EE-9 Cascavel: Revitalização das viaturas blindadas
Barueri (SP) – O Arsenal de Guerra de São Paulo, dando prosseguimento a sua atividade-fim, realizou o tiro técnico do canhão 90 mm das Viaturas Blindadas EE-9 Cascavel, finalizando mais uma etapa do processo de revitalização dessas viaturas.
FONTE: AGSP
foi feita apenas funilaria e pintura ou foi adicionada algum pacote eletronico junto ?
o canhao pelo jeito eh o mesmo…. alguma municao nova a ser utilizada ??
Boa tarde WWolf22,
Respondendo em parte sua pergunta, foi realizado substituição de componentes da suspensão, motor, sistemas elétricos. O Objetivo deste trabalho é permitir que os veículos ainda sirvam a corporação por uns 15/20 anos ainda.
Não foi e nem será realizada implementação de optrônicos porque o EB está pensando a versão armada do Guarani 105mm.
O projeto EE-9 Cascavel é um exemplo de sucesso, que infelizmente não soubemos aproveitar seu espaço de crescimento.
Já a anos ele deveria ter sido dotado de algum missil anti-carro TOW-2 ou 3, talvez o MSS-1.2 (ainda que não tenha alcance para ser um puro anti-carro, mas já éra alguma coisa), melhorando assim a performance do veículo.
Para quem ainda não visitou o AGSP é lindo ver o que conseguem fazer por lá…logo de entrada você vê o segundo protótipo do Caxias guarnecendo a entrada das oficinas.
CM
WWolf22,
Faltou mencionar que na modernização ou melhor seria revitalização, foi feito trabalho de recuperação do casco, substituição dos radios de infantaria para os utilizados pelo EB em suas viaturas Guarani.
CM
Na medida que o EB for recebendo o Guarani, inclusive de reconhecimento armado, acredito que seria uma boa oportunidade a oferta (venda a preços convidativos, modernizados ou revitalizados) dos Cascavéis e Urutus a países como Namíbia, Guiné, Angola, Moçambique, Congo, Suriname, Guiana, Paraguai e Bolívia, melhor do que uma doação pura e simples.
Pelo menos é o que eu penso.
CM,
grato pela explicacao….
mas nao seria possivel/viavel fazer uma “reengenharia” com esses veículos a fim de transformarem num porta morteiro, veiculo de resgate, comando e controle, algo parecido… aproveitado melhor…
algo bem mais em conta que os Guaranis…
Bom dia Senhores! Bom dia WWolf22!
Na verdade o Guarani na sua versão armada terá uma engenharia mais atualizada, com capacidades e resistências maiores que ao Cascavel, a começar pelo fato de ser 8×8 e canhão de 105mm.
Mas ainda vejo o EE-9 Cascavel com um valor doutrinário que no EB lhe falta…por exemplo temos espalhados pelo Brasil a fora. muitos TG’s aonde o soldado conscrito nunca viu um blindado de perto. Penso e já defendí isso na caserna, distribuir esse material aos TG’s.
Também não existe doutrina de reserva ativa em nossas FFAA! Se necessitarmos de mais que 250 Cascaveis por exemplo, não teremos de aonde tirar…(é somente um exemplo).
Para algumas realidades de nosso TO, o EE-9 é ainda válido, principalmente para mostrar a “cara” de nosso EB (por exemplo não vejo nada de mais em os Batalhões de Fronteira disporem de 02 à 05 unidades somente para dar-lhes suporte de fogos, contra incursões de frações de infantaria).
CM
CM
grato pela explicação.
Gostei da ideia Cláudio!
O 34° Batalhão de Infantaria de Selva, aqui em Macapá, foi transformado em Brigada, saindo de 800 homens para algo como 3.500. Diferente do que muitos brasileiros pensam, além de florestas densas alagadas, situadas as margem do Rio Amazonas, ou na região litorânea, bem como as florestas de terra firme e regiões montanhosas, temos muitas regiões de cerrado, o chamado Cerrado Amazônico, algo como 1 milhão de hectares, espaços estes destinados a construção das rodovias federais BR-156 (de norte ao sul do Estado) e BR-210 planejada para cortar o arco norte inteiro, de Macapá – AP a São Gabriel da Cachoeira – AM.
