China realiza desfile militar impressionante nos 90 anos do Exército de Libertação Popular

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A China realizou um desfile militar na Base de Treinamento Zhurihe no interior da Região Autônoma da Mongólia ao norte do país, às 9h de Domingo, em comemoração ao 90º aniversário do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA – People Liberation Army).

O presidente chinês, Xi Jinping passou em revista às forças armadas chinesas no campo na manhã de domingo, como parte das comemorações.

É a primeira vez que Xi, secretário-geral do Comitê do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, observou um desfile militar no campo.

Xi foi recebido por Han Weiguo, comandante-em-chefe do desfile e Comandante do Teatro Central.

Han disse: “Camarada presidente, as tropas estão prontas. Por favor, passe em revista! ”

“Prossiga!”, disse Xi.

Vestido com uniforme camuflado militar, Xi moveu-se lentamente em um jipe aberto passando pelas formações de tropas com música militar tocando através de alto-falantes.

Os soldados ficaram em posição de sentido ao longo da pista de pouso na base de treinamento militar Zhurihe, ladeada por pradarias de areia que se estendem até as montanhas no horizonte.

De tempos em tempos, Xi cumprimentava “saudação a vocês, camaradas!” através dos microfones montados à frente dele. As tropas respondiam “Salve, Presidente!” Xi alternava a saudação com “Camaradas, obrigado por seu trabalho duro!”, os soldados respondiam  “servimos ao povo! ”

“Sigam o partido! Lutem para vencer! tenham conduta exemplar” disse Xi e os militares o saudaram.

FONTE: Defense Blog

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Otto Lima
7 anos atrás

E assim a China leva adiante o seu desejo de voltar a ser o “império do meio”.

ANTONIO CARLOS SANDOQUE
ANTONIO CARLOS SANDOQUE
7 anos atrás

Da gosto de ver um desfile militar chinês, não apenas pelo tamanho poder dos meios mas pela extrema organização e preparo para o desfile.

Renan
Renan
7 anos atrás

Me parece um belo recado, não somos somente populosos, mas também temos muitas armas e tecnologia.
Agora quem tem a capacidade de enfrentar sozinho um país como a China? EUA, Rússia, e quem mais?

Coitado de países vizinhos a China e alguns subdesenvolvidos como nosso.
Abraços

carcara_br
carcara_br
7 anos atrás

Desfile no meio do nada, foi feito exclusivamente para ser filmado…
o J-20 parece progredir bem rapidamente…

João Bosco
João Bosco
7 anos atrás

Desfile para o Dragão mostrar as suas garras e mostrar que não está para brincadeiras. Cheiro de uma nova guerra fria no ar.

PRAEFECTUS
7 anos atrás

Meus caros,
.
o presidente utilizando uniforme militar tem um recado claro, “estamos preparados para o combate.”
.
Grato

PARA
PARA
7 anos atrás

Falando sobre a formação de pessoal e doutrina do PLA, segue um vídeo interessante que mostra um exercício a nível de brigada realizado em terreno de grande altitude no Tibete. Qual a opinião dos senhores sobre a ação?

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=SxhfpKHsWMo&feature=youtu.be%5D

EParro
EParro
7 anos atrás

Alexandre Galante 30 de julho de 2017 at 15:45
Colombelli 30 de julho de 2017 at 16:40

É inegável que evoluíram, mas e o custo de tudo isto?
Não sei ao certo, mas parece-me que eles não produzem petróleo, não produzem minério de ferro e a produção de alimentos parece insuficiente.
Fico imaginando daqui uns anos, como será feita e quanto custará a manutenção de tanto equipamento assim? E a manutenção de todo este pessoal?
Imagina a logística (custo) para manter uma “máquina” destas aprestada e em prontidão!
Eu ainda não consegui entender onde vão chegar com tudo isto.
Aliás, alguém conhece alguém que foi até uma casa de câmbio e quis comprar YUAN, para investir no médio prazo?

