Exército deve substituir munições para missões na selva a partir de 2016
Munição mais leve e mais barata será usada pelos Batalhões de Infantaria. Testes ocorreram no dia 17, no 1º BIS, em Manaus
Jamile Alves
Do G1 AM
O Exército Brasileiro testou, pela primeira vez no país, uma nova munição para ser usada em 2016, nesta quinta-feira (17), em Manaus. Menor, mais leve e mais barata, a nova munição perfurante calibre 5.56 deve substituir as anteriormente usadas pelos Batalhões de Infantaria de Selva na Amazônia. A alternativa pretende otimizar o trabalho dos combatentes na floresta.
Segundo o Comandante Militar da Amazônia, General Guilherme Theophilo, a proposta da troca é falicitar as missões na selva. Com a nova munição, o armamento chega a pesar 1,5 Kg a menos.
“O calibre 5.56 é mais leve para se transportar na selva que a 7.62. Nossas patrulhas são de longa duração no meio da selva, somam de 8 a 10 dias e, quanto mais a gente aliviar aquele peso que o combatente já leva, melhor. A mochila que ele leva já pesa 30kg e a gente vai aliviar [o peso transportado] na munição”, disse o comandante.
Durante a tarde, a nova munição passou pelo primeiro teste em solo brasileiro, no 1º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS). Ela já chegou a ser utilizada em campo pela 2ª e 16ª Brigada de Infantaria de Selva, na Operação São Joaquim, que ocorreu na fronteira do Brasil com a Colômbia no início de dezembro.
Mesmo em tamanho menor que a de calibre 7.62 – utilizada atualmente pelo exército -, a nova munição mostrou melhor desempenho nos testes. “A dúvida seria se essa munição teria o mesmo efeito que a 7.62, que é maior, mais pesada e mais cara. Então foi desenvolvida uma nova munição 5.56 com o mesmo poder de penetração. Vimos que ela [5.56] se comportou muito bem, empatou na maioria dos testes e ganhou em dois”, contou.
As duas munições foram testadas nos mesmo alvos. A 5.56 chegou a perfurar um alvo situado atrás de um muro de concreto, além de penetrar uma placa metálica de 11 mm. “Ela se comporta da mesma forma que a 7.62, mas com a vantagem de ser mais leve e menor, de modo que a gente possa dentro de um carregador levar 30 tiros invés de 20”, completou.
FONTE: G1
Infantes, sou todo ouvidos …..
Sei não ….
Munição nova, é? Depois de décadas e de muito dinheiro gasto, a Imbel conseguiu entregar um fuzil 5,56mm meramente decente. Como que num passe de mágica, a lenda de que somente munição 7,62mm seria efetiva na selva cai por terra. Parabéns! Corrupção, incompetência, preguiça, mentira, todos os elementos da gestão pública foram atingidos pelo cabide de empregos que chamam de Imbel.
Não foi exatamente por usarem 5.56 que os EUA perderam no Vietnam? Por desviar nas folhagens e não irem muito longe?
Materia muito confusa…que eu saiba não é novidade a muniçao 5.56 pros 1% de unidades operacionais que o EB possui. Pelo que consegui entender é um novo projétil no cartucho de 45mm. Se é o SS-109 ou o M-193 ou ainda um outro cartucho não ficou claro…
O menor peso e a maior quantidade de munição são fatores positivos, não acredito que o calibre 7,62mm tenha alguma vantagem sobre o 5,56mm em combate na selva Amazônia. O campo de visão é muito restrito na selva, é impossível um projétil percorrer uma grande distancia sem que atinja algo em uma selva densa. Utilizar um calibre mais pesado ou mais leve não vai fazer diferença.
SELVA!
Será, já vi vários videos com a 7,62 atravessando uma árvore e muros coisa que a 5,56mm, não fez !
Realmente, o calibre 7,62 x 51 NATO parece ter melhor desempenho no ambiente de selva justamente por não se desviar facilmente de sua rota. Para mim é um grande retrocesso substituir o calibre 7,62 pelo fraco 5,56 x 45 que nos EUA, por exemplo, é utilizado para “varmint hunting”, ou seja, caça de pequenos animais.
