Exército encomenda 1.580 blindados da Iveco até 2035
Veículo leva até 11 pessoas, tem diferentes armas e é fabricado na unidade de Sete Lagoas
JULIANA GONTIJO
O Exército brasileiro encomendou 1.580 tanques Guarani para a Iveco, que devem ser entregues até 2035. O Guarani é blindado, anfíbio e tem tração 6×6. O valor da transação é de R$ 5,9 bilhões. O contrato, conforme o Exército declarou à reportagem, foi assinado no último dia 22 de novembro.
O veículo substituiu o Urutu, modelo que ainda é usado atualmente. O motor é importado da Argentina e montado na fábrica da Iveco em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais. A potência do blindado é de 383 cavalos, equivalente à de seis carros de passeio, o que faz o veículo ser capaz de subir rampas muito inclinadas. Os combustíveis são o diesel e o querosene de aviões.
O Viatura Blindada Multitarefa Leve sobre Rodas (VBTP-MR) Guarani pode transportar até 11 pessoas e tem peso bruto de 18 toneladas. O veículo, que conta ainda com transmissão automática e capacidade anfíbia, pode ser transportado, por exemplo, pela aeronave KC-390, da Embraer.
São cerca de 9.000 peças, boa parte delas montada à mão, de forma quase artesanal, o que faz com que o processo de produção leve, em média, três meses para uma única unidade. O blindado, dotado de tecnologia de ponta, inclui itens como sistema automático de detecção e extinção de incêndio com oito extintores, capacidade de operação noturna de série, posicionamento global por satélite (GPS), ar-condicionado e elevada proteção balística e antiminas.
Procurada pela reportagem, a Iveco informou que não vai falar sobre o assunto. A relação da montadora com as Forças Armadas não é recente. A parceria, conforme a Iveco Veículos de Segurança informa em seu site, começou em 2008. A primeira unidade foi entregue em 2012, e a centésima foi liberada em 2014. Até maio de 2015, já haviam sido produzidas 130 unidades para o Exército.
Histórico. A fábrica de veículos de defesa da Iveco foi inaugurada em junho de 2013, consumiu cerca de R$ 100 milhões em investimentos e tinha como objetivo montar o Guarani para o Exército, com potencial de disputar mercados de Forças Armadas de outros países.
Em 2007, a Iveco venceu a licitação para fornecer, até 2030, os blindados ao Exército brasileiro. No entanto, nem os militares, nem a Iveco informaram se esse contrato assinado em 22 de novembro é a continuação dessa licitação de nove anos atrás, um adendo ou um novo acordo. Também não há dados recentes de quantos blindados foram entregues até agora.
CONTRATO
Outro acordo já estaria em curso
O Exército brasileiro também teria selecionado a Iveco para fornecer outro blindado, o Light Multirole Vehicle (LMV). Segundo informações do site forte.jor.br, a empresa teria vencido o programa Viatura Blindada Multitarefa Leve sobre Rodas (VBMT-LR). A informação é atribuída ao Escritório Projetos do Exército (EPEX), e o fato teria ocorrido em abril deste ano.
O Exército deve entrar em contato com a Iveco em breve para a assinatura de um contrato que contemplará 32 veículos iniciais em configurações multifunção. O LMV teria concorrido, segundo informações do site, com o Avibras Tupi, uma versão local do Sherpa, da Renault Trucks. (Da redação)
FONTE: O Tempo
Alguém poderia me dizer qual a diferença do Guaraní para o LAV-25, sendo que o LAV é 8×8 e mesmo assim pesa 5 toneladas a menos.
O LAV é menor, leva só 6 fuzileiros e é menos potente. Não tenho certeza se pode ser aproveitado para adaptar-se a todas as versões. Se não me engano, é de 1983, então não sei também o quanto de novos conceitos de sobrevivência no campo de batalha possui.
Sds
OFF – Renan Calhorda caiu da Presidência do Senado. Isto está ficando cada dia mais divertido.
Uma dúvida, o Brasil não tinha encomendado 2.044 unidades há alguns anos atrás??? Estes são de um outro pedido ou foram reduzidas as quantidades?
Off topic: Seria esse o sonho do FN, em termos de CC ?
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https://www.youtube.com/watch?v=P0D1gfYSIag
Glasquis 7 5 de dezembro de 2016 at 20:29
Não, é o mesmo pedido. Agora que sobrou uma graninha eles podem continuar a receber os lotes.
