A arma definitiva: primeiro bombardeio nuclear da história
Há 70 anos, Hiroshima era arrasada pelo primeiro bombardeio nuclear da história
Os bombardeamentos atômicos das cidades de Hiroshima e Nagasaki foram dois bombardeios realizados pelos Estados Unidos contra o Império do Japão durante os estágios finais da Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945. Foi o primeiro e único momento na história em que armas nucleares foram usadas em guerra e contra alvos civis.
Depois de uma campanha de bombardeios que destruiu várias cidades japonesas, os Aliados preparavam-se para uma invasão do Japão. A guerra na Europa terminou quando a Alemanha nazista assinou o acordo de rendição em 8 de maio de 1945, mas a Guerra do Pacífico continuou. Juntamente com Reino Unido e China, os Estados Unidos pediram a rendição incondicional das forças armadas japonesas na Declaração de Potsdam em 26 de julho de 1945, ameaçando uma “destruição rápida e total”.
Em agosto de 1945, o Projeto Manhattan dos Aliados tinha testado com sucesso um artefato atômico e produzido armas com base em dois projetos alternativos. O 509º Grupo Composto das Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos foi equipado com aeronaves Boeing B-29 Superfortress que poderiam ficar em Tinian, nas Ilhas Marianas. A bomba atômica de urânio (Little Boy) foi lançada sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945, seguido por uma explosão de uma bomba nuclear de plutônio (Fat Man) sobre a cidade de Nagasaki em 9 de agosto. Dentro dos primeiros 2-4 meses após os ataques atômicos, os efeitos agudos das explosões mataram entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil seres humanos em Nagasaki; cerca de metade das mortes em cada cidade ocorreu no primeiro dia. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, envenenamento radioativo e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da radiação. Em ambas as cidades, a maioria dos mortos eram civis, embora Hiroshima tivesse muitos militares.
Em 15 de agosto, poucos dias depois do bombardeio de Nagasaki e da declaração de guerra da União Soviética, o Japão anunciou sua rendição aos Aliados. Em 2 de setembro, o governo japonês assinou o acordo de rendição, encerrando a Segunda Guerra Mundial. O papel dos bombardeios na rendição do Japão e a sua justificação ética ainda são pontos debatidos entre acadêmicos e na sociedade.
FONTE: wiki
Antes que moralistas seletivos venham trazer as mesmas críticas de sempre, lembremos que somente na Manchúria o exército japonês matou 200.000 chineses. Sem contar as mulheres e adolescentes capturadas para servirem de escravas sexuais.
Não tem mocinho nessa história. E quem semeia fogo colhe devastação.
Rafael M. F.
Em Manila, nas Filipinas, os japoneses mataram 100 mil civis a sangue frio.
Em Nanquim, mais 100 mil…
E assim vai!
seguindo a lógica dos senhores acima creio que seja moralmente justificável os ataques de 11 de setembro.
Já disse no outro site mas não custa repetir…
A bomba da destruição
Somente a maior mortandade de seres humanos já registrada.
Foram utilizadas num momento em que as forças armadas japonesas já estavam em frangalhos e coincidentemente no período em que a URSS começou a invadir.
Outras atrocidades foram perpetradas por ambos os lados, mas nenhuma matou tantos tão rapidamente e tão indiscriminadamente…
O que acredito que poderia ter feito na época era lançar a primeira em uma área desabitada (demonstração de força) e ameaçar lançar uma por semana em locais cada vez mais estratégicos até a rendição total.
Mas não se muda o passado.
Que esses eventos nunca mais ocorram.
Foi a arma definitiva, aquela que paradoxalmente tornou a paz possível. O moralismo seletivo dos antiamericanos patológicos sempre pinta os ataques a Hiroshima e Nagasaki como crimes de guerra mas esses hipócritas fazem questão de omitir o contexto. É fato que a despeito de estar em frangalhos, com suas cidades sendo varridas por devastadores ataques aéreos com bombas incendiárias, o Japão não iria se render. Os líderes militares, especialmente o Primeiro Ministro Tojo, queriam combater até o último civil. As sangrentas campanhas de Iwo Jima e Okinawa foram amargas prévias do que viria na planejada operação Downfall, onde se planeja a perda de 270.000 soldados dos EUA e 1 milhão de civis japoneses.
