KMW inaugura fábrica em Santa Maria – RS
por Fabricio Minussi
“Nos coloquem a prova. Façam suas encomendas”. A frase proferida pelo CEO da Krauss-Maffei Wegmann (KMW) e repetida pelo diretor da empresa no Brasil, Christian Böge, marcou a cerimônia de inauguração, em Santa Maria, da primeira subsidiária da gigante alemã fabricante dos blindados Leopard e Gepard na América do Sul. O ato ocorreu nesta quarta-feira, na sede da KMW erguida em terreno de 180 mil metros quadrados, às margens da BR 287, no Distrito de Boca do Monte. Anunciada em escala mundial no Rio de Janeiro, durante a LAAD 2011 Defence & Security. A construção do complexo, que representou investimento da ordem de R$ 40- milhões, teve início em 2014. Durante a cerimônia também houve a entrega ao Exército Brasileiro (EB) do primeiro blindado Gepard, totalmente modernizado no Brasil. Trata-se da primeira das oito viaturas de combate que estão sendo modernizadas pelas instalações em Santa Maria, que serve de Base para 16 dos 34 veículos adquiridos pelo EB. A partir de agora a KMW oferece oficialmente, em território brasileito, a manutenção de 220 blindados da família Leopard adquiridos pelo EB, conforme contrato de cinco anos celebrado em 2011 e que será renovado por igual período. O serviço é realizado por um grupo de 30 colaboradores, sendo que três trabalham exclusivamente na elaboração de softwares. Muitos receberam treinamento em unidades da KMW na Alemanha e estados unidos.
“Queremos muito mais. Vamos fortalecer a indústria de defesa desenvolvendo mais viaturas e simuladores de combate. Para isso, queremos atingir a marca de 100 colaboradores para o mercado brasileiro e mundial e Santa Maria será a nossa base de exportações”, disse Frank Haun.
POLO DE DEFESA ABRE AS PORTAS
“Hoje Santa Maria dá um gigante passo para se firmar como um polo de defesa, impulsionado pelo conhecimento formado pelas nossas universidades, da mão de obra qualificada e da transferência de tecnologias que esse processo representa. Do ponto de vista industrial, Santa Maria será dividida entre antes e depois da KMW. O projeto da empresa para a América do Sul é significativo e passa por Santa Maria. O futuro vai demonstrar que essa data será um marco na nossa história”, disse o prefeito Cezar Schirmer, em seu discurso perante as autoridades. Schirmer recebeu elogio especial do CEO Frank Haun. “Agradecemos o esforço do senhor prefeito, que sempre esteve ao nosso lado, estabelecendo a confiança necessária para que hoje possamos estar todos aqui”, afirmou Frank Haun.
O secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Fábio Branco, representou o governador José Ivo Sartori no ato. “Esse momento para a cidade tem seu cenário industrial motivado. A KMW é um divisor de água para Santa Maria e para o Rio Grande do Sul”, comentou.
O comandante Militar do Sul, general Edson Leal Pujol, representando o comandante do EB, general Eduardo Villas Bôas, lembrou da aproximação do Exército com a KMW ainda no início dos anos 90, quando adquiriu os primeiros carros de combate. “De lá para cá houve um grande salto intelectual, técnico e de recursos humanos e, claro, ao nosso polo de defesa e à economia da cidade e da nossa cadeia logística. O sucesso da empresa está ligado ao sucesso do EB”, afirmou o oficial.
BUNDESHEER
A entrega, nesta quarta-feira, do primeiro Gepardo modernizado em Santa Maria, coloca o blindado empregado pelo Exército Brasileiro (eb) no mesmo nível dos atualmente em uso pela Bundesheer (Exército Alemão). Os Gepard serão usados nas operações de segurança dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.
FORNECEDORES
Segundo o gerente financeiro da KMW, Altair Moraes, disse que a KMW do Brasil, com sede em Santa Maria, possui aproximadamente 100 fornecedores de peças, materiais para blindados, de escritório e prestadores de serviços. Cerca de 80% dos contratos são com empresas de Santa Maria. A expectativa é de que o número de empresas colaboradoras possa aumentar ao longo dos próximos anos.
BUROCRACIA
A estrutura da KMW em Santa Maria começou a ser construída às margens da BR-287 em janeiro de 2014, passando por muitos entraves burocráticos que acabaram atrasando o cronograma das obras e a conclusão do complexo. A dificuldade de obtenção da licença ambiental do Governo do estado foi lembrada durante discurso do CEO.
