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O Exército Brasileiro vai receber 50 veículos blindados do US Army, 34 do tipo M577A2 de comando e controle. Estão incluídos também no lote 12 unidades M113A2 e quatro M88A1 de recuperação.
Os veículos serão entregues via FMS – Foreign Military Sales.
O M577A2 é um M113 com teto mais alto, adaptado para posto de comando e controle. Um veículo especializado muito útil e necessário para unidades blindadas. O EB possui hoje pouco mais que uma dúzia em operação.
O M113 já nosso velho conhecido. Dispensa comentários.
Deve apenas complementar o quadro de alguma unidade.
Já o M88A1 é uma novidade.
São blindados pesados para recuperação e reboque de veículos, chamados pelos americanos de armored recovery vehicles (ARV), baseados no chassis do carro de combate M-60 Patton. As versões iniciais M88 eram baseadas no M-48, mas acredito que as A1 já são do M-60.
Este é um dado importante, pois se o EB está comprando alguns ARVs M88A1, possivelmente pretende permanecer por mais algum tempo com os MBT M-60A3 TTS.
Pois é.
Condições excelentes.
Resolve o problema de um exército aliado que tem poucos recursos e resolve o problema deles para descartar equipamento antigo (porém útil) para compra de outros mais novos.
No caso vendem os M88A1 para alinhar os M88A2.
Um país cujas forças armadas muitos admiram e todos respeitam é Israel, que está sempre na fila do FMS, sem nenhuma cerimônia…
Abç.,
Ivan.
wwolf22
9 anos atrás
mas quem modernizara os sistemas do veículos blindados ???
sera que com essa aquisição a versão de CC do guarani foi pro saco ?? ou foi comprado pra adquirirmos doutrina ??
Colombelli
9 anos atrás
Wwolf22, o Guarani é outra categoria de veiculo. Estes adquiridos são para unidades blindadas, RCC, RCB ou BIB.
O Guarani tem destino nas unidades mecanizadas. Outro departamento. Não haverá superposição ou interferência
Ivan
9 anos atrás
Wolf,
Um questionamento que se repete na cavalaria:
Blindados sobre Lagartas ou Rodas?
Minha resposta é simples:
Os dois, cada qual na sua missão e na sua unidade.
Esta aquisição não deve influenciar a compra dos Guaranis.
De fato, o risco está em nas questões orçamentárias.
Por falar em orçamento, sabendo que o cobertor é curto e “de vez em quando” é retirado para cobrir outras “necessidades” nacionais, o melhor é pegar a oportunidade dos ‘americanus’ e completar as unidades blindadas pesadas.
Abç.,
Ivan.
Antonio M
9 anos atrás
As unidades de M88A1 são poucas? Seria interessante a aquisição de mais algumas ou essa doação atende a necessidade?
Colombelli
9 anos atrás
Antônio quero quer que atende, pois se precisar mete um cambão e um carro consegue puxar o outro.
Não há necessidade de muitos carros deste tipo que provavelmente ficarão nos B Log.
Antonio M
9 anos atrás
Obrigado Colombelli.
Ivan
9 anos atrás
Antonio M,
Vc questionou:
“As unidades de M88A1 são poucas?”
Acredito que será suficiente.
Nas compras de blindados pesados que tenho acompanhado, o percentual de ARVs (armored recovery vehicles) em relação aos MBTs (main battle tank) fica entre 8% e 10%.
O Exército Brasileiro aparentemente pretende manter um RCB (cerca de 30 carros de combate) com M60 A3TTS. Talvez crie um outro RCB com Pattons em Roraima, mais 30 unidades.
Se for apenas um RCB com alguma reserva, talvez 40 tanques, o número de 4 ARVs é mais que suficiente. Se for manter dois RCBs então seria interessante dispor de mais alguns M88A1.
Detalhe:
Para atender 220 Leopard 1A5 e 45 Leopard 1A1 operacionais o EB alinha apenas 7 ARVs correlados (chassi de Leo) chamados Bergepanzer 2.
Amigos uma dúvida que sempre tive qto à Cavalaria: os CCs ficam (ou deveriam ficar) adstritos aos RCCs e não aos RCBs correto?
Por outro lado, o 20o de CG é um RCB correto?
Não entendo essa zona, rsrsrs…
Wellington Góes
9 anos atrás
Ok, os M113 eu até entendo, afinal se não tem tu, vai tu mesmo, mas o M88?! Se o EB já tem veículos de recuperação sobre o chassis dos Leos 1A, não haveria como adquirir mais do mesmo modelo?!
Quanto aos M113 de comando e controle, haveria a possibilidade do EB instalar os radares M60 nestas viaturas, bem como sistemas de vigilância terrestre?
