Operação Osório é desencadeada na 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada
Alegrete (RS) – O 6º Regimento de Cavalaria Blindado participou da Operação Osório, no contexto do adestramento avançado da 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, no período de 5 a 9 de outubro, empregando 235 militares da organização militar.
A atividade foi realizada em um ambiente de combate convencional, desenvolvendo-se a partir do Alegrete (RS), em direção ao Passo do Silvestre, culminando com a transposição do Rio Ibicuí e o prosseguimento da tropa até 5 km ao norte da área de travessia, para a conquista do objetivo da Brigada, no município de Itaqui (RS).
A Operação foi uma oportunidade de adestrar o Estado-Maior, a Força-Tarefa Blindada valor Subunidade, os sistemas operacionais no nível Unidade (por meio das reuniões de coordenação), a emissão de ordens nos diversos níveis e a confecção dos documentos operacionais previstos.
Dentre as atividades realizadas pelo Regimento, destacam-se a concentração dos meios blindados em área previamente definida; a ocupação da uma zona de reunião; a marcha para o combate; o desdobramento das áreas de trens; o adestramento do Pelotão de Exploradores na escolta dos comboios de suprimento; a ativação do Ponto Intermediário Logístico; o emprego da cozinha embarcada em viatura principal e ala; o regime de restrição de consumo de munição, fazendo com que os militares atirassem somente no que vissem e dentro do alcance respectivo para o êxito da ação; incidentes com feridos durante as ações; o deslocamento de 30 km na condição de escurecimento parcial, para ocupação de nova região de destino, e de 14 km na condição de escurecimento total, na aproximação dos meios para área de travessia; e a transposição de pessoal e material em curso d’água (Rio Ibicuí), com uma largura de cerca de 300 metros, utilizando o apoio da 2ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada e elementos do 3º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado, de Cachoeira do Sul (RS).
FONTE: 6º RCB
Então descobri onde estão os leo 1A1, neste 2º RCB, hoje devem ter oque, uns 20 operacionais?
Os RCB de São Gabriel, Alegrete e São Luiz Gonzaga operam um esquadrão cada um do Leo 1A1 quando deveriam ser dois ( 28 carros)
A brigada de cavalaria localizada no MS tem seu RCB mobiliado com dois esquadrões do M-60.
Uma dúvida:
Qual é a diferença entre um Regimento de Cavalaria Blindada e um Regimento de Carros de Combate?
Ambos não operam o Leo? (com exceção do 20. RCB de Campo Grande/MS)
CVN76, o RCC é formado por quatro esquadrões de carros de combate e para montar forças tarefas precisa do concurso de um BIB, com suas cias de fuzileiros nos M-113.
Ja o RCB tem dois esquadrões de carros e dois de fuzileiros blindados ( M-113), ou seja, o RCB ja é uma FT blindada.
Os carros sempre tem de operar com apoio de infantaria, normalmente blindada, caso contrário são extremamente vulneráveis.
Salvo engano os RCB recebem apoio de fogo orgânico de um Pelotão de Morteiros de 120mm com 4 (quatro) peças, parte da companhia de apoio ou companhia de comando. Assim sendo os RCB podem atuar de forma independente, com ‘tanques’, infantaria blindada e apoio de fogo. Uma aquisição interessante seria versões porta-morteiros derivados do M-113. Atualmente estão em operação os M1064 de 120 mm, mas acredito que o EB só opera um punhado de M-125 com morteiros de 81mm. Um registro importante. O RCB nacional está a frente do seu tempo. Hoje em dia o poderoso US Army está revendo… Read more »
Muito bom ver o EB fazer exercícios desse porte e com certa frequência apesar da falta de recursos, sem dúvida é a força que mais consegue tirar leite de pedra.
Domingo agora farei prova da Essa, se Deus quiser conseguirei passar, apesar de tudo, sempre quis fazer parte dessa força.
Uma saudação a todos os militares e Ex-militares que comentam aqui.
Ivan, a cia de apoio tem um pel de morteiro pesado, hoje 120mm, antes era o M-30 de 4.2 polegadas; um pel anticarro com canhões M-40 ( 03), e um pel de metralhadoras com 04 MAG. A companhia de comando e serviço foi transformada em “base administrativa”. Hoje temos também o pelotão de exploradores que foi criado a alguns anos, e que funciona como uma cavalaria mecanizada com marruás e mags. 05 elementos por viatura Matheus se tiver sorte, vai ver muito barro no Atalaia, e muita poeira no Pico do Gavião. Bizu: bota sempre um cantil a mais ou… Read more »
Lembrando que um esquadrão é uma unidade equivalente a uma companhia de infantaria.
Obrigado pelas dicas Colombelli, se eu entrar, vou me lembrar disso.