Saudações

Marcelo Andrade
Marcelo Andrade
7 anos atrás

Também acho,

um desfile comemorativo de uma data tão importante no meio do nada, sem o povo assistir como é feito na Russia, sem nenhum dos seus heróis de guerra, muito estranho.

Se caísse um ICBM nesta hora acabava com 1/3 do poderio deles!!

Pangloss
Pangloss
7 anos atrás

A China costuma treinar com alguma força minimamente respeitável?
Não treinam com a OTAN; com os russos – seus adversários diretos e fronteiriços – só há exercícios de duvidoso proveito; com seus vizinhos, nem pensar.
Eles criam doutrina sozinhos? A partir de quê?
Ah, antes que mencionem o Paquistão: estou falando de forças minimamente respeitáveis.

sergio ribamar ferreira
sergio ribamar ferreira
7 anos atrás

Concordo com o Sr Galante. Em parte com o sr. colombelli quando comenta sobre o “embuste'(porém este embuste possui armas nucleares) Sr Eparro levantou uma questão interessante. Os chineses não possuem petróleo, minério de ferro e sua agricultura é insuficiente. a demonstração de força lança a hipótese ou tese de que a China pretende a médio ou longo prazo expandir seu poder pelo uso da força em países que possam lhe servir dos produtos que tanto carecem: recursos minerais, agricultáveis e hídricos. Os japoneses também precisavam expandir seu império nacionalista no século XX porém não obtiveram êxito. A Índia usa seus meios dissuasórios. A Austrália começa a se mexer. a expansão do “grande irmão chinês” pode ser compartilhada com alguns vizinhos asiáticos. Continente Africano e até Sul-Americano podem estar na mira, questão de tempo. A ideia de império glorioso do passado do grande Kublai Khan ainda passa na visão dos PC chinês. Basta ter uma escassez de alimentos ou um país solicitar ajuda militar alguma potência do Conselho de Segurança irá se meter? Apenas hipóteses….

Torres
Torres
7 anos atrás

Reparem, como foi tudo muito bem planejado. A altura de todos os homens é quase a mesma!

Walfrido Strobel
7 anos atrás

Pangloss 30 de julho de 2017 at 22:30
Tem certeza que a China não treina com a Rússia, tem várias informações sobre treinamentos entre eles.
. https://m.youtube.com/watch?v=gtpmp5kWwNc

batito
batito
7 anos atrás

realmente a china n produz materiais bélicos de qualidade! tem varios casos de armamentos chineses com defeitos graves!

EParro
EParro
7 anos atrás

sergio ribamar ferreira 30 de julho de 2017 at 22:49

Pois é, Sergio Ribamar Ferreira, em caso de um conflito, como transportariam as “mercadorias” para a China? Em comboios pelos mares? E as possíveis ameaças durante este trajeto?

No outro caso, o de negócios normais com outros países, como ser uma potência hegemônica mas ter que negociar em US$?

Acredito que irão “esticar a corda”, mas sem o risco de querer que ela se arrebente. Penso que tensionarão sempre através de seus títeres – como a Coréia do Norte.

Acredito que caminhem para alguma coisa na linha do que foi a URSS, no tempo de Leonid Brejnev, mas com um profundo apelo capitalista, pois as reservas chinesas atuais estão em US$. E, com o atual “esquema” político chinês, não creio que o yuan chegue a ser uma moeda global.

Saudações

Hawk
Hawk
7 anos atrás

Lembra muito aqueles desfiles da antiga URSS. O J-20 é o último avião com design futurista que eu vi.

Ivan BC
Ivan BC
7 anos atrás

Que estranho o fato do desfile militar ser distante da população! Óbvio que deve ter sido divulgado para os 1,4 bilhão de chineses pela midia estatal (é só o que existe mesmo kkkkk), mas não deixa de ser estranho.
É mais inteligente fazer um desfile próximo da sociedade, justamente para ter aprovação social e legitimidade das ações (os chineses não devem estar preocupados com isso, mas deveriam).

