Vídeo: Modernização da Artilharia com novos Obuseiros M 109
O Exército Brasileiro apresenta o obuseiro autopropulsado M109 A5 “Plus” BR, ampliando assim a capacidade da Artilharia brasileira. O novo modelo do M109 tem maior alcance e reduz o tempo entre o recebimento da missão tiro e o disparo em mais de 80% em relação aos modelos anteriores.
Excelente notícia. Mais obuseiros…
Me deu a impressão desse obus ter ZERO de eletrônica embarcada! Ao menos não vi nenhum nas imagens…
Ao ver videos dos M109 A6 do US Army, me parece que os mesmos são bem “eletrônicos” ! (cheios de visores)
carregamento manual ?!?!?! eh isso ?!?!?!
Alfredo este do video só foi exposto na Laad mas não é um dos novos a serem modernizados no titio Sam.
Que será feito dos M
109 que já estão no EB?
Wolf,
Nem o US Army utiliza carregadores automáticos no mais recente M-109 A7.
O Exército tá indo por um bom caminho. Falta só comprar alguns CH-47, uns AH-1, uns 100 lançadores do Spike LR com uns 400 mísseis, mais uns 200 CSR Carl Gustav, mais uns 200 morteiros de 120 mm, alguns M777, comprar logo o sistema Spyder já que o Pantsir não vem, etc.
Nada que a Odebretch e a JBS não dê conta de pagar como parte da compensação da roubalheira na casa da mãe joana.
Amigo wwolf22!
Todos os obuseiros da classe M109(salvo engano so os suíços reinventaram a roda ) usam os procedimentos parecidos. O mais “eficiente” desses procedimentos Você pode encontrar nos antigos sistemas soviéticos 2S1/2S3 e nos clones deles.
https://youtu.be/odEIkuo3WXQ?t=4m35s
Em comparação:
https://youtu.be/qe6pdP49Ekg?t=2m
Apesar que gerações são diferentes da para ter a noção das diferenças na ideologia e realização. O que mais me “irrita” no caso de M109 é aquele primer com cordinha!
Um grande abraço!
Bosco, e o Pzh2000 ??
Se formos comprar material usado, que se compre o melhor dos usados…
Panzerhaubitze 2000
Wolf,
Não tem pra quem quer nem novo. rsrsss
Sem falar que pesa quase 60 t (mais que o dobro do M-109) e um novo deve custar os olhos da cara. E tudo isso por conta de alguns quilômetros de alcance a mais, pelo carregador automático e a capacidade de realizar tiros múltiplos com impactos simultâneos.
Um PzH2000 tem vantagens mas tem algumas desvantagens e acho que não precisamos dele no atual contexto. Não vale a pena o custo benefício. A simplicidade do M-109 acho que tá de bom tamanho, principalmente tendo em vista nosso TO e os cenários prováveis.
Um abraço.
Legal, Acho que agora só faltaria adquirir mais unidades do Light gun de 105 mm e trocar os M-114 de 155 mm pelos M777, aí a artilharia de Campanha iria ficar ótima!!!
Prezados, o M-777 é só sonho. Custa faixa de 35, milhões de dolares quase o mesmo valor da modernização de dois M-109.
Solução é M-198 ou Soltan M-71.
Pra dar uma melhorada, substituir os M-114 nos grupos onde estão por um dos dois acima, remanejar os M-114 para grupos com M-101 pra irem adaptando com o 155mm e ter mais poder de fogo e adquirir 36 peças do L-118 ( 1,8 milhão cada).
Sempre lembrando que hoje, com o fogo de contrabateria, o alcance muito longo nunca é utilizado e a mobilidade é fator mais importante.
Esta verão A5 entra em posição atira, desloca 800 metros faz mais dez tiros em 8 minutos, Qualquer outra peça de artilharia de tubo que usamos sequer entra em posição neste tempo. Isso ai foi negócio estupendo. Deve ser estendido ao lote belga e eventualmente a mais um lote de M-109 dos EUA, pois um dos grupos que opera o M-108 ( o 22 gac) vai ficar sem nada
Colombelli,
Qual é o custo do M777 por unidade?
Colombelli,
Dei uma olhada e achei o valor de 4,6 milhões de dólares por unidade do M-777.
