17° Batalhão Logístico Leve – Manutenção de Obuseiros 105 mm
Juiz de Fora (MG) – O 17° Batalhão Logístico Leve recebeu a incubência de realizar a manutenção de 12 Obuseiros calibre 105 mm, pertencentes ao 4° Grupo de Artilharia de Campanha Leve. Essa manutenção consiste na verificação do mecanismo de recuo, do trem de rolamento e do sistema de freio.
FONTE: 17º BLog
Fiquei sabendo que no inicio de 2016 comecam a chegar os M109 comprados dos EUA para fortalecer ainda mais nossa artilharia, uma OM aqui perto de casa ja esta se preparando, foi reativada a quarta bateria (que tinha sido extinta em 1998) bem como instalacoes para receber os novos obuseiros AP M109.
Esse obuseiros são os mesmos da FEB ou estou enganado?
Luciano, sinto lhe informar que sim. Infelizmente trata-se do M101A1, desenvolvido ainda durante a IIGM. Não sei se a FEB operou esses, mas o desenvolvimento do obus data dessa época.
Os M109 que já possuímos também serão modernizados?
Douglas Schuindt muito obrigado.
Quase 10 anos atrás estive na sede do 7ºGAC, antigo 7º GADo, e um jovem oficial me afirmou que as peças em uso naquele tempo eram as mesmas da Guerra, sendo que muitos dos tubos de fogo eram originais!! Inclusive todos os cálculos da CT eram ainda feitos quase que da mesma forma.
Bom dia
Um resumo bem “resumido” da Artilharia de Campanha.
Os M-101 utilizados pelo EB estão obsoletos, mas para o contexto AS, com Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolivia como “adversários”, ainda tem alguma utilidade. Os M-101 equipam os GAC organicos de Bda Inf Mtz ou Bda Cav Mec.
Vale destacar que em 2016 o EB começa a receber o M-109A5 modernizado, que vão mobiliar os GAC das Bda Bld, em substituição aos M-108.
As Artilharias Divisionárias vão continuar contando com M-109 A3 e M-114 em seus GAC organicos.
As Bda Inf Pqd, Bda Inf Selva e Bda Inf Leve vão continuar utilizando o M-56 e morteiro 120mm.
O L-118 equipa 02 GAC, em Brasilia e Guarapuava.
O grande destaque da Artilharia é o sistema Astros II, que mobilia um Grupo em Formosa (lado de Brasília) com três Baterias e esta em construção um segundo Grupo, que será dotado com o Astros 2020 (uma Bateria ja foi recebida).
Nossa, mais peças de museu operando! Será que é caro adquirir algumas dezenas de M198? Com 1 Barusco se compra quantos M777? Creio que mais de 50, nossa senhora, roubaram muito, isso é mixaria para o Brasil, vernonha total!
alguém poderia informar quais as atualizações que vem no M-109A5 ??
em relação ao que o EB utiliza hj.
Pessoal,
Totalmente off topic mas vocês conhecem esse obuseiro Hawkeye?
https://youtu.be/y042UlZRxEo
Não conhecia, Bosco.
E achei “estranho” ele não precisar de “apoio” para disparar.
Rafa,
Ele é mais leve que o L118 com só um pouco a menos de alcance, e seu recuo é tão pequeno que não precisa de apoio.
Veja como o cano avança antes que haja o disparo, aumentando o curso do recuo de forma a diluir a força.
Bosco.
Acho que estou ficando muito rabugento, duvidando de tudo rsrs.
O que mais você achou de interessante nesse veículo e obuseiro?
É preocupante que ainda 11 grupos utilizem este material que hoje tornou-se obsoleto especialmente pelo alcance reduzido.
os M-109 irão para os 5º e 6º GAC AP, os quais terão 04 bateria de obuses por as GU a que servem são quaternárias.
Seria de todo interessante a aquisição de mais, mesmo que não fossem modernizadas, para substituição do M-114, o que se justifica pelo simples acrescimo de alcance.
Hoje temos, em termos de armas de tubo, e contando com o CFN, 90 peças com alcance superior ou igual a 20 KM. A Argentina tem 140, todas em calibre 155 enquanto nossas com este alcance são apenas 36.
Nossa artilharia de 155mm tem 08 grupos com 96 peças.
Sempre bom lembrar que os sistemas de saturação por foguetes não se prestam a certas espécies de missões prolongadas de foto que ainda exigem meios de tubo.
16 dos 29 grupos carecem de urgente modernização.
Bosco,
como seria o carregamento do Hawkeye ??
carregamento automatico ou manual ??
saberia a cadencia por minuto ??