Juliano Bitencourt
Juliano Bitencourt
7 anos atrás

Torres 30 de julho de 2017 at 23:34
“Reparem, como foi tudo muito bem planejado. A altura de todos os homens é quase a mesma!”
.
Mais teatro comuna. Isso tem mais utilidade para amedrontar a população da própria China Comunista, ameaçando quem ouse usar o cérebro para pensar por si próprio. Como foi na URSS, como é na Coreia do Norte, como é em Cuba. Ditaduras asquerosas. Povo animalizado. Bestificado.

Pangloss
Pangloss
7 anos atrás

Walfrido Strobel 30 de julho de 2017 at 23:53
—————————————————
Acho que não fui muito claro em meu comentário. Quis dizer que os exercícios mantidos entre a China e a Rússia não são muito expressivos, dado que são países fronteiriços que disputam hegemonia entre si.

GooseGreen
GooseGreen
7 anos atrás

Colombelli, o que acha desse vídeo mostrando um exercício realizado pelo PLA no Tibet (em alta altitude)? Em quanto isso reflete o grau de profissionalismo (ou falta dele) do exército chinês?

https://www.youtube.com/watch?v=SxhfpKHsWMo&feature=youtu.be%5D

Humberto
Humberto
7 anos atrás

Prezados,
Concordo com o Colombelli (como não concordar com ele) que o material Chines não é páreo com os ocidentais mas vamos lá.
1- Os blindados como o Sherman não eram páreos contra os blindados Nazistas, mas os anos e muito dinheiro foram o suficiente para terem hoje o M1.
2- A China não tem experiencia? As vagas de tropas chinesas, quase varreram os gringos na guerra da Coreia, no mais, quem tem tanta experiencia assim tirando os gringos, britânicos, israelenses, russos (que tiveram que dar no pé no Afeganistão) etc? Brasil, creio que não.
3- Não acredito que os chineses tenham preocupação em um desfile em Beijin, só quiseram (e conseguiram) mostrar ao mundo como possuem algo impressionante.
Agora, o pouco que sabemos
1- Eles tem muito a se desenvolver e estão tentando. Se vão demorar 10 ou 20 anos não sei, mas que eles estão em vento em popa estão.
2- Quem são os inimigos em potencial? EUA, Japão? Não, são os movimentos separatistas ou atrito com os seus vizinhos (no caso mais direto é a Índia) e para isto, o que eles tem já basta. A China (hoje) não quer encrenca com os gringos ou Japão, sabem que uma guerra pode quebrar a economia que depende de importações ou exportações.
3- Os oficiais chineses, tendem a não ser promovidos pela meritocracia mas pela fidelidade ao partido (coisa muito parecido com a Venezuela), isto tende a gerar uma organização pouco eficiente, se as Forças Armadas no Brasil funcionam na base do piloto automático que já não é la grande coisa, imagina crescer na base da fidelidade (vide o que o PT fez com a Petrobras, correios etc).

Control
Control
7 anos atrás

Srs
Tal tipo de demonstração não é novidade, vide os desfiles nazistas e os da antiga URSS.
Mais que para público interno, é para impressionar (ameaçar) outros países.
È típica de países em processo de expansão que buscam facilitar as coisas com a propaganda, eliminar oposição com a ameaça de seu poderio.
Quanto a China não dispor de minérios e alimentos, ela já está tomando as providências com a expansão de sua influência na Africa e na América do Sul.
Não é atoa que seus planos incluem um rede de bases navais no Indico e no Atlântico Sul que deverão cobrir as rotas entre a China e estes continentes.
Sds

EParro
EParro
7 anos atrás

Control 31 de julho de 2017 at 23:03

Olá, caro Control, mas esta sua colocação sobre a “rede de bases navais” é uma previsão sua ou você acredita que será eficiente? Como serão mantidas e a que custo esta manutenção ocorrerá? Você crê que este plano será exequível e funcional no médio prazo?

