ao olhar para a direita, vc só enxerga rodas !! rsrs”
Já conduziu um ?
https://www.youtube.com/watch?v=5M9IK2pVUmk
Não entendo porque não investir na TORC de 30 mm da ARES e investir neste modelo israelense, este sim aumenta em muito o perfil do Guarani.
O legal do Gepard é q ele atira e sai tanta fumaça, q serve de coberta!!!
PORTARIA Nº 939, DE 2 DE AGOSTO DE 2017. Designação para viagem de serviço ao exterior. O COMANDANTE DO EXÉRCITO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 4º da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, alterada pela Lei Complementar nº 136, de 25 de agosto de 2010, combinado com o art. 1º do Decreto nº 8.798, de 4 de julho de 2016, e considerando o disposto no art. 20, inciso VI, alínea “i”, da Estrutura Regimental do Comando do Exército, aprovada pelo Decreto nº 5.751, de 12 de abril de 2006, e o que… Read more »
Manuel Flávio 25 de agosto de 2017 at 16:37
Notícia interessante, mas que logo me veio a mente uma pergunta : c/ esse corte de verbas?
Uma dúvida: não sabia que a Suíça utilizou o Leo 1, sei que usa o Leo 2. Abs.
Carlos Alberto Soares 25 de agosto de 2017 at 6:00
“…. e ao olhar para a direita, vc só enxerga rodas !! rsrs”
Já conduziu um ?
Eu creio que ele conduziu o carro dele, ao lado de um Guarani, conforme ele relata no segundo comentário dessa postagem:
Alfredo Araujo 24 de agosto de 2017 at 0:40
Tive o prazer, ou desprazer (devido a situação), de dirigir meu carro, a uns 90 a 100km/h na BR-040 (RJ), ao lado de um Guarani. O bicho é MUITO alto!!
LucianoSR71 26 de agosto de 2017 at 20:39
Olá, Luciano.
O corte de verbas não impediu de recentemente comprarmos 60 M109 do estoque do US Army.
Unidades estocadas oferecidas a preço de banana.
A Ruag comercializa Leo1A5. Provavelmente deva ser por isso que a visita também inclua a Suíça. Deve haver unidades lá.
Manuel Flávio 27 de agosto de 2017 at 13:29
Há grandes diferenças: o material que vc se refere foi acertado antes desse último corte e, mais importante, foi via FMS que tem condições bem favoráveis. Já os Leo’s seriam em uma situação mais ‘comercial’, bem menos camarada. Abraço.
Vistoria é a primeira coisa. Desembolso do dinheiro é a última…
O certo é que o EB está procurando um substituir os Leo1Be pelo 1A5.
O Cascavel é outro que eu quero ver substituído por alguma outra VBR usada. E não modernizado.
Será que estão indo atrás de Leopards para fazer estoque de sobressalentes ou para uso?
Um off topic: Vejam que interessante esta versão do 8 x 8 fabricado na Malásia com torre telescópica de vigilancia.
Foto das novas versões do Genpita 8 x 8 e do First Win 4 x 4 fabricados pera Deftech.
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Esta é a torre de vigilância, para ver o pdf coloque o “h” antes do endereço.
. ttps://www.rheinmetall-defence.com/media/editor_media/rm_defence/pdfs/produktpdfs/elektrooptischekomponenten/D417e0911_Vingtaqs_II_Longe_Range.pdf