Estágio de Caçador de Operações Especiais de 2016
Após seis semanas intensas de atividades, encerrou no dia 10 de Junho o Estágio de Caçador de Operações Especiais, conduzido pelo Centro de Instrução de Operações Especiais – Centro de Instrução Coronel Gilberto Antônio Azevedo e Silva (CIOpEsp), Estabelecimento de Ensino do Exército Brasileiro responsável por formar os recursos humanos do Comando de Operações Especiais (COpEsp). A atividade foi conduzida em um ambiente conjunto e interagências, contando com instrutores não só do Exército Brasileiro, como também da Marinha do Brasil.
Por se tratar de um Estágio voltado exclusivamente para o segmento de Operações Especiais das Forças Armadas e Auxiliares, a condição precípua para realizar a atividade é possuir o Curso de Ações de Comandos, do Exército Brasileiro, ou curso congênere das Forças Armadas e Auxiliares. Toda a atividade de ensino foi direcionada para a execução das habilidades do caçador e seu emprego operacional, sob a égide dos fundamentos doutrinários das Operações Especiais. O fato de possuir alunos e instrutores dos diversos segmentos de Operações Especiais do país engrandeceu a carga de conhecimento e troca de informações por todos os envolvidos na atividade.
O Centro de Instrução de Operações Especiais é a referência nacional no ensino da atividade do Caçador de Operações Especiais. Devido a larga experiência do seu corpo de instrutores, seja pelo emprego nas diversas missões do COpEsp, integrando o pioneiro Destacamento de Reconhecimento e Caçadores do 1º Batalhão de Ações de Comandos, seja nas diversas outras missões em que a especialidade do caçador foi necessária, a experiência prática da atividade também é passada aos alunos. O DRC é a primeira fração constituída do Exército Brasileiro organizada e habilitada doutrinariamente para as missões do Caçador de Operações Especiais. O fato dos instrutores do CIOpEsp terem passado pelo DRC eleva o nível técnico do Estágio.
A semana 01, composta basicamente pelas instruções de fundamentos de tiro e culminando com o exigente teste de entrada, separa aqueles que possuem a aptidão para atividades de tiro de precisão daqueles cujas características se adequam às equipes de assalto.
Somente os que atingiram a pontuação mínima de 85% de acerto no teste prosseguem no Estágio. A semana seguinte aborda toda a carga teórica sobre a técnica de tiro, seja em condições normais ou especiais, necessárias para as próximas semanas. Princípios de balística externa, retículos de combate, entre outros conhecimentos são transmitidos nesta semana. A terceira e quarta semana, executadas em Goiânia, se caracterizam pelas atividades de tiro de campo. Provas tradicionais como tiro em distância desconhecida e caçada são realizadas na área do Comando de Operações Especiais, bem como instruções peculiares como o tiro embarcado em helicóptero e em bote pneumático.
Nesse período, o contato cerrado com os integrantes do Destacamento de Reconhecimento e Caçadores bem como com os Caçadores do 1º Batalhão de Forças Especiais, estimula a integração entre as Forças Singulares e Auxiliares, fazendo com que esses poucos elementos com a habilidade de realizar o tiro de precisão a longa distância se conheçam pelo timbre de voz.
Por fim, os alunos regressam a Niterói para realizar as duas últimas semanas do Estágio, onde o conhecimento é conduzido para as Operações em Ambiente Urbano e Contra – Terrorismo. Nessa fase o aluno recebe também uma bagagem de arcabouço jurídico acerca do emprego do caçador e também os aspectos atinentes à função do controlador.
O Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro emprega seus caçadores sempre sob o comando de um militar especializado com conhecimento específico de controlador de equipes de caçadores, onde sua missão principal é fazer a ligação entre as equipes desdobradas na Área de Operações e o Escalão Superior, proporcionando tranquilidade para a decisão pelo emprego do caçador e potencializando a consciência situacional. Um fato marcante e diferencial do Estágio de Caçador de Operações Especiais é o planejamento, condução e execução de missões de emprego do caçador, caracterizadas pelo Reconhecimento Especial e Ação Direta pelo tiro seletivo. Esse aspecto diferencia o Estágio das demais atividades de ensino correlatas ao Caçador no País, e permite integrar conhecimentos das formas de planejamento das Forças Singulares e Auxiliares, conjugando capacidades e caracterizando um ambiente conjunto e interagências, tão necessário para enfrentar as ameaças atuais da nossa Nação.