EXPANSÃO
Segundo o diretor da KMW no Brasil, Christian Böge, a partir de 2018, o projeto de expansão prevê uma linha de produção de um novo carro de combate, o Leopard BR. A empresa alemã também pretende atender o mercado civil, com a fabricação de veículos 4×4, além de blindados para as polícias Civil e Militar.
TECNOLOGIAS
A presença da KMW em Santa Maria proporciona uma transferência de novas tecnologias muito intensa, o que é determinado pelo Plano Nacional de Defesa elaborado pelo Governo Federal. Da mesma forma, a KMW qualifica uma mão de obra especializada, diferenciada para o nosso mercado.
FONTE: A Razão
R$ 40 milhões pra abrir uma mecânica com funilaria/pintura ?!?!?!?!
ta sobrando EURO pra KMW…
Mais uma empresa que caiu no conto dos vermelhos…
fabrica pra fabricar o quê ???
Fabrica que não fabrica? Mas tudo bem, não custou nem 10 milhões de euros mesmo.
Alguém sabe explicar por que Santa Maria e não uma cidade mais perto do centro do Brasil?
Porque na região de Santa Maria existe o maior contingente blindado do exército brasileiro
Porque o Rio Grande tem esse contingente de blindado? Onde tem campos tem blindado. Outra que todas as invasões do passado aconteceram no Rio Grande do Sul. Não se emprega blindado em selva. Na selva se emprega a arma de Infantaria. Veja o exemplo da Ucrânia, lá tem muito campos e por isso tem blindado.
O Rio Grande do Sul tem tradição no ramo bélico, foi pelo RS que sempre teve conflitos no passado. E experiência em guerra e defesa. Blindados é empregado em campo aberto e não em selva. Nossa preocupação são fronteiras do sul do continente. Por lado quem sempre defendeu o Brasil foi Estado do Rio Grande do Sul.
Quem começou a fabricar produtos bélicos no Brasil foi Rio Grande do Sul. Primeiro Santa Maria é uma cidade universitária. Tem uma base aérea, rede hospitalar. O Rio Grande do Sul tem os maiores campos de estrução militar do mundo. Até os cavalos da presidência da República sai da Coutelaria de São Borja, uma fazenda de mais de 15.000 hc. Onde existe campos, existe blindado. Os maiores conflitos e invasões foi no RS. Quem sempre defendeu o Brasil, foi somente o Rio Grande do Sul. Gaúcho entende de material bélico. Veja o caso da Taurus, é o maior fabricante mundial de armas leves, como revólver e pistola.
O investimento da KMW faz total sentido em relação aos gastos que o EB irá realizar nos próximos anos. Tem gente querendo fábrica, mas nao pensa que nao temos orçamento para comprar. Essa funilaria já está de bom tamanho para o cenário atual.
Só não pode faltar encomendas. Do contrário não dura 2 anos. Torço que o polo de defesa se desenvolva, apesar do histórico de abandono de muitos projetos viáveis por falta de uma política de defesa séria.
“wwolf22 15 de março de 2016 at 14:17″
Mais uma empresa que caiu no conto dos vermelhos…”
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3 dezenas de Guepard e mais de 3 centenas de Leo 1 para manutenir… Não ta bom para vc ?
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Ta na cara que 99% dos que comentam aqui nos blogs, tem aquela sede incontrolável de criticar, de reclamar… de falar uma boa bosta.
O bom senso está perdendo de lavada para o ódio e …
“R$ 40 milhões pra abrir uma mecânica com funilaria/pintura ?!?!?!?!”
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Quanta inocência… Compre um terreno do mesmo porte que o da KMW, retire a papelada e licenciamentos infindáveis, projete uma planta, construa esta planta, compre o ferramental, equipamentos de locomoção e movimentação, veículos e demais insumos necessários… 40 milhões não é nada absurdo para uma planta no estado da arte nos dias de hoje. E se engana quem pensa que a fabrica não irá fabricar… Muitos componentes para manutenção podem ser fabricados por aqui, seja pela KMW, seja por terceiros.
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“Alguém sabe explicar por que Santa Maria e não uma cidade mais perto do centro do Brasil?”
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A maior concentração de blindados está aqui no sul. Não faz sentido para a KMW abrir uma fabrica no centro do país e ter que arcar com custos de deslocamento dos blindados que forem ser manutenidos.
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E como se instalou em Sta Maria, uma importante parceria foi formada entre KMW e UFSM: http://site.ufsm.br/noticias/exibir/ufsm-firma-acordo-com-kmw-para-o-desenvolvimento-e
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“Segundo o diretor da KMW no Brasil, Christian Böge, a partir de 2018, o projeto de expansão prevê uma linha de produção de um novo carro de combate, o Leopard BR.”