“delação” NÃO (rs) é o vício …. estamos ouvindo 25 hs por dia Kkkk
Deflação com crescimento …. melhor !
LAV-25 ?
Quem quer comprar um ?
http://www.mortarinvestments.eu/information/military-armoured-vehicles
Matheus 5 de dezembro de 2016 at 21:37
Obrigado!
A minha dúvida era a mesma do Glasquiz, então cortaram 500 unidades. Quando chegar o ultimo, será uma peça de museu. Mas melhor isso que nada.
Corrigindo: VBTP-MR significa: Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média de Rodas.
Space Jockey, ou, sendo otimista, essas cerca de 500 unidades serão da versão 8×8, já que o anúncio de 2044 unidades era do Guarani, sem especificações de rodas.
Bom dia, alguém tem alguma referência sobre o fim do projeto Osório, tipo algum artigo com fonte de pesquisa ou com opinião desapaixonada, Agradeço.
Sim.
Revista Forças de Defesa n. 4
Possuimos algum brindado com capacidade de defesa ou ataque quanto um equomanto brindado russo ou americano?
O Motor importado a que se refere a matéria seria o MTU ou FPT?Grato desde já pela resposta.
O Lav 25 parece aquele carrinho daquele programa infantil dos anos 80, banana split.
Os nobres colegas já atentaram para o fato de que, teremos um blindado nacional que pode ser transportado por uma aeronave nacional?
SRN
Renato, nunca ouvi falar de motor MTU no Guarani. Então, a notícia deve se referir ao motor Iveco FPT Cursor 9.
costamasrques, por favor, o que é “equomanto”?
O LAV-25 é o veiculo principal dos 4 Batalhões Leves de Reconhecimento do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA.
O LAV-25 é uma variante do MOWAG Piranha 1, cuja produção começou em 1972.
O LAV-25 é mobiliado com uma torre biposto (não de controle remoto) com canhão de 25 mm, e leva um grupo desembarcavel de 4 exploradores.
Ha um total de 56 LAV-25 em cada batalhão, alem de 16 LAV anti carro, 12 LAV anti aereo, 8 LAV porta morteiro, 4 LAV socorro e 4 LAV posto de comando.
LAV-25 3 (+6 combatentes).
Porque os motores do Guarani são fabricados na Argentina e não aqui no Brasil. Sera que o Brasil não tem capacidade tecnica pra produzir motores a Diezel ou querosene?
Não da mais pra postar no Aereo , sera que ó aereo é só para pilotos ?
LAV-25 = MOWAG Piranha 1.
Creio que o exercito já tem como certo que a atual crise político financeira ira descambar para algo mais visceral.
Bacchi esta composição além dos 56 é para cada um dos batalhões ou relativa aos quatro? Se for para cada seriam 100 carros por batalhão
http://raider6.wdfiles.com/local–files/mcrp/MCRP%205-12D%20Organization%20of%20Marine%20Corps%20Forces.pdf
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Colombelli,
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No arquivo anexo, lá pela página 76, começa a falar do Light Armored Reconnaissance (LAR)
Battalion, com quantidades na página 78.
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Forte abraço,
Ivan, an oldinfatryman.
honestamente, acho bom serem veículos produzidos aqui,são novos,com bons equipamentos,não correm o risco de serem embargados,lógico que todos sonham com equipamentos de ponta para nossas três forças…mas com nosso atual quadro político/econômico até que é uma boa notícia, sabemos que não é o ideal,mas temos algo atualizado livre das neuras estrangeiras.
São 4 (quatro) companhias em cada batalhão ‘LAR’.
Cada companhia com 3 (três) pelotões.
Cada pelotão com 4 (quatro) blindados LAV-25.
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Assim sendo, cada companhia alinha 12 (doze) LAV-25 dos pelotões (4×3), mais 2 (dois) LAV-25 do comandante e subcomandante. Total por companhia: 14 (quatorze) LAV-25.
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O batalhão alinha 56 (cinquenta e seis) LAV-25 das companhias.
Entretanto acredito que na Companhia de Comando e Serviço, dentro do Bn Headquarters, deve dispor de mais 4 (quatro) LAV-25 para o comando da unidade se deslocar com o restante da tropa quando necessário.
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O total pode subir de 56 (cinquenta e seis) para 60 (sessenta) blindados.
