Exército Brasileiro inaugura Sistema de Simulação de Apoio de Fogo na AMAN
Resende (RJ) – O Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, esteve na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), no dia 19 de fevereiro, para a inauguração do Sistema de Simulação de Apoio de Fogo (SIMAF). Também esteve presente à cerimônia o Sr Luiz Furnell Abaunz, presidente da Tecnobit, empresa de origem espanhola responsável pelo desenvolvimento do sistema.
Baseado no Simulador de Artilharia (SIMACA) utilizado pelo Exército de Terra da Espanha na Academia de Artilharia de Segovia, o SIMAF está destinado ao treinamento conjunto ou modular de todos os subsistemas da Artilharia de Campanha do Exército Brasileiro – meteorologia, topografia, observação, busca de alvos, logística, comunicações, direção e coordenação de tiro e linha de fogo – em uma tríplice vertente: ensino, adestramento e doutrina. As demais armas que compõem o apoio de fogo também podem ser plenamente atendidas pelo SIMAF.
O sistema facilita o treinamento em condições que imitam o combate em diversas áreas, como a preparação e a análise de missões, o reconhecimento do terreno, o levantamento de alvos, a preparação e a execução das ordens de tiro, além da observação e de correções do desencadeamento de fogo.
Utilizando a simulação como um complemento de instrução para a realização do tiro real de artilharia, o SIMAF também possibilitará a economia no emprego dos recursos humanos, materiais e financeiros, uma vez que trará uma significativa redução do consumo de munição e combustível para os deslocamentos até as posições de tiro, no desgaste dos materiais de emprego militar e dos riscos à segurança. Contribuirá, ainda, para a preservação do meio ambiente junto às áreas destinadas à execução dos tiros reais, em virtude da redução do número de granadas lançadas.
Na AMAN, o simulador foi instalado em um complexo construído para esse fim, com auditório, sala de reunião, posto do instrutor, central de tiro, centro de coordenação de apoio de fogo, três postos de observação (com cenários inspirados em regiões de caatinga, terreno convencional e urbano) e linha de fogo (com oito obuseiros), dentre outros espaços.
Além do Sistema inaugurado na AMAN, outro centro de simulação foi construído em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O projeto surgiu a partir da Diretriz para Implantação do Sistema de Simulação para o Ensino (SIMENS), do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx). O contrato, firmado com a Tecnobit em 2010, permitiu a realização de um dos projetos de simulação mais abrangentes do mercado de defesa e pioneiro na América Latina.
FONTE: EB / FOTOS: AMAN
Esse simulador, capacita mesmo os soldados ???
Ou o treinamento com equipamento real é melhor para os soldados…
Esses obuseiros deviam estar num museu, embora sejam maravilhosos de olhar, mas são vetustos e quase imprestáveis.
Mauricio cada um tem seus pontos positivos e negativos
O treinamento real ainda é o mais indicado mas acarreta custos diversos. O treino real tem coisas que é difícil reproduzir em um simulador.
O simulador barateia o treinamento e possibilidade ao soldado ter mais horas de treino com o equipamento.
Carlos Crispim….nem importa mais saber se sao obsoletos ou nao, a coisa anda tao ruim nas FAs q o que realmente me preocupa eh saber se na hora de mandar chumbo, estes canos nao vao negar ……..o q realmente preocupa eh…sera q tem municao pelo menos…………rrsrsrsrs Sds
general Vidas Boas, nosso inimigo é outro e nao necessita de obuseiros para destrui-lo.
Deveriam trocar estes obuses pelo morteiro pesado raiado de 120 mm auto rebocado.
A maior infelicidade não é ter pouco para comer, mas nada ter para por no prato.
O pior momento do dia não é quando cai a noite e você tem um casebre miserável e caindo aos pedaços para se abrigar, mas quando anoitece e você procura pelo menos uma árvore ou marquise para se abrigar da chuva e do frio.
