BAE Systems vai atualizar 236 blindados M113 do Exército Brasileiro por US$ 54,6 milhões
O dos EUA informou que a BAE Systems foi premiada com um contrato de US$ 54,665 milhões de preço fixo pelo Foreign Military Sales, para atualizar 236 veículos blindados M113 para o Brasil.Departamento de Defesa
O trabalho será realizado em Minneapolis e Hopkins, Minnesota; Santa Clara, Califórnia; e Emporia, Kansas, com data de conclusão estimada em 31 de dezembro de 2018.
Antiamericanalha se lamuriando em 3, 2, 1…
Boa tarde Senhores!
Uma grande duvida paira em minha cabeça nesta tarde chuvosa e fria da São Paulo desvairada:
São 236 “novos M-113 adquiridos nos EUA dos estoques infindáveis do USArmy que serão modernizados e transferidos?
Ou estamos falando de mais 236 do EB que serão modernizados pela mesma Bae Systems que já realiza um trabalho de modernização em alguns M-113 (mais precisamente 434 unidades ou Kits de modernização de um contrato firmado em Junho/2014 que elevaria os carros para o modelo M113A2Mk1, mesmo contrato em que foram contratados 40 kits de modernização para o Obus AR M-109 para o padrão A5+)?
Vader ainda sou a favor do Marder mas como não temos $$ nem mentalidade cavalariana suficiente dentro e fora do EB…vamos com isso mesmo…melhor do que como está já que a indisponibilidade do M113 é absurda.
CM
Vader 25 de julho de 2015 at 11:09 #
Olha Vader, não é lamúria de antiamericano não!
Mas não entendo a lógica (sou um mero civil): contigenciam as verbas para o Guarani, que é novo e aí liberam a “atualização” dos M-113 e para Mk1?
Só queria entender!
Pois então Eparro, também não entendo algumas contratações/opções, parece até que o país está nadando à largas braçadas. Vale citar que ontem (24/07/2015), o dólar comercial foi cotado à 3,345, ou seja, fazendo uma conta de padaria, são aproximadamente R$ 184 milhões gastos lá fora (depois, qual é a moral que o GF tem, pra querer evitar que o brasileiro comum gaste no exterior?!?!).
Quando falta argumentação para justificar sua passionalidade, “iluminados, leitores e interpretadores de mentes” aparecem com tais argumentais. Puts, é pracabar!!! rsrs
Claudio, a “vantagem” do Marder é que a KMW, está louquinha pra dar serviço pra sua unidade em Santa Maria. Vale citar que, em conta de padaria, são US$ 4,3 milhões, ou um pouco mais de R$ 14 milhões de reais por unidade modernizada, custaria estaria custando o Marder usado na Alemanha, alguém tem ideia de valores?!?!
Até mais!!! 😉
*argumentações
** quanto estaria custando
Antiamericanalha??? Rsrsrs.
Não, qualquer bujinganga do tempo do Vietnã é o melhor do mundo!!! Basta ser Made in America!
Modernizem de novo o M-113, comprem mais tambem!!! Não da para trazer algums Sherman tambem não? Jeep Wyllis? É só modernizar!!!
USA! USA! USA!
Poderíamos ter feito algum convenio entre a Iveco, por exemplo, e a Bea, ou a Avibrás, algo assim, para modernixar essas carroças aqui no Br e gerar algum emprego e Know How…
Do jeito que está sendo feito, ok, é bom modernizar, mas, desperdiça-se dinheiro, que poderia ser empregado localmente, ou poderiamos realmente dar prioridade a um veiculo nacional, que gerasse emprego e know how.
Isso é simplesmente dar grana ao americano em troca de modernizar um troço que já está obsoleto…
Mania de terceiro mundo de querer lixo usado do gringo…
Pois é João Filho, concordo com vc, vamos aproveitar, comprar alguns shermans, e depois mandar os americanos moderniza-los novamente… eles ganham grana, nós então podemos brincar de ” American Army” …
Se bem que aqui está mais como Quartel Swampy mesmo…
Claudio Moreno
25 de julho de 2015 at 12:18
Cláudio, também fiquei na dúvida se é o mesmo contrato, se é a continuação daquele primeiro ou se é um novo contrato. Pelo visto o EB está modernizando\atualizando todos seus M-113 aos poucos.
Mas não tenha a menor esperança de que sejam VBTPs novas. O EB não compra M-113 desde os anos 80, e não seria agora no apagar das luzes da operacionalidade de tal arma que faria diferente.
Fazer o quê? Sou o último a defender esta joça de M-113, até porque como ex-infante blindado sei bem quais as capacidades e defeitos desta VBTP, mas como tenho dito depois que o Bravphil-PuThânphia foi pro vinagre, “é o que tem pra hoje”… 🙂
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eparro
25 de julho de 2015 at 13:34
Eparro, tô com preguiça de procurar quanto custa cada Guarani, mas modernizar mesmo umas velharias como estes M-113 por US$ 200 mil a unidade é uma pechincha. É o preço de um carro esporte por cada blindado.
Por esse preço só o imenso complexo industrial norte-americano consegue fazer. Fosse aqui no Brasil iria custar o triplo e demorar 10 anos.