A BR-210 está sendo construída aos pedaços, no Amapá ela se encontra asfaltada apenas uns 115 km e mais uns cento e poucos km de estrada de chão, passando um pouco da cidade de Serra do Navio, dentro da maior reserva florestal do planeta, o Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, região riquíssima em diversos minerais, dentre eles, ouro, minerais ferrosos, manganês e urânio. Acontece que mais a oeste, uns 300 km de distância do final do trecho amapaense da BR-210, já no noroeste paraense, na fronteira com o Suriname, existe Tiriós, lá existe uma unidade do EB e uma base radar do SIVAM.
Assim como acontece aqui no Amapá, o noroeste paraense é uma região com grande extensão de cerrado amazônico, talvez uma duas ou três vezes maior do que tem por aqui, ou seja, regiões propícias a evolução de blindados. Este arco norte, é uma região de grande vulnerabilidade a traficantes e contrabandistas de drogas e metais preciosos, gente que usa este vazio demográfico para transitar livremente, detalhe, normalmente estão pesadamente armados, no melhor estilo dos traficantes cariocas. Num futuro próximo, com o prolongamento da rodovia até Tiriós, com o avançar das entregas dos Guaranis neste meio tempo e com a consolidação da Brigada aqui em Macapá, talvez fosse uma alternativa interessante, seguindo esta sua ideia, de mobiliá-la, assim como acontece em Boa Vista, com este excedente de Cascaveis e Urubus do centro-sul.
A mesma coisa poderia acontecer em São Gabriel da Cachoeira, noroeste amazonense, só que mais ao norte, em direção a tríplice fronteira com a Venezuela e Colômbia. Em Rondônia e no Acre.
Aliás, acredito que seria interessante o EB criar uma unidade de força expedicionária para operações de paz na África, por exemplo, mas ai deveria ser mobiliada com blindados Guarani e VBTP-LR.
Viajei muito na maionese?!?! Rsrs
Góes boa noite!
Legal saber que você é do norte brasileiro! No final dos anos 80 inicio dos 90 servi por dois anos em Clevelândia do Norte!
Sim temos uma vastidão de fronteiras na cabeça do cachorro e outras no nort, em que o EE-9 encaixa perfeitamente no choque a frações.de infantaria.
CM
Amigos lamento jogar areia, mas há, hoje, somente um único lugar onde se estuda ampliação das unidades de cavalaria no norte do País, e este local é o Lavrado de Rorraima.
Motivos: 1) Região próxima de fronteira ideal pra ações de cavalaria. 2) Região sob forte cobiça e com potenciais conflitos. 3) Ampliação das forças blindadas da Venezuela, ainda que pouco provável uma um incursão blindada da da dificuldade logistica.
Nas demais regiões, não há sentido a criação de unidades mecanizadas ou a criação de subunidades de apoio de fogo mecanizadas ou blindadas, este ultimo caso inclusive algo contra produtivo.
Por primeiro, a utilização Cascavel como apoio de fogo pressupõe a mecanização com VBTP do restante da tropa, o que não é recomendável para a região, sobretudo porque eventuais conflitos ocorreriam em regiões mais próximas da fronteira e com florestas.
A criação de subunidades de apoio de fogo mecanizadas não tem bom custo benefício com infantaria a pé ou motorizada, sob o ponto de vista doutrinário e operacional, e sob o prisma logístico criam enorme dificuldade. Não se uso mundo afora viaturas como Cascavel assim.
Em segundo lugar, quando os Cascavéis derem baixa estarão com 50 anos de idade, e, portanto, sem condições de continuarem em serviço continuamente.
Em terceiro lugar, quando falamos em unidade mecanizadas ou blindadas, o primado é a concentração de meios em unidades somente desta natureza, e, preferencialmente, em determinadas regiões. O motivo disso é que a presença de mecanização ou forças blindadas pressupõe criação de serviços de manutenção um tanto diversos dos serviços de mecânica usuais para caminhões e viaturas leves.
É por este motivo que a cavalaria mecanizada, a exceção de alguns esquadrões, 04 regimentos e de uma brigada, e todas as forças blindadas encontram-se todas na região sul: facilitação da logística e da manutenção.
O mesmo motivo impede a utilização das viaturas em TGs.
Inclusive é bom frisar que as características do Cascavel sequer o recomendam como carro para uso em FT com fuzileiros ( único sentido que teria sua utilização com infantaria a pé, pois apoio de fogo presta um bem melhor o Carl Gustav ou um M-40). Ele não foi concebido para isso.
É um carro de cavalaria mecanizada, a qual tem por missões ofensivas golpes de mão, reconhecimentos de eixo, reconhecimentos em força, e na defensiva a cobertura e a ação retardadora, e escoltas em ambas as situações.