Do lados dos EUA havia um país cansado de guerra, com a economia em frangalhos, os cidadão já não muito dispostos a provações tais como guardar o óleo de cozinha usado, economizar sucata e comprar War Bonds. Sem falar em ter de enterrar seus filhos ceifados em batalhas cada vez mais encarniçadas. De igual forma a moral dos soldados escalados para a tarefa era baixa, especialmente entre aqueles que seriam transferidos do TO europeu. Imagine para um soldado que penou nas praias da Normandia e nas Ardenas ter de enfrentar os fanáticos japoneses? Por tudo isso, as duas bombas restam plenamente justificadas.
Em suma: mataram 250.000 para salvarem milhares de americanos. E milhões de japoneses.
A guerra, muitas vezes, nos obriga a escolher entre uma opção péssima e uma opção catastrófica.
Correção:
…salvarem centenas de milhares de americanos.
HMS_TIRELESS
Perfeito, ou como gosto de resumir:
Bonito não foi, mas duas bombas, 300 mil mortos, fim da guerra. Quem critica, o que faria no lugar?
Embora a ideia do Ferreras é inteligente. Pena que não pensaram nisso na época.
Demonstração de força, analisando a lógica da época não seria suficiente. A meu ver, haveria relatórios bem “confortáveis’ dizendo que a bomba não era táo devastadora e isto poderia levar a mais bombardeios.
Toleman: Obrigado .
Cfsharm: Pode ser que realmente não seria suficiente, mas ai a opção teria sido do Japão.
Os japoneses atacaram 1º. Independente do que alguns falem por ai, de que os yankees “sabiam que seriam atacados”, que “deixaram acontecer”, que o tapioca mordeu beijú, etc. Os nipônicos começaram. E pagaram o preço por se meterem com quem não deveriam se meter.
Tiveram o que mereceram. De minha parte, fosse eu americano e tivesse poder para tal, teria exterminado a população japonesa e por fim afundado todas as suas ilhas no oceano.
Não mecha com quem está quieto para não se arrepender depois.
As bombas foram necessárias, os Americanos estavam certos em usá-las, o mundo (URSS) precisava saber do poder da nova arma. Se não fosse por isso, os Japoneses não iriam se render, e o único que iria se beneficiar da continuação da guerra era o Stalin no qual ia conseguir conquistar mais território. Imaginem o que seria do Japão hoje divido em 2 territórios igual a Coreia. E triste falar mas essas mortes foram necessárias para se evitar um mal maior.
Mas também os Americanos fizeram uma tremenda de uma cagada de ter pedido ajuda para os Soviéticos ajudarem na guerra contra o Japão.
O extremo oriente da Asia hoje seria totalmente diferente se os russos não tivessem invadido a Manchuria.
Truman foi o primeiro e ainda único presidente americano a autorizar o uso de armas nucleares. E por isso mesmo ele impediu o MacArthur de usá-las durante a guerra da Coréia. Pois MacArthur não queria que a guerra terminasse em um “empate” e sugeriu publicamente o uso da bomba atômica contra a China.
Na época o Truman irritou os planejadores militares ao mantê-la sob estrito controle presidencial; não permitiria, disse a seu secretário de defesa, “que algum tenente-coronel precipitado decidisse o momento apropriado de lançá-la”. Embora ele também estivesse convencido de que, sem a bomba, “os russos provavelmente teriam tomado a Europa há muito tempo”.
A discussão sobre a “moralidade” do uso das bombas atômicas é falsa. O cálculo de economia de vidas humanas, se a guerra convencional houvesse continuado era necessário e foi feito. Obviamente, ninguém – que não seja um sociopata – tem prazer em tomar tal decisão… Mas, ela era e foi necessária para abreviar a guerra e evitar a morte de centenas de milhares de indivíduos, militares ou não. SDS.
Todo ano é a mesma coisa, os falsos moralistas tomam a atitude fácil e popular de condenar os ataques atômicos, mas a vasta maioria nunca leu uma linha sobre o assunto.