Como está no quantitativo do pdf que postei,
mas também como deveria ser.
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Forte abraço,
Ivan, um antigo infante. 🙂
Dúvida: Os Cascavel e M-113 revitalizados vieram com uma pintura verde fosca. Os EC-225, Esquilos e Panteras também passaram a usar a pintura verde escuro. Os Leo 1A5 mantém a pintura original camuflada em tons de verde. Os Guarani estão sendo fabricados nessa com essa camuflagem verde + barro. Vai ficar assim cada um de um jeito mesmo?
Muito lindo, de verdade. Cabem 11 soldados com amor à pátria dentro, enquanto do lado de fora ficam os bananas de pijama e patente, assistindo o Brasil ir ladeira abaixo impassivelmente.
/\ KKKKKKKKKKKK
.50 esse blindado aguenta?
Eu fico lendo : ” VBTP nacional”, eu não sei chorobou dou risada…..
Motor e fabricado aonde mesmo? O módulo injetor eletrônico? A transmissão automática? Os eixos? Os diferenciais?, As reduções planetárias? Mas os ufanistas da Babaçolândia banarnica acreditam piamente q legoindustry da “Traveco” e made in Brasil.
O tempo, as vezes demora para se fazer presente, e mostrar para seres iluminados q Papai Noel ” non ecxiste”
G abraco
Juarez 7 de dezembro de 2016 at 9:15
De acordo com o contrato do Programa VBTP-MR, com o passar do tempo, o índice de nacionalização deve aumentar e alcançar o percentual mínimo de 90%. Na minha opinião, isto é mais que suficiente para considerá-lo “Made in Brazil”.
Ivan 6 de dezembro de 2016 as 18:00:
“… São 4 (quatro) companhias em cada batalhão ‘LAR’.
Cada companhia com 3 (três) pelotões.
Cada pelotão com 4 (quatro) blindados LAV-25. …”
Pelo que consegui entender o Light Reconnaissance Battalion do USMC tem um total de 100 LAVs.
Deste total são:
56XLAV-25 (canhão de 25 mm)
16XLAV-AT (anti carro)
12XLAV-LOG (logistico)
8XLAV-M (morteiro)
4XLAV-R (socorro)
4XLAV-C2 (posto de comando)
Os LAVs são agrupados em 4 companhias de reconhecimento e uma companhia de apoio com 1 pelotão de morteiros e 1 pelotão anti carro
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Alguem saberia dizer qual o nr total de Urutus que o Exército chegou a possuir?
Juarez 7 de dezembro de 2016 at 9:15 “Traveco” e made in Brasil. kkk
Passando perto da fabrica da CNH do grupo FIAT vi entrando 2 Guarani em uma carreta com pintura diferente , parecendo a pintura deste veiculo lançador astro2 da foto http://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2014/12/Astros-2020.jpg
Deve ser para exportação, tentei tirar foto mas não deu. Interessante que a CNH esta há 67km de Sete Lagoas onde monta o Guarani na fabrica da “Traveco”.
Lyw, de acordo com o contrato com a Faz de conta copter, éramos para estar com índice de nacionalização de Esquilinhos perto 70%, passados uns 30 anos, não chegou nem a 25%(não citarei a Kombi pois serei obrigado a tomar um Omeprazol). Me perdoe, quando leio estas coisas, e tendo a que bruxas pero no hay, chego a conclusão do porque termos chegado aonde chegamos hoje, o fundo do porão do poço, o Brasileiro tem muita fé que uma alma divina baixe dos céus e intervenha para resolver problemas que não precisariam ter sido criados, mas este sou eu, que não cre na divindade.
G abraço
Juarez 7 de dezembro de 2016 at 9:15
Aprendeu recentemente sobre globalização?
Sei não… parece que não resiste nem a .50 com essa lateral toda reta, RPG então nem se fala.
O guarani esterça o eixo central??
Em fotos e vídeos tive esta impressão…
Vou responde à minha pergunta…
Acabei de ler na 4 Rodas:
“A direção hidráulica não exige esforço, mas a relação de direção é bastante indireta. Para manobrar, é necessário dar várias voltas ao volante. No Guarani, os dois eixos dianteiros são direcionais.”
OFF TOPIC bem forma mesmo. KC 390 NO AR Agora com foto do maravilhoso no FLIGHTRADAR
https://www.flightradar24.com/PTZNF/bd3bf58
Bueno,..