Sem dúvida é caro mas como já temos helicópteros capazes de transportá-los talvez pelo menos nesse caso compense o investimento.
Eu sei que é um sonho mas hoje estou particularmente sensível. rsrsss
Bosco, qual seria a diferença dos M 109 e o sistema de morteiros Patria Nemo de 120 mm ?? alem do calibre…
distancia ?? os dois não teriam “o mesmo alvo” ??
nao visao de um leigo, acho que os dois tem o mesmo objetivo…
http://www.forte.jor.br/2010/09/03/sistema-de-morteiros-nemo-da-patria-selecionado-para-os-veiculos-lav-ii/
Bosco, só tu para me fazer dar gargalhadas.
Colombelli, o pessoal vai olhar os M 198, já é voz corrente na CMBW. Outra notícia para os amigos. parece que o EB finalmente bateu o martelo com os Sherpas do US Army. Serão seis células, com duas de spares e quatro operacionais.
G abraço
Wolf,
Um morteiro de 120 mm lança projéteis convencionais de 13 kg a 8 km com um CEP de uns 150 metros. Já um M-109A5 como este lança projéteis convencionais de quase 50 kg a 24 km e na mesma distância do morteiro tem precisão 3 vezes melhor. Combinado a precisão maior e o projétil mais pesado (maior raio letal) e tem-se uma maior letalidade de modo geral, no triplo da distância e com fogo sustentando mais prolongado. Não saberia dizer sem pesquisar mas muito provavelmente o tubo de um obuseiro de 155 mm suporta mais disparos que um fino tubo de um morteiro de 120 mm, independente dele ser raiado ou não.
Com munição assistida por foguete o morteiro 120mm chega a 12 km enquanto o M-109A5 chega a 30 km.
Com sistemas de controle de tiro sofisticados (GPS, computador balístico, etc) há uma melhora na precisão tanto dos morteiros quanto dos obuseiros, em geral reduzindo pela metade essas valores, mesmo utilizando munição burra. Vale salientar que o uso de munição assistida por foguete aumenta o alcance mas reduz a precisão.
Claro, hoje há uma tendência nos países mais evoluídos de dotarem seus morteiros e obuseiros com munições “exóticas” guiadas e propulsadas que mudam esses dados radicalmente, mas nem vamos entrar nesses detalhes pra não pirar. rsrsss
Wolf,
Os alvos são os mesmos: o inimigo. rsrsss
Mas as situações táticas são diferentes para os morteiros pesados e os obuseiros, principalmente os de 155 mm.
Já em relação ao Nemo que você citou, a grande vantagem dele é um tipo diferente de morteiro autopropulsado (canhão morteiro – com sistema de recuo, inclinação vertical inclusive negativa, e carregamento pela culatra e de recarga automática) que além de ser utilizado para tiro curvo pode entrar diretamente em combate contra ameaças na linha de visão utilizando munição de tiro tenso e controle de tiro específico.
Ainda estamos mais longe de ter um Nemo do que de ter um PzH2000. rsrsss
Eu tinha achado 3,5 milhões ( virgula ficou errada), não lembro de qual venda foi, mas foi uma venda feita a um país do oriente médio se não me engano.
Wolf. os 155 operam e favor da brigada ou divisão. Os 120 operam em regra em fazer de nível OM. So a artilharia de selva tem morteiros operando em favor de brigada. O morteiro tem cadência muito maior mas precisão um pouco menor. O raiado quase não dá diferença pra um obuseiro. O nosso morteiro 120 tem alcance de de 8 km, 13 KM so com granada assistida e ai perde precisão. Bate área e não ponto
Tanto um quanto o outro, não devem ser em regra usados no alcance máximo. Hoje tem que ser feitas troca de posição mais vezes, e, portanto o alcance se secundarizou. A vantagem dele seria mover menos a peça. Ademais uso de carga máxima desgasta muito mais rápido o equipamento e se deve sempre ter folga de alcance. Tiro fica nos 60% ou 70% do alcance em média.
Vale lembrar que cavalaria e infantaria aprendem o mesmo que o artilheiro para o tiro do morteiro ( TDA e T Loc).
Se foram ver os M-198 largo caixa de foguete.
Camaradas, boa noite.