Não tem comparação. Aliás, nem se pode comparar, já que são armas diferentes para finalidades completamente distintas.
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O resto são as lamúrias de sempre, dos de sempre… 😉
O último contrato do Guarani foi de cerca de R$ 191 milhões para 60 unidades, sendo que a publicação no DOE não menciona a existência de algo adicional, só os veículos mesmo.
Na conta de padaria e supondo a manutenção do preço anterior, daria para o EB comprar 57 Guaranis com o valor dessa modernização dos M113.
A meu ver, 57 Guaranis novos possuem valor militar superior a 236 M113 modernizados, dada a blindagem superior e que é 100% novo, dentre outras coisas.
Já o EB pensa o contrário. Espero que ele tenha bons motivos para essa escolha.
Rafael,
desculpa ai, mas essa lógica ai não bate não, mesmo SE o Guarani fosse muitas vezes superior, coisa que não é, ele é apenas melhor que os M-113 que tb não é lá essas coisas tb.
Mas o mais importante que vc não está conciderando é o fato de que um blindado não pode está em 2 lugares ao mesmo tempo.
236 M-113 é uma proporção de 4:1 com relação aos seus 57 Guaranis… essa conta/alternativa simplesmente não bate. Sorry.
Isso ai é o bom e velho PF basicão mesmo… e não terá nada melhor pela próxima década inteira e ponto.
Grande Abraço.
Vader 26 de julho de 2015 at 17:45 #
Rafael Oliveira 27 de julho de 2015 at 10:34 #
Oganza 27 de julho de 2015 at 12:56 #
Vader, agradeço a atenção!
Boas considerações. Parece-me mesmo que, “com o que se tem para hoje”, a quantidade tem relevância.
Boa tarde Senhores!
Bem vamos lá…eis um tema que me sinto à vontade para comentar.
Vamos por partes:
Lá em cima perguntaram o valor da VBTP-MR Guarani, levando-se a previsão de aquisição de 2044 a um preço de contrato global fixado em US$3.9 milhões temos um preço unitário médio de US$1.66 milhão (podendo haver variações).
O valor de um VBCI – Marder 1A5-A2 do qual a Bundeswehr possui em estoque um pouco mais que 590 unidades, acredito que não sai por menos que US$2.5 milhão a unidade. Mas vale a pena lembrar que os chilenos pagaram nas cem unidade do Marder 1A3 a bagatela de US$466.000 (isso mesmo quatrocentos e sessenta e seis mil dólares a unidade) lá em 2008 e estão prestando ótimos serviços à arma blindade de aquele país.
Penso que seria possível chegar a um meio termos com os alemães que como disse o colega Wellington Góes estão loucos para dar trabalho a sua unidade da KMW de SM/RS.
Em termos puramente técnicos, é desnecessário eu perder meu tempo digitando e os colegas lendo…o Marder é superior ao M113 com larga folga, execeto pelo numero de infantes transportados. O mesmo pode-se dizer ao Guarani que é outra categoria de veículo.
CM
Grande Oganza,
Claro que se avaliarmos sob essa ótica de não poder estar no mesmo lugar ao mesmo tempo, minha conta não fecha.
Mas existem outras formas de avaliar isso, mesmo levando em conta que são veículos de categorias diversas (rodas x lagartas):
Quanto tempo de vida os M113 terão após essa “modernização”? E um Guarani novo?
Qual o custo de manutenção desses dois veículos?
Qual será a disponibilidade de um M113 e a de um Guarani?
Mesmo levando em conta que o Guarani não é o melhor do mundo em termos de blindagem e proteção contra IEDs, ele é melhor que o M113, certo?
Qual deles está mais apto a cumprir a missão adequadamente? Já que não basta o veículo estar em determinado lugar, ele deve estar apto a ser efetivo.
Apesar de não ter dados, acredito que o Guarani seja melhor em todos esses pontos que eu levantei, dado que se trata de um veículo projetado recentemente e que vem zero km.
No mais, há uma tendência mundial na redução dos equipamentos militares, trocando-se quantidade por qualidade.
PS: a modernização consiste em: nestes trabalhos, os cascos, escotilhas e rampas dos veículos serão reutilizados, enquanto que os demais componentes, inclusive os motores, as transmissões e os sistemas de refrigeração, serão substituídos ou reformados.”
Abraço!!!
No meu entendimento, insistir com o M-113 é o mesmo que a FAB insistir em comprar e modernizar mais F-5.
Até mais!!! 😉
Wellington Góes
A FAB já fez isso recentemente.
Esqueceu dos F5 jordanianos?
Ó vida, ó azar… 🙁
Interessante que o maior, e mais profissional, exército do mundo insiste em manter seus M113 no inventário ativo… Pq o EB estaria errado em faze-lo ?
Errado é usar M113 como APC na linha de frente…
De resto, o mesmo ainda se mostra útil na maioria dos exércitos do mundo
Alfredo além da questão da utilização do M133 nos EUA e no Brasil ser diferente, conforme você destacou, também é bom destacar que o M113 americano oferece melhor proteção aos seus soldados, dado que passou por uma modernização diferente daquela contratada pelo EB.
Além disso, a minha crítica maior é o fato dos recursos serem escassos e que o EB, tendo R$ 184 milhões para gastar, poderia alocado melhor esse valor em algo que aumente realmente sua capacidade de combate.