Guilherme Poggio, Boa lembrança! Para os recém introduzidos nos assuntos militares é bom registrar a nomeclatura das unidades e sub unidades das armas de combate no Exército Brasileiro. Infantaria: Batalhões dividos em Companhias. Cavalaria: Regimentos dividos em Esquadrões. Artilharia: Batalhões divididos em Baterias. Unidades (regimentos e batalhões) são normalmente comandadas por um Tenente Coronel, podendo ser comandado eventualmente por um Coronel. Sub unidades (esquadrões, companhias e baterias) são normalmente comandadas por um Capitão, podendo na prática ser comandada por um Primeiro Tenente na falta de um Capitão na tropa ou também por um Major se a sub unidade for de… Read more »
Em tempo.
Na artilharia é usada a nomelatura Grupo para unidades tipo batalão.
Por exemplo: 7o Grupo de Artilharia de Campanha.
Colombelli,
A formação que descrevi foi do batalhão americano.
Mas a Cia de Apoio é ordinária nos batalhões de infantaria do EB, tenho dúvida se repete a mesmas nos regimentos de cavalaria.
Abç.,
Ivan.
Bom dia Colombelli & Ivan
Muito obrigado pelas explicações….. 🙂
Repete. Por isso os cavalarianos estudam as mesmas armas do infantes nas escolas.
E mencionei a nossa so pra esclarecer que no nosso caso o apoio de fogo é pela Cia de Apoio, antigas cias de “petrechos pesados”. .
A cia Comando e Serviço, ou esquadrão de comando e serviços aqui é outra coisa. Tem´pel de comando, pel de saude e pel de comunicações. Foi transformada em base administrativa.
Colombelli, Ok! Acho estranho apenas ter um pelotão de metralhadoras Mag (.30) na Cia de Apoio para um Regimento de Cavalaria quando todos os blindados já possuem uma ou mais metralhadoras (.50). Essencial para apoio dos esquadrões de carro de combate e cias de infantaria blindada são os morteiros pesados. Esses deveriam ser montados em blindados, mesmo que em versões do M113 (nas unidades sobre lagartas) como o atual M1064 ou quem sabe os mais antigos M106 (que incorporavam o morteiro M30 de 4,2 polegadas – 106,68mm ou simplesmente 107mm) devidamente modernizados. Alguns países europeus e principalmente a Rússia colocaram… Read more »
Ivan, sempre me perguntei a mesma coisa: pra que diabos um pel de MAG com quatro peças em uma unidade que ja teria mais de 50 mtr. 50? A solução so se justifica quando pensamos na defensiva, onde as Mtr do pelotão respectivo são colocadas em apoio direito ou reforço a uma das cias, cobrindo os flancos. . Aliás, na minha época sentia que tinhamos um deficit enorme de doutrina quanto ao emprego das mtr da unidade. . Quando faziamos uma defensiva, os blindados ficavam a retaguarda, em um “capão” de mato, desperdiçando o fogo das .50, fosse embarcadas fosse… Read more »
Ivan, Sei que você sabe mas há outros que ainda não, então vale comentar que morteiro de retrocarga com recarga automática montado em torreta tem sido usado também no Ocidente. Há alguns exemplos interessantes: AMOS, NEMO, AMS, etc. Uma outra “vantagem” desse tipo de arranjo, além do fato de sair rapidamente da posição como você mencionou, é que em caso de necessidade o morteiro pode operar como uma arma de tiro direto. Talvez por isso os mais puristas (incluindo as forças armadas americanas) ainda não tenha adotado o conceito. Outro avanço dos morteiros vai no sentido de poder montá-los diretamente… Read more »
Interessante sobre os M-113 dos americanos é que a versão “TOW” (M901) deixou de ser usada já que no exército a função de caça tanques usando míssil passou para o M-3 e o Stryker M1134 e o USMC adota o LAV-AT.
Os morteiros pesados de 120 mm têm versões autopropulsadas sobre blindados, que vieram para resolver o problema relativo à saída rápida de posição (evitando o fogo de contra-bateria) e a entrada rápida de posição (flexibilidade operacional). Como não possuem mecanismo de recuo era impossível montar um morteiro pesado em um veículo utilitário. Hoje, novos morteiros pesados foram desenvolvidos e apresentam um sistema de recuo que permite que sejam montados em veículos leves sobre rodas, inclusive sem que seja necessário nenhum apoio no solo adicional. Uma outra evolução acerca de morteiros AP diz respeito aos morteiros de retrocarca, com mecanismo de… Read more »
Mudando de assunto e falando da mesma coisa, vale salientar que também há um movimento no sentido de capacitar obuseiros de 105 mm a serem autopropulsados por viaturas leves sobre rodas, sem apoio adicional.