BAE Systems lança sistema que permitirá aos tanques visualização completa dos campos de batalha

14
BattleView 360 Infographic

BattleView 360 Infographic

Londres – A BAE Systems lançou recentemente, o Battleview 360. Trata-se de um sistema de mapeamento digital que coleta, divulga e rastreia informações de interesse sobre etorno dos tanques, tanto bi quanto tridimensionalmente. Isso permite aos comandantes dos blindados agilidade no processo de tomada de decisões, além de informar e comunicar as estratégias e instruções para outros veículos.

As imagens geradas com o Battleview 360 ajudarão as tripulações a identificarem forças amigas e inimigas, e podem ser usadas também, para gerar rotas mais seguras, evitando assim, embates diretos contra forças inimigas. O sistema é ainda altamente adaptável e pode ser facilmente integrado a vários tipos de veículos existentes.

“Saber o que está acontecendo ao redor sempre foi um grande desafio para as tripulações dos veículos blindados”, disse Peder Sjölund, gerente de tecnologia da BAE Systems Hägglunds, subsidiária da BAE Systems, Inc. nos Estados Unidos. “O Battleview 360 foi criado após anos de trabalho de todo o time BAE Systems, para melhorar e aprimorar o processo de mapeamento de território e integração de informações, com o objetivo de reduzir a carga de trabalho das tripulações, possibilitando assim, tomadas de decisões mais rápidas. O resultado deste processo é maior eficácia e aumento da capacidade de sobrevivência no campo de batalha.” disse Sjölund.

Battleview 360 - 1

Um dos maiores diferenciais do novo sistema é a questão da sincronização com câmeras dos veículos e com imagens infravermelho para fornecer a percepção visual do campo de batalha. Ele também pode ser usado por soldados para retransmitir informações de volta para os blindados.

O Battleview 360 emprega um display HD touch-screen, que mostra o ambiente completo do campo de batalha, pode ser integrado com outros veículos ou sistemas aéreos não tripulados, o que permitie aos comandantes avaliarem rapidamente as informações, para tomadas rápidas e eficientes de decisões.

DIVULGAÇÃO: G&A Comunicação Empresarial

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

14 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Lyw
Lyw
9 anos atrás

Muito interessante, direto dos vídeo-games para o campo de batalha real!

Agora, embora não fique claro na matéria, é necessário um investimento em sistemas ópticos necessários à funcionalidade do sistema.

Também podemos dizer que a instalação desse sistema não será um investimento pequeno, assim sendo, embora possa ser adaptado a qualquer veículo blindado, seu uso se dará principalmente nos veículos blindados mais caros de qualquer exército, os carros de combate.

Claudio Moreno
Claudio Moreno
9 anos atrás

Boa tarde Senhores foristas!

Ô logo meu!

Agora sim quero ver engajamento pela retaguardo com facilidade…isso muda muito a doutrina do emprego de CC x CC + Infantaria.

Esperemos mais desdobramentos.

CM

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Esse é o conceito de guerra centrada em rede/fusão de dados, aplicado aos veículos terrestres num nível mais profundo.
Com certeza depende de sensores próprios do veículo, com visão 360ª (como o DAS do F-35) e de sensores externos ao veículo, das mais diversas fontes.
O “calcanhar de aquiles” está na possibilidade do datalink ser interferido e deixar o veículo por conta apenas de seus sensores próprios, mas claro, cada vez mais a “rede” fica mais resistente tanto quanto à incapacitação temporária (ECM e ataque cibernético) quanto à neutralização física permanente (PEM, HPM).

Oganza
Oganza
9 anos atrás

O Battleview 360 me parece ser mais uma “engrenagem” que está sendo oferecida para se encaixar na moderna NCW. É “mais” um nó, ou um “super nó”, na já intrincada rede de DL para os TO futuros que já está sendo instalado hoje.

Hoje?

– Sim hoje… lembram do ASCOD? Pois é, ele virou oficialmente Ajax no Reino Unido a partir do Programa Scout SV liderado pela GD Land Systems Europe.

https://www.youtube.com/watch?v=dfFlfupaBaA

a partir de 2:30 ele “fala” das capacidades 360º. Lembremos que a BAe foi a “derrotada” para esse contrato concorrendo com o CV-90.

O que acontece é simples: a BAe está tentando vender ao mercado uma tecnologia desenvolvida para o British MoD, mas perdeu o contrato principal e ficou com um fantástico brinquedo na prateleira.

Grande Abraço.

Colombelli
Colombelli
9 anos atrás

E o preço? vale o custo benefício?

E quando descobri algor, vai engajar com que? O carro continua vulnerável com ângulo baixo. Armas não pegam.

E se for usado um PE ( pulso eletromagnético), fritando os circuitos? como fica?

