Putin admite pela primeira vez presença militar russa na Ucrânia
Em entrevista coletiva anual, presidente ameaça derrubar aviões turcos que sobrevoarem espaço aéreo sírio
MOSCOU — O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu pela primeira vez a presença de especialistas militares russos no Leste da Ucrânia. Falando a jornalistas russos e estrangeiros em sua grande entrevista coletiva anual, em Moscou, Putin disse ainda que a Rússia está disposta a convencer os separatistas pró-Moscou de que é necessário um acordo a fim de alcançar uma solução política para o conflito na região. E reservou as palavras mais duras para Turquia, cuja relação entre os países estremeceu desde a derrubada de um bombardeiro russo pelas forças turcas na Síria
Perguntado por um repórter ucraniano sobre dois oficiais de inteligência militares russos capturados por Kiev e atualmente em julgamento na Ucrânia, o presidente disse:
— Nós nunca dissemos que não havia pessoas realizando certas tarefas, incluindo na esfera militar — disse ele. — Mas isso não significa que haja tropas russas (regulares) lá. Veja a diferença.
Putin também afirmou prever a piora das relações comerciais com a Ucrânia, mas disse que a Rússia não iria impor sanções sobre Kiev relacionadas com o seu acordo comercial com a União Europeia (UE).
Em outro momento da entrevista coletiva, Putin assegurou que a Rússia nunca iria concordar com qualquer força externa decidindo sobre quem deve governar a Síria. Ele voltou a defender uma solução política como a única maneira de resolver o conflito de quase cinco anos e expressou apoio à iniciativa de Washington de preparar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria.
— Acreditamos que somente o povo sírio pode decidir quem deveria governá-los. Nós opoiamos a iniciativa dos Estados Unidos sobre a resolução da ONU — ressaltou o presidente, acrescentando que a atividade militar russa na Síria continuará até que se inicie um processo político.
A grande coletiva de Putin é realizada todos os anos desde 2001, primeiro ano da sua Presidência. Sobre a Turquia, ele afirmou que não vê perspectiva de melhorar as relações com o país após o abatimento do jato russo no mês passado. E ameaçou Ancara de derrubar seus aviões que sobrevoarem o espaço aéreo da Síria, onde a Rússia tem S-400 mísseis antiaéreos.
— Se antes a aviação turca voava e violava permanentemente o espaço aéreo da Síria, que voem agora — desafiou Putin na entrevista, transmitida ao vivo pela televisão.
O presidente classificou a derrubada do jato russo como um “ato de inimizade” e disse não entender por que a Turquia fez isso.
— É difícil chegar a um acordo com a atual liderança turca — afirmou. — O que eles conseguiram? Talvez, pensaram que iríamos fugir de lá (Síria)? Mas a Rússia não é um país assim.
Neste ano, cerca de 1.400 jornalistas russos e estrangeiros acompanham a entrevista do presidente russo, realizada no Centro de Comércio Internacional.
RELAÇÃO COM OS EUA
A relação com os Estados Unidos também foi abordada na entrevista. O presidente disse que a Rússia está disposta a para melhorar as relações com Washington e colaborar com seu próximo presidente, seja ele quem for.
Segundo Putin, as suas conversas com o secretário de Estado americano, John Kerry, no início desta semana, mostraram que os Estados Unidos também estão dispostos a “avançarem para a resolução de problemas que só podem ser resolvidos através de esforços conjuntos.”
Ele assegurou que a economia russa mostra sinais de estabilidade apesar da queda nos preços de petróleo.
nossa se ele não dissesse eu nunca saberia que existem russos atuando sob ordens de Moscou na Ucrânia. Sobre a Síria o único país que tem legitimidade para voar sobre seu território é a Rússia. Espero que os EUA aceitam que não há conversas com islamistas, querem se matar deixem se matar ou que matem o máximo possível de islamistas até atingir a paz, aquilo ali é uma lástima
Se existe presença militar Russa na Ucrânia?! Claro, tomaram a Crimeia!
A Ucrânia é uma nação dividida, e não vejo uma solução em médio prazo para restabelecer sua integridade tanto política como territorial.
Saudações!
A única solução para a Rússia é a completa desintegração do seu território. Até lá, eles continuarão a cultivar o desejo de ser uma potência do tamanho da sua extensão territorial, fazendo o que for preciso para conseguir tal objetivo.
Já tentaram de tudo. A única coisa que não se pode esperar da sua política externa é a verdade.
