Bombardeiro Vautour II sobrevoa blindados israelenses na Guerra dos Seis Dias

Coluna blindada israelense de Sherman M4 avança no Sinai em 6 de junho de 1967. (AP Photo)

A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado entre Israel e a frente árabe, formada por Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuweit, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.

O crescimento das tensões árabe-israelenses, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem suas tropas. Antecipando um ataque iminente do Egito e da Jordânia, Israel surpreendeu as nações aliadas, lançando um ataque preventivo e arrasador à Força Aérea Egípcia.

O plano traçado pelo Estado-Maior israelense, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 7h e 10min da manhã do dia 5 de junho de 1967, quando caças israelenses atacaram nove campos de pouso, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão. Ao mesmo tempo, forças blindadas israelenses investiam contra a Faixa de Gaza e o norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém e a Síria interveio no conflito.

No terceiro dia de luta todo o Sinai já estava sob o controle de Israel. Nas 72 horas seguintes, os israelenses impuseram uma derrota devastadora aos adversários, controlando também a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém e as Colinas de Golã, na Síria. Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. Síria e Egito estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis mais próximos ao Canal de Suez.

Nos anos seguintes à crise de Suez, a tensão entre árabes e israelenses foi elevando-se perigosamente. Contribuíram para isso vários fatores, entre os quais:

1. A instalação de governos de caráter progressista em países árabes (Síria e Iraque) em substituição aos regimes conservadores neles existentes até então. Esses novos governos se mostravam favoráveis a uma ação militar contra Israel e pressionavam o governo egípcio — o mais forte e populoso do mundo árabe — a se encaminhar nessa direção.

2. A formação de movimentos de resistência palestinos que passaram a reagir cada vez mais à ocupação de Israel. A contínua repetição desses incidentes, que ocorriam principalmente ao longo da fronteira de Israel com seus vizinhos, e as pressões dos países árabes para uma tomada de posição mais firme por parte do Egito levaram este último a formalizar pactos militares de defesa mútua com a Síria, a Jordânia e o Iraque.

Bombardeiro Vautour II sobrevoa blindados israelenses na Guerra dos Seis Dias

Descrição dos acontecimentos
Em Maio de 1967 exércitos árabes começaram a juntar forças ao longo das fronteiras de Israel. Ao mesmo tempo o General e Presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, ordenou um bloqueio no Golfo de Aqaba. O primeiro passo para o desencadear da guerra deu-se em 7 de Abril de 1967, quando Israel lançou um ataque contra posições da artilharia inimiga e bases de resistência e Montes Golã. Durante a operação, seis aviões sírios MiG-21 foram abatidos pelos caças israelenses que voavam em vôo baixo sobre a capital da Síria, Damasco.

Esta provocação inflamou as tensões entre Árabes e Israelenses. A União Soviética passou através dos seus serviços secretos informações ao governo sírio. Essa suposta troca de informações alertava para um ataque em massa do exército de Israel. Embora não existam provas absolutas dessa colaboração russa, uma coisa é certa: as informações estavam corretas e ajudaram a empurrar tanto a Síria quanto o Egipto para a guerra.

Por causa da sensação de ameaça à Síria, o Egito trouxe para a crise um Pacto de Defesa em 1966. Contudo Nasser não foi perspicaz sobre uma guerra com Israel, ele tomou decisões que levavam a uma guerra fechada, um bloqueio para prevenir um provável ataque israelense. A meio de Maio, ele enviou tropas para o Deserto do Sinai e pediu aos Capacetes Azuis da ONU para partirem.