O problema não é só e simplesmente comprar mais M-113 e modernizá-los, mas como ficaria após tal modernização. Se ainda fosse algo como proposto neste link abaixo….
http://www.deagel.com/library1/medium/2006/m02006120900180.jpg
O problema é que será uma modernização meia boca.
Vale lembrar, também, que M-113, mesmo com a melhor modernização possível, não aguenta quase nada contra minas e IEDs, pois tem o fundo plano e rente ao solo. Como principal VBTP-ML (ou seja, viatura que acompanha os Leo 1A5 na linha de frente) estamos e estaremos mal servidos durante muito tempo ainda. É lógico que o blindado em questão ainda tem valor militar, mas não como linha de frente em um exército que quer se tornar representativo, pelo menos, no cenário regional.
Tem algumas lógicas a qual não entendo. Algumas cabeças exigem e esbravejam o bom e do melhor em VBTP-LR, mas se contentam com um VBTP-ML da década de 50 e 60 só porque é Made in USA?!?!
Até mais!!! 😉
Rafael Oliveira
27 de julho de 2015 at 10:34 #
“A meu ver, 57 Guaranis novos possuem valor militar superior a 236 M113 modernizados, dada a blindagem superior e que é 100% novo, dentre outras coisas.”
Rafael, como bem lembrou o o Oganza, mas reforçando: números também são uma qualidade.
Nem a pau que 57 Guaranis substituem 236 M-113. A começar que 57 Guaranis mobiliam pouco mais de um Batalhão de Infantaria Mecanizada, ao passo que 236 M-113 mobiliam pelo menos uma Brigada de Infantaria Blindada, ou seja uma Grande Unidade completa!
Outro lado, o M-113 é sobre lagartas. Possui um emprego bastante diferente do Guarani. Basicamente é um veículo típico de Infantaria Blindada, que emprega o choque, movimento e proteção balística para dispor a tropa na linha de frente. Se realmente operacional, vai a todo o terreno, inclusive aqueles que o Guarani não ousaria.
Blindados não são coisas tão complexas quanto CCs ou aeronaves. São armas rústicas mesmo, e desde que estejam funcionando (i.e. rodando em qualquer terreno) e com um mínimo de proteção e armamento, podem e devem ser utilizados.
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Claudio Moreno
27 de julho de 2015 at 14:01
Então Claudio, afora a questão do número de tropas embarcadas, que é mais do que relevante, e:
Supondo que este valor de US$ 466.000 verdinhas esteja correto (não estou duvidando, desconheço mesmo);
Supondo que o Bundeswehr estivesse disposto a nos vender seus Marder;
Supondo que estes Marder viessem repotencializados/atualizados como virão os M-113, o que é improvável (creio que por este preço o Chile comprou no estado em que se encontravam);
Supondo que nos vendessem pelo mesmo preço “de mamãe para filhinho” pago pelo Chile em 2008, o que é altamente improvável (até pelo decurso do tempo);
Supondo que os custos de manutenção do Marder sejam os mesmos do M-113, o que sem dúvida é ainda mais improvável;
E, considerando que os custos de manutenção ordinária do M-113 para o EB após quatro décadas de afinidade da tropa com eles é mínimo (para não dizer nenhum, dado que pouquíssima manutenção nível parque é feita no dia-a-dia);
Ainda assim teríamos um grande problema: o que fazer com o meio milhar de M-113 que temos no EB, armas que, conquanto antigas, ainda estão funcionais (basta ver o enorme número de países que ainda o utiliza, apesar de suas limitações).
O que quero dizer é que não se troca a maior força blindada da América Latina do dia para a noite, ainda mais num país em crise, e num Exército com inúmeras outras prioridades. Não se joga simplesmente num aterro 584 M-113 e se troca tudo por Marder sem um profundo planejamento, inclusive no que toca a doutrina de emprego, mobiliamento e organização das unidades, etc.
E ainda que o EB fosse fazer isso, creio que se deveria pensar em outras alternativas muito mais modernas que o Marder.
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Rafael Oliveira
27 de julho de 2015 at 14:04
Rafael, insisto que comparar Guarani com M-113 é como comparar canhão com morteiro, ou seja: são armas diferentes, para empregos diferentes. Mas vamos lá.
“Quanto tempo de vida os M113 terão após essa “modernização”? E um Guarani novo?”
Os M-113 durarão por quanto tempo for possível meter um motor dentro dele, e enquanto for operacionalmente relevante.
Entenda: VBTP’s como o M-113 são armas rústicas, verdadeiros táxis de batalha que só servem pra levar o infante até a linha de frente com um mínimo de proteção e mobilidade, ao último ponto coberto e abrigado para se fazer o assalto à posição defensiva, eventualmente apoiando com seu tiro tenso tal assalto. É para isso que o EB o usa, e para essa função o M-113 é mais que suficiente: qualquer coisa além disso é para outra viatura, e não para o M-113.
“Qual o custo de manutenção desses dois veículos?”
Não sei qual o custo do Guarani, mas te garanto que o custo de manutenção do M-113 para o EB, após quatro décadas de afinidade, se aproxima “perigosamente” do 0 (zero)! 🙂
“Qual será a disponibilidade de um M113 e a de um Guarani?”