Forte abraço

Tiago
Tiago
7 anos atrás

Bom dia. A respeito de adestramento de militares chineses, recentemente teve uma competição internacional de patrulhas no CIGS e quem ganhou foram os chineses.

sergio ribamar ferreira
sergio ribamar ferreira
7 anos atrás

Sr. Eparro. A linha da qual o Sr. se refere tal qual a antiga URSS possui lógica, mas venhamos num período de longo prazo e com os devidos “aliados” creio ser possível tal aventura. O Japão o fez e necessitava de expansão para se obter minerais e agricultáveis para manter sua máquina de guerra e colonização do Oriente e não esqueçamos dos nazistas que em décdas foram expandindo suas Forças. Sr. Colombelli, com o devido respeito, aprendi a não desmerecer qualquer Força ou militares por mais chinfrin que sejam. Sobre o armamento chinês, até concordo mas não esqueçamos que estão aprendendo, pesquisando e copiando ou não, hoje possuem forças de respeito . Se atacarem ou não uma nação sem meios de dissuasão e aí? Americanos, russos, ingleses ou franceses farão algo a respeito? a resposta é negativa, conhecemos a história, países potências militares versus países periféricos, sem armamento dissuasório. a mentalidade oriental difere e muito da ocidental quando se trata de se obter a vitória mesmo com perda significativa de homens. Finalmente, creio que não leram o final : hipóteses…Países que são potências não vão entrarem guerra, par isso serve os países periféricos que lhe servem. potências desejam terras, alimentos, minerais para manterem suas economias e povos. Só os países periféricos entram em conflitos e ao final se destroem. Abraços. Não deixei de discordar dos comentários. são esclarecedores.

sergio ribamar ferreira
sergio ribamar ferreira
7 anos atrás

O Vídeo diz tudo. Engraçado o fuzil empregado lembra muito o LAPA. Sr. Control .Concordo com o seu comentário. Grande abraço.

Control
Control
7 anos atrás

Srs
Jovem Eparro
A rede de bases é um projeto chinês que já começou a ser executado (vide notícias aqui mesmo na trilogia).
Quanto a ser exequível, não há porque duvidar, pois o Tio Sam mantém bases pelo mundo há bastante tempo, o mesmo tendo acontecido com o Reino Unido nos seus tempos áureos.
Há necessidade, é claro, de uma marinha de grande quantidade de meios, e é isto que os chineses estão construindo.
Cabe lembrar que isto faz parte do processo de mudanças geopolíticas ora em curso, onde o Ocidente está abandonando sua posição de proeminência no mundo, com a Europa encolhendo e o Tio Sam passando por um processo de admiração e preocupação com o próprio umbigo (isto vem desde o governo Clinton, seguiu com o Obama e continua firmemente, com o Trump).
A China está trabalhando para ocupar o espaço deixado pelo Ocidente e assumir o papel de potência preponderante nas próximas décadas e, para tanto, já estende suas ações sobre as nações periféricas.
Cabe lembrar, também, que a China, diferente do EUA, leva a sério as mudanças climáticas, razão adicional para justificar sua preocupação com o acesso a fontes de alimentos para sua população.
Um fato inegável é que a China vem expandindo sua influência na África e na América do Sul através de ações diplomáticas e comerciais, continentes que são as mais promissoras fontes de recursos minerais e alimentos, particularmente os últimos, pois são continentes que ainda possuem terras livres passíveis de expandir a produção agrícola.
Sds

Juliano Bitencourt
Juliano Bitencourt
7 anos atrás

Gostaria que os defensores e admiradores da China Comunista me dissessem qual e quando foi a última guerra de grande escala que a China GANHOU, empate não vale. Então, qual foi a última grande vitória bélica chinesa?

josé lemos filho
josé lemos filho
7 anos atrás

Como a expressão facial do presidente XI, não lembra nada nada, nem de longe, um lider com tanto poder econômico e militar em suas mãos, cheio de desejos ambiciosos, preparado para o que der e vier. está mais para desfile de escola de samba com enredo de : O FIM DO MUNDO!!!