Em resposta a esta ação e ao apoio sovético, o Exército Israelita foi mobilizado e o Egito, Síria e Jordânia declararam o Estado de Emergência. Em 22 de Maio, Nasser fechou o Estreito de Tiran aos navios de Israel, isolando a cidade portuária de Eliat. Esta mesma ação, somada a interesses franceses e israelenses, foi a causa da Guerra do Canal do Suez em 1956. Três dias mais tarde os exércitos do Egito, Arábia Saudita e Iraque moveram-se para as fronteiras com Israel. Em 30 de Maio, a Jordânia juntou-se ao Pacto Egito-Síria, formando o Pacto de Defesa Árabe. Durante este período, a imprensa árabe teve um papel vital para a abertura das hostilidades. Jornais e Rádios passavam constantemente propaganda contra Israel.

Em 4 de Junho de 1967, Israel estava cercado por forças árabes que eram muito mais numerosas do que as suas. O plano de invasão israelense parecia fadado ao fracasso, até o Mossad pensar em uma solução. A Guerra era iminente. Confrontados com uma retaliação árabe iminente antes mesmo da invasão começar, os líderes militares de Israel e governo implementaram uma estratégia para furar o bloqueio militar legal imposto pelos Árabes.

Logo depois das 8h45 do dia 5 de Junho foi lançado um ataque aéreo contra as forças árabes. Este ataque, com o nome de código ‘Moked’, foi desenhado para destruir a Força Aérea do Egito enquanto esta estava no solo. Em três horas a maioria dos aviões e bases estava destruída. Os caças israelenses operavam continuamente apenas voltando para reabastecer de combustível e armamento em apenas sete minutos. No primeiro dia os árabes perderam mais de 400 aviões; Israel perdeu 19. Esses ataques aéreos deram aos israelenses a chance de destroçar de forma desigual as forças de defesa árabes.

Em seguida, as forças terrestres de Israel deslocaram-se para a Península do Sinai e Faixa de Gaza onde cercaram as unidades egípcias. A Guerra não era longe da frente leste de Israel. O primeiro-ministro de Israel, Levy Eshkol, enviou uma mensagem ao rei Hussein da Jordânia: “Não empreenderemos ações contra a Jordânia, a menos que seu país nos ataque”.

Mas na manhã do 5º dia, Nasser telefonou a Hussein encoranjando-o a lutar. Ele disse a Hussein que o Egito tinha saído vitorioso no combate da manhã — um engano de Nasser que provocou uma derrota esmagadora da Jordânia, mas que conseguiu impedir que Israel tomasse Amã.

Às 11h da manhã de 5 de Junho, tropas da Jordânia atacaram Israel a partir de Jerusalém com morteiros e artilharia. Com o controle total dos céus, as forças israelenses em terra estavam livres para invadir o Egito e a Jordânia. Por causa disto, os reforços árabes que foram enviados tiveram sérios contratempos, o que permitiu que em apenas 24 horas os israelenses tomassem grande parte da cidade aos jordanianos. No terceiro dia da guerra, 7 de Junho, as forças jordanianas foram empurradas para o West Bank, atravessando o Rio Jordão. Israel tinha anexado todo o West Bank e Jerusalém, tomando e invadindo a cidade.

Jatos egípcios atacam tropas israelenses perto do Canal de Suez, em 1967

A ONU conseguiu um acordo de cessar-fogo entre Israel e a Jordânia que entrou em vigor naquela tarde. Após o cessar-fogo, o grande contingente das tropas de Israel e tanques foi dirigido contra as forças do Egito no Deserto do Sinai e Faixa de Gaza. As IDF (Forças de Defesa de Israel) atacaram essas forças com três divisões de tanques, paraquedistas e infantaria. Conscientes do fato que a guerra somente podia durar poucos dias e que era essencial uma vitória rápida, os israelenses concentraram todo o seu poder através das linhas egípcias no Deserto do Sinai.

Em 8 de Junho, os israelenses começaram o seu ataque no Deserto do Sinai. Sob a liderança implacável do General Ariel Sharon, empurraram os egípcios para o Canal do Suez. No final do dia, as forças israelenses alcançaram o Canal do Suez e a sua artilharia continou a batalha ao longo da linha da frente enquanto a força aérea atacava as forças egípcias em retirada que tentavam recuar utilizando as poucas estradas não controladas.