Esse Hawkeye seria superior ao morteiro raiado francês, que o EB nacionalizou???
A proporção de HE na granada de morteiro, não seria maior???
Maurício,
O peso dos projéteis é mais ou menos o mesmo, com a vantagem que o obuseiro tem o dobro do alcance e maior precisão. Mesmo usando munição “convencional” o alcance é de 11,5 km. Com assistida chega a 15 km.
Wolf,
O carregamento é manual.
A cadência sustentada é de 6 tiros por minuto, mas por tempo curto pode ser de até 10 tiros.
Bosco, o morteiro raiado não perde em precisão para o obuseiro, Bate ponto também. E com granada assistida vai a treze Km, fora que tem cadência sustentada e imediata bem maiores que qualquer obuseiro.
Obuseiro 105mm em vista do morteiro 120 raiado so faz significativa vantagem com um alcance como o do L-118. .
Bosco,
carregamento manual hj em dia não seria uma “coisa antiquada” para o Hawkeye e similares vista que estão montados em veículos e não em reboques ??
Wolf,
Mas o que se quer é só um híbrido entre um obuseiro rebocado e um autopropulsado, com mair mobilidade, maior rapidez para entrar e sair de posição, etc.
Podem até no futuro desenvolverem uma versão AP com torreta, com alguma proteção blindada, e aí sim poderia ter lugar um carregador automático, mas nesse caso o que se quer é obter alguma vantagem em relação aos obuseiros leves AR e os morteiros pesados.
No caso do morteiro raiado, como o Colombelli disse, tem precisão próxima a do Obuseiro, e bem melhor que a dos morteiros de alma lisa, mas se for usar projétil assistido por foguete pra incrementar o alcance a precisão se reduz.
No caso um morteiro raiado com alcance de mais ou menos 7,5 km tem precisão equivalente, mas nesse caso esse canhão tem alcance de 11,5 km.
Mesmo o projétil assistido por foguete para o morteiro raiado tendo 13 km de alcance ainda esse obuseiro promete alcance 15,5 km de acordo com o fabricante. Ambos teriam sua precisão reduzida já que o uso de foguete para incrementar o alcance insere algumas variáveis difíceis de controlar (ex: tempo de queima, qualidade do propelente, etc.) e que induzem um maior erro. O ideal seria se todo projétil assistido por foguete tivesse algum sistema de orientação. Mas aí é outra história.
Vale salientar que há vários projetos de morteiro pesado montados em viaturas leves sobre rodas que não precisa de nenhuma preparação prévia, podendo se disparado com o veículo só apoiado sobre as rodas.
Bosco,
muito bem explicado.
Este sistema sobre veiculo tem uma vantagem fundamental sobre o auto-rebocado que é a rápida saida de posição.
A entrada em posição raramente se faz as pressas. Na ofensiva se tem tempo de preparar e entrar em posição, pois nós escolhemos a hora do ataque. Na defensiva, o plano de fogos prevê cobertura previa em cada posição possivel de avanço. Então o fato de uma bateria demorar em média 40 minutos pra entre em posição com um auto-rebocado não lhe causa desvantagem nenhuma. Não faz diferença ganhar tempo de entrada em posição.
A saida por outro lado é crítica. O adversário pode localizar a posição por meio de VANTS ou radares e ajusta fogo de contra- bateria. Logo, a saida de posição é o momento critico. Tem de ser a mais rápida possivel. Um auto-rebocado demora no minimo 05 minutos pra sair de posição. O AP 30 segundos ou menos.
Estudos feitos em fins dos anos 80 e início dos anos 90 demonstraram que entre o obuseiro 105mm sem alcance otimizado ( caso do L-118) e o morteiro pesado raiado de 120mm, o morteiro teria vantagens significativas pelo maior poder da granada e principalmente pela cadência de tiro que é quase o dobro do obuseiro. Apesar de o alcance do morteiro ser na faixa de 30% a menos com granadas convencionais isso não chegava a ser um problema, pois os tiros raramente são disparados no alcance máximo.
O motivo disso é o desgaste do material quando atira com carga máxima e o fato de que quando uma bateria entra em posição sempre deixa uma margem de alcance a ser ampliado em caso de necessidade. Por outras palavras, obuseiros e morteiros neste caso acabam operando na mesma faixa.
Quando levamos em consideração obuseiros com alcance na faixa dos 18 ou 19km com munição convencional e até 21 com assistida, ai a vantagem passa a ser de novo dos obuseiros.