Jeff
Jeff
7 anos atrás

“Puro embuste. Metade não funciona 15 dias em combate. So louco pra comprar armas destes sujeitos…”
E o que dizer das forças brasileiras?? duram quantos dias?? Quantos F-5 temos prontos para voar? E quantos mísseis esses F-5 levam, temos quantos em estoque? Navios temos quantos em condições de navegar? E de portar mísseis temos quantos?
Não me atrevo a criticar os chineses, não temos nada melhor. Aliás a lista de países que podemos nos dar ao luxo de criticar hoje é bem pequena.
Eles não tem qualidade, até eles sabem disso, mas compensam com quantidade.
Nós não temos nem um nem outro. Em breve seremos apenas uma horta de um país sério qualquer.

sergio ribamar ferreira
sergio ribamar ferreira
7 anos atrás

de acordo que li concordo com o Sr. Colombelli e o Sr. Control. é tão bom ter comentaristas que possam ajudar e aprimorar esclarecimentos, dúvidas. mesmo assim fico muito mais envolvido com o Sr Control na questão de ameaça futura. Sr. Colombelli, tem razão eles são os atuais inimigos, vistoo que desejam promover. Tomemos sim cuidado com os argentinos e acredito que também outros governos de língua espanhola que adoram alcaides como presidentes perpétuos. pontos de vista à parte estão os dois corretos. Evidente que para finalizar; a ideia de armamento de qualidade ainda se encontra no lado ocidental. Tomei como exemplo as ferramentas de trabalho de um amigo que trabalhava na VÁRIG e possuía ferramentas americanas(excelente qualidade de aço, melhor ainda se fossem alemães), infelizmente o amigo teve as ferramentas roubadas juntamente com o automóvel. Deixando de lado a trágica história do amigo. Estou satisfeito pelos comentários e desde já agradeço e peço desculpas pelos erros.

EParro
EParro
7 anos atrás

Control 1 de agosto de 2017 at 11:10

Pois é Control, só que as bases inglesas, com o declínio da força comercial da libra, foram para o beleléu, ainda mais por não serem apenas “bases operacionais” e sim colônias, que lutaram por suas independências e conseguiram. Já a ação dos “primos do norte” foi mais comedida, entretanto be mais sólida, somente com bases operacionais e a incrível força comercial do dollar. O que não consigo ver na China, pois não existe força comercial no yuan. Mesmo porque o crescimento chinês é baseado no dollar e estas reservas são finitas além da inegável dependência de recursos externos, que existirá sempre. Coisa bem diferente daquilo que levou os “primos do norte” até onde estão e vêm mantendo-se nos últimos quase cem anos; baixa dependência externa e moeda comercial forte – aliás, a única.
Não ignoro aquilo que a China faz e nem questiono a qualidade daquilo que faz, só não vejo manutenção sustentável no médio prazo. Como sempre aconteceu e acontece em sistemas totalitários.
Forte abraço, caro senhor.

EParro
EParro
7 anos atrás

sergio ribamar ferreira 1 de agosto de 2017 at 0:07

Sei não, as aventuras experimentadas do Japão e da Alemanha os enfiam numa guerra sem fim, da qual saíram com os chifres enterrados no barranco! Não fosse a capacidade de planejamento e o poder monetário dos “primos do norte”, o que seriam eles hoje? A fábrica do senhor Soichiro, em vez de automóveis e alta tecnologia, provavelmente ainda produziria panelas de cozer arroz e também provavelmente os volkswagens seriam produzidos pela Ford.
Continuo pensando que sustentar a “máquina”, que a China vem montado, exigirá um custo inimaginável, no decorrer do médio prazo.