O Estágio ensina como fração básica do caçador a Equipe de Caçador, compostas por 4 elementos: o Caçador – responsável pelo tiro de precisão; o Observador – militar que auxilia diretamente o caçador na correção e condução do tiro; o Auxiliar de Comunicações – incumbido de realizar o enlace entre a Equipe e o Controlador e proporcionar a consciência situacional através da produção de imagens e relatórios com as capacidades de análise de um Operador Especial; e o Auxiliar de Saúde – responsável por prover os primeiros socorros e o apoio de fogo imediato da equipe. O Estágio transmite ainda os conhecimentos necessários para executar a função de controlador de equipe de caçador, função extremamente específica e moderna para auxiliar a solução de crises.
O Estágio de Caçador de Operações Especiais de 2016 contou com 20 alunos, sendo 6 do 1º Batalhão de Ações de Comandos, 3 do 1º Batalhão de Forças Especiais, 2 da 3ª Companhia de Forças Especiais, 4 do Grupamento de Mergulhadores de Combate, 2 do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, 2 do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro e 1 do Batalhão de Operações Policiais Especiais de Goiás.
Os alunos receberam um Plano de Disciplina por competência que abordou 4 fatores básicos que compõem a ação do caçador. O fator técnico, baseado na carga de conhecimento adquirido durante o estágio, a qual englobou diversos tipos de tiro, balística externa, material de comunicações, sistemas de caçador de operações especiais, fotografia, etc. O fator legal fundamentado nas instruções sobre análise jurídica do emprego do caçador e sobre uso diferenciado da força. O fator fisiológico constituído através do acompanhamento dos parâmetros fisiológicos dos alunos durante atividades de alto desgaste físico e que precediam a execução do tiro de precisão, complementando com a instrução sobre a influências da condição humana na performance de execução das tarefas do Caçador de Operações Especiais.
E por último o fator circunstancial, que foi materializado com o planejamento e condução das operações rural e urbana, obrigando caçador e principalmente controlador em nortear o planejamento para a legitimidade e legalidade das ações. A partir de agora, os 20 militares recém – formados Caçadores de Operações Especiais estão em perfeitas condições, com o estrito dever do poder legal, de eliminar ameaças com eficiência e dignidade, realizando ações cirúrgicas com o máximo de letalidade e com o mínimo de danos colaterais para os companheiros e para a sociedade.
DIVULGAÇÃO: Centro de Instrução de Operações Especiais
os caçadores sao treinados apenas com um tipo exclusivo de rifle ou utilizam vários rifles diferentes ??
O que lá fora chamam de scrout é o nosso caçador?
Que arma é aquela que aparece na segunda foto? É a mesma que aparece na imagem inferior com a mira na caveira?
Clesio.
Desconheço a primeira arma, que é de ferrolho. A da gravura com a caveira é a HK PSG-1 semiautomática.
Que, aliás, tem um perfil mais “policial”, por ser mais complexa de manutenção em campo e por ejetar longe os cartuchos, o que pode denunciar a presença do caçador do EB; tais características são irrelevantes em uso policial.
Clésio,
.
A arma da última imagem é uma PSG1. A do bote, creio que seja uma PGM Ultima Ratio.
O da segunda foto é um AGLC, mas não sei se a coronha de madeira está pintada ou é de polímero.
Os modelos comerciais são de madeira..
Espero que a IMBEL tenha criado vergonha e feito uma coronha de polímero.
Ops terceira foto…
Delfim, Bardini:
Obrigado pelas respostas. A PSG-1 eu já tinha visto, mas não lembrava do nome. Já o PGM Ultima Ratio é novidade pra mim, nunca tinha ouvido falar.
https://en.wikipedia.org/wiki/PGM_Ultima_Ratio
E os restantes 99,9999999% da tropa tão tendo qual instrução ?? Ombro vassoura ?
Vixe…
por favor me desculpem, mas tem um monte de coisa errada ai, ao menos se tomarmos como referência as informações altamente vagas e genéricas contidas no texto. Vou dar a impressão de alguém que pratica tiro desportivo nos EUA a mais de 15 anos e com mais de 5 mil tiros anotados: Eu.