Aliás, embora eu não tenha o link para servir como referência, já ouvi que soldados americanos em combate no Afeganistão precisaram efetuar vários disparos contra combatentes talebans para tirá-los de combate devido ao baixo stopping power dessas munições. Imagino que o esforço teria sido menor se eles empregassem o potente 7,62 em combate.
As duas munições tem seu emprego necessário, com efetividade comprovada se bem aplicadas. O 5,56 usado hoje não é mais a dos anos 60, tendo várias características melhoradas. O CFN há tempos usa esse calibre e, se nao me engano o PARA-SAR com seus SG 550.
Na segunda foto, a Mtr é uma FN M249 SAW?
Até onde sei (e isto quer dizer que é de ouvir falar), Tio Sam ainda continua padronizado essencialmente no 5,56… eles voltaram a incorporar o 7,62, mas como uso restrito. Suspeito que alguma razão eles devem ter, não é?
Os americanos passaram a usar 7,62, de forma restrita, no Afeganistão onde existem grandes áreas sem obstáculos e os combates estavam acontecendo em distâncias maiores que o previsto, por isso precisaram de uma munição de maior energia (peso). O problema do maior peso na hora de o combatente carregar a munição é minimizado com o apoio de veículos que se deslocam facilmente em terreno aberto. Ou seja, é justamente o contrário de uma selva, onde os espaços são menores e os combates mais próximos. Precisam de disparo a longa distância é a última coisa que o combatente quer no meio da selva fechada. O que ele quer mesmo é carregar o máximo de munição possível. Daí a grande vantagem da 5,56 em relação à 7,62.
Na realidade vão trocar os fuzis e não a munição. A troca do fuzil é que deve possibilitar uma redução do peso.
Quanto a esse história de munição 5,56 mm desviar em folha de árvore, creio ser mais um boato da internet. Aliás, salvo engano esse assunto já foi desmistificado aqui no Forte. Sem falar que 99,99 dos disparos em um conflito não acertam absolutamente nada e não serão algumas folhas que irão fazer diferença.
E quanto aos EUA ter perdido o Vietnã porque usou o M-16 só pode ser piada do Guacamole. rsrssss
O calibre padrão dos EUA e de toda a OTAN é o 5,56 mm. O 7,62 mm é restrito a alguns fuzis de precisão (há vários calibres) e às metralhadoras médias M-240 e algumas outras poucas armas. Nem os fuzis dos “designated marksman” dos Marines e do USA são em calibre 7,62 mm, sendo todos em 5,56 mm.
Ele não deve ser assim tão ruim não.
Mestre Bosco, eu ficaria muito feliz se a lenda de que o 5,56 não funcionaria na selva fosse apenas boato de internet, mas infelizmente não é. Os próprios instrutores do EB (de forma inocente ou não) alimentam isso. Talvez porque precisam fazer com que os recrutas sintam confiança em suas armas e não tenham outra opção (quero acreditar nisso) ou por puro desconhecimento, mesmo.
Correção: “são todos” é exagero da minha parte mas os fuzis que foram desenvolvidos especificamente como fuzil para um “designated marksman”, salvo engano, são todos no calibre 5,56 mm. Os que são em calibre 7,62 mm é porque eram fuzis de combate que foram adaptados à função.
Os Americanos perderam no vietnam por uma serie de fatores, como, estrategias erradas, aliados mal preparados, o vietcongue tinha apoio popular, uma serie de regras como nao poder atravessar a fronteira pro norte e a opiniao publica contra a guerra, mais de 50 mil americanos morreram la, referente a populacao vietnemita, vietcongue e soldados regulares eu nao sei exatamente, mais foi um numero muito superior, agora relacionar esta derrota ao calibre da municao e palhacada.kkkkkk
Varias OMs em curitiba ja receberam o novo fuzil Imbel 5,56 o que pode ser confirmado no ultimo desfile de 7 de setembro.
Bosco acertou na veia, a troca no caso é dos Fuzis, FN FAL pelo IMBEL IA2, o segundo é um fuzil de assalto leve 5,56 mm enquanto o primeiro é um fuzil de assalto leve de calibre 7,62 mm.
Na minha opinião: a troca do fuzil está completamente atrasada, usar o FAL como armamento padrão do EB em 2015 é uma piada. Alguns defensores do FAL dirão que ele é um ótimo fuzil e aquele papinho que nós já conhecemos, porém eu gostaria de fazer uma pergunta aos mesmos: se ele é tão bom pq as principais potências bélicas do mundo não o tem como fuzil padrão dos seus respectivos exércitos? Se alguém conseguir me responder isso de uma forma coesa eu juro que viro pró FAL pro resto da vida.
