15ª Bda Inf Mec realiza exercício de experimentação doutrinária na AMAN
Resende (RJ) – No dia 16 de novembro, a Academia Militar das Agulhas Negras deu início o 2º Exercício de Experimentação Doutrinária da Infantaria Mecanizada do ano de 2015, realizado pela 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada (Cascavel/PR).
O exercício, de nível subunidade, dá prosseguimento à Experimentação Doutrinária da Infantaria Mecanizada, iniciada no ano de 2012, pela 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, a quem coube a missão de iniciar o processo de modernização da doutrina de combate de Infantaria no Exército Brasileiro.
FONTE: 15ª Bda Inf Mec
Não sendo ser chato, mas acho que essa camuflagem de nossos veículos, pelo menos nos quqe vejo em fotos de exercícios, muito chamativas no ambiente em que se encontram
Rogerio deve ser analisado o fato de que ela é feita para ser visualizada a certa distância e ainda há o efeito poeira que a melhora no terreno
WOW,
essa última foto ficou muuuuito bonita.
O EB poderia disponibiliza-la em resolução maior… Bemmmm maior. 🙂
Grande Abraço
Eu tb acho Rogerio. Acho o verde muito escuro. Alem de nao precisava ter tanto marrom-terra. Ate porque se for andar na terra, a poeira cobre o veiculo e ja fica todo marrom mesmo. Agora andar na grama nao deixa verde.
que tal telas de cristal liquido nas laterais com as imagens produzidas por cameras nas laterais opostas?
Capa de Invisibilidade “Adaptiv” artigo de Forças Terrestres.
Colombelli como assim ela é feita pra ser visualizada a uma certa distância ?
http://www.forte.jor.br/2011/09/07/capa-de-invisibilidade-adaptiv/
A minha proposta é algo mais simples e barato. Imagine você pegar uma tv 50″, posicioná-la a uns 50 mts de distância e projetar a imagem captada por uma câmera do lado oposto à tv. O que seria visto? Seria visto apenas a fina armação das laterais da tv o resto seria a paisagem. Se vc estiver posicionado atras da tv, você ficaria invisível. Lógico que o equipamento teria que ter uma proteção de vidros blindados para dar alguma proteção às telas e em batalha poderia logo ter sua camuflagem destruída, mas o objetivo principal da ocultação no deslocamento a uma distância considerada seria atingido. Concluindo, isso é apenas uma ideia que teria que ser estudada pelos especialistas no assunto. netun
Pessoal, depois de quase dois anos da pior seca que já se viu no Sudeste anda chovendo pra caramba.
Por isso que o mato está todo verdinho como mostram as fotos. Isso faz com que a camuflagem dos carros se destaque mais.
Não é sempre assim por aqui e na maior parte do tempo a camuflagem atual dos veículos fica bem “melhor na foto”.
No tópico, o que me chama a atenção na terceira foto é a proximidade dos carros do ponto cotado logo acima, evidentemente o objetivo primeiro do ataque que está sendo simulado (tropa em linha).
Já participei de exercícios do gênero com o M-113, e me recordo vagamente que o desembarque da tropa e a entrada em posição de ataque (PAtaque?) ocorria muito mais longe, no último ponto coberto e abrigado. Apenas a torre ficava a descoberto, com o M-113 apoiando o avanço da tropa com fogos de sua .50 orgânica.
Pergunto aos mais experientes: estou correto em minhas afirmações? Será que a foto foi apenas “montada” para aparecerem os veículos na mesma?
Ou será que mudou a doutrina da minha época para cá?
Sim vader , m113 era um APC esse guarani é pra ser um ifv não tem a torc30 por falta de dinheiro , por isso o nome é infantaria mecanizada o guarani não é só um táxi ele luta junto com o esquadrão.
Rafael, pode até ter sido realizada alguma mudança doutrinária, mas creio que você está enganado: o Guarani não “luta” junto com o esquadrão: se fizesse isso (um alvo desse tamanho) ele não duraria cinco minutos num campo de batalha.
Enfim, aguardo melhores explicações, particularmente do Mestre Colombelli, que entende de operações embarcadas melhor que eu.
Sds.
Vou tentar trazer alguns apontamentos à discussão dos colegas acerca da situação do assalto posta nas fotos. Como temos muitos leitores que nunca tiveram contato com ações militares, vou me permitir ampliar um pouco a abordagem e trazer a lume alguns conceitos fundamentais que podem não ser de conhecimento geral.