No final do dia, os israelenses controlavam toda a Península do Sinai e em seguida o Egito aceitou um cessar-fogo com Israel. Às primeiras horas do dia 8 de Junho os israelenses atacaram acidentalmente o navio de guerra americano USS Liberty ao largo da costa de Israel. Foi confundido como sendo um navio de tropas árabes, 34 americanos morreram.

Com o Sinai sob controle israelense, Israel começou o seu assalto às posições sírias nos Montes Golã no dia 9 de Junho. Foi uma ofensiva difícil devido às bem entrincheiradas forças sírias e o terreno acidentado. Israel enviou uma brigada blindada para as linhas da frente enquanto a infantaria atacava as posições sírias. Depois de uma série de episódios, Israel ganhou o controle dos Montes Golã. Às 6:30 da tarde do dia 10 de Junho a Síria retirou-se, e foi assinado o armistício. Era o fim da guerra nos campos de batalha. Mas alguns resultados se estenderam por anos posteriores.

Corpo de soldado egípcio jaz no deserto após combate na Guerra dos Seis Dias

A Guerra dos Seis Dias foi uma grande derrota para os Estados Árabes. Eles perderam mais de metade do seu equipamento militar, e a Força Aérea da Jordânia foi completamente destruída. Os Árabes sofreram 18.000 baixas. Em contraste, os israelenses perderam 766 soldados.

No dia seguinte à conquista da Península do Sinai, o Presidente Nasser do Egito resignou humilhado e outros líderes árabes perderam popularidade. Contudo, esta derrota não mudou a atitude dos Estados Árabes em relação a Israel, que é destruir o Estado de Israel e todo o povo judeu.

Em Agosto de 1967 líderes árabes reuniram-se em Kartum e anunciaram uma mensagem de compromisso para o mundo: Não às negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de Israel, que lhes havia causado um grande prejuízo.

Os ganhos de Israel nesta guerra foram consideráveis. As suas fronteiras eram agora maiores e tinham ocupado os Montes Golã, a Cisjordânia (“West Bank”) e a Península do Sinai. O controle de Jerusalém foi de considerável importância para o povo judeu por causa do valor histórico e religioso, já que a cidade era judaica há 3.000 anos até ser tomada pelo império Turco-Otomano, e assim, iniciou-se a fuga dos palestinos de suas casas.

Territórios controlados por Israel, antes e depois da Guerra dos Seis Dias

O conflito criou 350.000 refugiados que foram rejeitados pelos estados árabes vizinhos principalmente a Jordânia, mas mais de 1.300 dos palestinos que ficaram na Cisjordânia e Faixa de Gaza permaneceram sob o controle de Israel e vivem como cidadãos israelenses gozando dos seus plenos direitos.

A guerra fez explodir o nacionalismo Palestino. Organizações Terroristas como a Al Fatah e partes da OLP realizam ataques terroristas contra alvos em Israel, na esperança de recuperar as terras que eles julgam ser deles. Em Novembro de 1967 as Nações Unidas aprovam a Resolução 242, que ordena a retirada de Israel dos territórios ocupados e a resolução do problema dos refugiados.

Israel não cumpriu a resolução para se retirar dos territórios ocupados, e só negocia se os estados árabes reconhecerem o estado de Israel e os líderes árabes em Kartum dizem que a Resolução 242 não é mais do que uma lista de desejos internacionais.

A guerra não resolveu muitos dos assuntos que começaram precisamente com ela, e em alguns casos aumentou o conflito Israel-Árabe. No entanto, alguns progressos nas negociações entre palestinos e o governo de Israel foram alcançados.

Tropas israelenses comemoram a vitória no Sinai, em 10 de junho de 1967

Como parte dos Acordo de Paz de Oslo (1993), a Organização para a Libertação da Palestina (a partir de então, Autoridade Palestina) assumiu o controle da Faixa de Gaza e da cidade de Jericó em 1994; em 1995, de outras cidades na Cisjordânia também passaram para o controle da Autoridade Palestina.