A artilharia viveu um tempo de desprestigio no exército americano e na OTAN. Ouvi o Gen Wallace, Cmt de C Ex na invasão do Iraque, dizer q Art não estava servindo pra ele… por mais q ela tenha sido importante no início da invasão. Mais tarde, pela característica da baixa intensidade dos combates, ela ficou de lado. Um colega q fez o Avcd Art nos EUA disse q dos 75 Cap Art, só 5 tinham atuado como Art.
Agora, com a Russia, a Art voltou ao seu lugar. Nessa onda, é bom q o EB se modernize o máximo possível.
Esta nova aquisição é excelente e espero q venha mais!
Mas há mitos.
Se não me engano, a dotação q a Unidade leva por peça é de 100 tiros/dia em uma campanha. Quantas vão dentro do AP, não me recordo.
Um americano q fez ECEME comigo me disse o seguinte, com essa bordoada de munição/dia por Grupo (lá chamam de Btl), no máximo levavam 8 Mun “inteligentes”, e só era empregada por ordem da Artilharia Divisionária, q lá é a Bda de Art da Div. A Bda “dona” do Grupo não tinha autorização pra ordenar este emprego.
Se é cara pra eles… imagine pra nós…
Como disseram, ter esse meio já está excelente pro nosso contexto.
Vamos torcer pra melhorar mais ainda!
Sds
Colombelli,
Num primeiro momento o morteiro tem cadência maior mas não é sustentada ao longo do tempo. Claro, no caso de mandar fogo e deslocar o morteiro ganha já que é só ir jogando munição goela abaixo dele, mas no caso de um posição estática e de apoio de fogo onde não haja o perigo de fogo de contra-bateria, o obuseiro deve manter uma cadência maior.
Ou não????
Meu comentario ficou preso.
Acredito por caso da http…
Um grande abraço!
Depois que os russos obliteraram 2 regimentos na Ucrânia, em menos de 3 minutos, o robozinho do Panzerhaubitze 2000 pediu demissão!!!!
Disse preferir trabalhar em uma montadora de veículos chinesa.
A Elbit já nos salvou de ficarmos sem aviação de caça, claro que não foi de graça, mas vai que eles façam o mesmo pela nossa artilharia!!!!
.
(http://www.snafu-solomon.com/2017/06/elbit-systems-athos.html)
Eu gosto da opção pelo M109A5+ BR…
.
Antes de gastar dinheiro com algo mais móvel, cheio de frufrus, novo e caro, vejo vantagem fuçar no que os americanos tem estocado e dar uma recauchutada. Só que não dá pra ficar nessa pra sempre.
.
Me parece que já passou da hora de se planejar um Obuseiro Rebocado nacional e toda sua gama de munições… Isso é básico demais pra ficar dependendo de importação.
.
Já deram um passo importante com os Morteiros. Um Obuseiro seria um caminho natural, não?
Bosco, essas munições ‘exóticas’ que você diz seriam, por exemplo, a Excalibur e a SMArt 155?
Os vídeos de fabricação e de ‘funcionamento’ destas últimas são, de certa forma, impressionantes para um leigo, como eu. Com absoluta certeza isso reflete no preço de aquisição das mesmas, talvez até ao ponto de não se justificarem em relação as munições ‘comuns’…
Rafa,
São essas e muitas outras. Está acontecendo com os projéteis de morteiro e de obuseiros o que já vem acontecendo há 60 anos com as bombas burras. Estamos vivenciando o fim dos projéteis burros. E mais, utilizando do conceito vitorioso que foi utilizado para transformar bombas burras em armas guiadas de alta precisão, a modularização. Em vez de novas e custosas munições guiadas adapta-se às velhas e numerosas munições burras dispositivos que aumentam a sua precisão de forma exponencial.
Há kits de baixíssimo custo que instalados na ponta de projéteis de morteiro (MGK-mortar guidance kit) lhes confere precisão via GPS. O mesmo para os obuseiros de 155 mm e 105 mm (PGK-precision guidance kit). Num projétil burro de morteiro (até de 60 mm) ou de obuseiro pode-se instalar no lugar do que seria a espoleta uma “ponta” com aletas e receptores GPS e transformar esse projétil burro numa arma de precisão, e ainda continua a funcionar como espoleta de proximidade.