FAL é fuzil extremamente pesado, grande, carregadores com pouca capacidade, para ser mais exato 20 tiros, o exército brasileiro está de brincadeira mesmo, uma PT 58 ou 59 tem capacidade de 19 tiros no pente e mais um na agulha totalizando 20 tiros, exatamente igual ao FAL!
Combatente experiente sabem que precisam levar o máximo possível de munição, 7,62 é uma bala pesada e com esses carregadores curtos forçam o combatente a levar mais peso do que deveria, prejudicando a própria mobilidade da tropa.
Dizer que 7,62 é mais potente que 5,56 é tão obvio quanto dizer que hoje a noite o sol não se encontrará no céu. Porém colocando tudo na balança: prós e contras, compensa?
Lógico que não! E todos os exércitos decentes chegaram a essa mesma conclusão.
Que esse calibre é dispensável? Também não! Na minha opinião é interessante que tenhamos os dois calibres estejam presentes na tropa, porém o 5,56 tem que ser o padrão, e alguns soldados dentro de um pelotão estejam adestrados ao uso do 7,62 (que não seja o FAL pelo amor de Deus).
O Zmun informou que os instrutores do EB alimentam essa teoria que o 7,62 é mais eficaz que o 5,56 na Selva, essa análise não é incorreta, porém é completamente superficial só levando em consideração o Stopping Power dos calibres. Agora compensa pagar o preço de levar o 7,62 na Selva molhada, umidade relativa do ar 100%, piso escorregadio, terreno irregular, um calor dos infernos, levando a tropa ao desgaste por levar mais peso que o necessário, tá na dúvida? Pergunta para alguém que serviu na Amazônia que ele te responde gritando na sua orelha, para que fique bem audível, quanto menos peso eles levarem melhor será, aliás essas mochilas de 30 kilos teriam e muito que serem revistas, é preciso investir em tecnologia, o combatente de selva tem que obrigatoriamente levar a menor quantidade de carga possível. Ele não tem o apoio de carros de transporte para levar a carga por eles.
Sou completamente à favor do 5,56, pelo fato de te permitir levar mais munição e ser quase tão eficaz quanto o 7,62, e se o EB fosse realmente sério ainda deixava alguns poucos combatentes dentro de um pelotão com um 7,62 nas mãos, munido de acessórios como red dot sight para casos pontuais. Esses fuzis mais pesados e suas respectivas munições poderiam ser distribuídos nas mãos de combatentes mais fortes e que sintam menos o sobrepeso ao se locomover.
“Pente” e “agulha” “bala” : um leigo foi travado pelo radar, mas concordo com a troca do FUZIL tbm, selva é selva, ngm consegue enxergar o alvo a mais de 50 metros.
Esta discussão sobre o desfecho da Guerra do Vietnan e o calibre dos fuzis é apenas lenda. Uma coisa é dissociada da outra. O calibre 7,62 não mudaria o destino, principalmente porque a derrota americana foi basicamente política.
Em todas as batalhas em que os americanos se envolveram de forma maciça em solo, eles acabaram, tanto no aspecto de baixas como de controle de território, prevalecendo. Com o calibre 5,56 ou não. Mesmo na tão falada Ofensiva do Tet, ao final, o contra-ataque americano foi “vitorioso”. A derrota foi a descoberta do povo em casa, nos EUA, que aquilo era um atoleiro sem solução. Controlar as maiores cidades era perfeitamente possível, mas vencer na selva custaria muito mais milhares de vidas americanas e, certamente, a morte de mais civis vietnamitas na casa dos 6 ou 7 dígitos, o que anularia qualquer legitimidade da “vitória” perante a opinião pública americana.
A vantagem de um ou outro calibre na guerra na selva é uma questão puramente técnica e, provavelmente, com prós e contras de ambos os lados. Nisso, o Vietnan deixou aprendizado. Mas não há relação direta com o fim da guerra.