A mentira, a manipulação da informação e o sacrifício em massa de vidas humanas russas e estrangeiras renderam muito capital inglês e norte-americano para a URSS na segunda guerra. Enquanto pediam mais e mais ajuda aliada, seguravam os alemães no oeste mandando milhões de russos para a morte certa, enquanto seguravam o dinheiro interno e a ajuda externa para se alavancarem perante o resto do mundo. Montaram uma indústria de ponta enorme, e receberam know-how das potências ocidentais, às custas de milhões de russos que deram suas vidas pensando que seu governo fazia o possível por eles.
Da Rússia só se pode esperar uma coisa. Um projeto de super potência sob quaisquer circunstâncias, no melhor estilo os fins justificam os meios.
Save Ferris!
Tá bom. A Rússia tem um satânico plano de dominação do mundo. Só esqueceram de combinar com os russos.
Cold War 2.0. Quanta balela.
donitz123 18 de dezembro de 2015 at 8:25
Bela falácia! Tudo o que foi dito pelo colega Reinaldo é que a Rússia quer ser uma potência global e não mede esforços (nem vidas humanas) para buscar esse objetivo. Desqualificar um argumento bem apresentado como o dele sem rebatê-lo, apenas o ridicularizando, é de uma infantilidade abissal!
Isto não é argumento mas uma teoria de conspiração, algo que só pode ser tratado de forma jocosa.
Caro Donitz, a Rússia querer “dominar o mundo” como você colocou não é de hoje: esse plano vem sendo realizado desde o Czar Pedro “O Grande” (so called).
Isso não é Teoria da Conspiração: em linhas gerais o objetivo último da política externa russa (conquistar o mundo) é o mesmo há 200 anos! Esse objetivo já era previsto desde os czares, atingiu seu ápice na União Soviética (que chegou a ter sob seus domínios 22.4 milhões de km2) e hoje domina 17 milhões de km2.
E se você olhar do ponto de vista histórico a Rússia nunca deixou de lado seu objetivo de conquistar o mundo através da expansão territorial infinita: apenas teve um pequeno revés com a desagregação da União Soviética, revés este que ela já está revertendo aos poucos, com a Abicásia, Ossétia, Chechênia, Geórgia, Ucrânia, e vai por aí.
O plano russo de dominação territorial do mundo é um FATO.
Eu também acredito nos Protocolos dos Sábios de Sião, que o 11 de Setembro foi um trabalho interno, no Coelhinho da Páscoa, o Papai Noel, na Mula sem Cabeça, no Saci …
Abraços!
Discordar do Sr. Donitz, com todo respeito, parece-me o mesmo que discutir com um Pombo. Sem argumentos contrários ao argumentos do Sr.Reinaldo Deprera, o qual se baseia em fatos, o que lhe resta é vociferar, dar a ultima opinião e sair com o peito estufado, como diz o Sr. Augusto Liberato, vulgo (Gugu), “Isto é muito triste”.
Caro Donitz, ao contrário das teorias conspiratórias citadas, a pretensão russa de expansão territorial mundial encontra-se documentada em despachos imperiais, soviéticos e republicanos, não apenas do corpo diplomático mas também de altas autoridades, como os Czares Pedro e Alexandre e os líderes soviéticos Stálin e Kruschev.
Pesquise a respeito e você encontrará incontáveis referências históricas.
Só para pensar: a Rússia hoje JÁ DOMINA um NONO da terra seca do mundo, já tendo chegado a dominar um sétimo (URSS).
E o sonho do Putin é reconstruir a “Grande Mãe Rússia”, uma espécie de “lebensraun” da qual fariam parte, entre outros países hoje independentes, as Mongólias Exterior e Interior, a Manchúria, a Ucrânia, a Finlândia, o Cazaquistão, o Afeganistão e todo o Leste Europeu até a Sérvia.
Como apreciador da história, pensava encontrar comentários mais equilibrados baseados em fatos reais e atuais sobre estes assuntos. Porém me deparo com estultices que beiram à sandice. Pelo que sei, não existe a crença no direito manifesto, da Russia ser o modelo moral e religioso mundial a ser seguido. Sei que a Crimeia sempre foi base da frota russa no mar negro desde Catarina, a grande. Como desconheço qualquer operação de guerra,de grande envergadura dos russos fora do quintal deles. No meu modesto jeito de pensar, o Putin esta apenas tentando defender os interesses do país dele. Outra coisa. A Russia não vai ser uma potencia em nada igual ou superior aos Estados Unidos, vai ser uma potencia maior que as demais e menor que a primeira. Quem vai rivalizar com os americanos vai ser a China. Gostaria de ver mais comentários dos especialistas sobre a guerra na Síria. Com os devidos respeitos ao Sr. Reinaldo Deprera. Todas as grandes potencias mentem e manipulam.
