Exército Brasileiro recebe obuseiro M109A5
Nas fotos, a chegada de um Obuseiro Autopropulsado M109A5 ao Brasil. O blindado estará em exposição na LAAD Defence & Security 2017, de 4 a 07 de abril no Rio de Janeiro – RJ.
No ano passado a BAE Systems obteve um contrato de US$ 54 milhões para fornecer 32 obuseiros autopropulsados M109A5 de 155 mm atualizados para o padrão BR ao Exército Brasileiro.
Os veículos são parte de uma frota de 40 M109A5s ex-US Army anteriormente concedidos pelos EUA através do processo de “excess defence articles” (EDAs).
FONTE: Comandante Logístico, via Facebook
Nota do ForTe: a assessoria de imprensa da BAE entrou em contato avisando que o modelo entregue é o M109A5, sem o “+”. A versão “+” está prevista só para o ano que vem.
Boa compra. Bem “pé no chão”.
entao 08 viraram pecas de reposição, correto ?
qual a cadencia de tiro e quais tipos de munição disparadas por essa versão ??
outra coisa, produzimos a munição utilizada por essa viatura ou eh importada ??
Excelente aquisição pelo EB. Pé no chão, e seguindo a filosofis KISS (Keep It Simple Stupid!). Uma arma eficaz para todos os padrões, e bem acima dos similares em nosso cenário latino-americano.
Parabéns ao Exército!
Respondendo Wwolf22. Sim, vem 8 pra reposição, Não fabricamos munição 155mm. Cadência de tiro máxima não é mudada em relação as anteriores, o impontante é a cadência operacional. A versão adquirida é, para que se tenha uma ideia, capaz de entrar em posição efetuar um disparo mudar de posição 800 metros reentrar em posição e efetuar 8 disparos tudo em 10 minutos. A versão A3 que temos nem deu o primeiro tiro neste tempo.
Passaremos a 68 unidades. Estas novas irão substituir M108 no RS e Paraná em grupos que irão a operar 4 baterias de 4 peças.
Colombelli 25 de março de 2017 at 16:22
Mas parece que a IMBEL fabrica munição de 155mm para o M109 e o M114. Ao menos é o que diz no sítio.
http://www.imbel.gov.br/index.php/municoes#tab-8
Eparro, ter a capacidade de produzir e de fato produzir industrialmente são coisas diversas, pois ai entra a questão da escala ( temos menos de 100 peças ainda em calibre 155), que interfere inclusive no preço. Ao que me é de conhecimento a munição 155mm é importada.
É importante salientar que são dados poucas centenas de disparos de 155 por ano, quiçá pouco mais de um milhar e não chegando a dois. Não se gera produção de escala.
Inclusive a munição apresentada tem alcance máximo correspondente ao dos M-114, bem inferior aos 20 km do alcance ordinário com munição comum do M109, que pode disparar munição assistida e ir aos 40.
Não digo que não possa existir fornecimento da munição pela IMBEL, apenas desconheço, mas esta apresentada não é a ideal pra o M-109.
Colombelli 26 de março de 2017 at 17:04
Bem observado Colombelli! Mais uma máxima que acrescento a minha lista. Assim como: ter não significa operar! Ter capacidade não implica em produzir.
Agradeço a explicação e a atenção.
Saudações
nao sei nao, mas acho que antes de pensarmos em ter qq tipo de “veiculo” temos que pensar se podemos fabricar as munições… ter e nao poder usar por nao ter acesso a munição eh complicado…
a Argentina serve de exemplo… o fabricante estrangeiro pode sabotar a munição exportada a tal pais a pedido do pais produtor, vai saber… e se o pais sofre um boicote na importacao de material bélico ?? td eh possível… acho que ter a capacidade de produzir TODA munição utilizada e produzi-la eh tao ou mais importante do que ter o “veiculo”…
sei la…
Na verdade temos a capacidade de fabricar qualquer munição pra obuseiro/canhão, seja pela IMBEL seja pela CBC, pois não há nada de muito sofisticado nelas. Se as munições acabam não sendo feitas aqui é por conta da falta de escala industrial que justifique o investimento. São dados poucos tiros pra justificar manter uma linha de produção ativa.
O EB trabalha com estoques, provavelmente com algo entre 500 e 1000 tiros por peça, o que daria para uma campanha rápida. Caso precise, a munição pode passar a ser produzida internamente sem maiores dificuldade. Portanto a questão é de economia de meios que justifica a importação.
Colombelli,
suponhamos que o Brasil entre em guerra com seus vizinhos ou ET, em quantos dias a Imbel poderia repor essas 500/1000 munição por obuseiro ou canhao ???
Se ha “falta de escala industrial” para a fabricacao de munição ha algo errado… com certeza a falta de treinamento(disparo de munição real) do nosso EB nao seja o único problema…
O EB “nao tem o planejamento/visao correta”… estamos muito atrasados nesse ponto… tem muito aposentado na ativa com pensamentos pequenos…
Wwolf22, uma linha de montagem pode ser mudada em poucos dias. Não há mistério para produzir munição. A uma vez operacional pode se ter uma boa produção dia. A CBC por exemplo tem capacidade pra 90 milhões de cartuchos de armas leves por mês.
A questão é que hoje manter uma linha pra repor algumas centenas de disparos por ano não vale a pena. Também não é possivel manter estoques grandes porque munição tem validade. Ou seja, a questão é mesmo a falta de escala industrial que justifique manter uma linha de produção que não se pagaria e consumiria grande soma de recursos.
Já por conta disso, do custo, foi inaugurado o sistema de simulação de apoio de fogo. A artilharia não precisa realmente disparar muito pra se adestrar, pois consegue simular 90% da realidade sem necessidade do disparo real.
Há muitos cabeças de bagre no EB e nas forças armadas. Isso eu vi de perto. Mas tem muita gente capacitada. E no que diz respeito ao planejamento logistico, há gabaritos testadosde uso interancional. As quantidades de estoque não são aleatórias e mal planejadas. Quanto a isso, pode ficar tranquilo. Aliás, a compra de munição por importação é algo bem comum em quase todos os paises.
Em caso de guerra hoje, especialmente com nossos vizinhos, não há mais espaço para uma longa guera de atrito que levasse por exemplo aos 200 milhões de disparos de canhão feitos na primeira guerra. Nas Falklands foram disparados algo em torno de 31.000 tiros. As quantidades de munição levam em conta isso, as características dos conflitos modernos, e podem ser repostas ou por compras internacionais (sempre tem alguem que vende como nos ou o Peru vendemos pra Argentina) ou por produção interna.
Colombelli,
entendi o seu ponto de vista.
Mas ai que ta, se tem muitos países que importam a munição, temos que pensar muito a frente… ha mercado, portanto ha motivo para ter uma linha de produção ativa… poderíamos vender para os países sul americanos, africanos, … basta ter o produto e oferecer… fazer a lição de casa… vender o peixe…
mas se o pessoal acha melhor ser apenas um importador…
A questão é achar quem tenha disposição e recursos financeiros pra tentar entrar em um mercado restrito, com fornecedores tradicionais e consolidados no ocidente ( EUA, UK, Alemanha, França), mormente depois do estrago na nossa imagem que a quele sujeito ( que não pronuncio o nome) e a acumuladora de vento fizeram na nossa imagem se juntando com Cuba, Venezuela etc…
Já o mercado latino é pequeno pra justificar. Somente a Argentina tem boa quantidade de obuseiros em calibre 155 ( faixa de 140) e creio que eles produzem a munição.