A infantaria realiza basicamente dois tipos de missões ofensivas quais sejam as patrulhas e o ataque coordenado. As patrulhas são ações que tem efetivo máximo de uma subunidade, ou seja, uma companhia, podendo ser ofensiva ou defensivas. Dentre as principais ofensiva encontram-se golpes de mão- reconhecimentos simples e em força, resgates, demolições etc..
Já o ataque coordenado tem efetivos em regra acima do valor companhia, podendo envolver (regra) uma GU ( brigada). O nome ataque coordenado advém do fato de serem utilizadas. Cavalaria reconhece, localiza e fixa a posição adversária. Artilharia faz a base de fogos par ao avanço. Engenharia segue a infantaria com equipes de sapadores. Comunicações faz a ligação.
O campo de batalha neste caso tem uma perspectiva do atacante e uma do defensor.
Sob o ponto de vista do atacante o ataque começa na posição de ataque que é a ultima posição coberta e abrigada antes de a operação ser desencadeada. Partindo da posição de ataque temos a terra de ninguém e ao fim a posição de assalto.
Na terra de ninguém, apoiados por seus meios orgânicos ou pela artilharia, a infantaria progride a pé, na marcha do papagaio, com uma fração fazendo base de fogos e sempre por lanços, ou através de meios blindados até atingir a posição de assalto.
O que marca a posição de assalto? Ela se caracteriza por ser um área de 40 a 200 metros da primeira linha de “tocas do inimigo” e se marca em regra pela perda do desenfiamento para o atacante. A partir dela até a linha de tocas e além, passa a não ser compensador a progressão por lanços e os infantes avançam em pé, em linha, executando fogo em ângulo lateral de mais de 30° contra as posições inimigas visíveis. O fogo feito em ângulo zero seria totalmente ineficaz, pois as bermas dos abrigos tem abertura na lateral.
Sob o prisma do defensor, a defesa está escalonada em um PO avançado, ADA, LAADA e posição defensiva propriamente dita.
A nível unidade ou GU, é mantido à frente um PO (posto de observação) cuja missão é dar o alerta da chegada do adversário, podendo a posição ser ocupada por um GC ou Pelotão.
A ADA (área de defesa avançada) é uma área delimitada na porção distal por uma linha imaginária localizada a em torno de 600m da linha de tocas, metragem justificada por ser o alcance máximo das armas leves individuais. Na porção mais próxima, seu limite é um alinha imaginária chamada LAADA ( Limite anterior da área de defesa avançada).O que marca o LAADA? Ele é demarcado em regra pela obtenção da rasância do fogo defensivo, condição que se produz quando os tiros conseguem trajetórias paralelas ao solo em tal altura que impedem a aproximação até mesmo pelo rastejo, ou seja, por outras palavras, rasância é a antítese do desenfiamento. O atacante busca o desenfiamento, materializado nas dobras do terreno e obstáculos. O defensor almeja a rasância. Logo, quase sempre LAADA e posição de assalto se correspondem.
É importante salientar que a posição de ataque ou linha de partida como também é chamada pode estar além da ADA ou já dentro dela. Tudo depende do terreno. Em áreas como a campanha gaúcha, com ampla visibilidade, a posição de ataque está normalmente fora da ADA, ao passo que em cerrado, por exemplo,com vegetação dando cobertura, a ADA é reduzida a menos de 600 metros e a posição de ataque pode estar dentro dela já.
No caso das infantarias blindadas e mecanizadas, tanto quanto possível deve ser priorizado o deslocamento embarcado. Em regra as posições que são atacadas são sempre as sumariamente defendidas e no máximo em caso de extrema necessidade as fortificadas. Sumariamente defendias são as que apresentam preparação de até cinco dias em regra e com meios de fortuna. Fortificadas presumem-se as com mais de cinco dias de preparação e que podem ter concurso de estruturas específicas, preferencialmente com uso de concreto ou outros meios ( chapas de aço etc..).
Até onde os blindados levam a infantaria e qual será seu papel no ataque? Não há uma regra rígida, que dita isso é o terreno, a condição do próprio atacante e do adversário.