Saudações

Control
Control
7 anos atrás

Srs
Jovem Eparro
É preciso separar as coisas:
Diferente do Tio Sam que, quando muito, é um império mercantil, a China tem a tradição de um império digamos convencional onde povos e países sob seu domínio prestam tributos, são vassalos.
É certo, que até o momento, a China tem atuado de maneira “light” buscando apenas estabelecer posições preferências nas relações com os países de seu interesse. Isto acontece pela ação diplomática bem como pela compra, pura e simples de bens (terras, empresas de infraestrutura, etc).
Mas é bom lembrar que a China tem uma população enorme que está saindo das condições mínimas de sobrevivência, o que representa uma enorme demanda por bens e alimentos. Além disto, existe a questão das mudanças climáticas, que representam um risco para a produção agrícola, o que pode representar um problema gravíssimo para um país de quase 1,5 bilhões de habitantes.
Dadas estas razões, a expansão chinesa sobre as regiões mais promissoras como fontes de recursos naturais e alimentos é lógica.
Ou seja, a expansão chinesa não acontece por uma razão puramente econômica, mas sim dentro de uma estratégia de sobrevivência.
As bases citadas parecem confirmar tal estratégia, pois apontam para a África e para a América do Sul e só afetam diretamente a Índia, outro gigante populacional que, provavelmente, irá adotar, logo, uma abordagem igual a chinesa.
No que se refere a questão financeira, cabe lembrar que a China é uma ditadura e sua economia é bastante controlada com o Estado tendo grande participação nela.
Portanto, as usuais regras de mercado não valem na China como valem nos países ocidentais. Como também não valem as restrições e formas de pressão ocidentais (imprensa, movimentos sociais, etc.).
Quanto a questão da moeda padrão de troca, o dólar, cabe lembrar que ele foi adotado no apogeu do poder americano, quando ele ainda contava com lastro em ouro.
Como o dólar se estabeleceu como moeda padrão de comércio internacional, mesmo após o abandono da garantia de lastro em ouro, ele continuou sendo utilizado, e isto acabou trazendo uma grande vantagem para o Tio Sam, pois todos os países têm o maior interesse em manter o valor do dólar e acabam financiando indiretamente o déficit americano.
Porém tal realidade não deve perdurar, pois há a busca de uma alternativa para uma moeda de troca para o comércio internacional que não esteja atrelada a economia de um único país. Isto já deveria ter acontecido se não fosse o desastre de 2008.
Ou seja, a idéia não é o Yuan assumir o papel do dólar, mas sim estabelecer-se uma moeda de troca lastreada pela economia de vários países (as maiores economias).
Naturalmente, o Tio Sam não tem interesse nisto, mas como ele vem procurando se isolar, é provável que acabe facilitando tal solução para o resto do mundo por pura omissão.
Sds

sergio ribamar ferreira
sergio ribamar ferreira
7 anos atrás

Sr. Eparro, Sr. Control, vamos ver se isto ocorrerá ou não há médio ou longo prazo. Reflito e observo que países como China com populações gigantescas tendem, caso acontecer uma catástrofe climática, que ocasione falta de alimentos, busquem de fato o uso da força e guerra de conquista pára conseguirem o que desejam. A China já está com o pé no Continente Africano e provavelmente e deslizando sorrateiramente de maneira lenta e gradual atingirá à América do Sul. Um fato também curioso que pode atrasar os planos do Grande irmão do Oriente é a islamização do Continente Africano, mas a busca por recursos minerais , agricultáveis e atualmente hídricos nos levará a uma nova ameaça, seja com qualquer país ou grupo de países. Terra, (minerais, alimento, água) é o que move países , principalmente potências e ditaduras à empreitadas. São fatos históricos que só mudam de “roupa”. Poder e manutenção deste. Conquistadores e conquistados. Uma última observação sem desmerecer comentário algum. A Internacionalização da Amazônia já foi divulgado e planejado por países com aval da própria ONU, só não foi concretizado. Quando digo Amazônia refere-se a todos os países que possuem florestas e água e o Brasil é o que possui maior território e recurso hídrico. esta fonte não é minha , perguntem ao EB? Daí a preocupação em manter o razoável poder de dissuasão, porém os governantes atuais se esquecem desta remota porém crível possibilidade. Abraços a todos.