A disponibilidade do M-113 e do Guarani é a mesma: para suas respectivas funções, e dentro de suas respectivas características, basta dar manutenção em um e outro.
“Mesmo levando em conta que o Guarani não é o melhor do mundo em termos de blindagem e proteção contra IEDs, ele é melhor que o M113, certo?”
Sem dúvida, mas isso não garante em absoluto que num TO “quente” o infante embarcado num Guarani vai ter maior chance de sobrevivência que o embarcado no M-113.
IEDs já destruíram Abrams e Leopard 2, pra não falar nos T-“qualquer coisa” russos que a gente vê explodir aos montes em qualquer guerra. De modo que no que toca a blindagem e IEDs, um como outro dão na mesma.
“Qual deles está mais apto a cumprir a missão adequadamente?”
Infantaria/Cavalaria Blindada: M-113
Infantaria Mecanizada: Guarani
São missões distintas.
“Apesar de não ter dados, acredito que o Guarani seja melhor em todos esses pontos que eu levantei, dado que se trata de um veículo projetado recentemente e que vem zero km.”
Não é assim amigo.
“No mais, há uma tendência mundial na redução dos equipamentos militares, trocando-se quantidade por qualidade.”
Verdade. Desde que você não tenha um Exército recheado de conscritos que nunca deram um tiro de Winchester .22 na vida. Para um Exército como estes não adianta dar um FN-SCAR, um monte de parafernálias tecnológicas e metê-lo num Stryker, que não vai mudar nada.
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Repito amigos:
Para o que o EB quer e usa os M-113, para nosso TO sul-americano, e para a nossa Infantaria Blindada, esse negócio foi uma pechincha, como jamais conseguiríamos em outro lugar que não no USA, muito menos no Brasil.
E eu que pensei que jamais defenderia esta joça de blindado…
🙂
Wellington Góes
27 de julho de 2015 at 20:24
“O problema é que será uma modernização meia boca.”
Não, será a modernização necessária para o que o EB precisa deles.
Vale lembrar, também, que M-113, mesmo com a melhor modernização possível, não aguenta quase nada contra minas e IEDs, pois tem o fundo plano e rente ao solo.
M-113 não é “tanque caça-minas”, ferramenta de sapa, nem foi feito para resistir a IEDs, resistência esta que, como disse anteriormente, carros de combate muito mais pesados não possuem.
“Como principal VBTP-ML (ou seja, viatura que acompanha os Leo 1A5 na linha de frente) estamos e estaremos mal servidos durante muito tempo ainda.”
Eu prefiro esse aqui, ó:
https://en.wikipedia.org/wiki/Namer
Mas cada um custa 3 milhões de verdinhas, de modo que pra mobiliar toda a Infantaria e Cavalaria Blindadas Brasileira custaria uns dois bilhões de dólares… 😉
Tovarish, se informe melhor e verá que a Infantaria Blindada pode até seguir a Cavalaria de Combate, mas dificilmente a “acompanha”. Via de regra blindados não operam no meio de CCs, mas sim após estes. Se blindados estão operando no meio de CCs é porque já tocou o zaralho, e aí tanto faz como tanto fez, porque vai morrer gente de qualquer jeito.
“É lógico que o blindado em questão ainda tem valor militar, mas não como linha de frente em um exército que quer se tornar representativo, pelo menos, no cenário regional.”
A verdade é que o US Army, o mais poderoso exército da Terra, busca substituir o M-113 desde os anos 80, até hoje sem sucesso.
Foram 80.000 unidades produzidas, muitas utilizadas até hoje em quase uma centena de nações.
Acho que isso diz alguma coisa do seu real valor militar…
Caro Vader, claro que Guarani e M113 possuem funções diferentes. Inclusive fiz questão de dizer e reiterar isso. Não foi minha ideia que o EB comprasse Guaranis para mobiliar suas unidades que hoje empregam o M113. Cada macaco no seu galho.
Se eu fosse realmente querer discutir um substituto para o M113 seria o Marder. E não duvido que a Alemanha fizesse um precinho camarada, tal como fez no caso do Gepard para o Brasil, já que esses veículos estão virando sucata por lá.
Enfim, quando eu quis discutir o valor militar desses veículos, eu quis dizer que o Guarani está em linha com os blindados sobre rodas atuais, como Piranha, Pátria, Pandur, etc.
O M113 modernizado não chega nem aos pés de um Marder, Bradley, Achzarit, Puma, etc. Aliás, o US Army usa o Bradley na linha de frente e o M113 “só vai na boa”. O EB, só tem o M113, então, em tese, aqui ele estaria mais exposto do que o similar americano.
Aliás, a modernização feita pelo EB é inferior à modernização feita pelos EUA. Vai continuar aquela coisa tosca com manches, vai flutuar ainda menos que o atual (pois o EB não comprará flutuadores e o peso aumentou), não fará pivoteamento e etc.
Suspeito que uma unidade do EB que receba Guaranis fique muito mais motivada do que uma que receba M113 modernizado.