Até mais!!! 😉
Ivan
9 anos atrás
MiLord Vader,
Os RCBs (Regimento de Cavalaria Blindada) alinham dois esquadrões de carros de combate cada um com 13 (treze) VBC (Viatura Blindada de Combate) pesadas, bem como duas companhias de infantaria blindada cada uma com 13 (treze) VBTP (Viatura Blindada de Transporte de Pessoal).
Minha opinião pessoal é que deviam ser 14 blindados por subunidade, ficando uma paro comandante e outra para o sub ou para escoltar o comandante. As outras 12 divididas pelos 3 (três) pelotões, evidentemente.
A ideia do RCB sobre lagartas (maior mobilidade em terrenos acidentados) é ter um núcleo de maior impacto (ação de choque) em uma grande unidade quase toda motorizada sobre rodas, os Regimentos de Cavalaria Mecanizados mobiliados com Cascavéis e Urutus.
Concordo com o conceito.
Mantem uma frente fluída, com forças mecanizadas sobre rodas para cobrir maiores distâncias (frente ampla), mas concentra um núcleo duro que deverá intervir imediatamente sobre o eixo das forças inimigas, antes mesmo de concentrar outras grandes unidades (brigadas pesadas) na retaguarda.
Wellington, o M-88 é para a recuperação dos M-60 que ainda estão na ativa, tendendo a ficar por um bom tempo.
Ivan
9 anos atrás
Duque de Wellington,
Vc escreveu: “…afinal se não tem tu, vai tu mesmo…”
Esta é a melhor explicação para o uso dos M-113 nas companhias de infantaria blindada do Exército Brasileiro.
No Chile e Argentina são Marders.
Na Venezuela são BMPs.
Até o Uruguay alinha um punhado de BMPs.
Mas é assim, “vai tu mesmo…”
Sds.,
Ivan.
Ivan
9 anos atrás
Quanto ao M88A1…
O primeiro comentário pode dar uma pista
sobre o que está acontecendo.
Ivan
9 anos atrás
Ok MiLord Vader. 🙂
Antonio M
9 anos atrás
Obrigado Ivan.
Mauricio R.
9 anos atrás
O que vem a ser o M577:
“M577: This variant is used as a command vehicle, generally as a tactical operations center (TOC). The passenger compartment is raised to 74.75 in (189.9 cm). The compartment has a commander’s hatch with no weapons mount or vision blocks. A tent is carried on the top rear and attaches directly to the rear of the track to provide greater work space. Multiple M577s can be connected via the tents to form a larger operations center. An additional fuel tank is mounted in the right rear of the compartment. Long-range communications is expedited by the use of a hand-cranked extendible antenna system. A 4.2 kW auxiliary power unit (APU) is mounted on the right front of the vehicle to provide 24 volt power. The APU can be dismounted using a davit (crane) carried on board and sandbagged for noise suppression. A single APU can provide power for two M577s. The compartment includes features such as map boards, folding tables, radio, computer terminals and other command and control equipment. This variant is also used as a medical vehicle serving as a battalion aid station ambulance exchange point and a jump aid station.”
Fonte: Página das versões do M113 na Wikipedia, em inglês.
Existe uma versão do M577 Command Post Carrier:
M1068 Standard Integrated Command Post System Carrier.
“The M1068 Command Post Carrier added complementary systems such as international maritime satellite, Iridium, C2 personal computers, SECRET Internet Protocol Network, and high-fidelity radio. The communications suite also included Blue Force tracking, a than-new space-based information system.”
“The M1068 SICPS Carriers (Basic) were fielded with the M113A2 power train. The M577A2 fleet were scheduled to be converted to either M1068A3 or M1068 (Basic) configurations.”
“The M1068A3 Standard Integrated Command Post System (SICPS) Carrier integrated the M113A3 RISE (Reliability Improvements for Selected Equipment) package into the M1068. A variant of the M577A3, the M1068A3 was modified to support the various configurations and installation layouts for the next generation of automated command and control through the Army Tactical Command and Control System (ATCCS). In addition to mounting provisions for the ATCCS hardware, vehicle modifications included an improved 5kw Auxiliary Power Unit (APU), a power/data distribution system, crew heater and a ten meter antenna mast.”
“Quanto aos M113 de comando e controle, haveria a possibilidade do EB instalar os radares M60…”
Sistema SHORAD da Força Aérea de Cingapura (RSAF), sobre chassis M113, usando mísseis Igla.
M113A2 Ultra – Mechanised Igla Integrated fire unit (IFU):
)
M113A2 Ultra – Mechanised Igla Weapon fire unit (WFU):
)
Difícil seria arrumar alguém no Brasil, competente o bastante p/ integrar os sistemas.
O EB não teria uso p/ essa versão:
M981 Fire Support Team Vehicle (FISTV)
de observação e pontaria de alvos p/ nossa artilharia???