.
1 – Primeiro é dado uma “carga teórica sobre a técnica de tiro, seja em condições normais ou especiais,” junto “com princípios de balística externa…”
1.1 – Depois vem “provas tradicionais como tiro em distância desconhecida” e “bem como instruções peculiares como o tiro embarcado em helicóptero e em bote pneumático.”
Questionamentos 1:
– Não existe isso de distância desconhecida, vc faz a visada e 5 segundos depois vc sabe a distância comparando o “Zero” de sua arma e o tamanho que alvo ocupa no retículo com margem de erro de 10-15 yards para tiros a partir de 600 yards … os caras bons fazem em 3 segundos.
– Como assim tiro embarcado em HELO e Bote? Isso não existe, o caro mal aprendeu teoricamente a mecânica balística e aparentemente nem aprendeu teoricamente disparos com alvos em movimento, como ele vai realizar isso estando ele em movimento? Atiradores da SWAT só são habilitados para esses cursos depois do 3º ano na função… No USMC é normalmente depois do 2º ano… Esses caçadores ai nem formaram memória muscular para essa modalidade.
.
Ps.: “conheçam pelo timbre de voz” – O texto está se referindo principalmente da comunicação via fonia.
.
2 – Por fim nas 2 últimas semanas em Niterói eles são/é “conduzido para as Operações em Ambiente Urbano e Contra – Terrorismo”
2.1 – “fração básica do caçador a Equipe de Caçador, compostas por 4 elementos”… “Caçador, Observador, Controlador, Auxiliar de Saúde”
Questionamentos 2:
– Como assim Ambiente Urbano e Contra-Terrorismo, mas já? Onde estão as práticas de tiro sobre stress, com tempo adverso, alvo encoberto, múltiplos alvos, alvos em movimento, disparos contra veículos, disparos noturnos… e tudo isso com e sem munições especiais e etc.
– Fração básica de 4 elementos? Essa é a mesma formação do Squad Sniper do USMC, MAAASSSS quando estão em missão de Reconhecimento/Eliminação atrás das linhas inimigas inclusive com as mesmas funções. Em ambiente urbano ou em posto de observação de eventos, conflito ou na identificação e eliminação de alvos hostis (terrorismo incluso) é sempre uma dupla: Atirador e Observador… Esse lance de 4 ai é pura burocracia e só mostra o quão verde o EB está na doutrina.
.
Isso ai é para as Olimpíadas e para sair bonito na foto… não confio nem um pouco nesses recém formados e muito menos na maneira que esse currículo está sendo ministrado… PQP, por que não chamaram instrutores de Forças já consagradas no ofício para ministrar isso ou por que não mandaram esses meninos para uma especialização aqui fora para depois o conhecimento ser repassado para os seus colegas.
.
Viajei? Não meus caros… até a CIGS foi formada dessa maneira… O Teixerão foi com uma galera para o Panamá aprender com os gringos como é que se faz e anos depois, ao menos por um período, ficamos melhor do que eles.
.
Tá faltando muuuuuiiiiiita coisa e se esses poucos meninos não realizarem um mínimo de 500 disparos ano em todas essas situações (que o EB nem deve saber simular de forma “real” ainda) eles nunca irão adquirir a proficiência necessária. Ser Sniper é executar cirurgias perfeitas com morteiros caindo a sua volta e balas zunindo sobre a sua cabeça.
.
Grande Abraço.
Falou muita bosta, todos os alunos desse curso são operadores especiais! Já tem memória muscular e fazem coisas que você e outros especialistas de counter strike nunca farão na vida! Ver vídeo das brasileirinhas na Internet não te torna comedor…assistir copa do mundo não te torna jogador. Atirar em alvo de papel nunca te tornará sabedor do assunto que está sendo tratado num curso desse nível, é a mesma coisa de bater punheta, mesmo que goze continua sendo virgem…
Para participar desse estagio tem que ser caveira e atirador designado (caçador), que nada tem a ver com sniper. Caso fosse da area saberia a diferença e eu nem perderei tempo tentando explicar. Esses alunos tem de 2 a 5 anos de formação, depois 6 meses num curso de OpEsp, mais 45 dias no minimo num curso de caçador, ou seja, a elite!