E quanto ao custo de manutenção do EB, você forçou a barra né? Tudo bem que o EB faz a manutenção nas coxas, improvisa peças civis, tenta fazer milagre com os recursos limitados que têm, mas custo próximo de zero não existe. O que deve consumir de homens-hora a manutenção daquele tanto de roda que movem as lagartas não está no gibi. Fora que com novo motor e nova transmissão, o EB vai gastar um bocado treinando novos mecânicos.
Fora que você levantou as qualidades qualquer-terreno do M133, mas isso tem um preço alto em comparação com blindados sobre rodas, cujo custo de manutenção e operação é menor e, além disso, seu desempenho em estradas é muito superior, tanto em autonomia quanto em velocidade máxima. Cada rei no seu baralho.
Mas em um ponto eu concordo, esse preço é o melhor possível. A mesma modernização, no contrato anterior, feita nas instalações do EB saiu bem mais cara (US$ 41,9 milhões para modernizar 150 M113), rsrsrs.
Por fim, o que você disse sobre a falta de qualidade da tropa do EB é exatamente o que eu quero “combater”. Torço para o EB evoluir e, para isso, é preciso se desfazer dessas coisas velhas, tanto as práticas, quanto os equipamentos. Sempre que se moderniza algo nas Forças Armadas, adia-se a aquisição de um substituto novo ou, ao menos, de um menos velho. Inutilizando boa parte dos M113, surge uma demanda pelo substituto. Agora não, mas, no futuro, que se encomendem alguns Marders para chegarem via Santa Maria e substituírem parte dos M133 que teriam virado latinha de cerveja. Porém, se insistirmos nas modernizações eternas, não duvido que o M113 chegue aos 100 anos de serviços prestados ao EB.
Rafael Oliveira
28 de julho de 2015 at 0:09
Rafael, concordo em partes. Vamos lá:
“Se eu fosse realmente querer discutir um substituto para o M113 seria o Marder”
Para mim seria o Namer ou algo muito parecido. Mas como eu disse blindados são coisas relativamente simples, e creio que o Brasil teria condições de projetar um próprio desde que houvesse um planejamento profundo para tanto e, principalmente, houvesse condições políticas (vontade) e financeiras. Hoje, não há nada disso.
“o US Army usa o Bradley na linha de frente e o M113 “só vai na boa””
Vai na boa porque o US Army tem o Bradley, o Stryker, etc. Mas se precisasse, e se precisar, vai o M-113 mesmo, que é suficientemente apto a operar como Infa Bld (não como VBCI). E esse “na boa” também é relativo: operando junto com outros blindados, vai tomar tiro do mesmo jeito.
“Vai continuar aquela coisa tosca com manches, vai flutuar ainda menos que o atual (pois o EB não comprará flutuadores e o peso aumentou), não fará pivoteamento e etc.”
Amigo, qual o problema dos manches e porque que ele é “tôsco”? Essa pra mim é nova! Putz, o M-113Br tem um monte de defeitos e problemas, mas o manche é o menor deles! Funciona, cumpre a função, quem já o pilotou (como eu) sabe que a ergonomia é ótima (bem melhor que a de um volante), de modo que essa eu realmente não entendi!
Quanto a flutuar, penso que essa modernização deverá incluir as capacidades anfíbias do carro, que é uma de suas características intrínsecas principais. Não li nada que indique que isso não deverá ser feito.
Quanto ao pivoteamento, considero desnecessário para o M-113. A taxa de curva do M-113 é enorme, muito maior que qualquer veículo sobre rodas, de modo que penso que isso não é essencial.
“E quanto ao custo de manutenção do EB, você forçou a barra né? Tudo bem que o EB faz a manutenção nas coxas, improvisa peças civis, tenta fazer milagre com os recursos limitados que têm, mas custo próximo de zero não existe. O que deve consumir de homens-hora a manutenção daquele tanto de roda que movem as lagartas não está no gibi.”
Cara, brinquei com custo-zero, mas a verdade é que se vc tivesse visto o que é um parque de manutenção de M-113 nível unidade vc entenderia. Coloquemos assim vai: são uns 10 mecânicos pra todo um BIB, quando muito. O blindado é tôsco, rústico ao extremo, e sua manutenção (pelo menos em nível unidade) é muito, mas muito simples mesmo. Ouso dizer que, se houver peças, qualquer mecânico paisano meia-boca com um treinamento mequetrefe faz.
Quer saber? O que dá realmente trabalho não é a roda nem a lagarta, mas sim as sapatas da lagarta, que são de borracha, se gastam rapidamente, e raramente são substituídas simplesmente porque não chegam às unidades! Uma peça de borracha que deve custar uns R$ 10,00 cada baixa mais M-113 que todo o resto!
Aliás, sapatas, flutuadores, visores e ar-condicionado são críticos no M-113, porque não tem peças sobressalentes/de reposição na quantidade e com a regularidade desejada; quase todo o resto as unidades ou no máximo o BLog Bld consegue dar manutenção.
“Fora que com novo motor e nova transmissão, o EB vai gastar um bocado treinando novos mecânicos.”
Hehehe, conhecendo o meu EB é capaz que os mecânicos conscritos que entrarem ensinem ele… 🙂
“mas isso tem um preço alto em comparação com blindados sobre rodas”
Cara, lagartas são coisas simples! Essa coisa de lagartas serem caras, e isso e aquilo, pelo menos no caso do M-113, é um mito! Tendo uma manutenção simples (troca regular de sapatas, por exemplo, lubrificação, etc.), uma lagarta é muito mais robusta que uma roda. O problema é que não tem manutenção!