Wellington Góes
9 anos atrás
Pois então Vader, tenho este entendimento, o que é estranho é que o EB dar a entender que os M60 não terão uma vida longa nas suas fileiras. Tivesse feito isto lá atrás, quando chegaram os primeiros ATTS era até compreensível, mas agora?!?! A não ser que estejam vindo de graça mesmo, ai não se olha os dentes.
Mas e ai, os M577A2 têm condições (e o EB tem interesse) de dotar tais blindados com radares aéreos e terrestre?!
Vale lembrar que tempos atrás existia a ideia de dotar uns poucos M113 com mísseis MAA-1A Piranha, mais ou menos igual ao Chaparral, será que esta ideia ainda está viva na cabeça de alguns generais?! Claro, neste caso usando o MAA-1B. (Ok, ok, viajei na maionese, mas vai que…….. rsrsrs)
Até mais!!! 😉
Colombelli
9 anos atrás
A dotação dos esquadrões de fuzileiros blindados nos RCB são 14 M-113, a mesma da cia de infantaria blindada. Não vai carro pro comandante específico. É que são 12 nos pelotões e mais dois para a seção de morteiro 81mm. O Comandante tem viatura 3/4 ton.
Nos pelotões há 03 vbtp para os GC ( hoje 09 antes 11 homens) e um para o Cmt Pel, onde vai oi morteiro 60, e duas mag (hoje).
Nos esquadrões de carros de combate igualmente a dotação são 14 carros.
A função e composição do RCB com misto de cc e vbtp deve ser entendida à luz das GU onde se inserem. A brigada de cavalaria mecanizada conta com dois ou três RC MEc e um RCB.
Na ofensiva, os RC MEc são usados em reconhecimentos de eixo e exploração. Uma vez localizado e fixado o adversário, a missão de ataque é delegada ao RCB, que atua como elemento de choque da GU. Por que não é acionada a infantaria com os BIB em regra para compor uma FT? Por que a GU de cavalaria atua na exploração do êxito depois de um ataque onde atuou a infantaria, com ou sem os RCC, no mais das vezes envolvendo a conquista de uma cabeça de ponte em corte de curso de agua. Logo é premente que a GU de cavalaria mecanizada tenha uma força pesada em acompanhamento permanente, compondo uma FT.
Na defensiva, a GU de cavalaria mecanizada atua com as forças mecanizadas na vigilância e retardamento do adversário ao passo que o RCB servirá como força para contra ataques limitados e golpes de mão. Enquanto isso as unidades de infantaria, blindada ou não, estarão à retaguarda preparando linhas de defesa ou formando reservas para conta ataques de maior vulto com ou sem o concurso dos RCC.
Ivan
9 anos atrás
Colombelli,
Obrigado pelos esclarecimentos.
Existe uma versão especializada do M113, nominada M125, que porta um morteiro de 81mm. Este pode ‘trabalhar’ embarcado (com a viatura parada) e em movimento.
Outras versões porta-morteiro do M113, porém com peças mais pesadas, são: M106 com morteiro calibre 4,2 polegadas e M1064 com morteiro calibre 120mm (padrão Otan).
Vc sabe se o Exército Brasileiro usa algumas destas versões especializadas ou embarca ‘na marra’ os morteiros de 81mm.
Outra questão importante.
É estranho o comandante de uma cia de fuzileiros blindados se deslocar em viatura desprotegida e sobre rodas, enquanto sua tropa monta blindados sobre esteira. Desta forma o comte. não pode acompanhar a tropa.
Nas formações de outros exércitos o veículo do comandante da subunidade embarca em viatura semelhante a tropa.
No US Army (sempre uma referência), tropa, comandante e subcomandante são embarcados na mesma VBCI M3 Bradley. Até mesmo o comando da unidade dispõe de blindados sobre lagarta, os M577 (um dos alvos desta matéria), que funcionam com posto de comando e controle e transitam sobre o mesmo terreno que Bradleys e Abrams.
Forte abraço,
Ivan.
Colombelli
9 anos atrás
Ivan, por incrível que pareça, tanto o M-30 quanto os morteiros 81mm eram (são ainda no caso do 81) apenas “transportados” no M-113. Ou seja, na hora de disparar tinha de preparar a posição no chão. O blindado era absolutamente convencional. Ia um morteiro, guarnição, ferramentas, rede de camuflagem, tralhas do morteiro e alguma munição em cada blindado.
As metralhadoras e o canhão sem recuo ( antes do 57mm) do pelotão de apoio tinham viaturas 3/4.
Na pratica, estas duas ultimas frações eram divididas e atulhadas em outros M-113 dos fuzileiros, ficando a priori colocadas em apoio direito ou reforço de um pel.