Os americanos desenvolveram uma munição para morteiro de 120 mm guiada por GPS com alcance de 16 km, a PERM.
Em relação ao obuseiro de 155 mm estão desenvolvendo munições de hipervelocidade (HPV) guiadas que poderão fazê-los no futuro atuarem como armas antiaérea e até… antibalísticos.
Um abraço.
Bosco, a cadências sustentada tem mais a ver com a questão do resfriamento do tubo, e como o 120mm raiado não difere muito do obuseiro 105 acaba sendo equivalente. Já a cadência máxima esta relacionada a facilidade mecânica de disparo do morteiro.
Em 1996 no SISM fizemos sete tiros em menos de 15 segundos. A primeira granada não tinha atingido o solo a 1800 metros e a ultima ja tinha saido do tubo o 81.
Hoje creio que a cadências sustentada tornou-se um tanto relativa, pois a peça ficar no mesmo lugar fazendo tiro contínuo é muito perigoso diante dos drones e radares. Ainda que não seja possivel fogo de artilharia em contrabateria, pode vir um ataque aéreo. Como nossas peças demoram um tempo pra entrar em posição dá tempo de o tubo esfriar.
Nestes casos, quando houver necessidade de um fogo de fustigação, como nas Malvinas é melhor usar várias baterias em locais diferentes e fazer cada qual um raid curto e mudar de posição. Assegura-se a continuidade sem o risco da localização.
Colombelli,
Obrigado!!
–
Rafael,
Quanto aos futuros projéteis HPV que serão comuns aos canhões EMRG “railgun” de 150 mm, Mk-45/4 de 127 mm, obuseiros de 155 mm M-777 e M-109A7, e AGS de 155 mm, devo dizer a bem da verdade que é plágio avançado do conceito do Vulcano italiano (76 mm, 127 mm e 155 mm). rsrssss
Os americanos viram que o projétil HPV desenvolvido para o railgun poderia ser adaptado a outros canhões convencionais de calibre compatível. Mas o conceito todo tem muito a ver com a munição subcalibrada Vulcano dos italianos que ganha em alcance sem precisar de propulsão adicional. Claro, essa ideia já é antiga e utilizada há muito tempo nos projéteis cinéticos antitanques mas foram os italianos que propuseram que esse conceito fosse adaptado ao tiro curvo.
Depois veio os americanos com o railgun com um projétil subcalibrado semelhante e daí para estender o conceito para as outras armas foi um pulo. Se vai dar certo na extensão que os americanos imaginam só o futuro dirá. Querem que esses projéteis sejam utilizados nas mais diversas funções, desde na defesa de mísseis antinavios, mísseis balísticos táticos, função antinavio, contra alvos terrestres, etc.
Em vez de ter uma bateria Patriot inteira pra proteger uma determinada região do ataque de mísseis “Scud”, basta ter lá um obuseiro M-109A7 com alguns projéteis HPV guiados que irão operar combinados com uma rede de sensores remotos (radares, etc). Um míssil Patriot PAC-3 pesando 320 kg tem que subir a 20 km para interceptar um míssil balístico e bater direto com ele enquanto um pequeno projétil HPV lançado por um obuseiro pode fazer o mesmo pesando menos de 40 kg e sendo impulsionado por uma carga de projeção de 30kg. Claro, exige o pesado obuseiro pra fazer o trabalho mas no cômputo geral parece ser vantagem já que haverá muitos deles distribuídos no campo de batalha.
–
Um abraço aos dois.
Boa noite
A Munição de precisão tem missões específicas, e precisam de Intg Op grande antes de seu emprego. Diferente das bombas burras de aviação, as granadas burras de Art e Mrt continuarão como prioridade, pois a missão principal do Ap Fg é proporcionar um movimento rápido para Cav e Inf, disparando contra alvos também em movimento e/ ou dispersos, além de, geralmente, haver a necessidade de se manter a cadência alta de tiro.
Como eu disse, a dotação de um GAC no USArmy é de 1800 tiros burros, com 8 Sistemas de orientação. É muito caro até pros EUA.