Oganza
Oganza
9 anos atrás

Grande Colombelli,

temos que lembrar que o programa era para um carro de reconhecimento blindado/armado para substituir o FV107 Scimitar, com uma função secundaria de escolta armada com infantaria desmonatada (o Ajax Levaria 4 + 3 tripulantes), ou seja, não chega nem ha ser um IFV puro.

Outra, o casco do Scout SV que venceu a concorrência e agora é chamado de Ajax, nada mais é que o chassi do FV510 Warrior profundamente retificado onde mal sobrou a silhueta.

No fim, não sei se essa “gambiarra” toda sera efetiva, mas eles colocaram(?) uma ordem de ≈ 600 veículos desses.

Alem da “versão” Ajax, estão planejadas tb:

Protected Mobility Recce Support (PMRS), que terá subversões em APC, C2, FRO, Engenharia, Recovery e Repair…

…todas elas com seus respectivo nomes, todos com “A”: Ares, Athena, Argus, Atlas e Apollo … coisa de inglês… vai entender.

Enfim… um Grande Abraço.

Bosco Jr
Bosco Jr
9 anos atrás

Esse tipo de sistema casaria bem com o finado sistema NLOS-LS XM-501.
Haveria caixas contendo 15 mísseis com 40 km de alcance e que estariam distribuídos na retaguarda. Os lançadores verticais seriam acessados diretamente pela unidades operando na linha de frente, desde um veículo e até por um único soldado.
Os mísseis com capacidade NLOS seriam guiados por INS/GPS na fase intermediária e por IIR e LSA na fase terminal.
Mesmo um IFV poderia atacar de forma indireta um alvo situado a mais de 30 km de sua posição, de forma indireta.
Depois de quase pronto o programa foi cancelado.

Vader
9 anos atrás

Putz, agora vão instalar um DAS nos CCs…

Amigos, sei lá, me chamem de saudosista, de refratário, mas me parece tecnologia demais, investimento demais para um negócio que pode ser destruído ou no mínimo tirado de combate por um simples foguete AC soviético da década de 70 disparado até por um terrorista sozinho e mal treinado…

Tô com o Colombelli: para 99% dos Exércitos do mundo acho que isso aí não compensa na relação custo-benefício.

Aliás, tenho dúvidas que chegue até o final.

Mas a mais, de que adianta pro comandante de carro ter a mais completa e absoluta visão do campo de batalha se ele quando tiver que atirar num alvo desenfiado não irá conseguir, e terá de chamar apoio de artilharia ou aéreo?

Enfim, me parece muito futrique para uma coisa que deve ser simples e robusta por natureza.

Ivan
Ivan
9 anos atrás

O desenvolvimento dos Carros de Combate Principais, ou em inglês Main Battle Tank – MBT, sempre teve que conciliar três caraterísticas que o definem:
– Poder de fogo;
– Proteção;
– Mobilidade.

O aumento do poder de fogo sempre correu atrás da proteção blindada e esta sempre tentando superar o primeiro, com a necessidade de ser manobrável (mobilidade) forçando o desenvolvimento de motores mais potentes e suspensões mais modernas.

O ‘cachorro correndo atrás do rabo’ ao redor do mundo.

Na acomodação de destes três pilares os “tanques de guerra” saíram de pouco mais de 30 toneladas do final da 2WW para o dobro hoje em dia, cerca de 60 toneladas.

Contudo um problema de origem nos blindados (todos eles) sempre foi a “consciência situacional” (a velha situation awareness dos ‘aviãozinhuns’). Imaginem a tripulação de um Sherman, Tigre ou T-34 dentro daqueles montes de ferro olhando o mundo por seteiras e ouvindo o barulho ensurdecedor das esteiras no terreno.

Muito foi investido nos últimos 70 anos, mas ainda é um problema, não apenas para o MBT, mas para toda a força blindada que deve ser movimentar e combater em conjunto.

Estes investimentos foram focados quase sempre em sensores óticos individuais (para cada blindado), muitas vezes com redundância para comandante, atirador e motorista. Intensificadores de imagem, IR, lasers e tudo que contribuísse para a visão e mira dos cavalarianos.

Em outra linha foi trabalhado a comunicação, mas como instrumento de comando, coordenação e controle do pelotão, companhia e batalhão.

Consciência Situacional deveria ser, desde o início, uma prioridade tratada como mais um pilar fundamental da força blindada, em conjunto com os três inicialmente citados.

O que estão buscando é fundir as informações próprias com as de terceiros, inclusive não blindados como reconhecimento aéreo e/ou aeroespacial (tripulado ou não). Os hardware e software já permitem esta empreitada e é isto que exércitos do primeiro mundo estão buscando.