Também achava um erro o Cmt cia não ter viatura blindada. O que ocorria é que ele acabava abandonando o jipe e embarcando em um blindado qualquer da cia, normalmente dos fuzileiros, pois os do pel apoio, os dois do mort 81 ficam pra trás. Mas isso não chega a atrapalhar tanto, pois o cmt cia ou esquadrão realmente fica mais atras na formação até pra ter melhor controle.
Aliás, parece-me que a aquisição do posto de comando do M-113 vem justamente para modificar esta realidade. Se pegarmos os BIB e os RCB e colocarmos uma delas em cada subunidade e duas em cada unidade ( cmt e sub) dá exatamente os 34 adquiridos.
Lyw
9 anos atrás
Colombelli
16 de outubro de 2015 at 18:33
Muito interessante como o M113 básico se tornou o faz tudo do EB.
Ivan
9 anos atrás
Lyw,
Os M113 e suas inúmeras variantes, derivados e versões
são verdadeiros ‘faz tudo’ ao redor do mundo..
Dos derivados básicos gosto muito dos M577 posto de comando móvel e dos M548 transportadores de carga com parte traseira aberta.
Ainda sobre os derivados básicos, entendo que os porta-morteiro com capacidade de disparar a peça de dentro do véiculo são imprescindíveis, substituído as gambiarras de entulhar arma e pessoal dentro da viatura. Os originais americanos são: M125 com morteiro M29 de 81mm, M106 com morteiro M30 calibre 4,2 polegadas e M1064 com morteiro M121 calibre 120mm (padrão Otan) que substituiu o M106.
Forte abraço,
Ivan, an oldinfantryman.
Ivan
9 anos atrás
Colombelli,
Me permita o atrevimento de discordar do amigo.
Um M577 para comandante de companhia de fuzileiros blindados seria uma risco desnecessário, pois seu formato dferenciado (teto alto) traria concentração do fogo inimigo.
Entendo que na subunidade o comandante está na linha de frente e deve montar o mesmo veículo da companhia ou esquadrão. Se M113 então M113, se tanque Leo então tanque Leo, sem M6o então M60, se no futuro um VBCI descente (mesmo que um Marder usado) então um VBCI.
(VBCI para quem não está acostumado é
Viatura Blindada de Combate de Infantaria.)
Deixaria os M577, sempre em dupla, para comando de grande unidade (Brigada) e unidade (regimento, batalhão e grupo) blindados.
Forte abraço,
Ivan, o ‘atrevido’. 🙂
Colombelli
9 anos atrás
Ivan, a lotação dos veiculos que fiz é apenas uma especulação. Pode ser que não sejam usados nesta finalidade. Pode ser que sejam usados como veiculos de comunicações.
Quanto a chamar fogo, o CMT cia ou esquadrão não vai exatamente na linha de frente. Costuma acompanhar o avanço a distância, fazendo tudo por rádio. Ademais, no calor da batalha, com poeira, cortina de fumaça e fogo de apoio sobre o adversário, é dificil distinguir um carro a retaguarda e a certa distância. Não há um risco maior ou menor por conta do tipo de veiculo.
Mas o risco existe em emboscadas.
Ivan
9 anos atrás
Colombelli,
“…a lotação dos veículos que fiz é apenas uma especulação.”
A que eu fiz também, é apenas especulação.
Contudo, nas ordens de batalha dos exércitos mais avançados (EUA, GB, Rússia, Israel entre outros) a viatura do comandante de subunidade (companhia, esquadrão ou tropa) é sempre semelhante ao restante da tropa.
Muitas vezes o comandante da unidade (batalhão ou regimento) dispõe de viaturas semelhantes ao restante da tropa, com os blindados de comando (postos de comando móveis como o M577) a retaguarda para desempenhar sua função, posto de comando. No RCC do EB é assim.
Pessoalmente prefiro a regra geral, pelotões e comandante com M113 e por aí vai.
Principalmente se eu for o comandante da subunidade… 🙂
Abç.,
Ivan, na oldinfantryman.
Mauricio R.
9 anos atrás
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
Para quem acha que o M113 é pouca porcaria, vcs ainda não viram o que é o LAV(e por extensão, o Stryeker):
Falando em blindado de recuperação… uma bela foto de demonstração de capacidade
Juarez
9 anos atrás
Pena que talvez somente Tio Sam e Israel acreditem que uma quantidade grande de veículos de apoio e recuperação sejam tão necessários em batalha, parece que o EB agora andou conversando com Jacó e aos poucos vai se convencendo disto, em função desta útima compra e da revitalização dos M 113 de recuperção que eu não o nome correto. agora.
Uma boa notícia.
O M577A2 é um M113 com teto mais alto, adaptado para posto de comando e controle. Um veículo especializado muito útil e necessário para unidades blindadas. O EB possui hoje pouco mais que uma dúzia em operação.