E em todas competições que tem de forças especiais do mundo os brasileiros se sobressaem, seja em capacidade física, estratégia e técnicas.
Pergunta de balística elementar para pesquisa:
Qual o fator de queda de um projétil 5,56 OTAN com peso de 77 grain e o de um projétil 7,62 OTAN com peso de 147 grain?
Ps.: “fator de queda” é o quanto um projétil “cai” verticalmente ao longo de sua trajetória.
Pps.: Considere que ambos deixaram a arma a 825 m/s. Não que isso importe.
.
Dica: é uma pegadinha de balística elementar. 🙂
.
Grande Abraço.
Com a mesma velocidade, aí mesmo que o 5,56 “cai”. Mesmo com velocidade superior, o 5,56 tem fator de queda superior, só é indicado para sniper para 150-200m no máximo e em área urbana.
Enquanto o EB adota o 5,56 com 50 anos de atraso, os EUA já se coçam em substitui-lo, pois no Iraque e Afeganistão anda deixando a desejar.
Oganza…
“Um tolo calado, se passa por sábio…” Um expert falador se passa por tolo”
Timbre de voz = figurado para “se conhecerem pessoalmente” Que fonia… Viajou!
Os caras que foram chamados já são habilitados em suas respectivas forças… Acha que tem recrutas ou regulares ali???
Sou mais eles que vc, paisano!
Abraço!
Delfim e meus caros colegas,
infelizmente não é essa a resposta. 🙁
A questão é o fator de queda entre os dois projéteis.
Grande Abraço.
David J,
pois é meu caro, eu acho que vc nem leu realmente o texto. Você disse que “já são habilitados em suas respectivas forças”.
–
Não, não são, ao menos não em tiro de precisão e segundo o próprio texto que diz: “… e culminando com o exigente teste de entrada, separa aqueles que possuem a aptidão para atividades de tiro de precisão daqueles cujas características se adequam às equipes de assalto. Somente os que atingiram a pontuação mínima de 85% de acerto no teste prosseguem no Estágio”.
–
Coisa básica: depois de aprender um monte de coisas, se aprende o ambush shot (alvo se movendo+atirador parado) e só depois se aprende o deflection shot (alvo parado ou se se movendo+atirador tb se movendo [em um Helo por exemplo]) e nem chegamos no unclock shot… Fala sério.
–
Então vc ainda não refutou meus pontos, até lá quem é o tolo?
Tente ao menos responder a minha questão sobre o fator de queda.
–
Grande Abraço.
Claro que não tem recrutas ali David, desde qdo recruta da tiro no EB ??! Quem ta ali são aqueles 0,00000000000000001% que tem alguma instrução de tiro.
Sou mais o Oganza q boa parte dos atiradores do EB q nem tem munição para treinar
“Oganza 28 de junho de 2016 at 6:06
Pergunta de balística elementar para pesquisa:
Qual o fator de queda de um projétil 5,56 OTAN com peso de 77 grain e o de um projétil 7,62 OTAN com peso de 147 grain?
Ps.: “fator de queda” é o quanto um projétil “cai” verticalmente ao longo de sua trajetória.
Pps.: Considere que ambos deixaram a arma a 825 m/s. Não que isso importe.”
Muito interessante. Praticamente a mesma queda até 300 metros – só depois que o 5.56 tende a cair mais rapidamente.
A .223 Remington, Federal Match, 77gr
B .308 Winchester (7.62mm NATO), American Eagle (Federal) Full Metal Jacket Boat-Tail, 150gr
Range Drop
A B
0 -1.4925 -1.49250
50 0.0352 0.0306
100 0.0013 0.0059
150 -1.7526 -1.7085
200 -5.4052 -5.2705
250 -11.1581 -10.8566
300 -19.2394 -18.6640
350 -29.9071 -28.9133
400 -43.4524 -41.8510
450 -60.2036 -57.7526
500 -80.5291 -76.9246
Oganza, Bom dia.