Por conta da relativa equivalência em distâncias menores é que as nossas duas artilharias de selva tem duas baterias de M-56 e uma de morteiros pesados, todas a 06 peças.
Os restantes morteiros pesados dentre aproximadamente 120 já construídos estão nos batalhões de infantaria e regimentos de cavalaria blindada, à razão de 04 peças por unidade no Pel de Mort. Pes.
Colombelli, quando afirmaste que o EB tem 8 grupos com 96 peças, te referidas apenas as peças AR?
Grande abraco
Negativo Juarez.
Os 155mm são 05 grupos operando o M-114 sendo um em Minas, um no Rio, um em São Paulo e dois no RS ( Cachoeira do Sul e Ijui), e mais 03 operando o M-109 ( Um no PR e dois no RS)
Aliás, são 100 peças operativas e não 96, pois o GAC de Cachoeira tem 04 baterias de 04 obuses.
Com os novos M-109 A5 irá um grupo pro RS e um pro PR com 16 peças cada um a quatro baterias, substituindo os M-108, os quais deveriam ser mantidos a meu ver em reserva, pois estão em ótimo estado.
Então são 64 peças de 155 AR?
Vai ser dificil substituir todas a razão de 1 x 1 por peças novas e modernas.
Tavez quem sabe um grupo, o que mobília a aeromóvel com Hotweizer e as demais com M 198 que vem quase de graca.
Grande abraco
Juarez, o grupo orgânico da aeromóvel ja opera o M-56 Oto Melara, adequado as suas características.
Os grupos 155 compunham ou ainda compõe as artilharias divisionárias ( o localizado em SP não está mais enquadrado como tal).
A substituição pode ir desde um M-198 ou Soltan M-71 quase de graça até um M-777 a 3,5 milhões a unidade ou o CAEASAR a 6,5 milhões a unidade. Outra solução seria mais M-109 mesmo sem modernização que poderiam mobiliar as brigadas de cavalaria de Uruguaiana e a localizada no MS, sendo que o GAC da primeira ja opera meio AP. .
Se fossemos de M-198 ja seria um incremento de 9 km no alcance das peças e ao menos nos colocaria em condições de contrabateria com artillharia argentina.
Colombelli, talvez se possa mobiliar um grupo com M 777 ( para assimilar doutrina estado de arte) e os demais com M198, reduzindo o número de GAC AP para quatro equipados com M 109 modernizados e modernizando os 36 mais antigos.
Grande abraço
O EB opera os obuseiros tracionados M-114; M-101; M-56 e o Light Gun.
No outro EB, o britânico, o Light Gun foi concebido p/ substituir ao M-56, então exceto pela crônica falta de grana, o nosso EB teria planos de realizar a mesma mudança???
Maurício, 05 grupos operam o M-56 no caso do nosso EB. Dois de selva, dois das brigadas leves e um da PQDT.
A substituição somente seria viável para as duas leves agora que temos mais meios aeromóveis capazes de levá-los.
Na selva a substituição não é viável, pois o M-56 tem a vantagem de poder ser desmontado em várias partes para ser levado em um voadeira ou pode operar em balsas, sendo de transportabilidade melhor até que o morteiro 120mm. Na PQDT, o pequeno volume e os 600 kg a menos ainda é são vantagem pro M-56 que acabam valendo mais que os 10 km a mais de alcance que o L-118 tem.
Há também a questão do preço, já que o L-118 custa 1,8 milhão de dólares a unidade. A única fabricante do M-56 hoje em operação é a Norinco chinesa, de quem os argentinos adquiriam recentemente 12 peças. As nossas são de segunda mão.
A prioridade no EB deveria ser substituir os M-114 e os M-101 e M-102.
Juarez não teríamos como mobiliar 4 grupos com o M-109 modernizado, mesmo que modernizássemos todas as 40 peças recebidas, pois cada grupo opera com minimo de 12 peças em 03 baterias. Ademais, como irão operar em GU quaternárias, serão modernizadas 32 unidades para mobiliar dois grupos ( 5º e 6º) com quatro baterias.
Os restantes 36 tem planos de modernização.
Não vejo vantagem na adquisição de peças para apenas um grupo do M-777, pois a rigor nada há de muito complexo para ser assimilado. Apesar de prescindir da pontaria por goniômetro bussola que hoje usamos, pelo que´sua entrada em posição é muito mais rápida, o processo é bem simples e a execução em si do disparo não muda muito. Fora isso, há o preço, 3,5 milhões de dólares a unidade. O que se faz com um M-777 se faz com um M-198 ou um Soltan ( o Chile opera 36 peças). Melhor seria usar todos os recursos no escopo de modernizar todos os 16 grupos que ainda operam o M-114 e o M-101 e M-102 ( monoflecha). O aspecto critico ainda é o alcance reduzido de nossas peças.