O M113 já nosso velho conhecido. Dispensa comentários.
Deve apenas complementar o quadro de alguma unidade.
Já o M88A1 é uma novidade.
São blindados pesados para recuperação e reboque de veículos, chamados pelos americanos de armored recovery vehicles (ARV), baseados no chassis do carro de combate M-60 Patton. As versões iniciais M88 eram baseadas no M-48, mas acredito que as A1 já são do M-60.
Este é um dado importante, pois se o EB está comprando alguns ARVs M88A1, possivelmente pretende permanecer por mais algum tempo com os MBT M-60A3 TTS.
Em tempo.
A notícia na Jane’s:
http://www.janes.com/article/55155/brazilian-army-set-to-receive-afvs-from-us-army
Sds.,
Ivan, do Recife.
Para conhecer melhor a família de ARVs M88 o melhor é começar pela velha Wikipédia.
Em inglês, por favor. 🙂
Mas segue um link com um resumo interessante:
http://www.peogcs.army.mil/documents/FMS-M88A1-M88A2-RV-Hercules.pdf
Os yankees estão no M-88 A2 que é muito mais poderoso, para fazer face aos maiores pesos do seu atual principal tanque de batalha: o M1 Abrams.
Sds.,
Ivan, do Recife
Excelente notícia. Bendito FMS.
Pois é.
Condições excelentes.
Resolve o problema de um exército aliado que tem poucos recursos e resolve o problema deles para descartar equipamento antigo (porém útil) para compra de outros mais novos.
No caso vendem os M88A1 para alinhar os M88A2.
Um país cujas forças armadas muitos admiram e todos respeitam é Israel, que está sempre na fila do FMS, sem nenhuma cerimônia…
Abç.,
Ivan.
mas quem modernizara os sistemas do veículos blindados ???
sera que com essa aquisição a versão de CC do guarani foi pro saco ?? ou foi comprado pra adquirirmos doutrina ??
Wwolf22, o Guarani é outra categoria de veiculo. Estes adquiridos são para unidades blindadas, RCC, RCB ou BIB.
O Guarani tem destino nas unidades mecanizadas. Outro departamento. Não haverá superposição ou interferência
Wolf,
Um questionamento que se repete na cavalaria:
Blindados sobre Lagartas ou Rodas?
Minha resposta é simples:
Os dois, cada qual na sua missão e na sua unidade.
Esta aquisição não deve influenciar a compra dos Guaranis.
De fato, o risco está em nas questões orçamentárias.
Por falar em orçamento, sabendo que o cobertor é curto e “de vez em quando” é retirado para cobrir outras “necessidades” nacionais, o melhor é pegar a oportunidade dos ‘americanus’ e completar as unidades blindadas pesadas.
Abç.,
Ivan.
As unidades de M88A1 são poucas? Seria interessante a aquisição de mais algumas ou essa doação atende a necessidade?
Antônio quero quer que atende, pois se precisar mete um cambão e um carro consegue puxar o outro.
Não há necessidade de muitos carros deste tipo que provavelmente ficarão nos B Log.
Obrigado Colombelli.
Antonio M,
Vc questionou:
“As unidades de M88A1 são poucas?”
Acredito que será suficiente.
Nas compras de blindados pesados que tenho acompanhado, o percentual de ARVs (armored recovery vehicles) em relação aos MBTs (main battle tank) fica entre 8% e 10%.
O Exército Brasileiro aparentemente pretende manter um RCB (cerca de 30 carros de combate) com M60 A3TTS. Talvez crie um outro RCB com Pattons em Roraima, mais 30 unidades.
Se for apenas um RCB com alguma reserva, talvez 40 tanques, o número de 4 ARVs é mais que suficiente. Se for manter dois RCBs então seria interessante dispor de mais alguns M88A1.
Detalhe:
Para atender 220 Leopard 1A5 e 45 Leopard 1A1 operacionais o EB alinha apenas 7 ARVs correlados (chassi de Leo) chamados Bergepanzer 2.
Abç.,
Ivan;
Amigos uma dúvida que sempre tive qto à Cavalaria: os CCs ficam (ou deveriam ficar) adstritos aos RCCs e não aos RCBs correto?
Por outro lado, o 20o de CG é um RCB correto?
Não entendo essa zona, rsrsrs…
Ok, os M113 eu até entendo, afinal se não tem tu, vai tu mesmo, mas o M88?! Se o EB já tem veículos de recuperação sobre o chassis dos Leos 1A, não haveria como adquirir mais do mesmo modelo?!
Quanto aos M113 de comando e controle, haveria a possibilidade do EB instalar os radares M60 nestas viaturas, bem como sistemas de vigilância terrestre?