Para missões de FT o MBT é universalmente utilizado.
Ou seja, para operações no norte do país com unidades mecanizadas, as temos de conceber como grandes unidades ( brigadas) ou ao menos como unidades independentes (regimentos). Hoje isso so é necessário em Rorraima. Se um dia se tornar em outras regiões o Guarani ja estará disponível.
Mas qual o destino ideal do Cascavel então? Ele já foi mencionado aqui acima, e é questão na qual tenho batido sempre que posso: criação de reservas.
Partindo do pressuposto de que temos 11 esquadrões independentes e 15 regimentos C MEC. podemos conceber a projeção de reservas da ordem de ao menos 05 esquadrões e 05 regimentos.
Para tanto, à medida em que dessem baixa, 110 Cascaveis e 55 Urutus deveriam ser estocados, juntamente com 220 viaturas 1/2 ou 3/4 com reparo de metralhadora e 110 viaturas 3/4, além de 55 morteiros 81, para sermos capazes de mobiliar esta reserva.
Onde eu as colocaria? No mesmo lugar onde ja sugeri a criação da reserva blindada. Campos de instrução de Formosa e do Saicã em Rosário do Sul. Ali pequenas unidades de manutenção manteriam as viaturas em condições, podendo ser usadas em exercício como força opositora. No primeiro sinal de necessidade, basta convocar o pessoal que tem de sobra.
A cavalaria mecanizada, recordemos, por fim, atua sobre rodas e tem mobilidade estratégica orgânica. Pode estar em qualquer parte do país em 05 dias ou pouco mais. Sua concentração em uma determinada área não inviabiliza sua concentração estratégica e emprego em outra rapidamente. .
Colombelli, me corrija se estiver errado, mas um dos motivos pela escolha da IVECO como “desenvolvedora” do Guarani foi, justamente, sua grande rede de concessionárias Brasil a dentro, bem como o extenso uso de componentes mecânicos (que são os que mais desgastam durante sua via útil) civis dos caminhões IVECO.
Isto posto, futuramente, com o desenrolar das entregas dos blindados Guaranis e, quem sabem, dos 4×4 LMV (afinal a licitação ainda não se encerrou), este problema logístico de manutenção estará, parcialmente, solucionado, ou não?!?!
A ideia proposta pelo Cláudio (pelo menos é isto que entendi), não é levar tais blindados de forma imediata e/ou definitiva (no sentido de que só serão eles a atuarem nesta região de fronteira), mas sim que na medida em que forem sendo substituídos no centro-sul do país, devam passar por uma revitalização e serem encaminhados para cá numa quantidade bem menor, mas que dê para forma doutrina operacional, por exemplo. Após o termino de sua vida útil (sem que passe por nenhum modernização, é claro), estes serão substituídos pelos blindados Guarani e/ou LMV (ou Tupi).
O quantitativo não seria expressivo como no centro-sul, mesmo assim seria numa quantidade razoável, como dito pelo Cláudio, para mostrar a bandeira, fincar posição, ou seja, dizer que a coisa é séria. No Lavrado de Roraima, eu já penso que CC sobre lagartas já deveriam está em análise para sua adoção, especialmente na medida em que a Venezuela já pensa a substituição dos AMX franceses, por CC mais atualizados e capazes, como o T-72, ou o T-90.
É o que penso.
Só a título de informação, estes dias, estiverem em Macapá, uma comitiva de Oficiais Superiores da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME). Vieram conhecer as potencialidades regionais (eu estive na palestra dada no SEBRAE-AP), bem como os planos de atuação da futura Brigada da Foz do Rio Amazonas. Vale citar, por exemplo, que a principal porta de entrada fluvial da Amazônia brasileira é, justamente, Macapá e não Belém, como muitos acreditam. Isto é conhecido desde os tempos do Brasil colônia, pois a maior fortificação portuguesa é o Forte de São José de Macapá. Na medida em que mais e mais o Rio Amazonas seja usado como uma das principais portas de exportação de produtos industrializados (Zona Franca de Manaus), bem como de commodities agrícolas (grãos do Centro-Oeste, afora a exploração petrolífera na costa amapaense (durante a 11ª rodada de concessões da ANP, o campo na foz do Amazonas foi o que obteve o maior ágio, foram quase 400% sobre o preço original).