Não importa se são peças de museu, obsoletos e quase lixo. Importa que pelo menos isso nós temos e que pelo menos serve para instrução e dar uns tiros de vez em quando. Pior seria se nada tivéssemos, pois nem da obsolescência poderíamos reclamar. E se conformem, porque muito provavelmente os netos de seus netos estarão assistindo em seus TV´s ou computadores pessoais do futuro cenas como essa, com os mesmo equipamentos dos quais alguns dos Senhores comentam agora.
A situação não dá mostras de melhora, pelo contrário, a impressão que se tem é que a desgraça aumentará continuamente. Esperemos por tempos melhores, Cavalheiros.
O projeto do obuseiro é antigo, porém eficiente, é uma arma de baixo custo operacional, sendo feita a manutenção de forma competente e adequada, estas peças são de alto valor e utilidade…
Primeiro o simulador, depois o armamento real.
Que adianta ter e não saber operar ?
Maurício, a unica coisa que não dá pra ser igual ou melhor que o treino real é o barulho, elemento necessário para adestrar a guarnição da peça, mas isso um bom instrutor supre com gritos e stress. Para o OA e central de tiro, o simulador é mais completo que o treino com munição real.
Bardini, não há equivalência. Melhor seria trocar os M-101 por um L-118, M-119 ou mesmo em alguns grupos por peças de 155mm. As duas artilharias de selva tem uma bateria de morteiros a seis peças, e mais duas de M-59 também a seis peça.
Maurício Veiga, confere a pontuação feita, porém o alcance deles hoje deixa muito a desejar, sendo de 50% ou 55% de um obuseiro moderno de mesmo calibre.
Colombelli,
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Perdoe minha ignorância, mas você poderia exemplificar pq não haveria equivalência entre os sistemas?
Complementando: onde o morteiro 120 mm deixaria a desejar e seria então necessário uma peça 105 mm? Pois o morteiro em questão tem um alcance semelhante as antigas peças de 105 mm, uma maior taxa de fogo sustentado, um peso menor, maior campo de tiro, demanda menos pessoal para operação, possui grande mobilidade… Na minha simplória visão, o morteiro é superior, havendo apenas espaço para peças como o L-118 no calibre 105 mm.
Bom, agora pelo menos vão poder simular que existe equipamento moderno no EB. Computer simulation, assim como papel, aceita tudo…
Bardini, o obuseiro é por definição uma peça que faz fogo direito e curvo. Pode por vezes ser empregado em tiro direto. Há exemplos disso com os L-118 no Afeganistão. Ai tem algo que o morteiro não tem. Se comparado com o M-101, o Mort Pes 120mm é superior. Mas a comparação deve se dar com peças modernas do 105mm. Ai o alcance do morteiro fica no máximo em 13.000 ao passo que o 105mm vai aos 21.000, havendo peças que vão aos 30.000, o que acaba sendo outra vantagem do obuseiro.
Colombelli,
.
Enfim, o ideal seria mesmo a substituição das antigas peças por L-118 por conta da padronização.
Otima noticia, temos mais um centro de treinamento com simulador em Santa Cruz RS, que alias, na reportagem que li tem agregado grande valor tecnologico ao EB, e tbm um no 5 GACAP em curitiba PR, ja no final de sua construcao a qual pude presenciar. O EB rumo a modernidade.apesar de alguns mal intencionados dizerem que o exercito esta defazado, concordo que ate 2001 estava, de la pra ca, como me disse um oficial da CIACOMBld, “e uma transformacao” com um largo sorriso kkkkkkkk
Essas peças de M-101 tem mais de 70 anos, sei que Atiram pouco por aqui, mas pela própria fadiga do metal não acredito que durem 1 dia de combates reais.
Exato Bardini teria 11 grupos para se substituir ou mudar o calibre para o 155. Cada peça do L-118 sai na faixa de 2 milhões de dólares. Uma boa seria aumentar o numero dos M-109 ou adquirir um usado de 155mm como o M-198 ou o Soltan.
