AK-47 ‘made in USA’
Uma empresa sediada no estado da Flórida produz 2.500 rifles de projeto soviético AK-47 por mês. Ulrich “Uli” Wiegand, um imigrante alemão que iniciou a empresa chamada Inter Ordinance Inc. vê um futuro brilhante para a versão americana do Kalashnikov, a arma clássica do bloco soviético. É a arma mais popular do mundo. Segundo Aaron Karp, consultor sênior do Small Arms Survey, em 2012 havia 150 milhões de Kalashnikov no planeta.
Mas Wiegand quer colocar a Flórida no mapa como o lugar onde os melhores AK são feitos, combinando a proeza da fabricação americana moderna com o design original do General Mikhail Kalashnikov. Com a ajuda de uma empresa registrada em Tampa chamada Purple Shovel, ele quer duplicar sua capacidade e sua força de trabalho e mudar a maior parte de seu negócio de consumidores para governos.
“Estamos levando as melhores características da fabricação americana para a produção do AK-47, com 100 por cento de peças americanas”, disse Wiegand, que mudou a empresa para a Flórida vindo da Carolina do Norte em 2013.
A Purple Shovel é o distribuidora exclusiva do governo dos AK-47 da companhia.
Para alcançar seu objetivo, Wiegand investiu cerca de US $ 5 milhões na fábrica e estima a necessidade de mais US $ 3 milhões a US $ 5 milhões para novos equipamentos e estações de trabalho.
Os investimentos têm atraído a atenção da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Costa Espacial da Flórida.
“Esse investimento reforça ainda mais a nossa base industrial e proporciona um impacto positivo para a região”, afirmou Lynda Weatherman, presidente e CEO da comissão.
É um movimento que tem alguns fabricantes de armas locais coçando suas cabeças.
“Eu não vejo isso como um investimento sábio”, disse Greg Frazee, proprietário da Trident Arms, com sede em Tampa.
Frazee disse que prefere ficar com a linha civil americana de rifles conhecida como a plataforma AR-15, argumentando que o AK-47 “é mais um produto de um determinado nicho”.
Wiegand e Benjamin Worrell, dono da Purple Shovel, vêem as coisas de maneira diferente.
A Purple Shovel, nome de brinquedo da praia de criança, tem mais de 110 milhões de dólares em contratos com o Comando de Operações Especial dos EUA (SOCOM), sediado na base da força aérea de MacDill em Tampa, para “a fabricação das armas de mão e acessórios correlatos”, de acordo com Documentos federais de compras.
Worrell e Wiegand estão proibidos por lei de falar sobre esses contratos. O SOCOM, citando “sensibilidades operacionais”, se recusou a comentar sobre que tipos de armas a Purple Shovel está fornecendo.
Mas SOCOM tem um forte interesse em armas americanas feitas pelo bloco soviético.
Um ano atrás, o comando enviou um pedido de pesquisa de mercado sobre o que ele chama de “armas não-padrão”. Isso inclui armas de desenho russo como o AK-47 e outros rifles de assalto semelhantes, bem como rifles de franco-atiradores como o Dragunov, metralhadoras leves como o PKM e metralhadoras pesadas como o DShK e a KPV. Elas são armas preferidas pelos aliados e inimigos dos Estados Unidos da América por seu custo relativamente baixo e simplicidade de operação.
O SOCOM, encarregado de treinar e equipar comandos e sincronizar a guerra contra o terror, fornece armas a aliados, a pedido de comandos como o Comando Central dos EUA. O CENTCOM, também com sede em MacDill, tem controle geral das operações militares dos EUA no Oriente Médio.
Assim como com os contratos existentes, Worrell e Wiegand não podem falar sobre propostas apresentadas ao SOCOM para a venda de AK-47 americanos.
“Ainda é um esforço contínuo”, disse o porta-voz do SOCOM, Ken McGraw. “Nenhum fabricante foi identificado.”
A Inter Ordnance não é a única empresa da Flórida no mercado. Cerca de 140 quilômetros ao sul, em Pompano Beach, a Kalashnikov EUA tem planos para produzir o AK-47 também. A empresa, que não está ligada à empresa russa (proibida de vender nos EUA por meio de sanções), está produzindo armas de caça Kalashnikov, mas planeja lançar o AK-47 no final deste ano, disse Laura Burgess, porta-voz da empresa.
Como Wiegand, ela disse que há um mercado forte para estas armas.
FONTE: DefenseNews (tradução e adaptação do Forças Terrestres a partir do original me inglês)
Vai vender que nem água…
Qu prefiro o Imbel IA2.