Control
Control
7 anos atrás

Srs
Jovem Sergio
Algumas considerações:
Os chineses já estão na América do Sul, particularmente no Brasil, através do comércio onde é o maior comprador de soja e minério de ferro, através de investimentos (são os controladores de usinas hidrelétricas, empresas de transmissão de energia elétrica, etc.) e pela compra via indireta de terras.
Além disto, já acertaram com a Argentina a instalação de uma base científica na Patagônia.
O problema de aguardar para ver se os chineses atingirão seus objetivos é que o Brasil é um dos peões deste tabuleiro.
A história de ambições externas sobre a Amazônia é antiga, mas o fato é que o interesse econômico dos europeus e americanos, é focado, particularmente, nas riquezas da flora e já é bem atendido com o acesso que eles já tem a região as relações comerciais.
Até o momento, ninguém quer, realmente, controlar a região para obter lucros com a sua biodiversidade, pois isto já é possível na situação atual.
Apenas se a situação climática piorar a um ponto crítico e a preservação das florestas se tornarem ponto de consenso mundial (se, na época, ainda existir alguma floresta) é que haverá intervenção mundial, e, neste caso, o Brasil e outros países da região serão convidados a ceder elegantemente o controle dela para algum órgão internacional ou, dependendo do cenário da época, para uma das grandes potências (China, EUA, CE?, Índia).
Sds

sergio ribamar ferreira
sergio ribamar ferreira
7 anos atrás

Obrigado Sr. Control. Concordo plenamente. Grande abraço.

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

Control 2 de agosto de 2017 at 15:11
A ideia é sim o Yuan substituir o dólar como moeda de troca internacional. Prova disso é que, no final de 2015, quando o governo desacoplou sua moeda em relação ao dólar com a intenção de torná-la uma moeda competitiva globalmente, ela desabou e gerou uma até então inédita fuga de capital do país. Ato contínuo, o governo chinês entrou em pânico e literalmente criou postos de controle militares nos arredores das grandes cidades para revistar pessoas que estivessem portando moeda estrangeira e imediatamente abandonou seus planos, ao menos temporariamente, de querer que sua moeda vire uma moeda de troca internacional.
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,china-quer-adocao-de-moeda-global,344293
Para o Yuan ser uma moeda de troca internacional substituindo o dólar, primeiro a moeda precisa ter confiança e isso reflete sobre os investidores que não tem a total confiança no governo que controla a moeda chinesa e nenhuma moeda hoje é capaz de tal função, a menos é claro que o Yuan esteja sob o padrão-ouro ou qualquer outra moeda lastreada em ouro com grande demanda internacional. Vale destacar que já começou a conversibilidade do Yuan com o ouro na operação da Shanghai International Gold Exchange(SGEI). A China pode estar migrando aos poucos para um inevitável padrão-ouro.

Bernardo R.
Bernardo R.
7 anos atrás

Não sei porque, mas sempre tenho pensamentos sobre desfiles militares:

Se eu sou inimigo da China, pretendo atacá-la, que melhor oportunidade eu terei de fazer isso do que no meio desse desfile?
Um monte de unidades abastecidas somente para desfilar ali, armas despreparadas para uso, tropas para morrer aos montes sem tempo para fugir.

Não concordo com esse desfiles, alvos prontos.