Este deixou, sim, lições históricas sobre a dificuldade de um exército fazer uma guerra “limpa” em um conflito assimétrico no meio da selva contra um contingente numeroso de inimigos. Coisa que a Colômbia conseguiu aprender com ajuda americana, dentro do possível, com o gradual isolamento da guerrilha em focos na mata, formação de um cordão de segurança protegendo cidades e vilas, melhora das condições de vida nos locais protegidos, enfrentamento da guerra de propaganda e inteligência para cortar as cabeças de comandantes inimigos sempre que possível.
A vantagem colombiana foi não enfrentar, além da selva de plantas, uma selva cultural como a enfrentada pelos americanos no Afeganistão e no Iraque, onde o terreno é, algumas vezes, mais amigável, porém o que se enxerga nem sempre é correspondente à realidade. Ou seja, um ambiente onde você é o ser estranho, com camadas de paisagem que não consegue “ler” com precisão necessária, nas quais o inimigo consegue submergir com facilidade. Os americanos ainda conseguiram impor-se militarmente, coisa que os russos não conseguiram de fato no Afeganistão. Mas o atoleiro da ocupação pareceu um nó sem solução, já que os líderes locais aliados e os recursos recebidos não responderam com a efetividade para estabilizar o cenário.
Não adianta atirar no que não se vê. Na Selva ou Cidade os campos de tiro são reduzidos. 5,56 mm mais leve e mais barato. Os veículos de apoio (Heli, Lanchas, caminhões) podem carregar mais munição. Em patrulhas a pé de longos percursos a tropa é menos sugada com o novo calibre do Fuzil que também é mais leve e compacto. Essa história de 5,56mm não funcionar na selva era mais um “paliativo psicológico” pelo uso até recente do velho FAL.
Bom dia, as duas munições tem seus prós e contras.
5.56 = Tem um peso mais leve, o que possibilita que o combatente leve pelo menos o dobro de munição da dotação de 7.62, carregando o mesmo peso (dotação de um Fz Sl 200 7.62 = 400 5.56 = 10 kg). No COS, foi apresentado um estudo onde era possível levar até o triplo da quantidade prevista por combatente de 7.62. O pró desse fator é simplesmente a questão logística, em situação de combate, o militar inevitavelmente fica isolado se estiver operando dentro da selva e nessa ocasião quanto mais munição melhor.
O contra dessa munição é o “stopping power” e acreditem, realmente ela desvia quando encontra folhagens em seu trajeto (relatos de soldados colombianos), o que é péssimo dentro da selva, onde só o que tem é folhagem
7.62 = É mais precisa e potente, não sendo desviada em folhagens e com um alto poder de perfuração, o que seria o ideal para uma área de selva, porém, o peso é muito alto, 100 cartuchos de 7.62 equivalem a 05kg de peso que o soldado leva e peso de qualquer origem, dentro da selva é um fator muito crucial, pois não há a possibilidade de utilização de veículos para “amenizar” este fator. Por mais que haja disponibilidade de helicópteros e embarcações, 90% de operações de combate no interior da selva são feitas a pé.
Na minha opinião, que estou na amazônia faz 4 anos e possuo o COS, eu optaria pelo 5.56, pelo simples fato de poder levar mais munição e carregar menos peso, e acho que essa é uma ótima notícia para o Exército.
Há seis anos:
http://www.forte.jor.br/2009/05/11/os-principais-fuzis-em-uso-no-mundo/
Na segunda foto, a Mtr é uma FN M249 SAW?Ao padronizarem o s223, ela substituirá a MAG no EB?
Óbvio que e menos letal 5,56 ,a vantagem e ficar livre do tiranossauro fal ,apesar da boa companhia e muito pesado…no fundo queria um fuzil leve com 7,62 tradicional…segura bem o toco !!!!!!
Luciano, a FN MINIMI ou metralhadoras em 5.56mm são metralhadoras leves, operadas por um unico soldado, enquanto a FN MAG ou as de cal 7.62mm são metralhhadoras médias, entao não vai haver substituiçao.Isso é padrao mundial.
Marcela descreveu muito bem o panorama vietnamita.