A Russia sempre almejou ser uma superpotência isso fato mas nao quer dizer que eles queiram dominar o mundo,ate porque isso e impossível. Diferente dos EUA que sempre foi uma democracia e um pais relativamente instável internamente a Russia nao teve essa mesma sorte, teve momentos onde ela esteve onde queria no mundo e outros de declínio constante, com mudança de regime. No âmbito das acoes da política externa russa nada mas e um reflexo da política interna russa ou de como eles vêem o mundo, diferente dos EUA que por um democracia tem uma visão diferente dos russos mas mesmo assim quando se sentem ameaçados agem com forca
Só pra lembrar Rússia, EUA, UK, França e China mentem muito e manipulam, não existe santo entre eles. Sobre a Síria o Obama deve parar de ser bonzinho demais, deixar de ligar para o extremo politicamente correto
Tão interessada estava a Rússia na dominação global desde os tempos dos czares que vendeu suas colônias na Califórnia e Alasca para os americanos. Eles jogaram fora aquela bela cabeça de ponte para uma invasão das Américas assim do nada. Algo não bate na teoria de dominação global russa. O que a Rússia faz é defender seus interesses regionais, isto sim ela faz.
Tem gente aqui que está sofrendo overdose de Coca-Cola.
Sempre que leio estes comentários sobre a “Teoria da dominação global russa” lembro deste episódio dos Simpsons. Tem gente por aqui que pensa desta forma.
https://www.youtube.com/watch?v=cQKzesTq0Wo
A Russia é o pais mais interessante do mundo atualmente para quem gosta de diplomacia. Eles têm trabalhado com afinco para quebrar alguns paradigmas. O primeiro que podemos citar, muito aceito até pouco tempo é que suas forças armadas estavam despreparadas e não tinham como projetar poder. Outro paradigma muito comum diz que os russos sempre mentem ou escondem a verdade. Eles têm se esforçado para mostrar o contrário. Informações sobre as operações aéreas na Síria podem ser acompanhadas diariamente pelos seus boletins, e agora a cx. preta do bombardeiro sendo aberta publicamente. Só ficando nestes dois detalhes podemos dizer que existe uma Política dirigida para isto. Confesso que revi alguns conceitos que tinha…
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Quanto à política externa a Rússia tem sido pressionada, quase que estrangulada pelos euro-americanos. É normal a preocupação de países vizinhos com a grande nação, devido não a suposta ‘intenção conquistadora-imperialista’ russa, mas a grande quantidade de habitantes de etnia russa que podem empurrar uma nação em direção a uma união que o restante da população não quer. Porém, a Russia não pode ficar, e normalmente não ficará, passivamente esperando cada novo lance do ocidente. É normal que reaja. Como é normal cada país ter seu ponto de vista sobre determinado assunto.
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Contudo geralmente falta coerência ao regimes para analisar os eventos como eles são. No caso da Ucrânia o ocidente teme a expansão russa, tenta tirar uma nação da esfera de influência desta nação. Já a Russia vê como intervenção ocidental e até provocação o convite à União Européia.
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A política entre as Nações é um reflexo da política humana e em última análise reflexo da sociedade humana, onde se tenta consolidar sua posição e aumentar sua influência. Em suma, uma busca por Poder. E isto que podemos ver nas ações diplomáticas de toda e qualquer nação. Não há santos, nem demônios, apenas um sistema que se bem entendido pode nos fornecer previsões dos próximos atos de cada ator.
Off topic:
Mestre Bosco
de uma olhada na nova artilharia russa, principalmente no final do vídeo onde tem os disparos, a alta cadência de tiros parece algo em torno de 1 disparo a cada 3 segundos ou menos.
https://youtu.be/aHV0R30fueY
Não confundir aquisição territorial com conquista de influência. Não confundir objetivos estratégicos da Rússia com os objetivos políticos da URSS, esses sim subverter todo o mundo ao tacão comunista. A Rússia sempre buscou o controle dos estreitos para atingir as “águas quentes”.
Claudiney,
Transparência? 🙂 – Vamos aprender a diferença entre notícia independente/Imparcial e propaganda? Ou vc acredita em tudo que os tele jornais transmite diariamente? kkkkkk
Eles deveriam ter imprensa livre… pra começar… 🙁
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Leo,
1 disparo a cada 3 segundos? Vc não deve ter percebido o corte no vídeo… 🙂
Ps.: o “3º” disparo é na verdade o playback do primeiro.
Pps.: Os russos quiseram fazer um obus primeiro com 6 e depois com 4 canos… viram que isso não funcionaria, depois reduziram para 2… aparentemente viram que isso tb não funcionaria, mas ainda continuam a divulgar as imagens dos canos duplos apenas com o intuito desinformativo e alegando que AGORA o sistema de carregamento do cano duplo ainda é aplicado na torre, que AGORA só possui um cano… – É muito malabarismo pra dizer apenas que tem um novo Obus… Russos… kkkk
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Menos SEMPRE É e será MAIS… simples assim.