“Torço para o EB evoluir e, para isso, é preciso se desfazer dessas”
Amigo, eu também, mas antes disso precisa mudar o EB. E isso não vai acontecer enquanto não se profissionalizar. Ou seja: nunca.
Sds.
Caro Vader,
Chamei os manches de toscos porque os blindados atuais que eu consegui ver o interior usam volantes e os M113 dos EUA também. Presumo que sejam melhores, mais eficientes e etc, do contrário, os manches teriam sido mantidos.
O M113 atual tem motor nacional Mercedes, o que simplifica a manutenção. Não sei se o Detroit importado é igualmente simples.
Sobre a flutuabilidade, eu li na T&D n° 131, que o modernizado “possui uma superfície externa acima a linha dágua menor, em comparação com o M113-B”. Diz também que nos EUA, o M113 só deve entrar na água sem flutuadores em casos extremos. No lote do contrato anterior, o EB não comprou flutuadores. Ele foi testado em lago e flutuou, mas eu não sei como se sairia num rio…
Em relação às rodas, no modelo americano todas foram trocadas por novas, de aço, revestidas de borracha. No EB, o contrato contemplava a troca de apena 5% das rodas. O resto foi reaproveitado.
Quanto à manutenção feita pelo EB, você tem bem mais informações do que eu, então vou aceitá-las como verdadeiras. E, de qualquer forma, ela corrobora o que eu penso: a manutenção é feita nas coxas rsrs.
Por fim, só para registrar, com esse contrato o EB “fecha” a modernização e manutenção dos M113.
150 veículos modernizados pela BAe, no Brasil – contrato em andamento.
208 veículos reformados pela Engemotors.
236 veículos modernizados pela BAe, contrato acima.
Total 594 veículos.
Muito obrigado pela conversa.
Abraço!
Espero que esta esticada de vida no M-113, seja para ganhar tempo e assim procurar uma alternativa própria (nacional) à sua substituição, talvez resgatando o Charrua, ou nacionalizando um projeto estrangeiro (Puma, decido a KMW), porque, do contrário, se for para substituí-lo no futuro próximo por blindado usado, acredito que o melhor é fazer desde agora. Pelo menos é o que penso.
Até mais!!! 😉
Vader, quando eu escrevi acompanhar, não era no sentindo de andar lado a lado, mas vir em seguida, acompanhando a coluna de CCs (algo como os Bradleys fazem com os Abrams).
Diferente do que aconteceu com os M-41C (e você sabe disso), o M-113 tem limitações para avançar na mesma velocidade que os Leos 1A5, aliás, desde a época dos 1A1BE e M60 este problema é identificado e recorrente. Isto não se dá, tão somente, por falta de potência do motor.
Quando eu escrevi sobre resistência à IEDs, foi apenas uma menção a mais uma de suas debilidades frente ameaças atuais. Ora, o projeto é antigo, mal tem capacidade para resistir à uma mina terrestre, o que dirá resistir a um pequeno IED de 2-3kg?! Eu estou me limitando aos pequenos IEDs, porque dos grandes, como afirmei anteriormente, nem os poderosos MBTs tem capacidade suficiente para resistir. Não se engane, se na AS eclodir qualquer conflito e que se desdobre em combate assimétrico, IEDs serão usados como são em outros locais do globo.
Resumindo, o M-113 mesmo modernizado, tem debilidades de mobilidade e proteção aos seus ocupantes.
Até mais!!! 😉
Wellington,
Essa esticada de vida no M113 deve durar uns 30 anos ou mais, pois elas costumam ser feitas para durarem 20 anos e o EB acaba usando por muito mais tempo do que o estimado inicialmente.
Acho que até lá é possível que sequer se usem blindados sobre lagartas para essa função. Se é que irá existir essa função de levar infantes para perto do conflito.
Mas não duvido que o EB, lá por 2045 resolva fazer mais uma modernização no M113 rsrsrs. Trocará o motor e a transmissão e “vamo que vamo”.
Fora que o andamento das aquisições do Guarani pelo EB sugere que a fabricação de produtos novos no Brasil não é, nem de longe, uma prioridade do EB (como, aliás, nunca foi).
Só para registrar, aquela autorização do FMS para 434 kits da BAe dá exatamente a soma desses 236 do atual contrato com os 208 M113 que seriam revisados pela Engemotors.
Ou seja, aparentemente a revisão/reforma da Engemotors não foi feita ou não deu o resultado esperado, de forma que eles serão modernizados futuramente.
Abraço.
Grande Varder e demais Senhores, boa tarde a todos!
Varder os Marder chilenos não foram vendidos com atualização trata-se do modelo A3.
Os Marder disponíveis na Bundeswehr são todos do modelo A5 e já estão sendo substituidos paulatinamente pelo Puma (esquisito mas fazer o quê?)
Quanto a manutenção dos Marder, certamente é mais onerosa que a do M113, pelo simples fato que o equipamento é mais capaz….