Os bombardeios de verão contra os japoneses destruíram 68 cidades, sendo dois deles com armas nucleares. O ataque a Hiroshima (o mais eficiente dos dois) foi o segundo mais letal e o quarto em área destruída. Ou seja, exceto pelo fato impressionante de ter sido feito por um único avião (e pelo efeito radioativo até então subestimado), ele não diferia em nada dos outros, e justamente por isso não provocou a reação imediata de rendição dos líderes japoneses. Esses indivíduos buscavam a qualquer custo termos mais vantajosos de rendição, e não hesitaram em sacrificar seu povo por isso.
Quanto a essa conversa absurda de que o Japão estava prestes a se render, ela só pode ser sustentada por quem não conhece o espírito japonês da época, que desprezava completamente a vida humana (a dos próprios japoneses, e o que dirá a dos inimigos e povos conquistados). Quem leu sobre a batalha de Okinawa sabe o quanto ilusório é esse pensamento.
As armas nucleares também foram uma excelente desculpa para os líderes japoneses e para o imperador para justificar a derrota. A guerra já estava obviamente perdida, mas fizeram parecer que somente as bombas provocaram a derrota. Assim, convenientemente se “esqueceram “ de todas as decisões estúpidas que haviam tomado por 04 anos.
As bombas, paradoxalmente, salvaram vidas americanas, japonesas e de muitos asiáticos e prisioneiros que se encontravam sob o jugo da mais perversa, cruel, criminosa e desumana força armada dos tempos modernos. E isso, os falsos moralistas não conseguem admitir.
Por fim, hoje, defende-se que a iminente invasão soviética foi mais importante para a rendição do que a ameaça de novos ataques atômicos (até porque não havia mais nada para ser destruido), o que de certa forma prova que o comunismo é pior até mesmo que uma hecatombe nuclear.
Mais um detalhe óbvio: quando se é um militar, o calculo de vidas que conta é o de vidas dos SEU lado. como dizia o genial Patton, “não morra pelo seu país, faça o inimigo morrer pelo dele!”
Que pena que não deu tempo para jogar 1 na cabeça do Hitler,Mussolini e outra na de Stalin.
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=BmIBbcxseXM&w=560&h=315%5D
Ops, tentei incorporar mas não deu certo.
Segue o link:
https://www.youtube.com/watch?v=BmIBbcxseXM
Rsrsrs, agora deu, hehehe.
Esse vídeo é ótimo, a melhor parte são os comentários…
Pode-se dizer que as bombas atômicas contribuíram para o fim da guerra, assim como a destruição do grupo de exércitos do Japão na invasão da Manchúria, pelos exércitos soviéticos. A facilidade com que a União Soviética dividiu e fragmentou os japoneses impressionou os militares japoneses e o próprio imperador japonês! Mas o que pesou na rendição japonesa não foi o medo de uma invasão pelos “bárbaros” soviéticos e sim a perda do poder de barganha por parte dos japoneses. Desde 1943 eles tentavam negociar a paz em troca de concessões territoriais e mesmo antes da invasão soviética eles tentaram prolongar o pacto de neutralidade com Stálin em troca de territórios concedidos.
Neste contexto, as bombas atômicas tiveram um impacto sim, mas o impacto foi mais sentido no território continental. Mais precisamente em Moscow…
Ps: Fábio CDC, Godzilla aprovou seu comentário!
Ps2: Como disse Warpaddy, os líderes japoneses estavam dispostos a sacrificar até o ultimo japonês antes da rendição, conceito que eles nem compreendiam, seja numa luta até a morte com invasores ou levando bomba incendiária e atômica na cabeça!
Ferreras, infelizmente os americanos não usaram a sua idéia. Naquela altura, pareceria mais um blefe logo após Stalin ter mostrado uma mão vencedora! Deve ter caído os butiá dos bolso do menino Stalin…
Olha, modestia à parte, o video do padre so confirma o que escrevi, rsrs
A propósito, às vezes vejo alguém falar que a URSS invadiria o Japão caso os EUA não chegasse primeiro, mas como? Pegar as Ilhas Curila é uma coisa, invadir Honshu é outra totalmente diferente.
