LAAD 2017: Ministro Jungmann anuncia medidas para incentivar a Base Industrial de Defesa
Rio de Janeiro, 04/04/2017 – O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou nesta terça-feira (04), durante a abertura da 11ª edição da LAAD – a mais importante feira sobre segurança e defesa da América Latina – algumas medidas para incrementar a base industrial de defesa, entre elas uma linha internacional de crédito entre governos. “Criamos, em conjunto com o Ministério da Fazenda e com o BNDES, nova linha internacional de crédito para financiar países que queiram comprar os nossos produtos”, adiantou Jungmann.
Ainda segundo o ministro, a iniciativa vai proporcionar a criação de novos empregos no Brasil, além de permitir que a indústria brasileira passe a integrar as cadeias globais de valor.
“Precisamos ousar e buscar novos mercados e novas parcerias. Ampliando as oportunidades no setor de defesa expandiremos o produto, a renda e geraremos empregos de alto valor agregado, com salários mais altos do que a média de remuneração da economia”, ressaltou Jungmann.
Outra medida anunciada é a entrada do Ministério da Defesa (MD) na Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), com a criação de um Grupo de Defesa dedicado aos assuntos do setor. “Como plano de trabalho desse Grupo, trataremos, em conjunto com os demais Ministérios integrantes da Camex, de temas como inteligência e promoção comercial, financiamento e garantias”, garantiu o ministro.
Jungmann falou em seu discurso sobre os projetos estratégicos das Forças Armadas como o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e o Programa Nuclear da Marinha (PNM); o Guarani e o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), do Exército, e o FX-2 Gripen e o KC-390, da Força Aérea. “São fundamentais para assegurar a capacidade das Forças Armadas de cumprir sua missão constitucional e defender as fronteiras, o território, as águas jurisdicionais e o espaço aéreo brasileiro”, disse o ministro.
Mais tarde, em conversa com jornalistas, o ministro Jungmann detalhou alguns números do orçamento dos investimentos da pasta. A previsão para este ano era de R$ 15 bilhões, porém R$ 9,6 bilhões foram contigenciados. Mas, a intenção é que ao longo do ano, a Defesa consiga recuperar esses recursos.
Para o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) foram disponibilizados, para 2017, cerca de R$ 470 milhões, sendo que 80% da primeira fase já foram executados. A segunda fase está em planejamento e deverá ser ampliada para os estados de Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, além do projeto-piloto já implantado em Mato Grosso do Sul.
Ainda com relação ao SISFRON, o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência República, Sérgio Etchegoyen, declarou que o País pretende compartilhar com os países vizinhos o novo Sistema. A intenção é começar a cooperação com a Argentina. “Vamos compartilhar custos, produção, tecnologia e resultados”, completou Etchegoyen.
Sobre o Gripen, o ministro disse que o novo caça da Força Aérea Brasileira (FAB) não sofrerá cortes porque os recursos foram garantidos durante a elaboração do contrato.
A mesma situação é do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que está em fase de lançamento e recursos praticamente liquidados, em torno de R$ 2,1 bilhões.
Com um orçamento de desenvolvimento e produção na ordem de R$ 5 bilhões, o cargueiro KC-390 tem uma expectativa de exportações de US$ 1,5 bilhão ao ano.
Ontem (03) à noite o ministro Jungmann esteve em um evento de boas-vindas às delegações estrangeiras à LAAD .Em discurso, o ministro destacou a importância da feira para o desenvolvimento econômico do País.
“A LAAD vai ser marcada por bons negócios e a confraternização. Durante a feira teremos oportunidades de anunciar uma série de medidas que irão incrementar este segmento. Todas com foco na inovação e no fortalecimento da base industrial de defesa”, afirmou Jungmann.
FONTE: Ministério da Defesa