Viu aquelas curvas 90º??
Fora de tópico:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/ataques-de-coalizao-liderada-pelos-eua-deixam-62-civis-mortos-na-siria.ghtml
Acabei de ler que o Exercito Peruano vai adquirir 178 IFV Stryker 8X8 americanos por U$D 700mi.
USA ?
Peruanos gostam do URSO em armas, ok !
Novos tempos com a centro-direita por lá ?
Reginaldo Jose da Silva Bacchi
(7 de dezembro de 2016 at 12:04)
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Sim, são pelo menos uma centena (ou mais) de blindados LAV – Light Armored Vehicle em diferentes versões.
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O PDF cujo link postei acima, MCRP 5-12D – Organization of Marine Corps Forces, é um documento de 1998, mas acredito que não tenha havido mudança substancial.
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O referido arquivo, na página 77, apresenta o organograma de um USMC LAR Battalion.
(Figure 4-16. LAR Battalion)
No desenho confirma que são 4 (quatro) companhias (LAR Company), cada uma com:
– 3 (três) pelotões (LAR Platoon) com 4 (quatro) LAV-25 cada;
– 1 (um) destacamento de comando com 2 (dois) LAV-25;
– 1 (um) pelotão antitanque (Antitank Section) com 4 (quatro) LAV ATGW.
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Somando as 4 (quatro) companhias completam os 56 LAV-25 e 16 LAV ATGW.
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Mas na página 78 tem um quadro com as quantidades dos principais veículos e equipamentos.
(Table 4-9. Selected Items of Equipment for the LAR Battalion.)
Abaixo transcrevo a diferentes versões de LAV do batalhão e suas quantidades:
E0942 LAV, antitank 16
E0946 LAV, command and control 10
E0947 LAV, light assault-25 60
E0948 LAV, logistic 16
E0949 LAV, mortar 8
E0950 LAV, maintenance/recovery 6
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Com formação completa e todos os blindados, são 60 (sessenta) LAV-25 (aquele armado com Chain Gun M242 Bushmaster de 25mm) e um total de 116 (cento e dezesseis) LAV, incluindo aqueles de logística (16) e manutenção/recuperação (6).
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Por essa razão acredito – mas não posso provar peremptoriamente – que 4 (quatro) LAV-25 estão alocados no ‘Bn Headquarters’, dentro da ‘Headquarters & Service Company’ (nossa Companhia de Comando e Serviço), funcionando como blindados e escolta do Comandante do Batalhão.
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Desta forma é possível fechar o número de 60 (sessenta) LAV-25:
* 4 x 14 nas subunidades de manobra;
* 4 diretamente alocados ao comando da unidade.
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Entretanto ao consultar o MCRP 5-12D não ficou claro – para este antigo infante – onde estão alocados os LAV-M (blindado com morteiro 81 mm M252). No total são 8 (oito) no batalhão.
Pela doutrina do EB – pelo que lembro – eles estariam na companhia LAR, possivelmente pendurados na ‘Company Headquarters’ ou Comando da Companhia, em pelotão ou seção de apoio.
Contudo, pelo que tenho lido acerca do US Marine Corps, é possível que eles fiquem diretamente ligado a ‘H&S Company’ (Companhia de Comando e Serviço) do LAR Battalion (Batalhão de Blindados Leves), na medida em que eles podem concentrar o poder de fogo dos morteiros sob o comando do batalhão.
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Mas é apenas um detalhe, tendo em vista que certamente o batalhão deve operar divididos em grupos-tarefa com missões específicas.
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Respeitosas saudações,
Ivan.
Ivan, magnifica apresentação.
Minha conta deu o mesmo numero que a sua.
Muitissimo obrigado pela revelação da fonte sobre a organização do USMC. Já arquivei no meu banco de dados.
Parabens.
É um prazer trocar ideias com uma pessoa como você.
Bacchi
Ivan
Bem legal o q conseguiu.
Pelo q me falaram, o Guarani aproveitou os ensinamentos do Urutu, Piranha e outros Bld q estavam no HAITI.
Sds
Há fotos do Guarani no Haiti?
Sempre procuro mas nunca acho 🙁
Sei que ele foi usado durante a ocupação das favelas do Rio.
Matheus, o Guarani não foi enviado pro Haiti. Só houve intenção do EB enviar.
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Talvez esteja confundindo com o Guará, da Avibrás. Esse sim testado no Haiti.