Até mais!!! 😉
Wellinton, a comunalidade de componentes do Guarani com veiculos civis e a possibilidade de acionamento da rede da empresa sem dúvida facilitará muito a vida.
Este é um aspecto positivo da nacionalização. Para que se tenha uma ideia, os M-113 tinham ,por exemplo, muitos problemas com barras de torção na suspensão, as quais tinham de vir dos EUA. Era comum um carro ficar parado por conta da falta de apenas uma delas.
Quanto à formação de doutrina, o emprego na região norte dos blindados sobre rodas não seria diferente do emprego daqui no sul ou do cerrado do centro oeste. O ambiente não muda tanto a ponto de modificar significativamente a doutrina. Ademais, como ja referi, isso pressuporia a criação de unidades de cavalaria no norte, pois não é viável o enquadramento de apenas alguns blindados em unidades de natureza diversa, a começar pelo problema da manutenção e logistica. Melhor seriam utilizados os escassos recursos investindo-se nos Pel de Fonteira e em embarcações que são mais próprios ou necessários pela peculiaridade do TO amazônico. Se precisar cavalaria, a do sul sobe e se adapta fácil.
A criação de uma Brigada de Cav Mec e um batalhão de engenharia de combate em Roraima é urgente e um de seus componentes é justamente um RCB com dois esquadrões de carros e dois de fuzileiros (M-113), os quais tem o valor de uma Cia. Os venezuelanos ja tem os seus T-72 modernizados ( em torno de 180 carros) e embora não seja algo fácil uma incursão pela falta de estradas e demanda de engenharia, é preciso ter dissuasão blindada na região
Já na Amazônia Oriental, é muito bem vinda a criação do CMN. O EMFA deveria investir em uma base comum de helicópteros das três forças e o CFN acrescer um Batalhão Ribeirinho reforçado na região para realização, inclusive, de ostensivo patrulhamento fluvial. Só não enxerga a importância desta região quem não quer. Sob o pinto de vista de ações estratégicas indiretas, o reforço da infraestrutura em termos gerais na região é uma medida imprescindível: comunicações, estradas, hospitais, ensino. Guerra não s evence só com armas e a dissuasão também se manifesta pela presença lato sensu do Estado.
Bom saber que o Cascavel continuará servindo.
Em termos de A. L. ele ainda é muito útil.
Parabéns aos que reformaram essas belas máquinas !
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
Sessão “Baba, baba, baby!!!”
1) Rosomak, da Polônia:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/rosomak-with-xc-8-turret-sporting-120mm.html)
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/rosomak-mis-this-vehicle-that-patria.html)
2) Boxer, no Land 400:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/australias-land-400-contest-and-hi-rez.html)
3) AMV & Land 400:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/defence-technology-review-covers-amv35.html)
4) CV-90:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/norwegian-cv90-hi-rez-presentation-pics.html)
5) FNSS, da Turquia:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/fnss-tiger-20-kaplan-hi-rez-pics.html)
5) Wiesel, será que o Engesa Ogum EE T4 faz falta???
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/wiesel-1-mk20-shows-up-at-swift.html)
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
Sessão “Baba, baba, baby 2!!!”
1) Otokar o concorrente do FNSS:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/otokar-tulpar-sthe-fnss-tiger-20s.html)
2) Veículo russo equipado c/ mísseis “Kornet”:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/russias-lightweight-kornet-anti.html)
3) BMP Kurganets em vídeo:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/bmp-kurganets-vid.html)
4) Armata versão ARV:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/armata-armored-recovery-vehicle-via-gur.html)
5) Armata MBT vídeo de exercício de tiro:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/armata-firing-tests-vid-via-english.html)
De dentro da cápsula.
6) BMP-3 c/ canhão de 57mm:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/bmp-3-with-57mm-cannon-via-defence-blog.html)
7) ST Kinectics Terrex 2 “Advanced” e Terrex 2:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/st-kinetics-terrex-2-advanced.html)
O “Advanced” é por conta do Solomon.
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/09/about-st-kinetics-terrex-2-advanced.html)
O Terrex 2 (normal) é o veículo da 2ª foto, que é uma espécie de “outsider” p/ o ACV 1.1 ou 2.0 do USMC.
Nos matérias sobre a mostra BID Brasil https://www.youtube.com/watch?v=QHwUNCcVrVM
aparece um cascavel com aparentemente nova torre e sistemas de tiro modernizados e ainda lançador de míssil. Gostaria de ver uma matéria sobre tal projeto.