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Grande Abraço.
Senhores,
ao longo de sua história pós-soviética, a Rússia tem repetidamente usado argumentos sobre a soberania do Estado para se opor a qualquer forma de intervenção militar no Oriente Médio.
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No entanto, agora a Rússia não só realiza uma intervenção militar própria no Oriente Médio, mas usa argumentos sobre a soberania do Estado como justificativa para fazê-lo.
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Como, então, explicar o raciocínio aparentemente contraditório por trás das ações da Rússia, como algo que não seja simplesmente hipócrita?
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A resposta é que o Ocidente e a Rússia mantem fundamentalmente diferentes definições de soberania do Estado e, no Oriente Médio, pelo menos, é a perspectiva da Rússia que está tendo um resultado político muito mais eficaz no momento.
Os países ocidentais tendem a reconhecer estados, e não governos. Isso é um dispositivo muito útil para ter uma política externa flexível, mas um dispositivo pobre que não oferece uma consistente legitimidade em sua aplicação.
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Para que vocês entendam melhor o que quero dizer, tomemos o exemplo do Egito em julho de 2013, quando um governo eleito democraticamente liderado pela Irmandade Muçulmana foi deposto pelos militares.
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Para os EUA, teoricamente o evento seria definido como um “golpe” e desta forma os mesmos teriam sido obrigados a suspender a ajuda militar a um importante aliado estratégico, em conformidade com a legislação americana…
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Para a Grã-Bretanha, como outras potências ocidentais, isso teria significado se envolverem em discussões sobre se a deposição foi legal, louvável, popular, etc. Em vez disso, quando desafiado sobre o assunto durante uma entrevista de rádio no dia seguinte, o secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague foi inflexível: “Nós reconhecemos estados, não os governos” disse ele à BBC, e isso significava trabalhar com as novas autoridades militares…
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Pois é, essa filosofia tem permitido ao Ocidente adaptabilidade ao tumulto “revolucionário” da Primavera Árabe, tanto é assim que temos visto potências ocidentais serem capazes de justificar a sua inatividade quando permitindo que alguns governos caiam, e pró-atividade quando venham a se envolver com aqueles que os substituiu.
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E, obviamente também lhes permitiu se livrar de alguns líderes que se tornaram intragaveis: Saddam Hussein no Iraque (2003), Muammar Kadhafi na Líbia (2011). E o próximo seria Bashar Al Assad na Síria…
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Reconhecendo estados ao invés de governos permiti os EUA e seus aliados atender determinados grupos de oposição síria como sendo técnicamente os “representantes legítimo do povo sírio”.
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Mas é aí que os pontos fracos do jogo de palavras do Ocidente começou a mostrar seu ponto fraco. Barack Obama disse para todo o mundo ouvir que havia “linhas vermelhas”, no qual ele alertava o regime sírio não ultrapassar. E, neste caso a linha vermelha seria usar armas químicas, e como todos vimos ele se mostrou incapaz de agir quando o regime sírio o fez.
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E, finalmente, enquanto o Ocidente abandonava alguns governos da região, para outros prometeu apoio incondicional… Mas nem todos estavam convencidos.
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A abordagem da Rússia foi austero, mais consistente e, talvez, em última análise, mais eficaz…
A Rússia define o estado através do governo. Sua visão é de que há apenas um governo de um estado, e o que acontece dentro das fronteiras do estado é competência unicamente do governo.
Há ecos desta visão na política interna da Rússia, mas a implicação para o Oriente Médio é que a Rússia vai apoiar uma intervenção que ofereça suporte a um governo, mas se opõem a uma intervenção que se opõe a um…
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A política da Rússia prefere olhar para o quadro maior de seus objetivos, enquanto o Ocidente fica preso nos detalhes. Não é Assad como um homem que a Rússia apoia na Síria, mas sim o regime que ele representa: secular, anti-islâmico e, acima de tudo, legitimo…
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Para os russos, a fixação ocidental com um homem parece insignificante à luz do quadro maior. E, enquanto os EUA traça planos de como administrar seus interesses com uma infinidade de facções em conflito na Síria, a Rússia sempre teve uma definição diferente: O governo não é o problema, e sim todos os que se opõe a ele são “terroristas”.
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Grato.
Aff, vou tomar meu todinho e comer cereais !
Organza, no video eles quiseram mostrar que 2 canos era muito complicado e caro como estava escrito no tvzvezda.ru que é quem faz esses vídeos e que agora com um eles conseguiram aumentar a cadência de disparos e se manter a frente de qualquer concorrente estrangeiro na cadência de disparos fora a outras novidades…. Eu fiquei meio desconfiado se era corte mesmo vou analisar melhor…
Realmente foi corte no vídeo percebi agora kkk erro meu. Parece que a cadência de disparo é um pouco maior que a do mata e agora a tripulação não fica em contato com as munições.