De todo o modo, o conflito não foi solucionado. Os palestinos continuam reivindicando todos os territórios ocupados por Israel e a criação de um Estado palestino. Grupos Terroristas Palestinos continuaram a empreender ataques contra alvos civis e militares em Israel, mesmo quando os dois lados estão negociando a paz. Por sua vez, o governo israelense adotou uma ação militar de ataques a guerrilheiros e bases de grupos terroristas, para defender sua população, matando líderes de grupos terroristas palestinos que demonstram oposição à existência do Estado de Israel, diminuindo significativamente o número de vítimas civis.

FONTE: Agência Judaica

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EParro
EParro
7 anos atrás

Embora fosse criança, nesta época, treinava minha leitura nas revistas Fatos & Fotos e Manchete, que minha mãe comprava. E lembro-me de várias fotos chocantes deste conflito.

Fresney
Fresney
7 anos atrás

Os caras são fodas, hoje é um dos melhores exércitos do mundo, mais preparado e profissional. Sugestão para os editores: fazer um artigo sobre a situação atual das forcas armadas Israelenses e falar também sobre o Domo de Ferro.

Abraço

Augusto
Augusto
7 anos atrás

Mudam as circunstâncias, mas os fatos são os mesmos: árabes se aglutinando para combater Israel e a resposta é sempre um coro bem dado. É assim desde Isaque e Ismael.

Fred
Fred
7 anos atrás

Os israelenses utilizavam Sherman de qual versão? Qual calibre do canhão? E aqueles tanques ingleses eram Centurions? Qual versão?
E os árabes estavam com os T-34 85? Não utilizaram T44 nem T54 ou T55? Alguém sabe? O centurion é de uma geração a frente do T34, muito superior a este veículo.

E a trajetória dos militares de Israel, quantos eram veteranos da segunda guerra mundial? Essa experiência deve ter sido muito vantajosa a eles. Atuando nas forças aliadas, até doutrinariamente.

Tomcat3.7
Tomcat3.7
7 anos atrás

Augusto é exatamente como vc escreveu!!!rs
Deus abençoe a Israel !!!

JOEL SOARES
JOEL SOARES
7 anos atrás

Shalom Israel!

André Gomide
André Gomide
7 anos atrás

Vamos misturar religião com política(pq é isso que está por trás) até aqui no FORTE?????

Edson
Edson
7 anos atrás

Li “A Porta dos Leões”, de Steve Presfield, achei impressionante, pois, o livro mostra a guerra por meio da narrativa dos combatentes de terra e ar.
Desejaria saber sobre a “inteligência” por trás dessa guerra. Se alguém poder ajudar.
O tema Espionagem é que mais me fascina no contexto das Guerras.

_RR_
_RR_
7 anos atrás

Fred ( 6 de junho de 2017 at 8:29 ), . Até onde sei, os israelenses utilizaram principalmente o M4A1 e M4A4 no começo. Mas não demorou e constituíram versões próprias. O primeiro grande resultado foi o M-50, com o canhão de 75mm do AMX-13 francês. A seguir, veio o M-51, com um canhão de 105mm; um hibrido bastante poderoso… Houve uma variante com um obuseiro de 105mm, duas variantes com um obuseiro de 155mm ( derivadas do M4A4 ), outra com um morteiro de 160mm, além de duas variantes lançadoras de foguete; todas obtidas por conversão e tudo isso… Read more »

ScudB
ScudB
7 anos atrás

Amigo Fred! Muito difícil responder simplesmente com sequencias dos números e modelos. Era maior bagunça naquele momento. O melhor termo para aquilo deve ser “moedor dos blindados”. Foram usados T-34-85 , Su-100 , T-54/55 , IS-3M , PT-76 , Panzer IV , AMX-13 , Sherman (varios modelos ate L10!), Centurion. E dai começa uma salada : centenas foram destruídos , dezenas (na maioria dos casos exatamente os Centuriones) pararam por falta de combustível ou foram atingidos e deixados pra trás. Nessa hora os israelenses começaram usar os T-54/55 largados pelos árabes com munição e combustível praticamente intactas. E assim por… Read more »