O Mrt 120 é consideravelmente menos preciso q a Art 105, tendo em vista o quanto as Cond Meteo e a impulsão da mun interferem. O tiro de Art tem um estudo Meteo e balístico bem maior. Um Pel Mrt P tem aquela central de tiro “canela seca” Um Ten Comanda o Pel e um Sgt conduz a central, pras 4 Peças atirarem. A Bia é Comandada por um Cap com um Ten na central de tiro não é a toa. A Art vem empregando o Mrt 120 como aperfeiçoamento doutrinário, já q o tiro embarcado na Art Sl e a leva para o salto na Art Pqdt pode ser melhor q com os obuseiros. Porém, perdem muito na precisão. Esta só é parecida em tiros curtos, o q não é o caso contra um Ini tambem dotado de Art. Contra F Irreg ainda dá… Se não for uma com Art, como provavelmente o ISIS deve ter.
Sds
Agnelo,
Obrigado pelas informações a nível profissional.
Muito interessante.
Quanto a munições de artilharia continuarem a ser essencialmente do tipo “burras” sem dúvida, já que pressupõem ficar martelando o inimigo e isso não seria viável com munição mais cara.
Mas o que se vê é que a coisa tá barateando e simplificando. Será que ficar martelando o inimigo não é por não haver precisão e não necessariamente por opção tática? Havendo a capacidade de realmente atingir o inimigo de modo preciso não restringiria a quantidade de munição que é gasta não atingindo nada e portanto, reduziria o custo em benefício da munição guiada?
Claro, acho que nunca ocorrerá na artilharia de campanha o que se vê em relação à completa substituição de bombas burras na aviação, mas chegou-se a um ponto onde a aquisição de alvos via UAV, a rápida integração dos dados em tempo real, o custo da munição guiada, etc. vai mudar radicalmente o modo como a artilharia tem sido empregado.
Um abraço.
Bom dia Bosco
Concordo com vc. Pra muitas situações, a consciência situacional, inteligência mais oportuna e barateamento das munições inteligentes, mais delas poderão ser utilizadas para para o cumprimento de missões hj dadas a uma concentração de fogos. Um dia a exceção será a barragem de Art para deter o finalmente de um atq Inf ou cav.
No Afeganistão, chegou-se ao ponto de uma peça de Art atirar em proveito de uma Patrulha, enquanto outra atirava em proveito de outra em outra posição totalmente diferente, o q levou a “quebra” de vários fundamentos da Art. É a evolução dos conflitos e do emprego de meios militares.
Abraço
Bosco, grato pela atenção e pelas explanações!
Sobre a utilização destas munições inteligentes na função antinavio, li um artigo em um site gringo onde o redator e os comentaristas se mostravam céticos a respeito desta capacidade. Os motivos principais eram dois:
1- mais um vez, o preço. Os argumentos lá expostos levavam em conta o alto preço das munições do canhão de 155mm da Classe Zumwalt, principalmente se levar em conta que o ideal por trás do sistema seria o de fornecer uma alternativa viável à utilização dos variados mísseis a bordo. Se não me engano a US Navy até cancelou o LRASP. O raciocínio, factível para mim, é que os projéteis dos futuros rail guns serão ainda mais caros…
2- a própria aplicação prática. Ninguém parecia crer que o sistema poderá ser usado em sua plenitude – coisa de 80/100 milhas náuticas, uma vez que a munição não seria capaz de corrigir sua rota de forma suficiente a ponto de atingir um alvo em movimento tão distante, o que qualquer míssil faz atualmente.
Enfim, reconheço que possa ter fugido um pouco do tema dos post e que também não posso corroborar estas afirmações com meus conhecimentos físicos e matemáticos. Porém, considero um ponto importante para discussão.
Rafael,
Você não disse isso mas só pra ficar claro o programa LRLAP não têm nada a ver com o programa HVP. O LRLAP parece ser sim muito caro (mas não foi cancelado não) e será utilizado com reserva, mas a proposta do HVP (estava digitando erroneamente HPV) é reduzir muito os custos, mesmo porque será uma munição comum para vários canhões/obuseiros (com mínimas modificações). No caso o AGS poderá lançar um LRLAP propulsados a até 180 km (de acordo com algumas fontes) contra alvos fixos enquanto o futuro HVP não propulsado se limitará à distâncias de 130 km.