Se a Rússia quer dominar o mundo, o que esperar da China e dos Ianques? Ainda tem gente que toma partido…
Doenitz, amigos,
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O Emerildo ( 18 de dezembro de 2015 at 16:25) pescou a charada…
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Eu também entendo que os russos, desde a ascensão de Pedro I, tem como objetivo maior garantir os seus acessos a águas quentes para conectar-se ao mundo de forma regular. Naquele período, final do século XVII ao primeiro terço do século XVIII, o então Czar certamente identificou que uma das causas do atraso russo ( e da fraqueza de sua pátria ) era justamente o isolamento do imenso país em relação aos demais, ditado pela sua posição geográfica…
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E grosso modo, se observarmos a Rússia nos mapas nos últimos 300 anos, ela sempre esteve “esmagada” entre europeus e demais asiáticos, sendo, mesmo com seu gigantismo, um país que podia ser isolado do mundo; de modo que manter conexões constantes com o exterior é quase uma obsessão dos russos. E assim o é mesmo hoje… Aliás, se observarmos eventos atuais, como a investida na Crimeia, a aproximação com o Irã e a guerra na Síria ( cuja participação russa tem por um dos objetivos claramente assegurar as facilidades russas naquele país ) fica claro esse objetivo.
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Até posso concordar que há um certo exagero quando se fala em dominação do mundo, sob qualquer prisma ( afinal de contas, os russos nunca terão condições de algo assim no futuro previsível )… Mas também é fato que os russos estão dispostos a tudo para manterem suas conexões com o exterior e ampliar sua influência no mundo. E do que já se viu até aqui, não hesitarão em mover-se contra qualquer país e estarão dispostos a pagar caro por isso…
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Com relação ao comentário do Deprera com relação a participação russa na Segunda Guerra, não duvidemos do maquiavelismo stalinista… Stalin soube muito bem aproveitar os movimentos dos aliados a seu favor, além das oportunidades trazidas pelo conflito… Tanto é que praticamente todas as grandes operações russas depois de 1942 foram no rastro de grandes operações dos aliados ocidentais, e a dominação russa no leste europeu não seria amplamente contestada pela força após o fim da guerra…
Praefectus,
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Você acerta quando diz que a Ocidente tende a reconhecer o Estado e não o líder em si, e que os russos tendem a reconhecer um governo antes de um Estado.
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Mas creio que se equivoca em algumas explicações.
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No caso egípcio, foi justamente esse tipo de flexibilidade providenciada por esse modo de ver as diferenças entre Estado e governo que permitiu ao Ocidente reconhecer qual era o governo que se considerava mais adequado para aquele Estado em particular, e que era capaz de deixa-lo em posição mais favorável aos seus interesses. E isso funcionou muito bem…
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Não creio que a questão dos gás sírio invalida a visão do Ocidente de governo e Estado… Primeiro, é um exagero dizer que nada foi feito. O Ocidente pressionou e Assad terminou por ter que se permitir perder sua maior arma de dissuasão na forma de seu arsenal químico; muito embora realmente se tenha frustrado o intento maior, que era aniquilar o regime ( mas isso também é obra da opinião pública americana e européia, que desaprovava a intervenção armada )… Seja como for, questão do gás sírio, pelo contrário, apenas legitimou a posição ocidental, pois forneceu argumentos de sobra para apoiar grupos anti-Assad ( o que é uma forma de ação ); além de colocar os russos em posição difícil naquela época.
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A visão ocidental de governo e Estado também pode ser interessante no sentido de legitimar uma posição perante a comunidade internacional, qualquer que seja ela; o que significa até mesmo uma retirada de uma aliança ou situação específica de apoio, posto que qualquer ato exagerado ou de incompetência do aliado pode se converter em motivo para romper sob o argumento de falta de representatividade perante o Estado ( ou a causa ) que defende, livrando o apoiador da culpa ( como, aliás, já o fizeram na Síria, virtualmente suspendendo a ajuda a outros grupos anti-Assad )…
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Agora, se se apóia um governo incontestavelmente, sem reconhecer o Estado antes, além de outras forças opositoras, então se pode ser acusado de cúmplice perante a comunidade internacional de qualquer tolice que o aliado venha a cometer, o que torna difícil sustentar um objetivo e angariar apoio diplomático… Enfim, o “jeito russo” pode até ser mais simples e prático, mas carrega esse ponto vulnerável.