JP, justamente pelo pouco uso, não creio que haja fadiga nos obuseiros. Provável que aguentassem bem. O problema é o alcance. A artilharia argentina tem mais de 140 peças com alcance superior a 15 km. Nos, hoje, contando com as dos fuzileiros, 90.
É bem provável que a disponibilidade das peças dos argentinos seja menor que a nossa, mas ainda sim o contraste é bem relevante. Principalmente porque boa parte desses obuseiros argentinos são feitos lá mesmo pela CITEFA. Inclusive, acho curioso o fato de que o EB nunca avaliou nenhum obuseiro argentino.
Bom dia amigos , minha formação militar foi da arma de infantaria , vou dar um “pitaco” no campo dos artilheiros , trocando essas peças ai por M777 howitzer , a gente ia ficar bem na fita né ? rsrs além de ser mais bonitos , mas como sonhar não custa nada rsrsr, como um ex-militar espero por dias melhores ….
Em breve estaremos recebendo mais M109, acredito que ainda em 2016, uma parte vira para o 5 GACAP, no total serao 16 unidades para dotar as quatro baterias, importante, em 2000 a quarta bateria foi extinta sendo reativada no ano de 2014.
O simulador é moderno mas o obuseiro da II WW…
leandro moreira 29 de fevereiro de 2016 at 8:45
Alexandre Samir Maziz 29 de fevereiro de 2016 at 8:20
Uau! Os M109 parecem ser mesmo uma boa pedida (dependendo do estado de conservação). Muitos países utilizam-no, em várias versões e parece que a modernização deles não é coisa do outro mundo.
Na verdade os M109 serão doados pelos EUA , no fim vai ser um bom negócio para gente , vai melhorar e muito a capacidade nossa arma de artilharia !!!! segue o link para quem quiser dar uma olhada :
http://www.defesaaereanaval.com.br/projeto-m109-a5br/
Alexandre, nao estou certo se serao doados, tenho informacoes sobre os recursos alocados e ja pagos na transacao, posso levanta-los, porem que venham os M109.
Para variar uma boa notícia, esse tipo de simulação é muito mais barato, menos arriscado e, como disse o Colombelli, o stress pode ser “inoculado” de outras formas. Com isso dá para ganhar entrosamento entre a equipe e até mesmo memória muscular. Mas é óbvio que esse tipo de treinamento é complementar. Na verdade, ele funciona justamente para tornar o treinamento em campo, com equipamento real, mais eficiente.
Colombelli, começei a ler um livro que você pode gostar. Se chama “On Combat” de Dave Grossman, que analisa a psicologia e também a fisiologia do corpo humano em situações de grande stress, especialmente em combate, com óbvios impactos na forma que se deve treinar para lidar com essas situações.
Renato, sobre o tema so tive oportunidade de ler “Motivação para o Combate”. É um aspecto muito negligenciado na maioria dos exércitos. Imagino como era no tempo do aço com aço, onde o inimigo estava a um braço de distância e morriam 60.000 em um mesmo local .
Acredito que eles irao treinar no simulador e por em pratica em operacoes como a Bormann, em 2015 meu filho ficou 21 nestas operacoes, la estavam, M108, Gepard, Leopard 1A5, Guarani, Cascavel, Urutu, M113 BR, Marrua entre outros.
Imagino que sim, por outro lado, um grupo que estuda muito esse tema são polícias e forças de segurança em geral. Especialmente os americanos, com seu gosto por estudos de comportamento, têm muitos estudos sobre o assunto, especialmente depois da experiência com a II Guerra mundial.
O Grossman tem 2 livros, “on combat” e “on killing”, complementares. O livro “on Killing” foi publicado no Brasil pela Bibliex com o título “matar”
Obrigado pela informação Rafael. Eu gostei muito da primeira parte do On Combat e estou um tanto reticente quando a segunda, mas acabei de entrar nela. Fico feliz em saber que o EB está atento a esse tipo de estudo.