2+2 é 4 e não 5. Usar da desculpa de que será 1,5 kg a menos para o soldado carregar é no mínimo uma brincadeira sem graça. Pergunte a qualquer soldado se isso faz diferença. Quanto ao custo de produção ser menor… da pra engolir. Agora, dizer que nos testes ele empatou com 762 em varios testes e por duas vezes foi melhor, é um chute no saco certeiro. Perfurou uma chapa de aço de 11 mm beleza, mas atravessar um muro de concreto, por favor vai, pode ser um murinho de tijolo baiano sem reboco e olhe lá. Agora, caros Militares vocês falarem em contenção de gastos, diminuir os custos a todo custo, enquanto o PT rouba Bilhões de reais, anualmente ? Gostaria de saber se ainda existe um militar com culhões, ou foram todos castrados.
a FN minimi vai substituir o FAP.
há relatos de soldados no Vietnã transportarem 1500 munições 5,56 nato, há ainda o fato de terem usado metralhadores m60 em 7,62 nato, ou seja usaram tanto 5,56 quanto 7,62, mas ainda não conseguiam ver o inimigo.
talvez essa notícia acelere a adoção do IA2 (que por acaso não deveria ter um nome como Mxxx, igual M964 FAL?), pois lembro de ler à uma entrevista do Gen Vilas Boas falando que a cadência de adoção deste estava em mil por ano e precisavam de 226 mil, fora a crônica falta de munição.
não se deve esquecer que o IA2 tem um cano de 13.8″ com passo de 1:10, que deve necessitar de uma munição mais específica.
Até que enfim, como sempre disse que deveria ser. Dá pra levar 150% a mais de munição no mínimo.
Vamos parar com esta bobagem de desviar em folhas e galhos. Ora, ou tu está vendo o alvo, tem visada limpa e ai não tem nada pra desviar, ou então não está vendo, e se não está vendo não atira em um ponto preciso mas em uma área, e se atira em uma área pequenos desvios, ainda que possam “em tese” ser possíveis são irrelevantes.
Campo de tiro em selva é curto e patrulhas longas. Cada cartucho 7,62 pesa 25g. vai carregar 200 tiros pra ti e mais uns 100 pra MAG nas costas e cinto pra ver como pesa depois de duas horas.
Se em algum lugar poderia ser mantido o 7,62 seria, ao contrário, nas tropas mecanizadas e blindadas, que levam munição no veiculo sem o problema premente do peso, e que atuam no sul onde os campos de tiro são longos.
So pra curiosidade, no Vietnã cada 400.000 tiros redundavam uma morte em média, ou seja vinte vezes mais que na I Guerra Mundial onde a cada 22.000 se tinha um abatido. .
Aqui no RJ é uma coisa, tem 5,56 e 7,62 (tanto x51 quanto o x39).
Fuzis ? Tem FAL, M-16, AR-15, G3, AK-47, Ruger, e BOPE e CORE usam Armalite AR-10, HK-PSG-1 e M700. Do Estado ou consignadas de apreensão.
E carabinas .30 M1
E as subs, tem MP5, MPK, MT-12, tem a Taurus .40 e tem… REISING !!! (não, não são sobra de Guadalcanal, e são deliciosas de disparar, mas sem chance na atualidade).
Arma curta, tem .38spl, .380, 9mmP, .40, .45.
E vcs reclamam que o EB é uma bagunça… .
Quem conhece o IA2 5,56 mm pode me corrigir, mas eu tenho a impressão que trata-se apenas de uma versão do MD97 onde foram resolvidos os problemas com o carregador e acrescentado peças em polímero. Assim como o IA 7,62 mm é um FAL com polímero. Bem diferente da propaganda alardeada de que tratam-se de duas versões de uma espécie de SCAR brasileiro. De qualquer forma, é uma melhora em relação ao equipamento anterior.
Alguém lembra da guerra do Cenepa? Os peruanos usaram o galil e em conversa com um veterano da infantaria da marinha peruana, ele me disse que não via problema na munição, o exército colombiano também usa galil no mesmo 556 e também nunca vi um infante da marinha de lá reclamar.
Fui fuzileiro durante quase dez anos, usei m4 durante todo esse tempo e posso dizer, por experiência própria que a 50 metros, distância essa em que se daria o combate de infantaria na selva amazônica, o efeito de um disparo desse calibre é devastador, basta pesquisar um pouco sobre os efeitos em tecido humano, pra quem nunca viu de perto.
Mas longe de esgotar a discussão apenas com poucos argumentos, acredito que a escolha do tipo de munição varie de acordo com a missão e só vamos ter certeza se o IA2 é bom ou não quando o vermos em combate.