PRAEFECTUS,
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É assim que passamos a entender uma mente tico e teco… kkkkk
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Meu caro bisonho analista, a Instituição Estado supera em valor um Governo e qualquer Ser que o ocupe independente de suas vontades. – As instituições e suas regras é que podam e refream os impulsos passionais do Ser que Governa, pois seu Governo NÃO É o Estado, ele apenas o Governa e o Representa obedecendo regras institucionais… Sem instituições fortes NÃO existe Governo e muito menos Estado.
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Um Ser/Governante pode até encarnar/representar um Ideal, mas ele nunca poderá ser esse Ideal. INSTITUIÇÕES em sua essência não são falhas, o sistema, processos e as pessoas que os operam é que são.
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NÃO reconhecer instituições é bem a cara da esquerda brasileira canalha, que as enxerga como instrumento a disposição de suas necessidades. Quando e SE as regras Institucionais atrapalham o movimento desejado ela passa a ser inconveniente e as Ações Ilegais passam a ser aceitáveis e legítimas, pois estão em prol da causa… Foi assim que nasceram Golpes, Ditaduras e seus Déspotas… Até Impérios nasceram assim… Mas TODOS caíram pela falta justamente da “inconveniente” figura Forte das Instituições e suas regras, que tem como principal premissa impedir os impulsos passionais do Ser.
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Então a Rússia apoia o Governo Sírio não é isso?
– Então vamos fazer um exercício de lógica: Isso implica que após derrotar TODOS os opositores de Assad e restabelecer a ordem no País e o Governo Secular, o Governo Sírio está livre para fazer um acordo com seus vizinhos sobre o gasoduto passar pela Síria em direção a Turquia e até permitir tropas da OTAN em seu território para proteger o empreendimento? Pois A Rússia apoia o Governo e assim sendo, irá continuar a apoiar suas decisões… Nossa como o Putin é compreensivo.
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Mas espere ai… não, vc disse que “A Rússia define o estado através do governo. Sua visão é de que há apenas um governo de um estado,…” – Quer dizer que se acontecer decisões que contrariam os interesses da Rússia/Putin a Síria passaria de um Estado amigo, pois tem um Governo amigo, para um Estado inimigo, pois o Governo tomou posições contrárias aos interesses Russos?
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Ups… nãããooo, na sequência vc diz que “…o que acontece dentro das fronteiras do estado é competência unicamente do governo.” – Tá tudo bem então, o Governo Sírio está livre fazer o que quiser… independente da Rússia. 🙂
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É cada um que aparece… kkkkk
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Um lembrete aos esquerdopatas de plantão: A Rússia NÃO é de esquerda, nem comunista e muuuuito menos socialista, na verdade nunca foi nada disso… a Rússia é e sempre foi uma Oligarquia que se disfarçou de Império, depois de Socialista/Comunista e agora veste um pele democrática, que é de péssima qualidade, diga-se de passagem… ela é uma Mentira Institucional por definição… nada muito diferente do que estão querendo fazer com o Brasil.
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SDS.
Oganza,
Permita-me discordar em um ponto. Quando afirmas “.mentira institucional por definição… nada muito diferente do que estão querendo fazer com o Brasil.”
Já fizeram, caro Oganza.
Sds.
A Rússia e o Brasil são democracias recentes, ainda estão se adaptando a esse novo regime, estão consolidado suas instituições. Aqui como lá, há gerações que passaram pelos dois períodos e cada geração vai achar que sua “época” é/era a melhor, lá eles querem a volta da URSS, aqui querem um golpe militar. O fato é que o tempo se encarregará de acabar com as gerações nostálgicas e abrir caminho para o futuro que depende do agora e agora nem a Rússia nem o Brasil estão na sua melhor forma.
Saudações _RR_,
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meu caro, creio que o amigo deve ter percebido que procurei expor uma suposta visão russa dos fatos, no emblemático Oriente médio especificamente em relação ao “caso” Síria.
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Obviamente meu comentário é despojado de ideologia, prendendo-se apenas em esboçar o “modus operandi” russo e Ocidental e a partir daí os resultados práticos obtidos até então naquele teatro de operações.
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Os fatos até agora ao meu ver falam por si.
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Grato.
PRAEFECTUS, gostei de seu comentário, acho que é assim mesmo que a Rússia funciona e por ser assim que funciona em alguns casos odeio seus atos como a intervenção na Ucrânia e a tomada da Criméia. Ou seja o governo está indo contra meus planos= inimigo
RR, um aparte.
O antigo Império Russo, culturalmente, sempre foi avesso à cultura ocidental, com exceções como o Czar Pedro, o Grande. Sua economia era um simulacro do feudalismo, os trabalhadores rurais eram servos, não havia indústria decente. O antigo imperialismo russo, então, se baseava no pan-eslavismo e na proteção da religião cristã-ortodoxa; isto mudou durante o período soviético no qual almejou objetivos maiores, sob o manto de disseminação do comunismo.