Até mais!!! 😉
MiLord Vader,
Os RCBs (Regimento de Cavalaria Blindada) alinham dois esquadrões de carros de combate cada um com 13 (treze) VBC (Viatura Blindada de Combate) pesadas, bem como duas companhias de infantaria blindada cada uma com 13 (treze) VBTP (Viatura Blindada de Transporte de Pessoal).
Minha opinião pessoal é que deviam ser 14 blindados por subunidade, ficando uma paro comandante e outra para o sub ou para escoltar o comandante. As outras 12 divididas pelos 3 (três) pelotões, evidentemente.
A ideia do RCB sobre lagartas (maior mobilidade em terrenos acidentados) é ter um núcleo de maior impacto (ação de choque) em uma grande unidade quase toda motorizada sobre rodas, os Regimentos de Cavalaria Mecanizados mobiliados com Cascavéis e Urutus.
Concordo com o conceito.
Mantem uma frente fluída, com forças mecanizadas sobre rodas para cobrir maiores distâncias (frente ampla), mas concentra um núcleo duro que deverá intervir imediatamente sobre o eixo das forças inimigas, antes mesmo de concentrar outras grandes unidades (brigadas pesadas) na retaguarda.
Abç.,
Ivan, an oldinfantryman. 🙂
Wellington, o M-88 é para a recuperação dos M-60 que ainda estão na ativa, tendendo a ficar por um bom tempo.
Duque de Wellington,
Vc escreveu:
“…afinal se não tem tu, vai tu mesmo…”
Esta é a melhor explicação para o uso dos M-113 nas companhias de infantaria blindada do Exército Brasileiro.
No Chile e Argentina são Marders.
Na Venezuela são BMPs.
Até o Uruguay alinha um punhado de BMPs.
Mas é assim, “vai tu mesmo…”
Sds.,
Ivan.
Quanto ao M88A1…
O primeiro comentário pode dar uma pista
sobre o que está acontecendo.
Ok MiLord Vader. 🙂
Obrigado Ivan.
O que vem a ser o M577:
“M577: This variant is used as a command vehicle, generally as a tactical operations center (TOC). The passenger compartment is raised to 74.75 in (189.9 cm). The compartment has a commander’s hatch with no weapons mount or vision blocks. A tent is carried on the top rear and attaches directly to the rear of the track to provide greater work space. Multiple M577s can be connected via the tents to form a larger operations center. An additional fuel tank is mounted in the right rear of the compartment. Long-range communications is expedited by the use of a hand-cranked extendible antenna system. A 4.2 kW auxiliary power unit (APU) is mounted on the right front of the vehicle to provide 24 volt power. The APU can be dismounted using a davit (crane) carried on board and sandbagged for noise suppression. A single APU can provide power for two M577s. The compartment includes features such as map boards, folding tables, radio, computer terminals and other command and control equipment. This variant is also used as a medical vehicle serving as a battalion aid station ambulance exchange point and a jump aid station.”
Fonte: Página das versões do M113 na Wikipedia, em inglês.
Existe uma versão do M577 Command Post Carrier:
M1068 Standard Integrated Command Post System Carrier.
“The M1068 Command Post Carrier added complementary systems such as international maritime satellite, Iridium, C2 personal computers, SECRET Internet Protocol Network, and high-fidelity radio. The communications suite also included Blue Force tracking, a than-new space-based information system.”
“The M1068 SICPS Carriers (Basic) were fielded with the M113A2 power train. The M577A2 fleet were scheduled to be converted to either M1068A3 or M1068 (Basic) configurations.”
“The M1068A3 Standard Integrated Command Post System (SICPS) Carrier integrated the M113A3 RISE (Reliability Improvements for Selected Equipment) package into the M1068. A variant of the M577A3, the M1068A3 was modified to support the various configurations and installation layouts for the next generation of automated command and control through the Army Tactical Command and Control System (ATCCS). In addition to mounting provisions for the ATCCS hardware, vehicle modifications included an improved 5kw Auxiliary Power Unit (APU), a power/data distribution system, crew heater and a ten meter antenna mast.”
(https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=7&cad=rja&uact=8&ved=0CDoQFjAGahUKEwiKzJP1vcfIAhWEgJAKHVEFCtg&url=http%3A%2F%2Folive-drab.com%2Fidphoto%2Fid_photos_m1068.php&usg=AFQjCNEOnqYwkn9Z9QmWPYSev6MzkRT77w)
“Quanto aos M113 de comando e controle, haveria a possibilidade do EB instalar os radares M60…”
Sistema SHORAD da Força Aérea de Cingapura (RSAF), sobre chassis M113, usando mísseis Igla.