AL
AL
7 anos atrás

André Gomide 6 de junho de 2017 at 11:59 Vamos misturar religião com política(pq é isso que está por trás) até aqui no FORTE????? André, entenda uma coisa: no Oriente Médio não existem religião E política como duas coisas separadas: elas são uma coisa só e indissociáveis!!!! No Judaísmo e no Islamismo, seja Israel ou os vizinhos árabes, Estado e Religião são interdependentes, uma coisa gira em função da outra. Se você quiser “separar” isso, não adianta, nunca entenderá o que acontece lá, e como já citado acima, isso começa com Abraão, e isso é um fato tanto teológico quanto… Read more »

horatio nelson
horatio nelson
7 anos atrás

parabens ao hagana q esse mesmo espirito sempre permaneça em israel…enfrentou todos os arabes e os dizimou além de ter grandes soldados como moshe dayan;yonatan netanyahu;ariel sharon;ehud barak esses deveria ter até ensinamentos sobre eles nas escolas do brasil pelo q fizeram…e outra na guerra dos 6 dias eles usavam fal…ja tão quase substituindo o tavor e nós(?)…otimo comentario Augusto 5 de junho de 2017 at 22:28 queria q todos pensassem assim 🙂

ScudB
ScudB
7 anos atrás

Amigo _RR_!
Curiosamente respondemos junto com informação bem coerente 🙂 ..
So uma(outra) observação/correção :
– Egito usava ISU-152 “Deerslayer” (uma grande diferença seria no chassi que foi “emprestado” da serie IS). Junto com SU-100 foram aterrados ate a base da torre e usados como artilharia. Somente. Inclusive operadores dessas maquinas estavam com nível de instrucao bem baixo.
– principal tanque israelita devemos nomear o Centurion. Os Shermans (na maioria dos casos) davam cobertura e auxilio. E a maior parte das baixas entre tanques do Tzahal era exatamente entre as maquinas britânicas.
Um grande abraço!

_RR_
_RR_
7 anos atrás

Caro ScudB,
.
Obrigado pela correção. 🙂
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Saudações!

Bardini
7 anos atrás

Centurion foi um dos melhores tanks da história… E certamente o melhor que os Britânicos já deram origem.
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Na Guerra dos Seis Dias muitos ainda estavam como haviam chegado, grande parte padrão MKIII.
.
No Yom Kippur o Centurion foi um rolo compressor, devido a superioridade de engajamento e seus sistemas embarcados. Não adiantou nada ao inimigo ter números quando não se tinha a qualidade.
.
Lembrando claro, que esta qualidade só foi valida devido a superioridade aérea.

August
August
7 anos atrás

Já ouvir dizer que essa informação do soviéticos sobre um ataque israelense era falso, não se sabe se era proposital ou erro dos soviéticos. Se alguém que saiba mais me puder explicar ficaria grato !

Marcelo-SP
Marcelo-SP
7 anos atrás

Caro AL, Concordo com o conceito de que a coisa vai além da religião. Apenas vou divergir quanto a ser uma guerra familiar. Não, não é uma disputa entre primos! É uma guerra de civilizações: uma judaico-cristã e outra islâmica. Uma, a que deu origem às sociedades ocidentais, fincando o pé na defesa do local de suas raízes, e a outra lutando para apagar as referências da primeira como passo necessário para deslegitimá-la. Desde o Mandato Britânco, o Ocidente bateu-se com a decisão de como preservar suas raízes em Jerusalém. Não havia mais a convivência com o Império Otomano que… Read more »