Parece que o Putin ora age de uma maneira mais antiga, ora mais soviética, e com isso confunde o Ocidente.
Caro Delfim,
Não obstante, isso não muda o fato de que as lideranças russas dos últimos 300 anos tem esse pensamento fixo, de garantir os acessos da Rússia ao mundo exterior, antes principalmente pela expansão demográfica via o “incentivo” a imigração criado pelas campanhas de conquista, iniciada ainda no século XVIII e que teve seu ápice na era soviética ( aliás, essa “arma demográfica” vem surtindo efeito mesmo hoje, mantendo consideráveis terras ao redor da Rússia sob influência deste país ). Uma outra razão, evidentemente, é constituir um “cordão sanitário” entre a Rússia e o Ocidente, mantendo o centro do Império seguro, ao mesmo tempo em que controla esses acessos, provendo as ligações vitais. E com eles também, claro, controlava-se a influência externa a qual o povo russo poderia ficar submetido…
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Mas hoje, com a globalização e a expansão dos meios de comunicação de massa, é tarefa mais complexa dominar qualquer forma de influência. E o advento de outros poderosos atores em seu entorno torna qualquer grande campanha de conquista inviável para os russos ( com uma economia dependente em boa parte de insumos estrangeiros e em franco declínio populacional ), restando a via diplomática como meio principal de garantir a segurança de seus interesses, movendo-se apenas quando se julga absolutamente essencial ( caso do Crimeia ); limitações essas as quais, grosso modo, todos os grandes países que tem intenções globais estão, em maior ou menor grau, submetidos.
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Com relação as atitudes de Putin, entendo que elas buscam casar com o atual momento no qual a Rússia vive, posto não ser mais possível sobreviver apenas da glória da conquista material. Termina que a resposta de um líder tem que ser muito mais flexível aos desafios de se manter a liderança. Assim, para o seu público interno, Putin joga como jogavam os czares, transparecendo o homem forte, dominador e sagaz, que é a imagem universal que o povo russo tem de um líder, além de manter vivas as tradições ( a memória ancestral do povo russo ). Contudo, no que tange a política externa, Putin tenta adotar um tom mais distinto; algo como “fale manso, mas com o porrete em cima da mesa”. Só que Putin não tem o sangue de barata que deveria ter pra isso… E a cada avanço russo, ele deixa mais transparente esse lado “czar”.
Nunca devemos esquecer quem tem mísseis nucleares apontados contra as democracias ocidentais. A guerra de 1914 tem algumas tréguas, mas continua até hoje. Putin é ex-KGB, portanto um autocrata forjado no comunismo, irmão gêmeo do fascismo, com quem pretendia dividir o mundo até este último esbarrar na tenacidade dos ingleses sob a liderança do velho buldogue.
Portanto, não se confia nos governantes russos. Qualquer acordo com a Rússia não deve passar de algo tático e pontual. O verdadeiro inimigo, ainda que repaginado, continua em Moscou.
Como já disse, em outro post aqui:
“Esse negócio de “não ter lado” entre russos e o ocidente é coisa de comuna cínico. A guerra, quente ou fria, entre as democracias ocidentais e o comuno-fascismo, iniciada em 1914, continua até hoje. E Putin, ex-KGB, não faz o menor esforço para disfarçar que representa a herança da URSS.
O extremismo islâmico não acabará com o fim do ISIS. Só com uma transformação/evolução de longuíssimo prazo na cultura muçulmana, como a que o iluminismo fez com o cristianismo. Teremos que lidar com o terrorismo por muito tempo e controlá-lo dentro do possível.
Na Síria, a Rússia é um meio-aliado – não inteiro – de conveniência. Como foi na 2a. Guerra, depois que ruiu a aliança entre os soviéticos e os nazistas. Quando Paris estava ocupada e Londres sob bombas, comunistas e nazistas, juntos, faziam planos de como dividir a Europa e suas colônias. Não à toa, por mais absurdo que pudesse ser em um mundo cansado de guerra, Patton chegou a propor aproveitar a economia soviética em frangalhos em 1945 e continuar o avanço aliado ocidental até Moscou e matar a segunda serpente no ninho.
Portanto, não podemos perder de vista que o inimigo da democracia e do liberalismo está em Moscou. Nessa “treta” de Erdogan e Putin, não faz a menor diferença quem está certo entre mapas e trajetórias do avião. Citando novamente Caio Blinder, que por sua vez citava Roosevelt em outro contexto, o primeiro é “nosso filho da p….”. O segundo é o filho da p… inimigo.”