Segue o link de um site onde o autor tem um bom post sobre a questão:
http://www.operacional.pt/calibre-762mm-versus-556mm/
Delfim, você sabe qual o destino das munições apreendidas pelas patrulhas? Pois essa falta de padronização deve gerar uma bagunça na logística.
Space Jockey: me desculpe se não tenho o mesmo vocabulário que o seu, melhor do que uma crítica é uma boa aula, fico no aguardo então!
Obrigado, Space Jockey, tinha me esquecido que são funções diferentes, com unidades diferentes. Seria mais no sentido que o Igor falou, substituindo o FAP, mas com muito mais volume de fogo.
Jodreski
Legalmente, armas e munições apreendidas devem ser destruídas; mas Graças a Deus, alguns Juízes entendem que tais ficam melhor equipando as Polícias que sendo destruídas em eventos públicos para fins político-eleitoreiros.
Então algumas armas e munições ficam em consignação legal junto às Polícias, até sua destruição final.
Quero deixar aqui admitido pra não restar qualquer dúvida: não gosto do IA2, além de muuuito feio (critério irrelevante) ele parece não ter uma boa ergonomia, tem cantos vivos e o cano aparenta muito curto…além de ser um arremedo do FAL, uma enjambração. Igor, vc sabe qto é o passo de uma volta em mm ? Legal entao saber que com mil (1000) unidades entregues ao ano ja podemos saber quanto tempo levará para a completa adoção : 226 anos !!
Brasil um país de tolos !
Ei Colombelli, mas quem usa armamento em viaturas tem que ser mais curto não ? preferencialmente coronha rebatível, se for olhar por este prisma continua justificado um novo fuzil…
Na matéria fala “nova munição perfurante”.
Acredito que tal ponto esteja incorreto, pois o custo da munição perfurante é maior que a FMJ.
Esse é um assunto que está sempre presente no FORTE.
Fico com as opiniões do Amigo Colombelli.
Não vou entrar novamente em uma discussão que já leva anos neste e noutros sítios e fóruns, então vou abster a apenas alguns pequenos comentários.
Primeiro o MD-97 e o IA2 5,56 têm muito pouco em comum. O IA2 é um fuzil novo.
Segundo, quem já atirou com o fuzil, e não falo apenas de depoimentos de militares do exército brasileiro, mas até de colegas profissionais editores de revistas especializadas (incluindo a Forças de Defesa), o fuzil tem uma ergonomia elogiável.
Com essa troca de calibre quer dizer que temos a substituição do FAL pelo IA2?E a MAG poderá ser trocada pela M249 tbm?
Vitor, a FN MAG é uma metralhadora média, e a FN MINIMI é uma metr. leve.
Space, eu fui da infantaria blindada. Com era da equipe de tiro e ficava muito tempo em contato com o FAL acabei pegando um “costume” e o tamanho não me incomodava mais nem dentro do blindado, mas tens razão quanto ao fato de que para um ambiente confinado e pequeno como o do M-113 e Guarani uma arma um tanto menor é desejável, assim como o é para os artilheiros, pois no EB ainda se tem o cafona costume de exigir que os serventes fiquem com a arma a tiracolo. Vira um trambolho.
Porém, no que concerne ao calibre, o 7,62 teria anulado o problema do peso e quantidade de munição nas tropas mecanizadas/blindadas, ao passo que, atuando elas na região sul, se teria uma situação semelhante a do Afeganistão, onde o 7,62 teve de ser ressuscitado pela extensão dos campos de tiro. Todavia, é fato que tiros mais longos somente ter pertinência com efetivos profissionais pois nem com um “ebó de encruzilhada” um recruta acerta um tiro a 400 metros. O disparo mais longo que fiz foi de 700 metros ( da casa da pista de combate a localidade ao lado do 29 BIB, no CISM, atingindo o para-balas do estande de tiro desta mesma unidade).Claro que foi um disparo clandestino e fora das regra regulamentares, pois feito 400 metro fora da área do estante. Mesmo feito com mira mecânica, a precisão foi boa, com queda de 1,3m e desvio a esquerda de 80 cm (alça 600 e 05 clics na massa do tipo ponto 3). Com uma massa ponto 1 e zerada creio que daria pra ir a 800 metros.