Já a no que diz respeito ao que se fazer com as centenas de M113, claro que não deve-se descartá-los e sim reaproveitá-los como porta-morteiro, anti-carro ou anti-abrigo, comunicações, ambulância, seder uma parte a Força Nacional para o combate a marginalidade (se bem que os bandidos estão tão bem armados que seria “caixão e vela preta para os tripulantes…) e adcionalmente serviriam para criar algo que nos carece em muito: Doutrina de emprego de VBCI coisa que o M113 não é, e com o Marder isso seria uma realidade, ademais de criação de um pátio de reserva “ativa” com os M113 para tempos de “tempestade” (nota-se que nenhuma de nossas armas tem uma reserva ativa…os esquadrões da FAB por exemplo trabalham no limite…pedeu um caça, vai ficar o esquadrão reduzido a 11 aparelhos e já era…). Não podemos usar como desculpas o fato de termos um número considerável de um carro blindado feito com sobras da II WW para cobrir a toque de caixa, uma deficiência do USArmy na guerra do Vietnã, impedindo assim de avançarmos rumo a algo melhor para a cavalaria…
Não devemos nos esquecer…é com a infantaria que se vence batalhas, o infante precisa ter respando de fogo e proteção no momento do choque, do contrário será tiro ao pato.
CM
Queria que o Estado do RJ tivesse meia dúzia desses fantásticos blindados pra enfrentar a criminalidade !
Camaradas, li todas as ponderações dos senhores e concordo em muitas coisas, principalmente com a idéia de dotar a força blindada do EB com uma viatura mais moderna. De preferência nacional, apesar da minha profunda desconfiança de que algo do gênero sairia mais caro e de pior qualidade do que um produto estrangeiro comprado “de prateleira” (fora a roubalheira intrínseca)…
(Rafael: muito com ter matado a charada de que a modernização “brasileira” de um dos lotes de M-113 será – no mínimo – feita com kits da BAe. Excelente observação).
Aliás, que patriota poderia ser contra isso? Quem por exemplo prefere ver o EB com M-113 do que com Marder, Bradley ou Namer? Com Pantera modernizado e Kombi Voadora (EC-725) ao invés de Blackhawks? Com Leopard 1 ao invés de Leopard 2 ou Abrams? Com FN-FAL (da Imbel, pra cúmulo da desgraceira) ao invés de FN-SCAR?
Creio que ninguém quer isso.
Mas não posso concordar com os métodos da substituição, nem com o “momentum”, que queiramos ou não é terrível para o país. Estamos no comecinho do começo da maior crise que o país viu em duas décadas!
O EB está fazendo o melhor que pode, com a grana que tem! Os senhores tem que entender que o Exército Brasileiro é uma força enorme, com dificuldades operacionais e logísticas gigantescas, e padronização é uma necessidade operacional e logística, ainda que não fosse financeira (e é).
Não adianta comprar cento e poucos Marder ou Bradley ou Namer, senão acontece a mesma coisa que aconteceu com os M-60, que acabaram encostados em um regimento no sertão do Mato Grosso, ou o que está acontecendo com os helicópteros, um pesadelo logístico que ainda vai dar enormes dores de cabeça para o Exército e o país.
E se for comprar em lotes, temos que comprar algo muito moderno (e, logo, muuuuuito caro) de forma a que quando o último lote chegar ainda tenhamos uma disponibilidade durante muitos anos, antes da obsolescência. Comprar Marder assim seria trocar seis por meia dúzia, na medida em que já é um blindado em franco processo de desativação no principal comprador.
Então ou a coisa é feita por inteiro, e se troca toda a força blindada do país de uma vez, ou é melhor deixar como está, apesar dos pesares. Trocar tudo exige uma grana enorme, coisa de que o EB não dispõe nem pra manutenção.
Sejamos honestos: o EB tem enormes dificuldades pra manter operacionais estes M-113! Me lembro que na minha época tinha pelo menos 40% de indisponibilidade na Brigada, e isso já faz quase 20 anos! Imagino como está hoje…
E vou mais além: a FAB está a ponto de perder seus caças por causa de US$ 1 bilhão que vai ser pago em 25 anos, e com o primeiro pagamento em 8!
Senhores, Defesa não é, nunca foi e nunca será uma prioridade dos governos ditos “democráticos”. A maior parte das armas e equipamentos pesados brasileiros de terra mar e ar, incluindo o M-113, foi adquirida pelo Regime Militar!
De forma que achar que o EB terá dois ou três bilhões de dólares pra trocar sua força blindada inteira, fora a grana pra manter depois, não é nem utopia, é viagem mesmo.
E o EB, que haja ou não cobertura aérea e naval, tem que fincar pé no terreno ou avançar a qualquer custo, não pode se dar ao luxo de viajar na maionese.
Repito: essa modernização foi uma pechincha!
Ou, como tenho me habituado cada vez mais a dizer, “é o que tem pra hoje”! 😉
Saudações.
Vader,
um choque de realidade sempre faz bem a saúde.
Só para os ufanistas entenrem um pouco… 🙂
Grande Abraço.
Delfim, a polícia do Rio possui o Maverick (“novo Caveirão”) que é melhor que o M113 para a função que desempenha, oferecendo melhor proteção aos policiais.
Vader, parabéns pelo comentário.