Eu concordo com o que você escreveu, mas acho que você deve olhar as coisas a luz da realidade que nós vivemos e não do US Marines, US Army ou qualquer outra força americana. Acho muito válido o esforço que o Exército esta fazendo para se modernizar, tanto materialmente quanto doutrinariamente, mas leva tempo. Talvez você não tenha idéia do trabalho que é para se montar um estágio como esse em um exército carente de recursos como o nosso. E tenho certeza que esses Homens e não meninos, estão prontos para todas as hipóteses de emprego de guerra convencional que o Exército vislumbra. Afinal vontade e determinação nós temos, doutrina e material aos poucos estão chegando. Grande abraço!
Isto tudo é pras Olimpíadas ?
Já começou errado pelo fuzil, os alemães usaram Mauser de ferrolho em Munique-1972 e pela baixa cadência de tiro não impediram as mortes.
E acaba com este treinamento em cima da hora.
OFF
Responsável por determinar a quantidade de militares do Exército que virão para o Rio na Olimpíada, o Ministério da Defesa (MD) reivindica para si o patrulhamento das praias da Zona Sul durante o período.
Em negociação prévia, o governo do Estado pedira que o Exército assumisse o patrulhamento no Aterro do Flamengo, em Deodoro e de terminais rodoviários e vias como Linha Amarela, Linha Vermelha e corredores BRT. De olho na visibilidade da orla da Zona Sul, o Exército quer agora também incluir a região. O MD ainda não definiu o número de militares que atuarão nos Jogos.
http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2016-06-29/ministerio-da-defesa-reivindica-para-si-o-patrulhamento-das-praias-nos-jogos.html
JT,
muito bem, 🙂 e percebe que até 300 m ou ≈ 330 yards (eu acho que esses dados são em metros) a diferença é desprezível e esse é um dos motivos de muitas equipes da SWAT em zonas urbanas terem mudado para o .223 Remington em suas equipes snipers. Isso se deu pelo fato de que muito raramente eles engajam a mais de 300-400 m justamente para aumentar as chances de tiros certeiros e limpos com o mínimo de efeitos colaterais possível. O advento do do .223 Remington com 77 gr permitiu um desempenho balístico final muito semelhante ao 7,62 OTAN e ao .308 em “corpos moles” nessa faixa de distância.
–
Ps.: Por incrível que pareça, o perímetro médio histórico que os Snipers da SWAT engajam fica entre 150-200 m.
–
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
–
Caros colegas,
Isso se chama experiência baseado no estudo de centenas de casos ao longo de mais de 30 anos.
–
Um caso real que aconteceu e que só terminou bem por causa da PROFUNDA experiência do atirador:
Nos anos 80, lá na Luisiana onde moro, teve um caso em que um Sniper da SWAT abateu um criminoso com refém com uma carabina Winchester .44 de repetição a ≈ 130 m. Quando toda a situação começou, ele foi chamado e se posicionou com seu rifle de serviço .308 de ação por ferrolho… o tiro era “fácil” e limpo, mas 2 m atrás do criminoso, tinha um trailer com 5 crianças e ele percebeu que a transfecção do projétil atingiria justamente a área do trailer onde se acreditava que as crianças estariam abrigadas… ele recebeu a ordem e se recusou a disparar dizendo os motivos… um dos curiosos que estava ali perto ouviu a conversa e perguntou se a sua Winchester .44, que estava em seu truck a 50 m dali, não resolveria… o atirador disse que sim. Disparo feito, criminoso morto e as crianças saíram justamente de onde ele temia que elas estivessem.
–
Ps.: disparo foi com a mira de ferro acertando a 4 cm do rosto do refém. O projétil penetrou a 1 cm abaixo do olho direito do criminoso, deformou-se, atravessou o crânio e ficou cravado na parede interna de compensado do trailer. O .308 teria atravessado a parede do trailer, as crianças, a outra parede do trailer e provavelmente só seria parado pelas árvores atrás.
–
O EB está fazendo esse curso e é extremamente necessário que o faça, mas o que temos que entender é que ação urbana em tempos de paz e com civis envolvidos (ou seja, uma ação de cunho Policial) é muito mais complicado do que em uma situação de zona de conflito onde em teoria se sabe muito bem quem são os mocinhos e quem são os bandidos… Por que que vc’s acham que tem tanta ênfase em questões jurídicas tanto no texto quanto no curso?