Só a uma solução para o mundo a Dissolução total dos EUA em diversos paise para o mundo ter realmente paz.
Resposta aos fanático pro-Âmis,
“A única solução para a Rússia é a completa desintegração do seu território. Até lá, eles continuarão a cultivar o desejo de ser uma potência do tamanho da sua extensão territorial, fazendo o que for preciso para conseguir tal objetivo?”.
6 mil mulheres Izadis sendo vendidas como escravas sexuais graças aos Âmis., fico imaginando se fossem mulheres aliadas aos mias se eles ficariam calados?????.
https://www.youtube.com/watch?v=xJxSCfKT4xA
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https://www.youtube.com/watch?v=xJxSCfKT4xA
Dos comentários aqui escritos que a maioria beira insanidade dizendo que o grande Satã do mundo é a Rússia, o que mais beira a um comentário bem estruturado em seus argumentos foi do senhor Antonio Palhares.
Os EUA nunca admitiram que a Rússia seja detentora de grande porções de riquezas que estão sobre o seu território e que seja o grande opositor no conselho de segurança. Por isso desejam tão ardentemente que suba ao poder na Rússia um outro “Boris Yeltsin”. Digo aos de anti-Rússia de plantão, não vai acontecer!
Grande Satã pode ficar por conta do freguês… Mas que o grande inimigo das democracias ocidentais continua sendo a Rússia, isso não muda.
Instituições fracas e governo forte… o estado é o governo… o governo é o homem que lá está… hummm isso ai não está aproximo da definição de ditadura??
O soldat esta proposto a desintegracao dos EUA para que haja paz no mundo.
Se isso viesse acontecer com os EUA, ai sim o mundo vai virar um inferno.
Definitivamente voce nao tem ideia do que està falando.
Muito bem frisado Antonio Palhares, vários delirando num plano de dominação mundial por parte de Moscow ”destino manisfesto russo”. Se for este o grande objetivo russo, o que poderia se dizer da venda do Alasca? O que me parece é que Putin está tentando restabelecer antigas áreas de influência como Ásia Central, Europa Oriental, Repúblicas Bálticas ou tentando criar novos estado-tampão, com certa orientação russa. Aparante-se mais como a política do grande porrete.
Mesmo se Eua e Russia virarem po ,vai vir alguem de cada lado no lugar e continuar o cabo de guerra ,o mundo e sempre assim,a guerra de ideologias sempre havera. Nenhum jogador é insubstituivel a historia do mundo é assim.
Tenho tantas observações a fazer que melhor seria escrever um livro…
Depois de ter lido todos os comentários, minha cabeça começou a indagar: um país como os EUA, bi partidário, realmente pode ser considerado uma democracia tal qual o conceito criado por Montesquieu na obra “O Espírito das Leis”? Sendo bi partidário e polarizando o pensamento político em apenas dois extremos, será que toda a sociedade estadunidense está bem representada? Creio que não… Faz parte dos ianques dividir o mundo em bem e mal, bom e ruim. E justamente a idéia central da democracia é algo como alcançar o caminho do meio, percorrendo a linha fronteiriça que separa estas idéias em lados opostos.
Percorrendo o universo jurídico, também é incoerente a idéia que os EUA respeitam os Estados e não os governos. Ora, eles respeitam os Estados que são seus aliados! Um Estado é formado de um território definido, um povo e uma língua. Na falta de um destes requisitos, podemos no máximo chamar de Nação. E tanto a Líbia, o Iraque, a Síria tinham todos os pressupostos para serem chamados e definidos como um Estado. O pecado que eles cometeram foi não se servirem da fonte europeia, ianque ou “ocidental”. A partir daí, começa um grande exercício linguístico para formular explicações que justifiquem a interferência ou intervenção que atendam seus interesses e conveniências. Um exemplo que me veio à mente é justificar o apoio a extremistas islamicos denominando-os de “moderados”. Ora, extremista é extremista… Como posso chamar um grupo que atira em um piloto descendo de páraquedas de moderado?
Enfim, o embrião da terceira guerra já está em gestação na Síria, por insistência de um modelo que já se mostrou catastrófico na Líbia, no Afeganistão e no Iraque. Não dá para ficar achando que os EUA são os mocinhos e o OM e a Rússia são os bandidos.
Quando a coalizão ocidental desfere um bombardeio e causa mortes, é chamado de “dano colateral”. Quando qualquer um fora da coalizão ocidental causa mortes, é chamado de “massacre da população civil”. Mudam-se as palavras, mas mantém-se o ato. E também não consigo entender a diferença de conceito entre uma “ditadura” como a do Assad e um regime monárquico ao estilo da Arábia Saudita. Não seria hipocrisia? O primeiro não pode, mas o segundo pode?