No que diz respeito aos efeitos do calibre, o stopping power de um 5.56 fica na faixa dos 97% a 99% e o do 7,62 em 99% a 100%. A diferença é pouca e a vantagem da quantidade transportável pende pro lado do 223. A curtas distâncias se equivalem. A médias ( até 400 metros) a precisão é idêntica, o poder de parada suficiente em ambos e o 5.56 tem melhor tempo de retomada da visada e controle. A longas distâncias onde o 7,62 tem vantagem os tiros são raros.
Quanto à metralhadora 5.56. é preciso ficar claro que não substitui a MAG. A 5.56 operará em favor do GC e sua vantagem para o FAP é a quantidade de munição que pode ser levada e a possibilidade de troca do cano.
A MAG opera em favor de pelotão ou companhia.
E respondendo a sua pergunta, Victor, não há motivo da troca da MAG pela sua similar “tunada” norte-americana.
Não acredito em uma superioridade de um outro calibre contra alvos humanos, pois já trabalhei em IML e vi que em um ou outro calibre, os danos são severos.
E como já coloquei em outros papos, considero fuzis armas poderosas demais pra uso policial generalizado, sua adoção é uma resposta a uma situação em que os traficantes adquiriram fuzis pra se defender de facções rivais, e quando perceberam tinham armamento suficiente pra enfrentar policiais, até então com revólveres, espingardas e submetralhadoras.
Delfim, boas Colega.
Sempre leio suas menções, com muita atenção quando se trata de Charlie e Mike.
Morei no RJ por cinco vezes e bons períodos, tenho um Filho que mora no Recreio, portanto observo há muito o jeito desengonçado que portam armamento “mais pesado”. Raros os que o fazem de forma correta.
Bandoleira ? Prefiro nem comentar, assista vídeos das abordagens em SP e as do RJ.
Quantos tiros/prática e instrução adequada praças ou alunos da ACADEPOL tem antes de ir “ao baile” ? Com fuzis certamente !
Mas vamos ao que interessa, li sua postagem sobre o armamento da PMRJ e PCRJ.
Em SP é .40SW pistola, .40SW carabina e 12mm escopeta e enfrentam situações de confronto diário. Até o Choque é esse padrão (ROTA, FT, Canil etc ….).
Geografia do RJ ? Não creio, subir “morro” para confronto possível ?
Gostaria de ver um dia o 1º Batalhão de Polícia de Choque de SP realizar uma operação no RJ com o que dispõem.
Fuzil é para guerra e ponto.
Bom, de Stoping power eu não sei direito, mas quanto a energia do projétil…hehe.
de cabeça eu me recordo de uns 3200 Joules de energia do 7.62, com velocidade inicial de 859 m/s e alcance util de 600m, 800 com mira telescópica. O 5.56 tem mais ou menos 1700 J e a velocidade encosta nos 1000 m/s se com um cano de 24 pol.Pode ser interessante comparar se pegar só no esqueleto do caboclo, mas se um soldado está abrigado o 556 fica fraco. Duvido que o alcance util do IA2 seja 600m, ainda mais com aquele caninho de pistola… Mas não quer dizer aki que estou criticando a adoçao do calibre, muito pelo contrário, ja deveria ter sido feito a tempo. Foi como ocorreu na Alemanha, se o soldado não conseguia ver um alvo a mais de 400m, qto mais acerta-lo com um tiro não teria lógica colocar um fuzil destinado a matar a 1000 ou 2000 metros (frase do Ronaldo Olive), entào dessa conclusao nasceu o Fuzil de Assalto (muniçao de potencia intermediaria).
Outra coisa que o EB precisa mudar é a sua camuflagem. É muito escura para os pampas. Agora que os argentinos estão adotando a multicam, combatente brasileiro se tornaria um pato cego.
Caros amigos, tem um video de testes do Imbel IA2 no youtube com as duas munições, percebe-se claramente a superioridade do calibre 7.62 este sim fura tudo que tiver na frente dele. O 5.56 devia ser empregado pela PM. Claro que existe 5.56 especiais com material perfurante, o que não que dizer que sejam mais baratas já que fabricamos nossas 7.62.
Obrigado pelas respostas eu realmente sou bem leigo no assunto.Eu levei em conta a “troca” das metralhadores os Marines, a infantaria deles levam como metralhadora de apoio a M249 restringindo a MAG a ficar em veículos (apesar de ter visto em poucos vídeos de infantaria usando a MAG).