OTAN: Estados Unidos violaram regras em ataque a hospital no Afeganistão

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ClippingJohn Campbell, que dirige a missão da Otan no Afeganistão, afirmou que as tropas americanas não seguiram as regras que regem um ataque aéreo no bombardeio ao hospital de Kunduz, informou o jornal The New York Times nesta quarta-feira. Essas “regras de conduta” do exército americano ditam os procedimentos prévios a um ataque aéreo. Um bombardeio é legítimo apenas em caso de “eliminação de terroristas, proteção de soldados americanos em dificuldades e apoio às tropas afegãs”, explica o jornal.

O bombardeiro no sábado de um hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras em Kunduz, que matou 22 pessoas, “muito provavelmente não entra em nenhuma dessas categorias”, afirmou o general John Campbell, em declarações divulgadas pelo veículo.

Pior ainda, as forças americanas que realizaram o ataque aparentemente por um erro “não visualizaram o alvo” que seus colegas afegãos os pediam para atacar, explica a mesma fonte.
Na terça-feira, ante a comissão de Forças Armadas do senado, o general Campbell admitiu que o hospital do MSF em Kunduz foi bombardeado “por erro” em um ataque americano solicitado pelos afegãos, porém foi decidido por autoridades americanas.

Os soldados afegãos afirmaram que havia talibãs dentro do estabelecimento sanitário.

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Mauricio R.
Mauricio R.
9 anos atrás

OFF TOPIC…

…mas nem tanto!!!

A cachorrada no alto comando…

(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/10/your-chain-of-command-via-gruntworks.html)

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Importante ver as implicações da frase:
“Os soldados afegãos afirmaram que havia talibãs dentro do estabelecimento sanitário.”

Uma informação errada, introduzida de forma equivocada ou maliciosa em um processo de decisão mais ou menos hermético, certamente vai produzir decisão errada, até mesmo catastrófica.

Quem informou que aquele era um alvo válido?
Foi equívoco ou malícia?
Quem ganha com a decisão de ataque resultante?

Esta é uma análise circunstancial do problema criado.
É urgente e demanda ações públicas firmes e ações secretas mais firmes ainda. Alguém tem que ser punido.

Mas há também uma análise estrutural.
Se o hospital tinha localização conhecida, porque o sistema (ou processo) de seleção de alvos aceitou um objetivo infame com este?
Há um bug no sistema?
Suas travas e checagens são válidas?

Novamente exige ações públicas e secretas.
Analisar o processo e apresentar a falha a sociedade americana (via Congresso), mas também rever o processo de seleção de alvos.

Tem muita coisa errada por aí.
Mas, aparentemente, algum grupo afegão sem supercomputadores bilionários fez os yankees de bobos usando a velha (milenar) contrainformação.

Sds.,
Ivan, o Antigo.

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

Pois então Ivan e havendo terroristas talibãs no prédio, com certeza o efeito colateral de mandar uma patrulha averiguar, teria sido infinitamente menor.

vilarnovo
vilarnovo
9 anos atrás

Meio contraditório o texto. Em uma parte ele fala:

““eliminação de terroristas, proteção de soldados americanos em dificuldades e APOIO ÀS TROPAS AFEGÃS”
“O bombardeiro no sábado de um hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras em Kunduz, que matou 22 pessoas, “muito provavelmente não entra em nenhuma dessas categorias(…)”

Para depois falar:

“Pior ainda, as forças americanas que realizaram o ataque aparentemente por um erro “não visualizaram o alvo” que seus colegas afegãos os pediam para atacar”

Os afegãos solicitaram o ataque ou não? Se solicitaram isso se enquadra em “apoio às tropas afegãs” ou não?