Quanto a atingir alvos móveis (terrestres, navais e aéreos) ainda vai um longo tempo de desenvolvimento. De início o que se espera é que tenha capacidade de atingir alvos fixos em terra utilizando GPS.
Um canhão terrestre de 155 mm poderá lançar o HVP a 70 km de distância. Um Mk-45/4 a 120 km e o railgun, inicialmente a 180 km. Espera-se que com o aumento da capacidade do railgun ele possa lançar um projétil HVP a 200 NM.
Verdadeira aula/curso de artilharia.
Pena que não dá para ler tanta coisa numa tela de 5″.
Sugiro que a trilogia contrate Bosco e outros experts comentaristas para fazerem um material/curso bem didático.
História da artilharia e os equipamentos e doutrinas atuais.
Acredito que hoje o que define uma guerra pesada é a aviação e os mísseis.
A artilharia só faz sentido no momento da invasão ou em situações como as da Síria e Iraque onde o inimigo não está em um local que você vai invadir, mas ao seu redor.
Por falar nisso, para um exército regular como o EB é a maior dificuldade comprar qualquer coisa.
Já esses grupos guerrilheiros na Síria e Iraque conseguem Hilux, metralhadoras, fuzis, artilharia, metralhadoras antiaéreas, com a maior facilidade.
Por falar nisso, ri muito com um vídeo no YouTube de um iraquiano chamado de Rambo do Iraque.
Ele tipo passava um dia com a família no Iraque, ia para a academia, etc.
No dia seguinte, pegava seu SUV blindado, e se dirigia a um dos fronts, falluja, se não me engano, a uns 60 km de Bagdá.
E lá ia comandar as ações.
Vida confortável, vai trabalhar, volta para casa, SUV blindado…
Quem banca tudo isso?
Tantos soldados, tantos veículos militares ou civis adaptados?
Na Líbia foi do mesmo jeito.
Centenas de Hilux com metralhadoras…
Bosco e Colombelli,
grato pelas explicações…
Amigos,
.
Há também outros conceitos, que extrapolam a artilharia de cano, que poderão vir a ganhar considerável espaço no futuro.
.
Um que considero digno de nota aquele por detrás do GLSDB… A idéia de um booster somado a um kit para guiamento e a uma munição convencional ( bomba ou projétil de artilharia ), pode, em tese, gerar uma munição inteligente que poderia ser disparada de qualquer veículo com aparato apropriado; algo rústico e mínimo… No computo geral, poderia ser mais barato que um complexo obuseiro alto-propulsado e suas novas munições, e talvez com mais poder destrutivo e tanto alcance quanto foguetes, dependendo do que se tem a mão.
.
Outro conceito que acho impressionante é o do T-RAM ( Tactical Remote Aerial Munition ). A ideia de um UAV “Kamikaze”, que pode ser lançado até mesmo por infantes, e capaz de destruir quaisquer veículos leves, abre uma janela interessantíssima de possibilidades, a nível de forças especiais e leves, notadamente em conflitos assimétricos.
.
Irei até um pouco além do que já debateram os amigos. Acredito que própria artilharia de cano tornar-se-ia a exceção, posto que as guerras do futuro demandarão mais precisão que capacidade de saturar… Aliás, se considerarmos a disseminação rápida desse tipo de artefatos inteligentes, estaremos indo para um futuro onde várias munições inteligentes poderão ser lançadas a custo mínimo. A mesma revolução que vimos no ar, veremos similar em terra em tempo próximos…
T-RAM: https://youtu.be/qIYZiTqenJs
.
GLSDB: https://youtu.be/SmUU1SUDeAo
O que diferencia esta versã “BR” das demais?
Bosco, quais os avanços tecnológicos do M777 frente ao M198?
Renato,
Basicamente ele tem a metade do peso do M-198, o que permite que seja transportado por helicóptero médio como o UH-60. Também precisa de uma equipagem menor e pode entrar e sair de posição na metade do tempo.
–
RR,
O “míssil” (ou se preferir: drone kamikase) Switchblade está fazendo sucesso no US Army.
É uma pergunta leiga, mas por que não temos nenhum GAC AP na região nordeste?