Se tenho uma terra de ninguém longa e tenho amplo apoio de artilharia, é conveniente que os blindados levem a tropa até 350 a 350 metros da posição adversária. Isso porque seu fogo não fará grande falta; evita a ação da artilharia sobre a tropa na terra de ninguém; a ação da nossa artilharia reduzira a possibilidade de fogo AC pelo defensor. A 300 metros a tropa faz uma pausa se ainda não cessou o fogo de artilharia nosso, pois este é o limite de segurança para não sermos a atingidos por nos mesmos. As ultimas salvas sobre o inimigo são fumígenas e lhe retiram a visibilidade. Nossa tropa desembarca, faz rápida progressão até a posição de assalto e ali desencadeia esta fase.
Por outro lado, se não conto com os meios de apoio de fogo da artilharia ou orgânicos da Unidade, e a terá de ninguém é curta, estando até mesmo dentro da ADA, ai é melhor usar os carros em apoio de fogo, e fazer a tropa desembarcar na posição de ataque e progredir a pé. As metralhadoras farão a base de fogos no deslocamento na terra de ninguém atirando por sobre tropa.
O tiro por sobre tropa é extremamente difícil em vista da segurança. A MAG tem uma tabela de tiro por sobre tropa com altura mínima, alça mínima, distância mínima etc.. sendo a modalidade mais complexa de tiro. A .50 não tem tabela, é no olho. Na escola não me ensinaram o uso da tabela da MAG. Aprendi sozinho depois que sai do EB. Por que não ensinaram? Porque não sabiam. Isso nunca é treinado, O instrutor não sabe nada daquilo e fala a palavra mágica para não ser questionado pelos alunos: isso não cai na prova. Resultado, ninguém sabe fazer tiro sobre tropa nem nas escolas nem no corpo de tropa. O mesmo vale para o fogo com mascaramento.
Na hora do assalto, as metralhadoras dos carros não disparam. Motivo, risco de atingirem seus próprios homens e impossibilidade de fogo em ângulo baixo. O carro meramente transporta a tropa e serve de plataforma da arma quando esta atua em apoio na linha de partida.
Na terceira foto, logo atrás dos blindados termina o declive. Onde está a tropa é aposição de assalto. Notar que dali pra cima há um aclive plano. Ali o adversário próximo à cota tem rasância. Não há mais como progredir por lanços. Uma tropa muito bem adestrada ainda poderia fazer fogo das Mtr. dos carros por alguns instantes antes de causar risco à progressão
Complementando, quando a posição é de maior densidade defensiva ou fortificada e imprescindível um ataque, sem prejuizo da busca de um desbordamento ou ataque de flanco, a melhor alternativa é mandar uma FT CC/blindado. Neste caso, os blindados levam a infantaria embarcada até a posição de assalto. Desembarcada ela apoia os CC, devendo, inclusive usá-los como escudos e não ficando em formação em linha como nas fotos. Isso nunca é treinado ( uso como escudo) e é uma dificuldade sentida mesmo em outros exércitos. Assistindo a um exercício de uma Cia canadense em vis ade envio ao Afeganistão vi que se não fosse a lembrança feita por um sargento a tropa não sabia que poderia usar o CC como escudo para movimentar-se.
Guerra é mais bom senso e lógica que qualquer coisa. Não é preciso ser o “senhor da guerra” para se constatar que atrás do CC a tropa ainda é capaz de impedir ataques aos mesmos ao passo que está protegida enquanto que na formação em linha a proteção é nula e como os CC não atiram em ângulo baixo acabam .se tornando inúteis.
Colombelli, perfeito. ADA e LAADA, sempre bom lembrar de conceitos esquecidos.Parabéns pela ótima memória. Eu se fosse convocado hoje iria ter que estudar tudo de novo, rsrs…
De qualquer maneira o ataque da foto me parece errado. Os blindados não estão seguros nem sequer apoiando-os a contento, e os infantes estão à frente deles, e não utilizando-os como escudo, numa FT.
Quanto a fogo sobre tropa, sempre ouvi que não se treina em tempo de guerra
Vader, a principio há que se partir da premissa que no caso da foto teria havido amaciamento de fogo de morteiro e artilharia e que o campo estaria com fumígeno, ou seja, teríamos uma defesa cambaleante, fraca e atordoada. Caso contrário realmente é suicídio tomar esta formação além de uma burrice. Se a situação é mais pesada carecendo de uso de escudo contra arma leves para a infantaria, se demanda um CC, pois apesar de poder ser parado por uma arma AC ao menos quem estará atrás não corre risco por isso. O Guarani ou o M-113 se for atingido por uma arma AC, quem está atras pode sofrer consequências