Control
7 anos atrás

Srs Procurando colaborar no debate. A Guerra de 67, considerando o formal, de fato é uma campanha da guerra entre Israel e os países árabes que começou em 48, pois entre 48 e 67 só houve armistícios intercalados por entreveros de fronteira bem como a guerra de 56, outra “campanha” do conflito que perdura até hoje entre Israel e parte de seus vizinhos. O conflito em si teve como causa inicial os eventos que aconteceram na fronteira entre Israel e a Síria. No início do mês de abril de 67, os sírios atacaram, a partir das colinas de Golan, kibutzim… Read more »

Bardini
7 anos atrás

Cabe destacar os “Shermans” da primeira foto…
.
Não eram quaisquer M4. Olhem o canhão! É um 105mm Modèle F1 (mesmo do AMX 30), só que mais curto e com muzzle brake. Canhão “similar” ao nosso glorioso L7.
.
É um corpo de M4A1, a torre modificada do M4A2 (que era armado com canhão 76mm) e um canhão 105mm…
Pra época dava um caldo…

horatio nelson
horatio nelson
7 anos atrás

além do mais os canhões dos tanques israelenses tinham uma maior inclinação…bem adaptados as dunas e relevos do deserto

August
August
7 anos atrás

Control ótimo comentário !

Chokoeater
Chokoeater
7 anos atrás

Esse é o M-51, “Super Sherman” ou “Isherman”.

Fred
Fred
7 anos atrás

Valeu pelas respostas pessoal!!

EParro
EParro
7 anos atrás

Control 7 de junho de 2017 at 11:54

Perfeito Control.
Mas, uma menção ao contingente brasileiro na Força de Paz da ONU valia, não? Ah, e o Lamarca?

Saudações

Corsario137
Corsario137
7 anos atrás

A Guerra dos 6 dias foi fundamental para: 1. Demonstrar ao mundo árabe que Israel tinha plenas condições de se defender, ainda que com menor contingente, de quaisquer ameaças de seus vizinhos; 2. Demonstrar que a inteligência de Israel aplicada ao campo de batalha era superior a de seus adversários, o que ficou evidente com a rapidez e a assertividade das ações táticas tomadas durante o conflito em comparação aos adversários árabes, muito atrapalhados, pra dizer o mínimo; 3. Demonstrar às grandes potências da época, em especial os EUA e a França, de que Israel estava disposto a pagar o… Read more »

Corsario137
Corsario137
7 anos atrás

Eparro,

Meu falecido tio esteve, enquanto soldado do EB integrando missão de paz da ONU, em Jerusalém nesta época. Temos fotos incríveis dele na cidade, no muro das lamentações e na mesquita de Al Aqsa.

horatio nelson
horatio nelson
7 anos atrás

Corsario137 sem contar aquela linda foto dos 3 generais uzi Narkiss,moshe dayan e o ytzak rabin entrando na cidade antiga de jerusalem uma linda e emocionante foto simbolo da força israelense

Bb
Bb
7 anos atrás

A principal consequencia da guerra vou desmontar o entao inexpugnavel efeito domino. A quebra da certeza q os paises se aglutinariam em torno da Russia e China. Israel israel ainda ficou sob embargo de armas francesas mesmo antecipadamente pagas. A origem do odio da esquerda a Israel remete a flagorosa derrota do equipamento sovietico e sua doutrina. Somente apos esse feito os Eua viram o valor da alianca estrategica. A captura de um mig 21 iraquiano o mesmo q infernizava no vietnam, caputra de estacao de radar intacta e plataforma Sam e o compartilhamento de inteligencia em varias partes do… Read more »

control
7 anos atrás

Srs
Jovem Corsario
Um pequeno adendo:
A estratégia da campanha de 67 foi do Estado Maior da IDF comandado por Rabin, Dayan foi de 56.
Aliás, perguntado sobre as diferenças entre 56 e 67 Dayan disse que 67 teve um melhor chefe de Estado Maior.
Sds