M113A2 Ultra – Mechanised Igla Integrated fire unit (IFU):
)
M113A2 Ultra – Mechanised Igla Weapon fire unit (WFU):
)
Difícil seria arrumar alguém no Brasil, competente o bastante p/ integrar os sistemas.
O EB não teria uso p/ essa versão:
M981 Fire Support Team Vehicle (FISTV)
de observação e pontaria de alvos p/ nossa artilharia???
Pois então Vader, tenho este entendimento, o que é estranho é que o EB dar a entender que os M60 não terão uma vida longa nas suas fileiras. Tivesse feito isto lá atrás, quando chegaram os primeiros ATTS era até compreensível, mas agora?!?! A não ser que estejam vindo de graça mesmo, ai não se olha os dentes.
Mas e ai, os M577A2 têm condições (e o EB tem interesse) de dotar tais blindados com radares aéreos e terrestre?!
Vale lembrar que tempos atrás existia a ideia de dotar uns poucos M113 com mísseis MAA-1A Piranha, mais ou menos igual ao Chaparral, será que esta ideia ainda está viva na cabeça de alguns generais?! Claro, neste caso usando o MAA-1B. (Ok, ok, viajei na maionese, mas vai que…….. rsrsrs)
Até mais!!! 😉
A dotação dos esquadrões de fuzileiros blindados nos RCB são 14 M-113, a mesma da cia de infantaria blindada. Não vai carro pro comandante específico. É que são 12 nos pelotões e mais dois para a seção de morteiro 81mm. O Comandante tem viatura 3/4 ton.
Nos pelotões há 03 vbtp para os GC ( hoje 09 antes 11 homens) e um para o Cmt Pel, onde vai oi morteiro 60, e duas mag (hoje).
Nos esquadrões de carros de combate igualmente a dotação são 14 carros.
A função e composição do RCB com misto de cc e vbtp deve ser entendida à luz das GU onde se inserem. A brigada de cavalaria mecanizada conta com dois ou três RC MEc e um RCB.
Na ofensiva, os RC MEc são usados em reconhecimentos de eixo e exploração. Uma vez localizado e fixado o adversário, a missão de ataque é delegada ao RCB, que atua como elemento de choque da GU. Por que não é acionada a infantaria com os BIB em regra para compor uma FT? Por que a GU de cavalaria atua na exploração do êxito depois de um ataque onde atuou a infantaria, com ou sem os RCC, no mais das vezes envolvendo a conquista de uma cabeça de ponte em corte de curso de agua. Logo é premente que a GU de cavalaria mecanizada tenha uma força pesada em acompanhamento permanente, compondo uma FT.
Na defensiva, a GU de cavalaria mecanizada atua com as forças mecanizadas na vigilância e retardamento do adversário ao passo que o RCB servirá como força para contra ataques limitados e golpes de mão. Enquanto isso as unidades de infantaria, blindada ou não, estarão à retaguarda preparando linhas de defesa ou formando reservas para conta ataques de maior vulto com ou sem o concurso dos RCC.
Colombelli,
Obrigado pelos esclarecimentos.
Existe uma versão especializada do M113, nominada M125, que porta um morteiro de 81mm. Este pode ‘trabalhar’ embarcado (com a viatura parada) e em movimento.
Outras versões porta-morteiro do M113, porém com peças mais pesadas, são: M106 com morteiro calibre 4,2 polegadas e M1064 com morteiro calibre 120mm (padrão Otan).
Vc sabe se o Exército Brasileiro usa algumas destas versões especializadas ou embarca ‘na marra’ os morteiros de 81mm.
Outra questão importante.
É estranho o comandante de uma cia de fuzileiros blindados se deslocar em viatura desprotegida e sobre rodas, enquanto sua tropa monta blindados sobre esteira. Desta forma o comte. não pode acompanhar a tropa.
Nas formações de outros exércitos o veículo do comandante da subunidade embarca em viatura semelhante a tropa.
No US Army (sempre uma referência), tropa, comandante e subcomandante são embarcados na mesma VBCI M3 Bradley. Até mesmo o comando da unidade dispõe de blindados sobre lagarta, os M577 (um dos alvos desta matéria), que funcionam com posto de comando e controle e transitam sobre o mesmo terreno que Bradleys e Abrams.
Forte abraço,
Ivan.
Ivan, por incrível que pareça, tanto o M-30 quanto os morteiros 81mm eram (são ainda no caso do 81) apenas “transportados” no M-113. Ou seja, na hora de disparar tinha de preparar a posição no chão. O blindado era absolutamente convencional. Ia um morteiro, guarnição, ferramentas, rede de camuflagem, tralhas do morteiro e alguma munição em cada blindado.
As metralhadoras e o canhão sem recuo ( antes do 57mm) do pelotão de apoio tinham viaturas 3/4.