–
Grande Abraço.
Caro Velame,
concordo plenamente com o esforço e endosso toda e qualquer iniciativa nesse sentido de renovação e agregação de novos equipamentos e capacidades, mas quando vc me diz: “estão prontos para todas as hipóteses de emprego de guerra convencional que o Exército vislumbra.”
– Não, não estão. Não nesse caso específico. E é justamente pelos motivos que listei acima e que eu não fui capaz de perceber no texto a sua presença no currículo. Falando em currículo, esse ai foi extremamente mau montado, pulando etapas e principalmente pulando a sedimentação física e psicológica dos novos Caçadores.
A formação de um sniper começa depois do curso, o curso apenas valida o início de seu aprendizado… essa função leva tempo, inúmeras sutilezas e quanto mais treinamento e o passar do tempo melhor esse atirador se torna. É por isso que as FFAA do mundo inteiro que levam esse ofício a sério pegam justamente os “garotos”, pois eles sabem que eles ficam melhores com o tempo. Sem falar que é sábio e de muito bom tom manter o fluxo de recursos de forma ininterrupta para o aprimoramento desses poucos indivíduos, que quando em ação são verdadeiros multiplicadores.
–
Ps.: Mas não esqueça que em um cenário civil como os dos Jogos, a doutrina Militar não se aplica de forma alguma.
–
Grande Abraço.
Para uso militar o melhor calibre sem duvidas é o 338. Lapua Magnum junto com um bom atirador são uma dupla perfeita.
Infelizmente concordo com o Oganza, nem forças armadas e nem a policia em nosso país estão prontas, falta verba, seriedade, comprometimento das autoridades que tem condições de tomar essas decisões e colocá-las em pratica, que não o fazem por inúmeros motivos.
Seja qual for a unidade policial ou militar não se dão disparos necessários para a proficiência de disparos em condições que exigem muito menos conhecimento e pratica que o tiro de um sniper.
Oganza por curiosidade você pratica o tiro com que armas usualmente?? elas são suas ou utiliza a do clube que você frequenta??
BrancoF-16,
eu comecei com as armas da minha família americana mesmo, principalmente quando caçávamos quando ainda namorava com a minha esposa… depois fui para o Clube até começar adquirir as minhas próprias armas.
–
Hj tenho meus próprios rifles, um M1 Garand, um FAL C1 Canadense, um AK-47. Esses são os meus rifles “históricos”, todos originais, funcionais e todos estiveram em serviço em suas respectivas FFAA. Mas minhas armas de prática de tiro são um P308 G4 da P.O.F. em cal .308 e ano passado eu adquiri um HK MR556A5 em cal 5,56 que é a versão civil do HK416 A5 Militar. Eu só tenho uma arma curta que é uma Beretta 92S cal 9 mm que já vai completar 15 anos… sou péssimo com armas curtas… se o alvo tiver a mais de 15 metros e se movendo esquece rsrsrsrs.
–
Ps.: Quando vou caçar uso algum rifle .22 do meu sogro ou do meu cunhado… pq eu não tenho um. 🙂
Pps.: Já disse isso antes aqui, mas enfim, não custa dizer de novo: essa coisa da cultura de tiro e da arma nos EUA não é esse oba oba que muitos pensam no Brasil. É uma cultura de verdade, é uma coisa de família, de amigos se reunindo, as crianças participam e no fim sempre tem churrasco. Quando vc vai para alguma zona de caça por exemplo, dependendo do estado vc só pode levar 3 munições (isso mesmo, 3 balas), seu equipamento é “revistado” na entrada do Parque, sem falar que em alguns para abater algumas espécies tem listas de espera para a autorização de até 5 anos para vc poder abater um animal lá e o abate é geralmente (dependendo do animal) acompanhado de um Guarda Parque e é ele quem seleciona o animal para vc abater. Sempre quis abater um bisão por exemplo, mas esse é o que tem a lista de espera mais longa de todas: de 7-10 anos… – A minha está marcada para 2021 em Utha. – Outra coisa que diferencia a caça na Louisiana é que a maioria da caça lá ocorre junto com o consumo e não para troféu… o que eu aprecio muito. Fui criado no Pará e cacei muito com meu Pai durante minha infância e adolescência sempre era pelo esporte seguido do consumo.