Corsario137
Corsario137
7 anos atrás

Prezado Control, Obrigado pela informação porém ao que me consta (carente de fonte) é que o Moshe foi quem liderou em 67. Eskol acumulava as funções de primeiro ministro e ministro da defesa até o ponto em que isso tornou-se insustentável (ele era contra a reação israelense no conflito, queria esperar os árabes fazerem um ataque – como se aquilo já não fosse). Vencido politicamente, convocou o herói de 56 para liderar o “contra-ataque” israelense. Não que a participação de Rabin tenha sido menor, ele era o chefe do estado maior do exército e acredito que cada uma das batalhas… Read more »

Corsario137
Corsario137
7 anos atrás

Horatio,
Certamente. Porém esta foto ficou incompleta sem a presença do primeiro ministro, símbolo eleito do povo. Acho que o Eskol foi contra a guerra até o fim. Como se Israel tivesse escolha. Era se defender ou perecer.

control
7 anos atrás

Srs
Jovem Corsario
Os planos e a estrategia já estavam definidos e a IDF preparada para a ação antes de Dayan ser nomeado Ministro da Defesa nos fins de maio. Nomeação esta feita por pressão, exatamente, do Estado Maior da IDF e contra a vontade de Eskol.
É bom lembrar que os comandantes da IDF eram veteranos de duas guerras e viam o Dayan, pelo sua experiência, liderança e popularidade como a pessoa adequada para fazer a ponte com os políticos e passar uma imagem mais firme que a do hesitante Eskol.
Sds

Corsario137
Corsario137
7 anos atrás

Prezado Control,

Primeiramente obrigado pelo “jovem”. Meus ainda poucos cabelos brancos agradecem!

Obrigado pela informação. Acho que no final estamos falando a mesma coisa. Sem dúvida não foi o Moshe que planejou tudo mas foi quem colheu os louros, ainda que não tenha sido só ele. A Guerra dos 6 dias eternizou a já brilhante carreira do general, bem como lançou ao mundo o nome de Rabin.

EParro
EParro
7 anos atrás

Corsario137 10 de junho de 2017 at 0:31

Meu, que sensacional! Não teria como apresentá-las?
Pouco ou nada se fala da participação do EB na Força de Paz da ONU em Israel, antes da Guerra dos Seis Dias.

Corsario137
Corsario137
7 anos atrás

Prezado Eparro, vou ver com a minha prima e mando para os editores da trilogia, caso eles queiram publicar.
Sds,

Norberto Soares Paiva
Norberto Soares Paiva
7 anos atrás

Esse conflito envolvendo judeus e árabes é talvez, um dos maiores conflitos da História da Humanidade, pois quando os judeus foram pelos romanos expulsos da região, eles se espalharam pelo mundo. Em 1967, eu fazia parte último contingente de brasileiros integrantes do Batalhão Suez. Fomos envolvidos involuntariamente neste conflito. Morreu o nosso Cabo Carlos Adalberto Ilha de Macedo. A Crise entre Árabes e Judeus chega aos extremos e na segunda-feira no dia 05 de junho de 1967, pela manhã a força aérea de Israel efetua uma operação de surpresa sobre o Egito, utilizando tácticas que passaram por simular voos de… Read more »

Norberto Soares Paiva
Norberto Soares Paiva
7 anos atrás

Fui testemunha desta Guerra. Compondo o último contingente do Batalhão SUEZ, eu e meus colegas fizemos parte da primeira Força de Paz mundial, o qual foi involuntariamente envolvido no conflito “GUERRA DOS SEIS DIAS”, onde veio a falecer o nosso Cabo Carlos Adalberto Ilha de Macedo. Esse conflito envolvendo judeus e árabes, é talvez, um dos maiores conflitos da História da Humanidade, pois quando os judeus foram pelos romanos expulsos da região, eles se espalharam pelo mundo. A paz só voltará para aquela região se liberarem a imigração dos Palestinos e deram emprego para aquela gente. Do outro lado os… Read more »