Então se houvesse disponibilidade de verba, mudando de L-118 p/ M-119 talvez melhorasse algo nesse cenário, seria mais interessante substituir os M-56 nas unidades de infantaria leve disponibizando mais peças p/ a selva e/ou os paraquedistas.
Maurício eu sou mais o L-118 novo. Mas os EUA teriam ainda umas 360-400 peças do M-119 que poderiam ser negociadas.
Portugal fez opção pelo M-119.
Colombelli, eu imaginei o seguinte sobre os 155mm AP:
Modernizar os 36 que hoje temos no inventario para o padrão A5 e ficarmos com tão somente quatro grupos de APs, sendo dois aqui com a Brig blindada do Rs e dois com a do Paraná, porque:
Porque penso ser muito difícil manter a mesma dotação anterior que se tinha com M 108, e este arranjo talvez propocionasse uma padronizacao de doutrina operacional, racionalizacao e reducao de custos que seria revertida em maior numeros de exercicios de campo e tiro real, pois no meu modo de ver nao adianta termos um otimo obuseiro sem saber tirar o maximo dele por falta de treinamento.
Grande abraco
Juarez, na verdade a dotação será maior que a do M-108.
Hoje temos 48 M-108 operacionais, em três grupos, quais sejam o Mallet ( 6º GAC AP o ” Boi de Botas”, artilharia orgânica da Brigada Niederauer), o 22 GAC AP orgânico da 2 Brigada de Cavalaria, e o 5º GAC AP, Orgânico da 5º Brigada de Cavalaria, sediado em Curitiba.
Cada um deles tem 04 baterias de 04 obuses.
A modernização do lote belga de M-109 está nos planos do EB para o padrão A-5. Quando e se isso ocorrer, teremos 68 peças padrão A-5. o que daria pra mobiliar 04 grupos a 04 baterias ou 05 grupos com 12 e 16 peças .
Mas a princípio o que irá ocorrer é que teremos 05 grupos de M-109, quais sejam, o 29º de Cruz Alta, o 16º em São Leopoldo e o 15º em Lapa-PR, que ja o operam, e mais o 6º e o 5º que receberão o lote norte americano de 32 peças em substituição ao M-108, sendo os 03 primeiros com 12 peças e os dois mais recentes com 16 peças.
Restará o 22 GAC AP com o M-108 em Uruguaiana.
Não acho que termos 05 grupos do M-109 ao invés de 04 vá mudar muita coisa, sobretudo porque mantida a concentração em dois nichos ( RS e PR)
Já quanto ao treinamento, a modernização irá reduzir drasticamente a necessidade de treinamento de campo. Hoje o tiro de artilharia ainda é feito com TDA e T Loc, conforme aprendi na infantaria pra operar o morteiro pesado, e com apontamento por goniômetro bussola. Já a parte da peça e seu manejo nada tem de complicado, pode ser ensinado facilmente em um dia e treinado em qualquer lugar sem necessidade de disparo real ( procedimentos de conteirar, carregamento, disparo e correção).
Com a modernização, a pontaria passa a ser feita por GPS, e se reduzirá a praticamente inserir coordenadas em um display, ou seja, o treinamento de tiro será ainda menos necessário. Pra que se tenha uma ideia, com o morteiro pesado hoje, ainda com o sistema de 10 anos atras,, é comum uma guarnição que nunca atirou dar disparo NA no segundo ou terceiro tiro.
Ademais, o EB implantou ano passado o SAFO, simulador de apoio de fogo, que substitui para o OA ( observador avançado) o exercício real com enorme vantagem. é pra o observador que mais faria falta o tiro real.
A rigor, o tiro real so serve hoje para adestrar a guarnição da peça para o barulho ( o que também é importante, caracterizando o batismo de fogo e o “gole da água do estojo”), pois o resto todo pode ser treinado dentro do aquartelamento sem perda de eficácia.
Por fim, a doutrina geral de emprego não irá mudar muito com o M-109-A5. A unica grande mudança que se operou nos ultimos anos em artilharia foi a capacidade TOT- Time on target, onde uma mesma peça pode dar até 08 disparos de forma a cairem todos ao mesmo tempo no alvo mudando a elevação do tubo a cada disparo, mas o a A-5 não terá esta capacidade que existe por exemplo no Pz 2000.
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