–
Grande Abraço.
estao treinando tiro agora paras as olimpiadas, que medo, quero estar longe daqui durante os jogos.
Oganza , bom dia.
Acho que para fazermos uma análise mais profunda sobre os métodos e processos de formação de caçadores no estágio em discussão, teríamos que ter acesso ao PLADIS (plano de disciplinas) do mesmo, isso que estamos lendo é apenas um texto feito pelo pessoal de Com Soc destinado ao público em geral. Não sou um militar ufanista, longe disso, tenho plena consciência das nossas dificuldades até porque as vivi e as vivo, seja no pé preto ou na Bda Pqdt, mas você esta pegando um pouco pesado, pois como já falei, a unica informação que temos a respeito do estágio é essa matéria de propaganda.
E lembrando também que além das diversas técnicas de tiro, ha muito mais a aprender e a aperfeiçoar em um estágio como esse, ações terrestres em contato com o inimigo, navegação/orientação, camuflagem, escolha e ocupação de posição, comunicações… E acho sim que esses operadores estão prontos para atuarem na função para a qual foram formados: caçando inimigos atras das linhas, fazendo reconhecimento, realizando monitoramento de RIPI, apoiando incursões de Comandos e etc. Ações de policia e tiro policial, deixem com as policias, com certeza elas farão melhor. Abraços.
Caríssimo Velame,
é exatamente isso que sempre deixei claro lá no início de meus posts: sempre apontei que que de acordo com o texto.
–
E o problema é exatamente esse, pois para a torcida leiga parece que nossos Caçadores são os maiores badass do mercado, coisa que está longe de ser verdade. E onde está o erro? – No Com Soc do EB… mesmo serviço que sempre critiquei aqui na trilogia por possuir entre outras coisas uma redação sofrível.
–
E ai meu caro vc terá que me desculpar, pois toda vez que as informações encontrar alguém que “sabe” um pouquinho mais sobre o assunto, uma crítica mais embasada e contundente irá surgir… sempre.
–
Lembro muito do forista Soyuz que demonstrava um conhecimento bem acima da média sobre Sistemas espaciais e apontava todos os erros do nosso “Programa Espacial” e cantou por diversas vezes o seu fracasso independente das notícias jogadas para a torcida. Batata… pena que ele sumiu.
–
Meu Caro Velame, tem que haver honestidade, Honestidade Intelectual por parte do Com Soc e seus comandantes, o site do CIOSPESP é de um amadorismo incomensurável e quando falo de amadorismo, fica latente que não é por falta de recursos/verba, é conceitual mesmo. O Com Soc e seus comandantes fazem um desserviço, eles depõe contra a Força.
–
Ps.: Concordo plenamente que ações de Polícia fica com a Polícia… mas de novo e com base no texto sobre seu Conteúdo Jurídico e “sua função” de garantir a “eficiência e a dignidade”, está claro ao menos pra mim, que isso se chama Jogos Olímpicos.
–
No fim, o texto está tão errado, mas tão errado que fica difícil não acreditar que o currículo tb não esteja… afinal o texto tende a espelhar com algum grau de realidade o objeto descrito.
–
Grande Abraço.
Oganza,
A frase foi de efeito… “Vaidade, meu pecado predileto”…(Mais uma…)
Acho que vários participantes captaram a intenção do informe da Com Soc…
Não sou expert no assunto, não tenho interesse em me aprofundar, mas falar (ou criticar) sempre é mais fácil que fazer.
Leio, reflito, filtro…
“Em terra de cego, quem tem um olho é rei”… (Mais uma)
Podes ficar discorrendo teus conhecimentos para leigos… Quem poderá te confrontar? Comentasse um informe da Com Soc como se fosse o PLADIS… Não sabes quem são os instruendos, metodologia… Mas criticasse… Fizesse suposições…
Eu não ouso… Mas percebi algumas bobagens no que escrevesse, inseridas dentro de um comentário interessante. (Principalmente sobre Comunicações (que não era o caso))
Nossos caçadores, sejam policiais ou militares (FFAA) não são experimentados em ações reais rotineiramente… Vai querer que eles se comparem ou sejam comparados a quem?? Israelenses, russos, americanos…
Acompanho esse Site, e outros há muito tempo. Teus posts também… E somente neste resolvi me manifestar…
Fica na paz…
Vamos de vagar com o andor gente. A instrução inicial ministrada é realmente “inicial” e de “nivelamento”. A formação de um sniper tem outros muitos desdobramentos posteriores e muito se deve ao esforço individual de buscar conhecimento. O pessoal escalado para serviço nas Olimpiadas não será de novatos, mas de atiradores mais experientes. Mas tudo no EB e na doutrina militar tem como princípio a redundância. É preciso ter gente com um início de habilitação para reposição de pessoal sempre. Um passo tem que ser o primeiro. É este.