RR como costumam dizer nas OM de artilharia “sempre haverá uma artilharia” ao que eu acresceria sempre haverá uma artilharia de tubo e disparando projéteis como se fazia a 100 a onos atras. Isso porque estas novas tecnologias são caras e o tipo de combate que poderemos ter tem características onde projéteis burros e disparados na velha tradição cumprem missão.
Inclusive o material que temos hoje cumpre satisfatoriamente a missão. A questão é mais moral. Estamos operando material com 80 anos de uso como base da artilharia (16 dos 29 grupos). É ainda eficaz mas vergonhoso. Com o preço de 05 M-777 podemos renovar todas nossa artilharia 155 AR. Com 108 milhões de dolares renovariamos quase toda a artilharia. Divide em 08 anos dá um valor pequeno.
Bosco,
.
Pois é.
.
A idéia de ter uma “artilharia” com alcance maior que morteiros leves e que possa ser carregada nas costas por apenas um homen é muito atraente…
.
Imagine poder lidar com uma situação em que se exige apoio aéreo para uma ameaça assimétrica e poder faze-lo sem a necessidade de pedir suporte de aeronaves táticas. É um leque de possibilidades que não pode ( e entendo que não deve ) ser ignorado.
.
E não é nada tão complexo de ser feito… Em teoria, qualquer empresa que constrói um aeromodelo rádio comandado pode construir um drone “Kamikaze”…
T-RAM: ttps://youtu.be/qIYZiTqenJs
.
GLSDB: ttps://youtu.be/SmUU1SUDeAo
.
Switchblade: ttps://www.youtube.com/watch?v=0BzZEChZJfE
Olá, Colombelli.
.
Compreendo que a apelação a esse tipo de munição tem agentes motivadores que são, em sua maioria, de ordem moral. Também compreendo que a artilharia de cano sempre estará presente. Mas o caminho em direção a popularização das munições guiadas disparadas de terra, é um caminho que considero irreversível posto a própria natureza assimétrica ( acredito eu… ) da maior parte dos combates a ocorrerem daqui por diante.
.
E o conflito assimétrico eu entendo ser uma contestação moral em primeiro plano, posto o propósito da própria guerra de guerrilha ser conseguir uma vitória politica; uma “vitória de holofotes” ou “midiática”… E nesse cenário, parecer ser mais “bonzinho” significa sustentar o apoio do público – e consequentemente a iniciativa – por mais tempo.
.
Afinal de contas, quando as pessoas começam a ser atingidas perante as câmeras do mundo, as perguntas começam… E se essas pessoas atingidas são aquelas que não deveriam se-lo, então todos começam se perguntar “o que estão fazendo ali”… E nos dias de hoje, por mais medidas de zelo que se tomem com a informação, uma hora as notícias chegam…
.
Lembremos do Vietnam, onde a vitória militar das forças americanas não significou nada no final… E o que restou foram as imagens negativas e um estigma de “malfeitores” que até hoje prevalece na cultura popular e em muitas cabeças…
.
Enfim, se é pra atacar, que sejam atacados somente os “bad guys”…
RR
Esta tendência de redução dos danos colaterais em conflito assimétrico urbano que justifica em grande parte a adoção de munições inteligentes será uma tendência para quem luta este tipo de guerra e tem dinheiro.
As possibilidades de conflito que podemos ter nós Brasil são as tradicionais, em campo aberto. E hoje com a necessidade de mudança frequente de posição, o alcance ficou secundarizado, por isso nossas peças antigas ainda cumprem bem a missão.
Mas em nações como os EUA ou Israel certamente se priorizará a tecnologia, embora a massa dos disparos ainda será comum.
Quantos 109 existem no inventário e quantos serão convertidos para o padrão “plus BR??
O C-17 pousa em uma pista improvisada, desembarca um veículo M142 HIMARS, que se posiciona, em seguida é municiado e então seus foguetes são disparados.
Concluído os disparos os veículos entram novamente no avião, que imediatamente decola rumo a nova posição.
.
(http://www.defense-aerospace.com/articles-view/release/3/184417/us-army-innovates-with-%E2%80%9Cfly_in%2C-shoot-and-fly_out%E2%80%9D-artillery-mission.html)
Caro Colombeli,
.
Perfeito.
.
Saudações.