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Acho que isso deixa bem que a planta que existe hoje é apenas suficiente para atender a manutenção da atual frota de Blindados do EB. Se o EB demonstrar segurança a KMW para que realmente se desenvolva um CC nacional, o investimento para expansão da fabrica será feito por parte da KMW, e com o intuito de servir de linha de montagem para o hipotético CC nacional.
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A respeito do tal “Leopard BR”, será que contemplaremos o EB desenvolvendo um CC de 4ª geração do zero em parceria com a KMW, com por exemplo o Type 10 japonês, de ~48 t, ou veremos apenas um “reboot” do Leopard 1? Fica a dúvida…
zoreia foi para santa maria por que ela é alemã,e ela prefere lá por que o resto do brasil não é alemão entende?
Veio para Santa Maria pois na região tem o maior contingente blindado do Brasil
Uma oficina de bairro tipo aquelas que conserta fusca tava de bom tamanho, mas de besta Alemão não têm nada, vai prestar serviço para as sucatas que conseguimos por ai…..
Alan,
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Se isso fizesse algum sentido, ela teria ido para algum polo industrial do nordeste de SC…
Logisticamente é mais barato para o Brasil se a empresa se instalasse onde possui maior quantidade de blindados, não?
https://www.arazao.com.br/noticia/62680/uma-escola-referencia-em-blindados-no-pais
http://www.cibld.ensino.eb.br/
Talvez seja também por isso que a KMW escolheu Santa Maria…
Concordo com o Bardini. O pessoal não está vendo como os alemães estão pensando à frente. O futuro MBT do Exército Brasileiro, substituto dos Leopard 1A5, poderá ser desenvolvido em termos similares ao do contrato do EB com a Iveco, para o desenvolvimento do Guarani. Não há crise que dure para sempre. Os alemães sabem disso. Fincaram um pé antes no Brasil…
Vcs sabem aquela pessoa invejosa que nao se aguenta qdo quem é alvo de sua inveja e odio conquista algo de bom? Este blog esta cheio deles kkkkkkk bom foi qdo um certo mandatario comprou dois tipos diferentes de blindados e logo muitos estavam indisponiveis por ter duas linhas de logistica para administrar e falta de pessoal qualificado para manutenir, isto causa neles um profundo sentimento de frustracao e suas reacoes sao de criticar e falar mal de cada conquista, pra mim tem sido divertido ve-los se remoer de inveja.
Caros, foi dito na reportagem que 8 gepardos serão modernizados para uso nas olimpíadas. Alguém sabe dizer que modernização é essa, quais os componentes foram substituidos? Abraços
Essas informações são sigilosas, abraço.
Alfredo,
sou realista…
quero ver so se toda essa quantidade ” absurda” de blindados que vc mencionou será atualizada !!!!
mas nem metade….
espere e veras…
a realidade eh bem diferente de números em papel !!!
Amigo, foram atualizados todos os carros, abraço!
Leandro aprenda a falar com conhecimento de causa para não falar asneiras. Aqui o comportamento usual de falar meias verdades para incautos não funciona. Que que voce sabe sobre a disponibilidade dos Leo 1A1 e M-60? Tu é cavalariano ou de Mat Bel por acaso?
“wwolf22 16 de março de 2016 at 8:42”
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Quem falou em atualizar ? Eu escrevi manutenir…
enfim…
Aos conhecedores do blindado Gepard, o que foi modernizado ?
Essa informação é sigilosa, abraço.
Bueno, a versão que recebemos, ao contrário da que adquiriu o Chile, foi convertida para o padrão digital ainda na Alemanha.
Chile não tem gepards.
Off-topic…
deixando as diferenças de lado, excelente video mostrando o treinamento paraquedista nos anos 70…
https://www.youtube.com/watch?v=Xt1p9H5YOag
a parte 02 da reportagem eh muito interessante… mostra os desafios na Amazonia naquela época…
muito obrigado Colombelli. Pensei que seria a implantação de misseis de curto alcance, iguais ao do vídeo, já que não fechou com Pantsir.
https://www.youtube.com/watch?v=R7HUrrTDxQQ
Seria uma ótima oportunidade para implanta-los nesta modernização, justificando a falta do Pantsir na proteção das áreas nos jogos Olímpicos
Bueno considerando o curto envelope de engajamento dos misseis que poderiam ser usados acoplados ao Gepard não haveria significativo incremento ao seu poder de dissuasão. Os canhões com sistema digital cobrem bem este alcance. A questão é que não temos hoje sistemas de média e grande altitude, e bombas de planeio podem ser disparadas a mais de 40km e 10.000 metros, fora da capacidade de nossa defesa. Este gap ficará sério quando outros paises da AL começarem a por em operação estas capacidades ofensivas como ja temos no Chile, Peru ( limitadamente), Colòmbia, e venezuela (so pra desfiles)
Essa fábrica é uma forma de impedir que o EB faça no “Leopard”, aquilo que se fez no M-41. Somente. Se vierem a fazer, os “tedeschi” querem fazer parte do esforço.