Control
Control
7 anos atrás

Srs
Jovem Gilson
Acho que você confundiu suas referências, pois o link (Estadão de 2009) trata exatamente da criação de uma moeda internacional desvinculada de qualquer país e não do Yuan como moeda padrão de trocas comerciais.
Sds

Gilson Moura
Gilson Moura
7 anos atrás

Control 5 de agosto de 2017 at 22:11
Verdade, sem querer postei o link errado. Como estou no celular, não poderei postar o conteúdo, mas cabe um adendo sobre o link que eu postei com o assunto dedicado.

O SGEI(ver acima) está em processo de substituir Londres como o centro de comércio de ouro do mundo e eu relatei um aspecto importante neste contexto. Existem outro aspectos relevantes neste caso, por exemplo, estão facilitando a negociação e a construção de grandes cofres em Shanghai. Assim fica muito claro que o centro de comércio de ouro está se deslocando de Londres para Shanghai. Basta dizer que a China está se tornando o poder mundial do ouro. Em termos do sistema monetário mundial, Shanghai está se tornando o centro de comércio mundial de ouro no lugar de Londres e, colocando essas duas coisas juntas, você tem de se perguntar por quê?
Porque eles vêem algo que a maioria das pessoas não vê. O sistema monetário internacional baseado em moedas de papel é frágil e suscetível de entrar em colapso, e, quando o sistema precisa ser reformado, o povo com a maior voz na mesa será aquele com mais ouro.

O yuan está se expandindo em uso como moeda de COMÉRCIO, mas a maioria das pessoas não entende a diferença entre uma moeda de comércio e uma moeda de reserva. A moeda de comércio é apenas uma forma de manter a contagem no mecanismo da balança de pagamentos. Entre o Brasil e a China, se o Brasil se compromete a aceitar o yuan pelos produtos brasileiros, e a China se compromete a aceitar reais em troca de produtos chineses, está tudo certo. Isso é uma moeda de comércio ou troca. Mas ser uma moeda de reserva significa que os países que têm reservas têm de investir em alguma coisa, então você precisa de um lastro líquido significante de ativos de investimento. A China não tem isso. Não há mercado de obrigações chinês. Há alguns títulos Dim-Sum e algumas outras coisas. Mesmo que eles fizessem isso, não há estado de direito na China, então como você confiaria que os chineses não roubariam seu dinheiro? Então, com tudo isso junto, eles não estão nem perto de ser uma moeda de reserva. Então cabe a atenção aqui, o Yuan está se internacionalizando cada vez mais, já houve acordo entre Banco Central da China e da União Européia em fornecerem um ao outro suas moedas, acho que em 2014 o Yuan se tornou uma moeda na cesta do FMI e etc. Portanto, naturalmente está se tornando uma moeda de troca internacional, embora ainda não lhe creditem a total confiança na moeda por conta do controle monetário pelo PCC.
Uma outra questão é ser moeda de reserva que foi a matéria postada acima, o que a China quer são os DES [Direitos Especiais de Saque, um instrumento monetário internacional que funciona como um tipo de dinheiro entre os governos], porque eles não controlam o dólar. Os DES são emitidos pelo FMI. A China quer se livrar do dólar como moeda de reserva global, mas não com o Yuan e sim com os DES e os chineses querem se livrar do dólar como moeda de troca internacional com o Yuan.
Para você entender a encrenca econômica entre EUA e China, basta observar que a China está comprando e acumulando toneladas e toneladas de ouro, por qual motivo?
Ao meu ver por uma possível retaliação dos EUA inflando o dólar e porventura pagá-los em dólares mais baratos e isso se refletiria numa transferência de riqueza da China para os EUA. Assim a China é completamente vulnerável a isso, e é por isso que eles estão comprando ouro para criar uma espécie de fundo no momento. Se os EUA inflar, então o ouro subirá, então o que os chineses perdem no papel, eles ganham com o ouro. Colocando a estratégia a longo prazo, eu acho que essa acumulação de ouro poderá ser um possível lastro para o Yuan se tornar uma moeda de reserva internacional.