Até meados dos anos 50, início de 60, a frota soviética de superfície era relativamente pequena e sua força anfíbia ainda mais insignificante; sem comparação com a dos americanos.
As bombas atômicas serviram para por um ponto final na guerra. Sem elas o Japão teria resistido por sabe-se lá quantos meses e o conflito teria um desfecho muito incerto.
As bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, embora com desenhos diferentes (tipo canhão e tipo implosão), representam a primeira geração das armas nucleares, sendo ambas do tipo “fissão”.
A segunda geração são as armas nucleares de fissão intensificada (fissão/fusão/fissão) que têm algum material fundível (trítio e deutério) que após a reação de fissão se fundem e no processo liberam nêutrons que irão otimizar a reação de fissão.
Com esse artifício técnico se consegue reduzir a quantidade de material físsil para um dado rendimento explosivo. A reação de fusão é ínfima só colaborando com a reação em cadeia e não incrementa em nada a energia liberada pela reação de fissão.
A terceira geração são as chamadas bombas termonucleares, com dois estágios (fissão e fusão), e usam o material físsil (urânio ou plutônio) do primeiro estágio como estopim do material fundível (deutério, trítio) do segundo estágio. A maior parte da energia desprendida (80% +) fica por conta da reação de fusão.
Há bombas com três estágios (ou multiestágios) de fissão/fusão/fusão, com megatoneladas de rendimento, como a Bomba Czar que tinha 50 Mt.
As de quarta geração são as bombas de fusão pura, que ainda não foram desenvolvidas mas são plenamente possíveis de existir no futuro próximo. A vantagem seria não haver radiação residual já que ela não empregaria o “estopim” de fissão. A desvantagem seria que poderia ser produzida por qualquer país (ou organização não estatal) com conhecimento de como fazê-la, mesmo que não tenha capacidade de enriquecimento de material físsil e estaria livre de qualquer tipo de controle internacional.
Desculpem-me pelo off topic.
Perfeito Bosco, no mais eles cutucaram o gigante, o mesmo se levanta e arrebenta com eles e ainda querem por a culpa nos americanos, eu bato é palmas… fico foi barato pros japoneses.
“As de quarta geração são as bombas de fusão pura, que ainda não foram desenvolvidas mas são plenamente possíveis de existir no futuro próximo. A vantagem seria não haver radiação residual já que ela não empregaria o “estopim” de fissão”
-Seria terrível, com potencial de banalizar a produção e USO de armas atômicas(imagina se os EUA dispõe deste tipo de arma, certamente teriam usado nas montanhas e cavernas do Afeganistão), porém é provável que haja radiação residual porque materiais não radiativos passam a emitir radiação quando expostos a grandes quantidades de energia.
Como você parece um cara inteirado no assunto qual seria a fonte inicial para desencadear e manter a reação de fusão?
Andrei,
Haveria sim alguma radiação residual mas seria pouco digno de nota.
Quanto ao “gatilho” desse tipo de artefato é citado o uso de laser, de supercapacitores, materiais exóticos, etc. Há muita referência na web.
Em outro extremo dessa tecnologia há a bomba de Háfnio que apesar de “convencional” poderia produzir um rendimento na faixa do Kt.
Um abraço.
obrigado pelas dicas e esclarecimento.
Sempre nesse época, diante dos discursos anti-americanos, convém lembrar do ataque covarde de Pearl Harbor, pois nem havia guerra declarada entre os dois países, e não sou o único a afirmar que se o Japão tivesse armas nucleares com certeza as usaria contra a China e EUA, sem nenhum escrúpulo. Convém lembrar, ainda, que os EUA ergueram o Japão pós-guerra, eles são o que são graças aos americanos, isso é fato. A europa ocidental idem, receberam ajuda financeira dos EUA e hoje são os países mais desenvolvidos do mundo.
Dificil é ver a coisa pelo lado do civìl que foi desintegrado sem ao menos saber o que aconteceu…
Sugestão para quem quiser entender melhor o que os japoneses experimentaram. Um simulador de bomba nuclear, o nukemap.
https://teclogos.wordpress.com/2015/08/07/bombas-atomicas-simulacao-e-uma-sugestao-de-exercicio/