“…coloca o blindado empregado pelo Exército Brasileiro (eb) no mesmo nível dos atualmente em uso pela Bundesheer (Exército Alemão).”
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O “Gepard” deu baixa no Bundesheer, em 2010. Err…
Considerando que no Sul temos justamente as maiores concentrações de forças blindadas, seria de se esperar que eles construiriam a fábrica aqui.
Vai construir a fábrica onde? RJ? MG? Pra quê? Por que?
E é justamente em Santa Maria que fica a sede da 3ª divisão de Exército.
Ótima notícia, porém sem ufanismos, por favor. Do contrário vamos nos igualar aos bolivianos e demais bolivarianos em contar vantagens e supervalorizar pequenos ganhos. Essa oficina não nos faz uma superputenphia.
Colombelli, m,ito obrigado pelo esclarecimento. Entendi sua explicação, os misseis no Gepard seriam superdimensionados já que é para curto alcance e os canhões da uma boa saturação com sistema digital melhora mais o acerto do alvo e com custo menor. Sistemas como o Pantsir é para média altitude.
Bacana, muito obrigado!
Muito bom, sejam bem vindos.
Localização muito adequada.
Que venham mais Guepard’s (Não custa nada sonhar).
Defesa de colunas, desdobramentos etc ….
Bardini 15 de março de 2016 at 19:24 Concordo 100% ,parabéns belo comentário.
Pessoal, essa fábrica aí abriu não somente com o intuito de manutenção de blindados do EB, mas também do projeto do novo tanque a KMW vai desenvolver para o EB, li em um artigo que o EB e a KMW firmaram um acordo para o desenvolvimento de um novo tanque ( mais ou menos a parceria que o EB tem com a Iveco no desenvolvimento do Guarani), o desenvolvimento desse novo tanque, deve começar no ano de 2017.
Li muitas postagens dos internautas. Cada um com uma crítica. Tem gente que quer montar fabrica de blindado no Nordeste. Outros na Zona Franca de Manaus. Eu já respondi pra 2 internautas. Uma região pra fabricar blindado, precisa de engenheiros, universidades, rede de hospitais e uma cultura militar. O Rio Grande do Sul tem tudo. O Estado do RS tem os maiores campos de estrução do mundo, próprio para treinamento de blindados. O Rio Grande do Sul desde do passado foi o primeiro a fabricar armas. Veja o caso da Taurus que é o maior fabricante mundial de armas leves e munição. Além da CBC que estão com sede em São Leopoldo-RS. Até o patrono da cavalaria, General Osório é gaúcho. Outra informação. Não dá para montar uma grande fábrica, visto que o orçamento militar é muito baixo. Eles estão comprando mais pronto do exterior, quando as forças armadas deveriam investir em tecnologia. Fabricar blindado não é fabricar automóveis. Vejam o caso da Avibras, um excelente produto e uma área pequena e sofrendo uma grande crise. Sou gaúcho e se pudesse investeria na Avibras. Nem que seja pra proteger sua tecnologia. Espero que as forças armadas façam um pedido de mísseis.
Há KMW de Santa Maria, deveria desenvolver outros projetos de blindados. Criando um portfólio. Assim teria um status de um fabricante. Qualquer indústria no mundo não pode ficar no nada. Ou seja, ela não desenvolver até agora um só modelo de blindado, não da pra entender. Veja o caso da Inveco, que criou o Guarani e tentou trazer o Centauro pra o Brasil. Não estou criticando, assim como outros. Mas dando uma informação de mercado. Eu, por exemplo tenho um projeto de um Blindado 8X8. Sem cópia e sem semelhança no mundo. Podendo ser 100% nacional. E não consigo um fabricante. Só tenho encontrado pessoas e autoridades metido a esperto. O mal do Brasil é a desonestidade e olho Grande. O Brasil não tem blindado. Não tem artilharia. Não tem mísseis. Qualquer frota naval sem muita expressão podem bombardear o Brasil e destruir tudo e não podemos fazer nada. Somos o país mais rico do mundo. Mas não investe em tecnologia. Há Inveco entrou por último e já aparece no cenário dos blindados. Só o meu projeto poderia vender uma frota de 6.000.