Na pratica, estas duas ultimas frações eram divididas e atulhadas em outros M-113 dos fuzileiros, ficando a priori colocadas em apoio direito ou reforço de um pel.
Também achava um erro o Cmt cia não ter viatura blindada. O que ocorria é que ele acabava abandonando o jipe e embarcando em um blindado qualquer da cia, normalmente dos fuzileiros, pois os do pel apoio, os dois do mort 81 ficam pra trás. Mas isso não chega a atrapalhar tanto, pois o cmt cia ou esquadrão realmente fica mais atras na formação até pra ter melhor controle.
Aliás, parece-me que a aquisição do posto de comando do M-113 vem justamente para modificar esta realidade. Se pegarmos os BIB e os RCB e colocarmos uma delas em cada subunidade e duas em cada unidade ( cmt e sub) dá exatamente os 34 adquiridos.
Colombelli
16 de outubro de 2015 at 18:33
Muito interessante como o M113 básico se tornou o faz tudo do EB.
Lyw,
Os M113 e suas inúmeras variantes, derivados e versões
são verdadeiros ‘faz tudo’ ao redor do mundo..
Existe um artigo detalhado na Wikepedia (sim, na Wiki) em inglês (obviamente), com o seguinte link:
https://en.wikipedia.org/wiki/Variants_of_the_M113_armored_personnel_carrier
Dos derivados básicos gosto muito dos M577 posto de comando móvel e dos M548 transportadores de carga com parte traseira aberta.
Ainda sobre os derivados básicos, entendo que os porta-morteiro com capacidade de disparar a peça de dentro do véiculo são imprescindíveis, substituído as gambiarras de entulhar arma e pessoal dentro da viatura. Os originais americanos são: M125 com morteiro M29 de 81mm, M106 com morteiro M30 calibre 4,2 polegadas e M1064 com morteiro M121 calibre 120mm (padrão Otan) que substituiu o M106.
Forte abraço,
Ivan, an oldinfantryman.
Colombelli,
Me permita o atrevimento de discordar do amigo.
Um M577 para comandante de companhia de fuzileiros blindados seria uma risco desnecessário, pois seu formato dferenciado (teto alto) traria concentração do fogo inimigo.
Entendo que na subunidade o comandante está na linha de frente e deve montar o mesmo veículo da companhia ou esquadrão. Se M113 então M113, se tanque Leo então tanque Leo, sem M6o então M60, se no futuro um VBCI descente (mesmo que um Marder usado) então um VBCI.
(VBCI para quem não está acostumado é
Viatura Blindada de Combate de Infantaria.)
Deixaria os M577, sempre em dupla, para comando de grande unidade (Brigada) e unidade (regimento, batalhão e grupo) blindados.
Forte abraço,
Ivan, o ‘atrevido’. 🙂
Ivan, a lotação dos veiculos que fiz é apenas uma especulação. Pode ser que não sejam usados nesta finalidade. Pode ser que sejam usados como veiculos de comunicações.
Quanto a chamar fogo, o CMT cia ou esquadrão não vai exatamente na linha de frente. Costuma acompanhar o avanço a distância, fazendo tudo por rádio. Ademais, no calor da batalha, com poeira, cortina de fumaça e fogo de apoio sobre o adversário, é dificil distinguir um carro a retaguarda e a certa distância. Não há um risco maior ou menor por conta do tipo de veiculo.
Mas o risco existe em emboscadas.
Colombelli,
“…a lotação dos veículos que fiz é apenas uma especulação.”
A que eu fiz também, é apenas especulação.
Contudo, nas ordens de batalha dos exércitos mais avançados (EUA, GB, Rússia, Israel entre outros) a viatura do comandante de subunidade (companhia, esquadrão ou tropa) é sempre semelhante ao restante da tropa.
Muitas vezes o comandante da unidade (batalhão ou regimento) dispõe de viaturas semelhantes ao restante da tropa, com os blindados de comando (postos de comando móveis como o M577) a retaguarda para desempenhar sua função, posto de comando. No RCC do EB é assim.
Pessoalmente prefiro a regra geral, pelotões e comandante com M113 e por aí vai.
Principalmente se eu for o comandante da subunidade… 🙂
Abç.,
Ivan, na oldinfantryman.
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
Para quem acha que o M113 é pouca porcaria, vcs ainda não viram o que é o LAV(e por extensão, o Stryeker):
(http://www.combatreform.org/lavdanger2.htm)
Falando em blindado de recuperação… uma bela foto de demonstração de capacidade
Pena que talvez somente Tio Sam e Israel acreditem que uma quantidade grande de veículos de apoio e recuperação sejam tão necessários em batalha, parece que o EB agora andou conversando com Jacó e aos poucos vai se convencendo disto, em função desta útima compra e da revitalização dos M 113 de recuperção que eu não o nome correto. agora.
G abraço