Interessante é ver outro conceito usado na aviação, a ‘Fusão de Dados’, descendo para o terreno ‘linkado’ com o aeroespacial.

No final das contas o que se busca é maximizar a Ação de Choque das forças blindadas, com poder de fogo adequado, no tempo necessário, com resiliência para enfrentar o fogo inimigo, tudo isso de forma coordenada.

Parece até que é simples… 🙂

Abç.,
Ivan, o Antigo.

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Oganza,

“…mas eles colocaram(?) uma ordem de ≈ 600 veículos desses.”

Conforme a boa e velha Wikepedia:

The variants ordered include.

• 244 turreted ‘Scout’ variants:
… – 198 Reconnaissance and Strike;
… – 23 Joint Fire Control;
… – 24 Ground Based Surveillance.

• 265 Protected Mobility Recce Support (PMRS) variants:
… – 59 Armoured Personnel Carrier (APC);
… – 112 Command and Control;
… – 34 Formation Reconnaissance Overwatch;
… – 51 Engineer Reconnaissance.

• 88 Engineering variants based on the PMRS:
… – 38 Recovery vehicles;
… – 50 Repair vehicles.

São 589 veículos no primeiro bloco, mas pouco menos de duas centenas destinados a reconhecimento e combate (com canhão automático de 40mm). Como percebido acima, uma grande quantidade é destinada a funções de comando e controle, apoio e reconhecimento eletrônico.

Parece uma rede blindada de C4ISR… 🙂

Outro ponto a observar é que dentro do programa inglês Army 2020 estes blindados devem formar o ‘Armoured
Cavalry Regiment’ (um regimento de reconhecimento blindado com três esquadrões Sabre de 16 Scouts) das 3 (Três) ‘Armoured Infantry Brigade’ das forças adaptáveis do Royal Army.

Os outros regimentos da ‘tal’ brigada são dois de infantaria blindada com VBCI Warrior e um de carros de combate com VBCC Challenger 2 (três esquadrões Sabre com18 tanques cada).

Forte abraço,
Ivan, do Recife.

Ivan
Ivan
9 anos atrás

Vader,

Sim, vc tem razão,
é ‘caro pra danar’.

Mas, tem sempre um mas, a tendência é que a tecnologia ligada a informação fique mais rápida e com menor custo com o passar do tempo.

É um dilema.

Eu, que sou cinquentão, já tive que me adaptar várias vezes. Das velhas HPs financeiras e Texas de engenharia, passando pelas primeiras planilhas (ouviu falar em Lotus?), o “velho” excel que uso e chegando nas telas ‘touchscreen’ dos infernais ‘smartphones’ e ‘tablets’.

Pois é.
A única coisa que não vai mudar é o infante e seu fuzil ocupando o terreno… 🙂 … mas o fuzil será de energia direta (laser?), com baioneta de “adamantium”.
Claro que este estará conectado a uma NCW!

Forte abraço,
Ivan, o Terrível.

Vader
9 anos atrás

Grande Ivan, ô se lembro. Inclusive o primeiro programa que aprendi a trabalhar foi o Lotus 123, hehehehe. A tela ainda era de fósforo verde, mas o programa era à frente do seu tempo.

Abç

Oganza
Oganza
9 anos atrás

Ivan,

“Parece uma rede blindada de C4ISR…”

– Acho que vc acertou na mosca caro Ivan…

…ainda não tinha visto essa lista bem divida assim como vc postou.

Grande Abraço.

Colombelli
Colombelli
9 anos atrás

Coloca meia duzia de cidadãos em “tocas de aranha” com uma arma AC de US$ 10.000,00 , deixa a formação passar e detona toda ela em 20 segundos.

Carro tem que ser o mais simples possivel. Volto a repetir que o custo benefício disso é totalmente duvidoso.

So pra citar um exemplo de outro desperdício de dinheiro: as “redes” onde cada carro tem sua posição indicada. Na fração Pel o Cmt atua em contato visual com seus comandados. No nivel Esquadrão ou Cia, importa aposição dos Pels e não de cada carro em si. No nivel Unidade, pouco importa a localização individual. E quando precisar, nada que um rádio e uma carta não possam fazer. Os argentinos puseram isso no protótipo de up grade do TAM. Burrice total. Deveriam priorizar maior quantidade de carros melhorados com itens mais básicos. Ficarão so nos 72 carros de 230 possiveis. Isso se conseguirem.

Ou seja, hoje, estão botando muita perfumaria nos veículos, que são inúteis ou de pouca valia e extremamente caras. Itens que falham fácil em condições adversas, que demandam manutenção especializada e cara e que no frigir dos ovos não mudam a chance da tropa significativamente. Por trás disso, certamente lobbys bilionários.