Não existe nenhum conhecimento mistico e oculto em termos de tiro que não possa ser assimilado por qualquer pessoa esforçada e com acesso a recursos. O que um sniper chinês faz, um argentino, um norte americano ou brasileiro faz masi ou menos o mesmo, diferenciando alguma experiência a mais. Porém, o bom treino deve ser pior que a realidade.
Embora nossos atiradores militares não tenham experiência real, os policiais tem e, dependendo do local, ate bastante. Duvido que no BOPE tenha algum que ainda não acertou ninguem. O GER da policia paulista certa época chegou a realizar 3000 disparos por homem em curto periodo. Eu não quero cruzar num tiroteio com estes elementos.
Então, vamos com calma. Vamos dimensionar o curso como o que efetivamente ele é.
O fuzil do bote é PGM Ultima Ratio
No site da AFA-Rio o AGLC custa… R$ 4.515,00.
SÓ ???
Além do CR de atirador, mais alguma coisa ?
Companheiros, como tantos outros disseram o acesso ao PLADIS esclareceria um pouco a visão do nosso colega OGANZA. Admiro seus exemplos do FBI, SWAT e até USMC Oganza, os quais, pelo que sei, são excelentes operadores. Pelo que sei também, e pelo fala o texto, as questão do aluno ter que ser obrigatoriamente formado pelo Curso de Ações de Comandos já dá um nivelamento razoável para evitar besteiras como a que você citou. Dá mesmo forma, quando citou os instrutores, talvez quando você vier ao Brasil possa ir lá conhecer o tal do CIOpEsp ou acompanhar pela própria mída as atividades do Comando de Operações do Exército Brasileiro, e perceber que anualmente DIVERSOS intercâmbios são realizados com os integrantes do 7º Grupo de Forças Especiais do Exército Americano, bem como também pode acompanhar os resultados dos caçadores do Brasil na competição de forças contra-terrorismo do continente americano, chamado Força Comandos. Ahhh para finalizar, o SEMPRE é uma dupla, mostra que seu conhecimento acerca da parte do tiro de combate, em gente, e em situação de conflito, é muito parco… Mas continue atirando muito bem em seus alvos de papelão e aumente a tal experiência que com destacado orgulho e vaidade você enfatizou no início do seu Post. A atividade de tiro, de maneira geral também precisa de pessoas como você. FORÇA!
Ahhh companheiros, pelo o que o texto fala, ser um Caçador de Operações Especiais, ultrapassa o simples ato de apertar o gatilho e o controle emocional para isso…. Planejamento, saber quando, por que, e o efeito psicológico e informacional após o tiro devem fazer parte das intruções ministradas…
Concordo com tudo que disse HB, mais pelo que pesquisei a ultima vez que o Brasil participou do Fuerzas Comando foi em 2009!!
“Delfim Sobreira 30 de junho de 2016 at 22:07
No site da AFA-Rio o AGLC custa… R$ 4.515,00.
SÓ ???
Além do CR de atirador, mais alguma coisa ?”
É isso mesmo, Delfim. Calibre restrito se compra diretamente da fábrica e fica muito barato. Se o clube ao qual você é filiado tem provas de fuzil, a aquisição será aprovada tranquilamente (só demoooooora, como tudo relacionado ao CR).
Ano que vem pretendo pegar uma.
Alem, a ultima participação na Força Comandos foi em 2012. 2013 o Brasil não participou devido ao intenso emprego de seus ativos no eventos da copa das confederações e jornada mundial da juventude.E em 2014 não teve competição.
gente o rifle da segunda imagem é um mini hecate