Rafa, os bandidos colocam obstáculos que só com lagartas ppra transpor, como os M113 dos Fuzileiros mostraram.
Delfim, eu pensei que você estaria se referindo a essa capacidade, mas, que eu me lembre, quem passou por cima de tudo foram os CLANFs da MB e não o M133 (que foram utilizados, mas não são tão bons para fazerem isso).
Rafael,
Já saio pra fazer perícia de preto, colete de kevlar nível III + placas de carbono contra projéteis de fuzil, e um Colt M-16 Commando com burst.
Eu quero é mais !!!
Hahahha você está certo Delfim.
No seu lugar, eu também iria querer.
Mas já que é para sonhar, sonhe com um Clanf, Marder ou o melhor de todos, o Namer.
Bom dia Senhores!
Grande Vader de fato a verdade liberta como disse certo hebreu no 1º Século.
Só lembrando que não execrei a modernização…aliás nem fiz comentário sobre ela…disse eu:
“Vader ainda sou a favor do Marder mas como não temos $$ nem mentalidade cavalariana suficiente dentro e fora do EB…vamos com isso mesmo…melhor do que como está já que a indisponibilidade do M113 é absurda”.
Conheço de perto os pátios da cavalaria do EB e conheço e falo com respaldo de conhecimento e fatos, por isso que defendo assim que possível ( $$$ ) a substituição paulatina do M113 e seu posterior reaproveitamento. Algo que deveria ter sido realizado com os M-41C, transformando-os em VBCI assim como Israel fez com alguns T-55.
CM
A aposta dos projetistas do EB no Guarani para ser o novo sucesso comercial da indústria brasileira a exemplo do Cascavel e Urutu deu com os “burros n´agua” quando por conservadorismo optaram pela manutenção do sistema de suspensão com 3 eixos (6 rodas), nem a Argentina em quem apostavam como mercado para esse blindado abraçou-o, pois a tendência mundial são os veículos de 4 eixos (8 rodas), alias as chances de venda desses blindados para os principais exércitos da América do Sul (Argentina, Chile, Colombia e Venezuela) são praticamente nulas e o mercado africano também ao que parece não recebeu bem essa proposta conservadora de 6 rodas já superada pelo blindado de 8 rodas com maior capacidade de blindagem / potência.
Alias, vejam muitos falando de industria militar brasileira e como policial isso me lembra a pistolas novas, carissímas que não funcionam, coletes balísticos que não protegem, fuzis caros, pesados e ultrapassados que não conseguem superar o “chassí FAL”, blindagens de veículos e lanchas que não tem a resistência para o qual foram certificadas e que obrigam as policiais brasileiras a comprarem e a nos fornecerem para o enfrentamento diário ao crime.
Paulo,
A opção pelo 6×6 deve ter sido por uma questão de custo.
E talvez o custo seja o principal atrativo para exportações.
A Colômbia comprou 32 LAV III por US$ 84 milhões. Custo unitário de US$ 2,65 mi.
O Brasil comprou 60 por R$ 191 milhões. Convertendo para o dólar com o câmbio da data do contrato (04/12/14 – 2,60), temos 60 por US$ 73,4 mi. Custo unitário de US$ 1,22 mi.
Não tenho muitos detalhes sobre o contrato da Colômbia, então, pode ser que ele contemple mais algumas coisas, como manutenção por determinado tempo, algum armamento.
De qualquer forma, é de presumir que um 8×8 seja mais caro que um 6×6.
E talvez, para algumas funções, as vantagens do 8×8 não justifiquem sua compra.
Quanto à Argentina, não conte com ela para comprar nada. São apenas parceiros de discurso. Na hora de comprar, sempre tem alguma desculpinha. E a Venezuela sem dinheiro também não é um cliente potencial. Porém, 10 unidades já teriam sido exportadas ao Líbano. Talvez, por aquelas bandas e na África seja possível emplacar mais algumas vendas. Porém, há de se convir que hoje o mercado tem outros concorrentes de peso, principalmente a China, o que não havia na década de 80.
No mais, concordo que tem muito produto nacional que não presta, é mais caro que o concorrente estrangeiro e acaba sendo comprado para prestigiar a indústria nacional (e, talvez, porque rola uma propina).
Remendo novo para pano velho, nós dias de hoje o M113 esta completamente obsoleto(é um caixão sobre esteiras)
Não quero aqui ressuscitar um falecido, mas apenas acrescentar ao debate o falecido Charrua, projeto que se tivesse sido tratado com o devido respeito não estaríamos debatendo atualizações de sucatas ta guerra do Vietnã.
Apesar de muita gente descordar acredito que a indústria nacional tem condições de desenvolver um protótipo que não apenas supra nossas necessidades mas esteja em pé de igualdade com todos os demais citados pelos amigos, que mesmo custando um pouco mais caro, venha gerar empregos no nosso país.
Caro Vader,
Aprendo muito, mas também dou boas risadas com seus comentários.
Perdão amigos pela sinceridade.
Isso aí e’ uma sucata, devia estar no ferro velho.
Desculpe, mas vc perdeu a oportunidade de ficar calado. E aos demais que falam que o M 113 ” não presta” realmente demonstram o total desconhecimento do carro e de seu emprego em campo assim como da sua logística de manutenção e suprimento envolvidas.